Pra onde quer que eu vá... escrita por Amanda Vieira


Capítulo 6
Lavínia


Notas iniciais do capítulo

Músicas usadas aleatoriamente no capítulo:
https://www.youtube.com/watch?v=o1tj2zJ2Wvg
https://www.youtube.com/watch?v=CGfKi6kpdTQ
https://www.youtube.com/watch?v=lDK9QqIzhwk



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 Bailarinas não podem ter “peitões, nem bundão e coxas tonificadas”, de algum jeito eles querem que controlemos nossos genes para ficarmos sempre esguias e mesmo com todos os exercícios diários que fazemos, continuar com corpos delicados. Meu sonho as vezes parece ser um pesadelo. Nada nunca é bom o suficiente para os professores. Dezenas de vezes eu penso em desistir, por que a pressão é tão insuportável, mas então chega o grande dia e tudo parece ter valido a pena.

 Eu deveria procurar um psicólogo para todas as minhas horas vagas. Meu psicológico está afetado, com certeza. Há muitas dúvidas duelando dentro de mim. É massacrante. E eu me sinto sozinha, pois todos aqui só querem passar por cima de todos para chegar onde desejam, ou seja, o Bolshoi Ballet Academy.

 Continuo encarando o teto escuro, em busca de respostas.

 Vivendo de preces. (como diz Bon Jovi)

 O despertador grita em cima da cômoda e fecho meus olhos por um momento. Mais uma noite mal dormida e não posso dizer que foi bem aproveitada. Desligo o despertador e me preparo para mais um dia de provações.

 Quando chego na sala de ensaios, Theo já está se aquecendo. Deixo minha bolsa num canto e começo a me exercitar também. Nós nos tornamos parceiros recentemente, mas ele não está muito feliz com isso, sua outra parceira era muito elogiada, enquanto eu, tive muitos problemas com meu par, por isso, a escola inteira não nos via com bons olhos. Theodore era o aluno mais prestigiado da turma e foi designado para mim, como forma de me reerguer ou me destruir.

 Na selva, (bem-vinda a selva), veja ela te deixar de joelhos. Eu quero ver você sangrar ,-recitou na primeira vez que nos vimos.

 Logo nosso professor chegou e começamos a ensaiar a coreografia. Haveria um teste para os papéis principais em duas semanas para uma grande peça, e estávamos disputando a vaga com a antiga parceira de Theo e o novo parceiro dela. Meu par não estava nem um pouco feliz com isso. Assim como os professores, ele exigia tudo e mais um pouco de mim, como se eu não fosse boa o suficiente para ele. Acontece que eu me achava sim, uma boa bailarina, só não tive a oportunidade de mostrar todo o meu talento graças ao imbecil do Diego, que vivia chapado e estragava tudo. Eu aguentei tudo de cabeça erguida, mesmo quando as coisas recaiam sobre mim injustamente e agora eu que estava sendo testada, tudo ao qual eu dediquei minha vida estava por um fio e nem era culpa minha estar nessa situação. Do outro lado, Theo e Sofia eram os prodígios da turma, o par perfeito, a dupla dos sonhos. E nessa história toda, Theo era o único infeliz, pois achava que eu iria estragar as chances dele.

 A cada reclamação do professor, Theo bufava contra mim, puto de raiva. Eu estava acostumada a toda essa hostilidade dos professores antes e agora estava me acostumando ao mal humor de Theodor também. Tinha sido assim desde o começo, desde os testes às primeiras aulas em turma e posteriormente e principalmente com Diego. Minha vida se resumiu a engolir críticas, em todos os momentos, de qualquer espécie. E eu estava me esforçando, ensaiava até estar caída no chão, o corpo suado tremendo pelo esforço. Mas tudo isso estava me destruindo internamente, aos poucos. Não conseguia dormir e por não estar descansada o suficiente, meu rendimento caia signitivamente. Embora desconta-se minhas frustrações na comida, havia emagrecido de tristeza. Meu rosto tinha olheiras fundas e estava abatido. Eu não me parecia em nada com a garota que chegou aqui motivada, agora eu estava apenas tentando me manter firme, lutando com todas as forças para não perder tudo.

 Ao final do ensaio, quando o professor saiu da sala furioso, me deixei cair no chão. Não era nada bom deixar que qualquer pessoa nessa escola me visse chorando, ainda mais um parceiro que me odiava, só que nesse momento, eu não tinha forças nem pra controlar meus soluços. Sei que a cena era patética, mas eu não conseguia parar. Esperei que Theo sai-se pisando duro e batendo a porta, como sempre, mas dessa vez ele apenas ficou me encarando, indecifrável.

 -Bem-vinda a selva, nós a enfrentamos um dia de cada vez, se você quiser vai ter que sangrar. Mas este é o preço que se paga e você é uma garota muito sexy, difícil de agradar ,-sorri.- Você pode provar as luzes brilhantes, mas você não pode tê-las de graça. —Theo agora está agachado, pairando sobre mim e eu estou paralisada. -Na selva, (bem-vinda a selva), sinta meu... meu chicote. Eu quero ouvir você gritar.—Theo enrosca a mão em meus cabelos e os puxa para traz com força, me fazendo gritar de surpresa e dor.

 Nossos olhos se encontram por um momento e não sei o que acabou de acontecer.

 

 Não chorei mais nenhuma vez pelo resto do dia. Theo saiu pela porta logo após citar Guns n’Roses, parece que ele decidiu que essa é “nossa” música. Eu continuei meu dia como todos os outros, mas algo havia mudado e eu me peguei intrigada.

 Encerrei meu treino pessoal mais cedo e voltei para o meu quarto. Tomei um banho quente demorado e me joguei na cama, pronta para mais uma noite em claro. Tentei ler ou assistir Netflix. Nada. Foi então que eu me levantei determinada. Estava cansada dessa vida. Troquei de roupa e caminhei rumo ao meu objetivo. Não sabia muito o que esperar, a adrenalina estava tomando conta de mim e me deixei levar.

 Bati suavemente na porta, naquele momento eu agradeci mais uma vez por não termos dormitórios compartilhados aqui. Quando ele abriu a porta eu ainda estava indecisa. Nossos olhares se cruzaram e falei a única coisa que se passou pela minha mente naquele instante.

 -Aqui estou eu, pare te estremecer como um furacão, -Scorpions.

 Por alguns minutos não falamos nada, apenas nos encaramos.

 -Bem-vinda a selva, fica pior a cada dia, você vai aprender a viver como um animal, -responde.- Na selva em que jogamos, se você tem fome pelo que vê, você poder ter o que quiser... Mas é melhor não conseguir comigo.

 Dessa vez eu simplesmente desisto de entender os motivos para que me diga estas palavras. Apenas o empurro para dentro e fecho a porta atrás de nós.

 -Já entendi que você não vai facilitar as coisas para mim. E não vou pedir desculpas por você estar infeliz, a culpa não é minha e sinceramente, não preciso provar nada a você, no máximo aos professores, embora eles não estejam certos. Eu sei que sou uma excelente bailarina, se alguém precisa de julgamentos é Diego, não eu. Nunca dei motivos para tal, apenas fui vítima de ter sido colocada junto a um babaca. -rosno.

 -Finalmente você entendeu.

 Quero mata-lo. O idiota me tratou mal esse tempo todo e agora age como se fizesse isso para me ensinar uma lição. Cansada de me conter, vou pra cima de Theo. Num momento de puro descontrole e adrenalina, desfiro um tapa em sua face. Nos encaramos duramente, fico surpresa com meu gesto, enquanto seus olhos estão faiscando. Antes que eu peça desculpas ele vem pra cima de mim e agarra meus pulsos.

 -Você sabe onde está?—pergunta, não respondo. Theo abre um sorriso sínico.- Você está na selva, baby. Você vai morrer!

 Não há tempo para processar suas palavras. Sua boca encontra a minha bruscamente e demoro um pouco para entreabrir meus lábios, dando passagem para sua língua explorar minha boca. Nossos corpos se colam e sou empurrada para a porta, presa pelo corpo de Theodore. Uma de suas mãos segura meus pulsos acima da minha cabeça, enquanto a outra passeia pelo meu corpo. Uma de suas pernas força ficar entre as minhas e num ato de coragem, me esfrego nele desavergonhadamente.

 Eu não sei quanto tempo ficamos assim, embora Theo não me de tanto espaço, meu corpo está arqueado, lhe dando livre acesso. Não paramos de nos beijar em momento algum, sua mão esperta está explorando avidamente meu corpo, ela aperta minha coxa e estremeço, então ela sobe e aperta meu peito de um jeito nada gentil, me fazendo ofegar.

 Eu nunca gostei da ideia de ser amarrada ou presa, mesmo que pelas mãos do meu parceiro, começo a lutar para me soltar de Theo e ele me aperta mais forte. Sinto necessidade de recuperar o controle sobre o meu corpo e a vontade de dominar Theo. Todo esse tempo me senti subjugada por ele, agora é minha vez de mudar as coisas.

 -Eu te avisei, não adianta tentar fugir agora. -ele sussurra em meu ouvido. Aproveito para mordiscar sua orelha.

 -Eu não estou fugindo. -sussurro de volta.

 Dobro minha perna direita e forço um espaço entre nós. Meu joelho está perigosamente na altura de seu pau, marcado na calça. Theo arqueia as sobrancelhas conforme o empurro, não que eu vá machuca-lo, isso acabaria com a brincadeira, mas a dúvida é tudo o que preciso para poder controlar a situação. Solto meus pulsos e é então que vou para cima dele. Apoio minhas mãos em seu peito, usando toda minha determinação para joga-lo em cima da cama de solteiro, o que não nos permite muitas “manobras acrobáticas”. Ele cai e não lhe dou tempo para se recuperar, montando em seu corpo. Suas mãos agarram minha cintura e ele força meus quadris para baixo. Meu jeans não permite um maior contato, mas posso sentir seu volume. Uma de minhas mãos agora está em seu pescoço e eu finalmente consigo me sentir bem comigo mesma depois de vários dias.

 Theo deve ter percebido a mudança, pois não está tentando inverter nossas posições, ao menos não por enquanto. Aproveito o acesso ao seu corpo, apreciando a sensação de estar sobre ele. É realmente muito bom que ele não estivesse usando camisa. Abocanho seu mamilo com os dentes, dando uma leve pressionada, ele rosna e eu não posso deixar de me sentir incrível. Ele agora está trabalhando para abrir meu jeans, enquanto ainda estou concentrada em seu abdômen definido. Quem disse que bailarino era “fracote” estava terminantemente equivocado, Theo, assim como muitos outros por aqui, é quente, absurdamente erótico. Ao contrário do que as pessoas julgam, é preciso muita força de vontade para continuar aqui, experiencia própria.

 Estou tão concentrada em seu peitoral que mal noto quando Theo abre meu jeans e ergue meus quadris deslizando uma de suas mãos para dentro da minha calcinha. Arquejo, supressa. Não há muito espaço para que ele movimente a mão, mas a sensação é boa de qualquer jeito. Por alguns segundos me perco na sensação de sua mão áspera contra minha carne delicada. Percebo que estou de olhos fechados e quando os abro, encontro os olhos cor de mel de Theo. Nós ficamos imóveis, ainda posso sentir sua mão em mim e as minhas em seu corpo, seu olhar penetrante parece varrer minha alma e não posso deixar de analisa-lo da mesma forma.

 Ele retira sua mão de dentro da minha calcinha e nosso olhar é quebrado quando protesto. Ele abre um sorriso satisfeito quando choramingo, mas não há tempo para reclamações, ele agarra minha bunda me deixando do jeito que lhe agrada.

 -Se você continuar recitando trechos de Welcome to the jungle, vou socar sua cara. -ameaço, quando ele abre a boca. Ele ri.

 -Eu ia perguntar se você não acha que devemos tirar logo nossas roupas. -explica, ergo uma sobrancelha, desconfiada. Uma de suas mãos escorrega pra minha coxa, eu estou de quatro em cima de seu corpo. -Você veio com a roupa errada, gatinha. Jeans não é recomendável pra esse tipo de diversão.

 -Então devo ter atrapalhado a noite de alguém, já que você estava pronto pra dar uns pegas. -retruco, me afastando. Nós nos sentamos, ele gargalha.

 -Eu ia dormir!

 -Talvez tenha sido uma má ideia. -comento e me levanto.

 Antes que eu possa fazer qualquer coisa, Theo está me puxando de volta e acabo sentada em seu colo. Seus braços me prendem firmemente contra seu corpo. Ele cheira meu pescoço e tento não demonstrar o efeito que ele causa em mim. Me mexo, desconfortável e uma de suas mãos agarram dolorosamente minha coxa.

 -Não se mexa assim se não quiser que eu invada sua calcinha novamente. -adverte. Fico imóvel. Seu nariz esfrega meu pescoço. -Lembra do que me disse quando abri a porta? -confirmo. -E do que eu disse? -assinto novamente. Ele morde meu pescoço e sussurra para mim. -Não há como voltar atrás agora, gatinha.

 Engulo em seco. Não tenho palavras para responde-lo. Fecho meus olhos e sinto a mão em minha coxa subir perigosamente.

 -A partir do momento em que você passou por aquela porta, eu tomei posse de você Lavínia, não há volta, para nenhum de nós. -continua. -Você estava determinada a me domar, o que aconteceu? Eu senti a mudança em você a poucos minutos, você não era mais a garota que deixou ser rechaçada pelos outros, estava mais parecida com a garota que entrou nessa escola, pronta pra lutar por seus sonhos. Eu posso ser um deles, Laví, posso te ajudar a chegar lá, eu vejo quem você realmente é.

 -E quanto a quem você é? -retruco. Ele suspira.

 -Você vai descobrir. -responde. Me sinto frustrada.

 -Quero ir embora, Theo. -digo, irritada.

 -Não, gatinha, você não vai embora essa noite, eu ainda não terminei com você.

 Volto a me mexer em seu colo, a fim de me virar para encara-lo. Theo me surpreende ao me ajudar a me virar. Tenho que reprimir um gemido por conta de nossa posição eroticamente quente, mas ele percebe e se mexe em baixo de mim. Fecho os olhos, mordendo meu lábio.

 -Porra, você quer isso tanto quanto eu. Não vá embora apenas porque está com medo de onde isso possa nos levar. -pede, volto a encara-lo. -Foi extremamente sexy encontra-la na minha porta e dizendo aquelas palavras. Vamos lá, Laví, nós dois sabemos do que você é capaz.

 Algo cresce dentro de mim. A necessidade de provar que ele sempre esteve errado, que todos estão errados. Minhas unhas se cravam em seus ombros, é contra as regras deixar as unhas crescerem, mas eu nunca me importei, pois é assim que eu gosto. Seus olhos brilham de expectativa, me sinto insana.

 -Pronto? -pergunto. Ele abre um sorriso, ansioso.

 Sinto a adrenalina percorrendo minhas veias e deixo o instinto me guiar. Aproveito que seu aperto diminuiu e saio de seu colo, ele me encara surpreso e decepcionado. Theo se levanta e vem em minha direção como um predador. Antes que ele me prenda de novo, puxo minha camiseta para cima e a jogo em um canto qualquer, o deixando chocado. Sorrio, satisfeita e termino de tirar minha calça. Dou uma viradinha para que ele possa admirar minha lingerie, que graças ao meu bom gosto, é de renda preta. Não paro por aí, curvo meus braços para trás e alcanço o fecho do sutiã para abri-lo. Logo, meu sutiã e calcinha se juntam a minha calça jeans no chão aos meus pés.

 Os olhos de Theo exploram meu corpo e não permito que a vergonha me tome. Caminho até ele e agarro a borda do seu moletom, engancho meus dedos por dentro do elástico de sua cueca e puxo tudo de uma vez. Agora estamos os dois nus e nada mais será capaz de nos parar.

 Theodore me puxa pra si, colando nossos corpos. Nós nos beijamos calmamente, deixando o desejo se alastrar calmamente entre nós. Uma de minhas mãos o abraça, enquanto a outra está entre seus cabelos medianos e macios. Ele volta a agarrar minha cintura possessivamente. Não há volta para o que estamos fazendo. E nesse momento, não me importo com nenhuma consequência, eu quero apenas me sentir bem.

 Vamos cegamente caminhando de volta para a cama e mais uma vez estou em cima de Theo, meu corpo pairando acima do seu, com alguns centímetros de distância. Ele aguarda meus movimentos, pois sabe, que nesse momento, eu preciso estar no controle da situação. Me permito admirar seu corpo calmamente e passo a língua pelos meus lábios, sentindo meu desejo aumentar. Theo está sorrindo descaradamente, então se inclina e morde meu lábio inferior, não o suficiente para machucar, mas para me deixar louca.

 O empurro para baixo e arranho seu peitoral, também sorrindo maliciosa. Nunca achei que chegaríamos a esse ponto, mas nada me parece mais certo. É claro que eu já tive ótimos parceiros, porém, sinto que Theo me desafia e isso mexe com algo dentro de mim, me fazendo querer provar o contrário.

 Após analisa-lo com meus olhos, decido que é hora de provar seu corpo. Me inclino sobre ele e distribuo beijos castos sobre seu peitoral, não tenho pressa nesse momento, quero apenas aproveitar tudo o quanto for possível. Minha mão direita traça alguns gominhos de seu abdômen definido e logo depois passo minha língua por ali. Theo agarra meus cabelos, mas deixa que eu manipule seu corpo ao meu bel prazer. Eu mordisco, chupo, arranho, todo o caminho até seus quadris, quando ele pensa que darei atenção ao seu pau, subo de volta. Mordo a parte que liga seu ombro ao pescoço com força e só consigo processar a ardência atravessando a pele sensível da minha bunda. Theo acaba de me dar um tapa estalado e isso me deixa completamente louca, grito e lhe desfiro um tapa no rosto, é então que ele se ergue e puxa meus cabelos com as duas mãos, investindo contra meu pescoço.

 Uso uma de minhas mãos para me apoiar em seu ombro enquanto a outra finalmente desce até seu pau. Ele suspira e sua língua invade minha boca ao mesmo tempo que começo a bombeá-lo. Gememos na boca um do outro. Sinto o bico dos meus seios roçando seu peitoral, me fazendo estremecer. Sua mão direita agarra meus cabelos por completo, e a esquerda desce até meus seios, ele agarra um mamilo e puxa o bico, me fazendo gritar em sua boca.

 -É bom, não é? -pergunta, convencido. Arranho suas costas em resposta. Na hora do sexo, as coisas ficam loucas e dor muitas vezes torna-se prazer, é por esse motivo que não me importo com o gesto bruto de Theo numa área tão sensível do meu corpo, apenas sinto vontade de retribuir.

 Mais uma vez desço até seus mamilos e passo minha língua neles, chupo um e ele arqueja, no outro, resolvo morder de um jeito que não chegue a machucar, mas que lhe de uma sensação de eletricidade. Theo novamente bate em minha bunda e me faz encara-lo.

 -Vadia. -xinga. -Você realmente gosta de morder, não é mesmo, gatinha?

 Abro um sorriso safado, Theo não precisa de respostas, ele já sabe. Dessa vez ele inclina meu corpo levemente para traz e então é ele quem morde o bico do meu seio, grito e solto seu membro para poder cravar minhas unhas em sua pele macia. Minhas unhas descem rasgando sua pele, e ele rosna contra mim. Sua mão aperta minha coxa e sei que deixará marcas. Ele começa a sugar meu seio avidamente, é quase doloroso, mas nesse momento, minha mente nublada pela luxuria não consegue distinguir as sensações muito bem.

 A mão em minha coxa sob até minha intimidade calmamente e meu corpo todo fica alerta, ansiando pelos próximos movimentos. Seu polegar me acaricia levemente, me fazendo gemer. Theo agora está olhando atentamente para sua mão no meio das minhas pernas, enquanto minhas mãos puxam seu cabelo. Lentamente seu dedo me explora e meu corpo parecer estar pegando fogo. Uma fina camada de suor está cobrindo nossos corpos. Finalmente dois dedos de Theo escorregam para dentro da minha intimidade e mordo meus lábios, abafando um grito. Ele começa a me masturbar e tento me manter imóvel, para que ele faça como quiser.

 -Você é uma boa menina, gatinha. -elogia minha postura.

 -Tive bons professores. -respondo. Seus movimentos cessam e volto a encara-lo.

 -Ahh, gatinha, não me provoque se não quiser consequências. -adverte. Me movimento em seus dedos. Ele apenas me olha.

 -E quais seriam essas consequências? -questiono. Theo cola nossas testas, a mão em meu cabelo desce para minha cintura e me aperta contra seu corpo, em questão de segundo, estou deitada na cama, com Theo em cima de mim, agora é ele quem sorri.

 -Lembre-se, foi você quem pediu.

 Ele desfere um tapa na minha cara, apenas para me provocar. Não posso revidar, pois ele rapidamente prende minhas mãos novamente.

 -Maldito. -xingo, mas ele continua sorrindo. Ele volta a manipular seus dedos dentro de mim e minha raiva desaparece, ele ri. -Ah, gatinha, você é uma verdadeira puta.

 Rebolo em seus dedos.

 -Você está adorando. -observo e ele lambe minha boca.

 -Você está superando todas as minhas expectativas, confesso.

 Sorrio vitoriosa, mas pra mim ainda não é o suficiente. Dobro minha perna e com a ponta dos dedos do pé, vou tracejando sua perna. Novamente eu não tenho mobilidade nas mãos, mas isso não será um problema. Ergo um pouco meu corpo, e esfrego o bico dos meus seios em seu peitoral, enquanto isso, passo minha língua em seu pescoço até alcançar sua orelha e mordiscar. Me afasto o suficiente para então morder seu queijo. Suas mãos são habilidosas no que fazem, fazendo meu corpo tremer.

 Lentamente sua boca vai descendo pelo meu corpo, até que sua língua se junte aos dedos e será meu fim. Theo beija minha boceta, como se estivesse beijando a minha boca, me deixando hipnotizada. Minhas coxas estão em seus ombros e abraço seu corpo da melhor maneira possível. Sinto o orgasmo se aproximando e arqueio meu corpo, jogando a cabeça para trás.

 -Theo! -grito, quando meu prazer explode dentro de mim. Sua língua continua me chupando habilidosamente enquanto meu corpo parece se desintegrar.

 -Doce, gatinha.

 Theo deposita um selinho em minha carne molhada e volta a montar meu corpo. Ele me beija e sinto o gosto da minha excitação. Suas mãos abrem mais minhas pernas e ele se acomoda no meio delas. Seu pau roça de leve minha intimidade e sem aviso me penetra de uma vez. Grito e ergo meu corpo. As mãos de Theo voltam a trabalhar em meus seios e sua boca desce para o meu pescoço, me dando tempo para minha boceta se acostumar com a invasão repentina.

 Forço minha mente a se concentrar nas sensações que a boca de Theo me proporciona e meu corpo começa a se acostumar com seu tamanho.  Theodore começa a fazer leves movimentos de vai e vem, me provocando.

 -Você é tão apertada, gatinha. Uma delícia. -diz, com a voz rouca.

 Tranço minhas pernas ao redor da sua cintura e colo nossos corpos, usando toda minha força para nos fazer girar e ficar por cima. Sentada, observo o peito de Theo subindo e descendo, seus olhos brilhando. Posiciono suas mãos em minha cintura e ele me aperta forte. Rebolo lentamente e ele arfa.

 -Gosta de brincar de amazona, Lavínia? -questiona. Faço que sim. Theodore se apoia nos cotovelos.- Então cavalga. -ordena.

 Rebolo mais uma vez e ele da um tapa em minha bunda tão forte que me faz levantar alguns centímetros em seu pau. Sorrio travessa e faço o que ele mandou. Monto seu pau e começo a cavalgar desesperadamente. Nós dois gememos e buscamos por nosso prazer. Theo distribui beijos em minha barriga e eu arranho cada pedacinho de seu corpo. Nós nos beijamos mais uma vez, mas separo nossas bocas quando sinto seu dedo tocando meu clítoris. Jogo meu corpo para trás, extasiada. Minha visão fica um pouco turva, mas não me importo, apenas me entrego aos meus instintos.

 Sinto outro orgasmo se formando em meu interior e aperto o pau de Theo. Ele puxa meus cabelos, grunhindo.

 -Faça novamente. -manda e eu faço.

 Recebo outro tapa na bunda e desfiro outro tapa na cara de Theo. Ele rosna, eu grito. Nossos corpos assumem um ritmo frenético. Contraio minha boceta mais uma vez, provocando e seus dedos se cravam em minhas costas.

 -Puta.

 -Cachorro.
 Nossas testas se colam, enquanto gememos juntos, nossos movimentos ritmados. Sinto a explosão se aproximando e ergo meu corpo, tirando quase todo seu membro de dentro de mim. Suas mãos se posicionam em meu quadril e ele me puxa pra baixo bruscamente, me fazendo chegar ao ápice. Caio contra Theo, chamando seu nome, meu corpo tremendo. Ele goza ainda estocando dentro de mim, me apertando contra si.

 Ele deita na cama e me alinha em seu peito. Ficamos em silencio, tentando recuperar a respiração, absorvendo o momento. Os minutos passam e sinto minhas pálpebras pesarem, meu corpo está tão leve e cansado. Theo não pergunta se quero ficar, ele me acomoda na cama e levanta para apagar a luz, volta e se acomoda ao meu lado, puxando o edredom sobre nossos corpos nus.

 -Tenha bons sonhos, gatinha. -diz, beijando minha testa.

 -Theo, antes que você durma, coloca o despertador para tocar mais cedo, eu não trouxe meu celular. -peço. Vejo ele esticar o braço até a cômoda e apanhar o aparelho, ele arruma o despertador e o coloca de volta no lugar. -Obrigada.

 

 Acordo assustada, me sinto presa e luto para me soltar. Num solavanco, ergo meu corpo e acabo batendo minha cabeça na parede.

 -Merda!

 -Ei, vai com calma. -a voz rouca de Theo me desperta. Flashes da noite passada me invadem e lembro que estou em seu quarto. O despertador chiando em cima da cômoda.

 Me desvencilho do edredom e começo a pegar minhas roupas do chão.

 -Sem sexo de bom dia?- provoca.

 -Se você correr comigo até o meu quarto, até rola uma rapinha no chuveiro.- respondo. Ele agora me encara surpreso.

 -Porra, gatinha, assim você me mata. -dramatiza. Ergo uma sobrancelha e começo a me vestir.

 -Você vem ou não? -pergunto. Theo salta da cama, exibindo seu pau já ereto. Ele veste uma roupa qualquer e pega suas coisas para a aula.

 Juntos corremos para o meu quarto. Theo fecha a porta e eu já estou tirando minha roupa no caminho até o banheiro, ele me acompanha. Ligo o chuveiro e regulo a água no mais quente possível, Theo me agarra por trás, beijando minhas costas. Apoio minhas mãos nos azulejos e empino minha bunda. Seus dedos deslizam em minha intimidade, me masturbando. Uma mão agarra meu seio, enquanto sua boca morde meu pescoço. Arquejo, jogando a cabeça para trás. Rapidamente Theo me vira de frente pra ele e me prensa contra a parede gelada. Ele agora agarra minha bunda, me erguendo do chão. Tranço minhas pernas em sua cintura e apoio minhas mãos em seus ombros largos. Inesperadamente ele me preenche, grito tão alto que talvez outras pessoas tenham me ouvido.

 -Caralho Theo.

 O safado sorri e começa a se mover. Puxo seus cabelos com força e seus movimentos se tornam mais brutos.

 -Você gosta do duro, gatinha. -comenta. Não respondo, estou ocupada gemendo.

 Nós nos tornamos insanos, selvagens, nos movendo em busca de nosso prazer. Nesse ritmo alucinado não demora muito para estarmos gozando. Meu corpo amolece e Theo nos mantem apoiados na parede. Assim que nos recuperamos tomamos um banho rápido, o banheiro está repleto de vapor, parecendo uma sauna.

 Visto minha tradicional roupa de bailarina e Theo a sua. Pegamos nossas bolsas e descemos para tomar café da manhã no refeitório. Durante o percurso vejo os olhares curiosos nos cercar. Nós não andamos de mãos dadas, mas só o fato de estarmos lado a lado causa estranheza nas pessoas ao redor. Eu já estou acostumada com seus julgamentos silenciosos e sigo sem me abalar. Em momento nenhum Theo sai do meu lado está manhã e vejo as pessoas começarem a cochichar. Me concentro no meu prato e tento prestar atenção no que meu parceiro me diz. Ao longe avisto Sofia, a ex dupla de Theodore, ela nos encara, não consigo decifrar sua expressão.

 Pela primeira vez, o treinamento matinal não se torna uma tortura. O professor continua pegando no meu pé, mas o fato de Theo não estar mais me criticando mudou as coisas. Noto que o sr. James percebeu a mudança em nossa dupla, mas este não fala nada. Ao final do ensaio, estou esgotada, e feliz como nunca.

 Estou esparramada no chão quando Theo se aproxima e deposita um selinho em meus lábios.

 -Te vejo mais tarde.

 Ele se vai e eu permaneço ali mais um pouco. Tenho quatro longas aulas pela frente e só há tempo para comer algumas frutas e barrinhas de cereal durante os pequenos intervalos, por esse motivo eu passei a comer o máximo possível durante o café da manhã. Estou caminhando para minha última aula quando alguém puxa meu braço, me fazendo virar bruscamente.

 Os olhos verdes de Diego me analisam meticulosamente.

 -Ah, senhorita Guimarães, precisamos mesmo conversar. -exclama a reitora Daves

 -Hã, eu tenho uma aula agora...

 -Não se preocupe, notificarei o professor de que estava comigo em sua ausência. -interrompe.

 Sou empurrada para dentro de sua sala. Ela caminha a minha frente e se acomoda em sua cadeira executiva, atrás da enorme mesa de carvalho. Diego está atrás de mim. Sem outra opção me acomodo em uma das cadeiras diante da mesa.

 -Você deve estar confusa. -começa a reitora, assinto. Ela sorri. Ambos estão sorrindo, apenas não consigo entender o motivo da felicidade.

 -Achei que ele estava expulso. -digo ríspida. Ouço sua risada debochada.

 -Doce, Lavínia, não é maravilhoso que tenham revogado minha suspensão? -se gaba. Encaro Daves, incrédula.

 -Isso não pode ser sério. -exclamo. Seu silêncio é minha resposta. Me levanto, descontrolada. -Mas que porra vocês acham que estão fazendo? -grito.

 -Cuidado com o palavreado, srt Guimarães. -adverte. Rio debochada.

 -Esse babaca ferrou com a minha vida! Estão todos me julgando, os professores estão acabando comigo, tudo por culpa dele e você ainda tem a cara de pau de me fazer passar por mais esse circo? -volto a gritar, apontando meu dedo na direção de Diego. Daves continua extremamente paciente em sua cadeira. Me jogo de volta na cadeira, derrotada.

 O embuste então resolve se aproximar.

 -Meu pai os convenceu a reavaliar meu caso. -diz, descaradamente.

 -O sr Ferreira prometeu se comportar e passará por um acompanhamento em troca de uma pequena suspensão. -explica a reitora e não tenho mais palavras.

 -O que mesmo eu estou fazendo aqui? -questiono.

 -Comemorando a volta da nossa parceria. -responde Diego. Gargalho.

 -Vocês enlouqueceram. -digo, me dirigindo para a porta.

 Saio dali o mais rápido possível. Sem prestar atenção ao meu caminho acabo indo parar no pátio, onde uma aula está sendo ministrada. Antes que eu passe despercebido, avisto Sofia e desta vez ela está debruçada sobre ninguém menos do que Theo, de um jeito extremamente íntimo. Os alunos começam a cochichar e o professor interrompe seu discurso, me encarando. Theo finalmente me nota, mas bem nesse momento Diego me alcança.

 -Precisamos conversar, docinho.

 Possessa de raiva, me viro para Diego e dou uma joelhada em sua genital. Ele cai ruidosamente e suprimo a vontade de festejar. O silêncio toma conta do lugar, mas continuo de costas. Contorno o corpo de Diego em posição fetal e sigo meu caminho. Torço para que Theo não escolha esse momento para também vir atrás de mim, o que fiz com Diego foi um aviso para qualquer um que se aproximar de mim agora. Eu estou completamente fora de órbita.

 Finalmente encontro o caminho para o meu dormitório e me tranco lá dentro. Pego meu celular e escorrego para o chão, aguardando meu pai atender a ligação. Até esse momento, eu não havia deixado que ele se intrometesse nos assuntos da escola, pois não queria ninguém tirando vantagem de seu dinheiro, mas Diego é algo que eu não posso e não vou aceitar.

 -Querida, está tudo bem?

 A voz do meu pai soa preocupada. Ele sabe que nesse horário estou em aula, então com certeza tem algo errado para que eu esteja ligando.

 -Oi pai. -respondo e respiro fundo. -Preciso de um favor.

 Explico a situação para meu pai. Se o pai de Diego tem forte influência, meu pai também vai ter. Meia hora depois, eu encerro a chamada com a promessa de que ele vai resolver tudo.

 Tomo outro banho e deito. Coloco em uma série qualquer, mas acabo adormecendo.

 

 Acordo e me sinto encurralada. Dessa vez não me meço precipitadamente, apenas abro meus olhos, dando de cara com Theodore.

 -Como foi que você entrou aqui? -questiono, pois me lembro de ter trancado a porta. Ele dá de ombros.

 -Usei um grampo. -responde, tranquilamente.

 -Você arrombou! -declaro.

 Seus olhos percorrem meu rosto, analisando.

 -O que aconteceu? -pergunta, calmamente.

 -Nada, já estou resolvendo. -garanto.

 -Não aconteceu nada com a Sofia. -diz. Bufo.

 -Theo, sério, isso é ridículo. -retruco.

 -Olha só, gatinha, eu vou falar isso apenas uma vez, então é bom você prestar atenção. -avisa. -A partir do momento em que você entrou no meu quarto, você se tornou minha. Não quero nem saber se você não concorda, somos parceiros e não é apenas na dança. Você viu como somos bons juntos, ontem à noite e hoje de manhã. Eu juro que não aconteceu nada com a Sofia, ela só estava se sentindo intimidada, mas te garanto que ela não vai mais fazer isso. Me diga porque Diego está aqui.

 -Não sabia que transar implicava num relacionamento sério. -zombo.

 -Tá sabendo agora. -retruca. O encaro, incrédula.

 -Não lembro de você ter me pedido em namoro, gatinho.

 -Cara, você é foda. -resmunga. Então levanta da cama e se ajoelha ao lado da cama. -Gatinha, faz o favor de namorar comigo?

 -Não é assim que se faz, gatinho. -digo, ele revira os olhos.

 -Lavínia, minha gata selvagem, que mesmo involuntariamente está me deixando duro agora com essa carinha, quer namorar comigo? Não aceito não como resposta e nós vamos transar independente do que você disser.

 -Desse jeito até parece que não tenho escolha.

 -Não tem.

 -Você é muito idiota, Theodore. -resmungo divertida. Ele volta pra cama e me agarra.

 -Já era, eu pedi, você que ficou enrolando. -fala. Beijo seus lábios.

 -Eu disse sim ontem á noite. -explico.

 Nos beijamos e meu coração salta dentro do peito. Logo depois explico toda a situação sobre Diego e então é Theo que faz uma ligação, pelo pouco que consigo entender ouvindo só seu lado da conversa, ele acabou de comprar minha briga.

 -Ninguém vai roubar minha parceira gostosa. -diz convencido. Taco o travesseiro em sua cabeça.

 

 Os dias vão passando. As coisas entre mim e Theo vão de “vento em popa”, tanto intimamente, quanto na dança. Todos agora sabem que estamos juntos, mas os burburinhos não diminuíram. Meu pai entrou com um processo judicial de restrição para Diego não se aproximar de mim e entrou em contato com a diretoria fazendo uma grande reclamação contra a reitora Daves. Junto com o pai de Theodore, que é um grande investidor, as coisas estão mudando aqui na academia. Os professores continuam me cobrando, mas eu não me importo, sei que estou à altura de qualquer outro bailarino ali.

 Acordo assustada, estou novamente no quarto de Theo, seus braços circundam meu corpo. Arfo. Amanhã é o grande dia, o teste pro papel principal. Desde então Sofia praticamente declarou uma guerra silenciosa contra mim, enquanto seu novo parceiro não parece ligar para nada disso, ele sabe que é bom e só se importa com seu treinamento.

 Sinto Theo se mexer atrás de mim, eu o acordei.

 -Gina sonha em fugir. Quando ela chora, Tomy sussurra...

 -Amor, está tudo bem, um dia.—completo o trecho de Livin’ on a prayer.

 Ele me aperta mais contra si e fecho meus olhos, tentando me acalmar.

 -Se você precisar de uma rapidinha pra relaxar, é só me avisar. -provoca. Gargalho quando sinto seu membro enrijecer.

 -Deixa pra quando formos tomar banho, gatinho, precisamos estar descansados também. -respondo, ele resmunga, mas logo volta a dormir, sorrio e fecho meus olhos.

 -Puta que pariu, Theodore, se a gente se atrasar por causa da rapidinha no chuveiro eu te mato! -ameaço, enquanto corremos para o refeitório.

 Vejo os alunos já sentados, todos estão ansiosos para seus respectivos testes. Todos sabemos que professores das principais academias de dança do mundo foram convidados para assistir ao espetáculo e dependendo de nossa performance, podemos ganhar uma bolsa. E no meu caso, significa que eu realmente superei todos os julgamentos injustos que me deram.

 Tento me alimentar bem, mas é uma missão quase impossível. Theo tenta me distrair com piadinhas sem graça, mas consigo notar um pouco de tensão em seu corpo. Juntos nos levantamos e caminhamos de mãos dadas até a sala de testes. Encaro a porta.

 Sofia e seu parceiro se juntam a nós e aguardamos.

   —Segure a minha mão, nós vamos conseguir, eu prometo.—sussurra Theo para mim.

 Entramos.


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