Chapeuzinho Vermelho escrita por Nyna Mota


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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— Eu sei Alice, é tarde, mas eu realmente preciso ir ver Charlie.

— Bella é uma longa distância daqui em Seatlle, e você acabou de sair de um plantão!

Parei e a encarei, eu estava realmente cansada, olhos ardendo, mas ele era meu pai, haviam acabado de me avisar, que ele estava com pneumonia. E não havia sido ele o autor da ligação. Velho teimoso!

— Ele é a única pessoa que eu tenho no mundo, não é justo que cuide de várias pessoas no hospital, mas que quando ele precisa de mim, eu me ausente.

Terminei de colocar minhas coisas na mochila, peguei as chaves do carro e me virei pra morena que desaprovava eu sair depois das oito da noite para dirigir por mais de três horas.

— Não se preocupe, eu ficarei bem.

— Impossível Bella! Vá com cuidado sim? E me avise o tempo todo como está, na verdade só quando parar!

Eu ri de sua confusão. Alice era paranoica com segurança, ainda mais por querer entrar para o FBI um dia, ela estava trabalhando num departamento de policia querendo engajar carreira como agente federal, ela amava aquilo e me enlouquecia com seus casos.

Abracei-a.

— Eu aviso sim! Agora trate de ligar pra Jasper e vão fazer algo divertido!

A careta em seu rosto foi fofa. Ela e Jasper viviam se pegando, mas não se assumiam de verdade, mesmo sendo loucos um pelo outro.

Fechei a porta com um suspiro pesado, eu realmente precisava dormir, contudo a preocupação falou mais alto, Charlie precisava de mim.

Liguei o carro, e o aquecedor, estava chovendo essa noite e fazendo frio. Liguei o som numa rádio qualquer que tocava Skyfall da Adele, uma garota precisava de companhia numa longa jornada, e aquela era realmente uma música que eu amava.

Segui pela WA-305 rumo a Forks, em direção a fazer aquilo que mais amava pra pessoa que mais amava.

Eu amava cuidar das pessoas, então ser enfermeira foi a junção de ganhar dinheiro e fazer algo pelo qual eu era totalmente apaixonada, tornando tudo extremamente prazeroso ainda que cansativo.

Eu havia me formado na universidade comunitária de Seattlle, Charlie não ganhava o bastante pra pagar algo grandioso, e minhas notas não eram excepcionais a ponto de me render uma bolsa em uma grande universidade.

Eu era feliz assim, sabia que Charlie tinha feito o que podia pra me criar sozinho, depois eu cresci e aprendi a cuidar de nós dois, e dai veio meu amor por cuidar das pessoas, então o peso de cuidar de Charlie quando doente.

A chuva só ia aumentando a cada quilometro rodado, me fazendo diminuir a velocidade e retardar ainda mais minha chegada. A estrada estava vazia, e a droga do meu celular descarregado, a estação de rádio não estava mais sintonizada, eu não sabia mais quantas horas eram, ou há quanto tempo estava na estrada.

— Droga! – Alice iria surtar com minha falta de notícias.

Fiquei olhando por sobre meu ombro a cada dois minutos. Maldita hora que resolvi assistir Lendas Urbanas com Jasper e Alice. A droga da cena da mulher sendo morta por alguém que estava no banco de trás de seu carro sem que ela percebesse estava me enlouquecendo e me apavorando.

— Malditos sejam vocês! Eu nunca mais assisto nada de terror, ficaremos com romances melosos e comédias sem graça.

Murmurava alto querendo preencher o vazio do carro. Mas...e se alguém respondesse?!

Diabos.

Acelerei o carro, passando um pouco do recomendado no meio de tanta chuva.

— Por favorzinho Deus, não deixe que me matem sem que eu perceba! Prometo que vou voltar a ir pra igreja todo domingo, vou parar de me masturbar pensando no Brad Pit, e parar de chamar Jessica de vaca mal amada!

Um relâmpago iluminou o céu me assustando e me fazendo bufar!

— Ok! Um vez por mês, e só vou pensar em homens solteiros, só os não casados.

Ri comigo mesmo da minha loucura. É sono, só pode, estou mais perturbada que o normal.

Vários minutos mais tarde avistei um posto de gasolina, parei ávida pra ir ao banheiro e comprar um energético. Fiquei animada ao perceber que ele era o último antes de chegar a Forks, mais uns quarenta minutos e enfim chegaria em casa.

Entrei na loja de conveniência que não estava vazia, três rapazes estavam lá dentro comprando bebidas. Eles eram barulhentos, um pouco cambaleantes o que me fez deduzir estarem embriagados.

Fiz cara feia pro risco que eles representavam pra sociedade. Rapidamente comprei o que eu precisava: energético, chicletes e chocolates, fui pro caixa ao mesmo tempo que eles chegando em primeiro lugar.

— Algo mais? – O rapaz entediado com o resto tomado por espinhas perguntou.

Neguei balançando a cabeça enquanto sentia o olhar dos rapazes sobre mim.

— Dez dólares.

Saquei o dinheiro do bolso e o entreguei aguardando meu troco.

— Hey doçura, não quer companhia?

Um dos três falou, eles tinham zombaria na voz, eu ignorei. O rapaz era lento demais, o que estava me irritando completamente. Bufei alto e bati os pés ansiosa para sair do olhar de luxúria dos três parado logo atrás de mim.

Agradeci a blusa de frio vermelha de capuz que eu usava, que agora servia tanto contra a chuva quanto contra aqueles caras.

Me senti minimamente protegida.

— Qual é docinho, vai ser bom pra você, garanto que vai sair querendo mais.

Ignorei o arrepio de medo que trespassou meu corpo. Peguei o troco que estava sendo estendido em câmera lenta pelo idiota espinhento e sai em disparada pro carro. Por um motivo deveras desconhecido por mim eu estava tremendo, na verdade eu sabia o motivo: Alice. Alice e seus casos mirabolantes, casos de estupro, de violência contra mulher, de pessoas machucadas e pessoas desaparecidas.

Eu também estava paranoica.

Travei as portas assim que adentrei o carro, respirando fundo e lentamente, tentando acalmar meu coração. Vi eles saindo e liguei o carro rapidamente, seguindo novamente para alta estrada. Com a adrenalina a mil o energético deixou de ser necessário pois meu corpo acordou totalmente mesmo cansada e tensa como eu estava.

O farol atrás de mim me assustou, por um momento confundi a embreagem com o acelerador, dando uma freada brusca.

O carro deslizou, não tive reação para tentar o controlar. O carro rodopiou na pista me deixando zonza, uma pancada me fez bater a cabeça no vidro e ficar fora de órbita por vários instantes.

Nem por um instante me lembrei dos cuidados de primeiros socorros que tão bem aprendi, e sabia de cor, quando se tratava dos outros. Quando enfim retomei o controle do meu corpo chequei minha cabeça que tinha um galo, minha respiração um pouco acelerada assim como meu coração.

Enquanto tentava me acalmar percebi algumas coisas:

Primeiro meu carro estava batido numa árvore e não queria mais ligar.

Eu não estava sangrando.

O carro que me assustou não parou pra prestar socorro ou foi minha mente fértil.

Caia uma chuva torrencial.

Meu celular estava descarregado.

Eu estava literalmente fodida! Na verdade, bem que eu deveria ter fodido mais.

Ah aquela música brasileira ressoou em meus ouvidos, mas eu tinha minha própria versão:

Devia ter fodido mais, ter gozado mais, ter feito um ménage a trois...devia ter dançado mais, e me esbaldado mais, ter feito com todos que eu queria fazer!

Balancei minha cabeça em desgosto em pra onde em pra onde minha mente suja estava indo no meio da situação em que eu estava.

Eu precisava de ajuda, isso era certo, mas não tinha como pedir ajuda.

Se eu havia me atentado corretamente, tinha pouco tráfego nessa direção no meio dessa chuva dos infernos, então as chances de alguém passar eram quase nulas, quem dirá de parar pra me ajudar. Ou os idiotas que me assustaram poderiam passar, eu realmente não tinha visto a direção que eles tinham ido, e eles poderiam serem psicopatas, estupradores, assaltantes, sequestradores, poderiam querer vender meus órgãos no mercado negro.

Sai em disparada do carro no meio da chuva. Eu não podia esperar alguém assim passar e tentar roubar meu corpinho lindo dado por Deus e estragado com tequila, fritas, taco e chocolate.

A chuva gelada me fez tremer, tranquei o carro e segui por um tempo na beira da pista, me senti congelar, o vento assolava meu rosto, dos dois lados da estrada apenas floresta me rodeava.

Eu estava com medo e apreensiva, eu devia ter ficado no carro.

Eu estava tão concentrada em meu dilema interno que não percebi um caminhão se aproximando.

— Moça...

— AAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH você não vender meus órgãos!

Gritei e sai em disparada para a floresta. Corri até minhas pernas queimarem, e digamos que não foi muita coisa. Emmett ficaria extremamente decepcionado que todo o seu esforço em me fazer malhar estava sendo totalmente falho. A culpa era totalmente do infeliz, que vivia levando comida gordurosa e deliciosa lá pra casa.

— AAAAAHHHH.

Gritei novamente enquanto ia de encontro ao chão lamacento e dessa vez machucando meus joelhos e minha mão, senti meu rosto arder.

E então comecei a chorar, chorando de soluçar. Eu já tinha cansado. Estava há mais de 24 horas sem dormir, preocupada com meu pai, com medo, sozinha na chuva, perdida no meio da floresta, com frio e machucada.

— Deus...mas o que!? Moça você está bem?

Uma voz grossa no meio da chuva falou alto, era uma voz grossa, mas ainda sim doce, me senti úmida na minha parte de menina. Parei de chorar imediatamente.

— Por favor não me mate, não me estupre ou venda meus órgãos no mercado negro, eu tenho celulite, meu fígado está fodido de gordura, meus rins falhando de tanta tequila e o coração destroçado pelo filho da puta do Eric! Ta eu fumei narguilé várias vezes então esquece o pulmão! Minha pele é muita branca câncer fácil...

— Você está drogada?

Porra essa voz realmente me dá vontade de gemer, mas eu controlo afinal ele acha que eu estou drogada. Será que eu estou drogada?!

Fiquei brigando em minha mente até ouvir o barulho de alguém se movendo pela mata. Soluços altos eram ouvidos, e saiam de mim.

— Por favor eu não quero morrer, eu sou tão nova pra morrer e você tem a voz orgástica demais para um assassino. – Choraminguei enquanto ele riu uma risada grave que atingiu em cheio minha boceta me fazendo gemer, e corar com o barulho alto que esperava que ele achasse ainda fossem choramingos.

— Eu não vou te matar mas acho que gostaria de saber mais sobre ter uma voz orgástica.

Senti minhas orelhas queimarem, e agradeci aos céus pela escuridão que protegia meu constrangimento do homem na minha frente.

— Você está bem? – Ele parecia genuinamente preocupado.

— Mais ou menos. – Por um instante tive medo, por outro lado ponderei que se ele quisesse fazer mal pra mim já teria feito e eu não tinha escolha.

Tentei me levantar mas senti meu pé reclamar, e falhar. Ele me segurou antes que eu caísse. Suas mãos eram fortes, queria senti-las contra minha pela nua.

Funguei baixinho totalmente desestabilizada emocionalmente.

— Eu estou perdida, meu carro batido, com medo de roubarem meu lindo corpinho, abusarem dele a bel prazer e não para o meu como é divertido. – Soltei de uma vez, sem esperar.

Sua risada foi grave e fodidamente gostosa de se ouvir fazendo meu corpo inteiro tremer já que era ele que me mantinha de pé.

— Desculpe, mas o jeito que você falou.

Senti um sorriso se espalhar por meu rosto, de alguma forma estranha eu não tinha medo dele.

— A propósito, eu sou Edward.

Eu gozaria só ouvindo sua voz. Porfavorzinho que ele seja tão lindo quanto sua voz!

Corei forte ao perceber que tinha que falar algo.

— Bella. – Sussurrei constrangida.

— Bella, vou te ajudar a andar até minha cabana. Juro que não vou te matar, te estuprar ou roubar seu lindo corpinho. – Ouvi a risada em sua voz.

Todo meu corpo estava em chamas, e dessa vez não era nada relacionado a desejo, apenas o mais terrível constrangimento.

As sombras das árvores e falta de lua me impedia de ver ele, ou o caminho pela frente, e ainda sim ele caminhava sem hesitação. Passadas firmes, mas lentas, enquanto me apoiava. A chuva ainda caia, ainda estava frio, mas tinha parado de ventar.

Um relâmpago tomou o céu, clareando-o por um instante, mostrando apenas um maxilar quadrado.

Gemi frustrada, eu queria tanto ver ele, tanto, tanto,

Logo chegamos a cabana, toda entalhada em madeira, ornamentada com uma varanda pequena que continha duas cadeiras de balanço, totalmente rústico mas cheia de classe.

— O que fazia aqui fora na chuva? – Questionei curiosa.

Só então havia me atentado para o fato de que ele estava na chuva, enquanto tinha uma casa quentinha ali bem próxima, não que eu estivesse reclamando, afinal tinha recebido sua ajuda.

— Um galho caiu no canil da Arya, ela se assustou e começou a uivar, sai preocupado então ouvi seu grito.

Era razoável, não parecia a história de um psicopata ou sequestrador.

Adentramos a cabana que estava escura, com gentileza ele me sentou em uma cadeira enquanto se afastava pra acender a luz. Imediatamente senti falta do seu calor.

Pisquei com a luz, me acostumando com a claridade, olhei ao redor, era tão aconchegante. Um sofá enorme cinza, que parecia imensamente macio, uma mesinha de centro onde estava dois controles e marcas de algo redondo, provavelmente garrafas de cerveja; o tapete era marrom, e parecia tão macio, provavelmente mais macio que minha cama, eu queria me afundar nele, uma TV de plasma grande, e então por meus Deus amado, o homem mais lindo que eu já havia visto na vida.

Alto, muito alto, cabelos escuros, caídos e o molhados pela chuva, olhos verdes intensos, boca rosinha que dizia beije-me, maxilar quadrado e forte, barba por fazer que eu queria que arranhasse meu pescoço enquanto ele beijava bem ali, usava uma camiseta preta, que agora estava molhada e colada em seu peito firme, quadris largos e pernas bem torneadas.

Era um homão da porra, que gritava sexo, sexo selvagem, sexo alucinante, orgasmos de fazer o mundo parar.

Senti minha boca ficar seca de vontade de tê-lo lá, na minha boca, na minha boceta.

Voltei meus olhos pro seu rosto, vi que ele estava corado, mas que também analisava meu rosto, que era a única parte visível do meu corpo.

Era só ele pedir e eu ficaria peladinha!

— Eh...acho melhor você tomar um banho, está ensopada e droga seu pé! Vou pegar gelo.

Bufei alto. Não queria gelo, queria ficar quente, quente e suada com ele, em cima dele.

Ele voltou com um saco de ervilhas congelado e um sorriso amarelo.

— Desculpe, só tenho isso congelado.

Com cuidado ele levantou a barra da minha calça e colocou a ervilha. Estremeci com o contato do objeto gelado.

— Não está quebrado, só dei um mau jeito, uma contusão leve.

Ele assentiu, ainda segurando com delicadeza, ignorando toda a lama que me cobria.

Tentei de todas as formas possíveis evitar pensar naquele homem nu ou algo do tipo, no que falhei miseravelmente.

Ele nu me fodendo no sofá, me prensando contra a parede, na sua cama enorme.

Como eu sabia? Há ele era um puto de um homem enorme, tinha que ter uma cama enorme, e um pau enorme.

Corei em mil tons de vermelho ao imaginar isso, e por querer isso desesperadamente. Olhei disfarçadamente para o meio de suas pernas, tentando avaliar o tamanho do instrumento quando o notei me olhando de olhos arregalados.

— Acho que vou aceitar aquele banho. – Murmurei totalmente constrangida.

Ele guiou me para o banheiro. Ambos estávamos mortificados com minha reação a ele.

— Aqui a toalha. – Ele disse se abaixando no armário.

Sua camisa subiu me dando a visão de sua pele branquinha. Engoli em seco, virando rosto.

Pensei em qualquer coisa pra evitar pensar em nós dois naquele pequeno ambiente. Emmett me matando na academia, mas na academia tinha aqueles homens e ugh...eu não estava me saindo bem.

— Vou ver algo pra você vestir, fique a vontade.

Ele saiu rapidamente me deixando só. Respirei fundo e me despi, evitando apoiar totalmente no pé machucado. Adentrei o box, liguei a ducha quente e deixei a água acalmar meus nervos que estavam todos tensos querendo nada mais do que um sexo com aquela delícia de homem.

Abusei da boa vontade dele usando seu shampoo e condicionador, dando um jeito na juba que meu cabelo havia virado. Após me sentir minimamente apresentável, sai do banheiro ainda enrolada na toalha.

Fui direto pra sala me sentindo um pouquinho tímida, mas só um pouquinho.

Ele estava lá em toda a sua gloriosa presença, sentado no sofá, com os cotovelos apoiados nos joelhos. Agora usando uma calça de moletom cinza e uma regata branca que me deixava ver seus músculos e uma tatuagem de leão no braço, que anteriormente eu não tinha visto devido a camiseta.

Ele realmente parecia um felino com os cabelos bagunçados, me lembrando de um dos meus personagens favoritos. Tiger* era quente, mas Edward era real e estava ali na minha frente.

Pigarreei tentando tirar da minha mente a imagem de Tiger e Edward disputando a minha pessoinha linda maravilhosa.

Ele me olhou, realmente me olhou, de cima a baixo, cada cantinho exposto, e eu posso ter dado um jeito na toalha pra valorizar meus pequenos peitos e ficar um pouco curta nas coxas. Qual é, uma mulher tem que saber jogar.

Enquanto me olhava, seu pomo de adão saltou, ouvi o suspiro, notei seu olhar tenso e cheio de luxúria.

Diabos, ele era um cara, e eu uma mulher quase nua na frente dele.

Ele arranhou a garganta duas vezes antes de me olhar nos olhos.

— Eu trouxe uma camisa minha, e bem, meias calças da minha mãe. – Ele corou ao falar isso.

— Eu não vou usar meia calças sem calcinha! – Me exasperei.

— Eu...é...

— Minha perereca não vai tocar aonde a perereca de outra mulher já tocou! Eca!!!

Ele começou a rir. Rir sem parar, daquele jeito que a gente segura a barriga.

— Eu. Desculpe. Porra!

Assim que deixei a toalha se soltar ele parou de rir. É talvez aquilo não fosse tão engraçado.

— Está vendo isso aqui garotão. – Disse apontando pra minha boceta. – Ela só é tocada ou toca em coisas que tenham haver com um pau grosso, grande e se possível bem duro.

Ele estava boquiaberto, olhando direto pra ela. Eu também estava boquiaberta, não esperava ter uma atitude assim. Diabos, eu não sabia o que fodidamente estava fazendo.

— Droga. Desculpe eu...

— Não! Ele impediu que eu pegasse a toalha novamente para me cobrir, se aproximando muito de mim.

Eu estava exposta pra ele, e o analisando vi seu pau formar uma tenda na calça de pijama folgada. Ofeguei com o tamanho que aparentava mesmo coberto.

Seu olhar queimava minha pele. Sem permissão ele tocou meus peitos, ambos ao mesmo tempo. Primeiro apenas segurou, e eu segurei a respiração.

— Bella! Bella! Você está bem? Diabos, menina fale comigo!

Pisquei rapidamente olhando pra ele parado em minha frente, a toalha ainda no meu corpo, mas suas mãos em mim. Soltei um resmungo baixo.

Havia sido apenas minha mente perturbada, nada de toalhas caindo, ou mãos me tocando.

— Você está bem? Ficou parada muito tempo me olhando de forma sonhadora.

— Eu realmente estava sonhando. – Resmunguei mais ele ouviu.

— Aqui, vista isso. – Disse me estendendo uma camisa de manga longa, xadrez em vermelho e preto que batia nos meus joelhos.

— Claro. Obrigada.

Peguei as roupas e me enfiei novamente no banheiro. Fiquei sem sutiã ou calcinha, já que ambos estavam ensopados.

— Eu preciso de um telefone, você poderia me emprestar? – Perguntei quando o encontrei na cozinha mexendo algo que cheirava divinamente bem.

— Claro, mas está sem linha por causa da chuva. Sempre que chove é assim.

Verifiquei o telefone que ele havia me estendido. Porra, Alice e Charlie surtariam, mas não é como se eu pudesse fazer algo.

— Algo cheira muito bem ai.

Ele sorriu docemente, um sorriso que mostrava todos os dentes incrivelmente brancos.

— O que te fez sair no meio da chuva Bella?

Era uma pergunta simples, ainda sim, levei um tempo pra responder, enfim contando a ele sobre a doença de Charlie, e a loucura na estrada. Ele ouvia atentamente, me perguntava coisas, e logo conversávamos como se nos conhecêssemos desde sempre.

— Deus o gosto é bem melhor que o cheiro. – Gemi colocando outra colher do ensopado na boca.

— Obrigada. – Ele me deu novamente aquele sorriso leve.

Acabamos de comer e eu recolhi a louça.

— Bella pode deixar que eu...

— Shiu! Eu cuido disso bonitão!

Ele voltou a se sentar.

— Então eu sou bonitão e tenho uma voz orgástica?

Pude ouvir o riso em sua voz quando me desconcentrei e quebrei um copo.

— Porra!

— Droga, deixe me ver.

Ele já estava com minha mão na sua antes que eu sequer processasse que havia cortado minha mão, tinha sido de leve, nada demais, nem mais estava sangrando.

— Você é um perigo pra si mesma ne?! – Ele tinha um sorriso no rosto, mas sua voz tinha um tom por trás que eu não identifiquei.

— E pra você também.

Nossos corpos estavam próximos. Eu o queria. Muito. Meu corpo implorava pelo dele. Me aproximei mais, devagar, até nossos lábios estarem bem perto um do outro, dando lhe a chance de recuar se quisesse, mesmo que aquilo ferisse a porra do meu ego.

Ele não recuou. Encurtou a distância e tomou minha boca em um beijo duro e faminto. Sua língua duelava com a minha, meu pulmão implorava por ar mas eu não queria parar.

Ele parou por nós, me olhando intensamente enquanto respirávamos ofegantes. Levantei a mão e passei por seu cabelo ainda úmido, puxando levemente, enquanto ele fechava os olhos e respirava fundo,

— Sim, você é totalmente um perigo pra mim.

Novamente ele me beijou, sua língua pediu passagem para minha boca, ao invés do duelo anterior, nossas línguas dançavam uma entorno da outra, conhecendo uma a outra. Quase uma dança do acasalamento mas ainda sim uma dança.

Suas mãos grandes e fortes foram pra minha cintura. Diabos, seu aperto era firme, e me fazia ansiar por mais.

Infiltrei minhas mãos em seus cabelos, os puxando com força, Edward gemeu em minha boca, me levando mais pra perto.

Fui içada dos meus pés e levantada, rodeei minhas pernas em sua cintura, ainda nos beijando, ele agarrou minha bunda nua pra ajudar a me firmar dando um passo rumo ao quarto, quando parou. Parou tudo, de me beijar, de andar, de respirar.

— Santo inferno! Você não está usando calcinha?

O som da sua voz, seu rosto, gemi e quase gozei ali mesmo.

— Porra, mil vezes porra!

Seus olhos verdes estava escuros, eu sentia seu pau duro contra mim, e sua mão, sua mão acariciando minha bunda, e então espalmando minha bunda.

Edward era um homem enorme, mas conseguia ser delicado e era. Sua mão era calejada, eu sentia cada calo enquanto ele acariciava minhas nádegas.

— Não posso acreditar que esteve nua em baixo dessa camisa o tempo todo! – Ele sussurrou ainda se aproveitando do meu estado.

Dei uma risadinha.

— Minha lingerie estava molhada.

Eu não queria esperar, e seu membro duro também não, eu sentia seu calor contra mim e o queria dentro de mim, duro e forte.

— Por favor! – Gemi alto com a imagem na minha mente.

Ele me sentou na mesa que comemos e me olhou, enquanto abria cada botão, olhando e acariciando.

— Você é linda! Muito linda.

Eu já tinha transado com diversos caras, mas Edward tinha algo diferente, ele era reverente. Era apenas por prazer, uma noite de sexo sem compromisso, mas ele respeitava e reverenciava à mim e ao meu corpo. Não era só o prazer dele, era o nosso, e aquilo me comoveu.

Acariciei sua barba por fazer, admirando o homem lindo na minha frente. Toda a blusa estava aberta e ele admirava meu corpo, eu estava exposta pra ele, toda exposta.

Ele levantou a mão levando a em direção ao meu peito, antes de tocar me olhou, me pedindo permissão.

Eu bufei em resposta e antecipação. O idiota riu.

— Calma linda, devagar, essa noite vou apreciar e me deliciar com você!

Suas palavras me deixaram quentes, muito quentes.

— Espero que o se deliciar não seja me cozinhar num molho fervente e me comer num estilo de canibalismo esquisito.

Ele riu alto mas não parou o toque, segurando firme meu seio, tocando o bico, apenas em um o outro ele apenas segurava, até sua língua quente tocar o bico do meu seio direito, em seguida lamber e sugar como um bebê faminto. Gemi alto e arqueei meu corpo contra ele.

Ele sugava uma e massageava o outro, e aquelas mãos calejadas em nada se comparavam com as mãos moles daqueles almofadinhas com quem fiz sexo. Ele trocou do direito pro esquerdo, enquanto eu gemia desesperadamente, ele gemia em resposta, ansiando dar à ele o mesmo prazer que eu sentia abri os olhos e quase tive um enfarto com a cena que se desenvolvia na minha frente. Edward sugava meu seio esquerdo, massageava o direito e com a outra mão se masturbava.

Seu pênis era grande, e seus movimentos firmes. Gozei forte, gritando alto.

Ele estava batendo punheta enquanto me mamava, era demais pra mim. Ele me olhava estupefato. Chocado talvez. Corei vergonhosamente. Odiava essa reação do meu corpo.

— Eu quero você...dentro de mim...agora!

— Não precisa pedir duas vezes.

Ele terminou de tirar minha blusa, que era dele, mas que eu roubaria pra mim, tirou a dele, e puta que me pariu. Engasguei com aqueles gominhos deliciosos, aquela pele branquinha como leite, e eu ainda nem tinha chego na melhor parte.

E aquela parte era um pau enorme, grosso, cheio de veias e que não ia caber em mim!

— Isso não cabe em mim! – Gritei chocada.

— Isso é um elogio? – Ele perguntou confuso.

Bufei alto exasperada.

— Edward olha pra isso! – Apontei seu pau enorme. – Agora olha pra mim!

Ele fez o que eu mandei.

— Jesus Cristo você é enorme e grosso e eu sou pequena e isso tudo não vai caber em mim!

Ele riu, aquela risada gostosa e grave que me fazia ficar molhada e sentir uma coisinha no coração que resolvi ignorar.

— Relaxa linda, eu não vou te machucar.

Com um beijo em minha testa ele me pegou em seus braços estilo noiva e me levou pro quarto. Um quarto totalmente masculino e simples, mas a cama era divinamente maravilhosa, enorme, e parecia macia.

Ele me deitou com extremo cuidado, como se eu fosse quebrar se ele usasse um pouco mais de força, mas na realidade eu gostava de força, desde que seja daquele jeito bom que te faz gozar várias vezes.

O puxei pra um beijo, saboreando-o lentamente, me aproveitando daquele homem esculpido, desenhado e todo delineado por Da Vinci, que eu ainda achava que era gay.

Desci as mãos por seus ombros enquanto ele gemia baixinho e se esfregava descaradamente em mim. Os músculos de sua barriga se contraindo ao toque da minha mão, se arrepiando com minhas unhas. Parei o beijo e mordi seu pescoço, lambi e chupei enquanto ele gemia e se contorcia.

Nos virei na cama, ficando por cima.

— Uma deusa, é assim que se parece, mas se não é você parece com uma. Tão linda.

Ele era fodidamente fofo, e me deixava tão excitada!

Beijei seu tórax, sentindo seu gosto amadeirado na minha boca, me fazendo gemer.

— Puta que pariu, mais gostoso que chocolate e olha que eu amo chocolate.

Ele riu, fazendo meu corpo tremer e casa uma das vibrações irem direto pra minha boceta. Voltei a prova-lo, lambendo, chupando, mordi a aureola do seu peito, e ele rosnou, alto, de forma animalesca e eu gemi em retorno.

Tirei a calça que ele ainda usava, e suas mãos atacaram meus mamilos sensíveis. Por um instante me esqueci qual a missão que tinha em minha mente e me deleitei com seu toque. Uma mão desceu pra minha boceta me penetrando sem hesitação.

— Tão malditamente bom! – Gemi rebolando em seu dedo, e lembrando que o pobrezinho precisava de atenção.

Pobrezinho o caramba, o tamanho daquilo, tinha que ir pro livro dos recordes. Olhei pra ele atentamente e dei um beijinho na cabecinha, ou cabeçona, o que diabos quiser pensar. Ele gemeu e resfolegou.

Acariciei aquela maravilha, pra cima e pra baixo, atenta a todos os movimentos, como uma criança quando descobre um brinquedo novo.

— Assim? – Perguntei insegura.

Sexo sempre foi algo do tipo, enfia, tira, goza, mas Edward era um mestre das preliminares.

— Mais rápi...Caralho!

Coloquei seu pau na minha boca, ou tudo que coube dele na verdade, o chupei ele até onde aguentei, massageei e continuei o vai e vem da minha mão. Ele agarrou meu cabelo, guiando os movimentos mais rápido.

Eu estava muito excitada de vê-lo daquele jeito, tão descomposto, e ele aproveitava disso, simulando estar me fodendo com seus dedos, e era tão malditamente bom. Guiei minha mão pras suas bolas, diabos era ótimo chupar ele, mas minha boca estava adormecendo, e eu queria que a ação real começasse.

— Caralho vou gozar! Bellaaa!

Ele gritou enquanto tentava puxar seu pau da minha boca, o que impede prontamente, nunca fui do tipo que engole esperma, mas dele eu queria, era totalmente quente e primitivo pensar que ele me marcaria inclusive por dentro. Seu uivo enquanto gozava em minha boca foi totalmente alucinante, foi masculino e animal.

— Você esta bem? – Perguntei após ele desabar na cama.

— Só.me.dê.um.minuto.

Eu ri da sua fala sem fôlego. Deitei ao lado dele e afaguei seus cabelos. Ele estava de olhos fechado com a respiração ofegante.

— O melhor boquete da minha maldita vida! – Seu olhos passaram a me fitar.

 – Bem, agora preciso trabalhar pra ser o melhor sexo da sua vida.

— Maldição! – Ele praguejou olhando pra baixo, vendo seu membro começar a se reerguer após aquele orgasmo alucinante.

— Acho que alguém bateu continência!

Ele riu e veio atrás de mim, como um felino atrás de sua presa, mais uma vez me lembrando do Tiger.

— Agora eu vou te deixar pronta pra enterrar meu pau em você, duro, forte e até o fim.

Oh Deus eu queria, mas eu nunca mais andaria, mas seria o sexo mais maravilhoso do mundo e todos os outros pareceriam gravetinhos sem graça, mas quem sabe...

Sua língua na minha boceta me tirou desses questionamentos inúteis. Foda-se os gravetinhos, eu só sabia que queria sua língua malditamente boa esfolando minha parte de menina sem dó.

Tão bom! Agarrei seus cabelos tentando impedir que ele saísse de lá, não que ele estivesse tentando, mas eu não queria arriscar.

Eu estava tão sensível, sua língua no meu clitóris, seus dedos num vai e vem desenfreado. Me desfiz pela segunda vez na noite, como nunca antes.

Seus dedos me abandonaram antes que meus músculos voltassem ao estado normal, ele nos virou na cama me deixando por cima novamente.

— No seu tempo, o quanto você aguentar.

Ele me deixou comandar e merda, era meigo da parte dele.

O masturbei duas vezes analisando aquele rosto que causaria inveja até em Eros ou Apólo, na verdade eles o odiariam por sua beleza e sua meiguice, ai tem o pau imenso e a voz que me deixa molhada, seu gemido me chamou a atenção.

— Ok, eu aguento!

Guiei seu membro com cuidado pra minha entrada, sentindo cada centímetro dele entrar em mim, me preenchendo inteira, me sentindo totalmente cheia. Olhei pra ele que olhava pra onde nossos corpos se encontravam com fascínio, segui seu olhar e porra, era totalmente quente, seu membro quase todo dentro de mim.

— Não cabe mais! – Rapidamente justifiquei.

Eu queria que coubesse tudo, mas ele era tão grande, será que isso atrapalharia no prazer dele!?

— Tá tudo bem linda. – Sua voz saiu agoniada, ele segurou minha cintura com força começando a me mover devagar.

Era uma tortura pra ele ficar parado, eu me senti totalmente poderosa vendo aquele homem gigante torturado e desesperado por mim.

— Por favor linda!

Continuei me movendo no ritmo que ele tinha ditado, lento e calmo, e o prazer que aquilo estava me causando devia ser o mesmo que ele sentia.

Subi e desci naquele mastro sentindo minha boceta dilatar a cada vez mais, acomodando ele todo, ele todinho dentro de mim e puta que pariu, ele olhava fascinado, aumentei o ritmo até estar num trote desenfreado.

Seu pau grande e grosso entrando na minha boceta, aumentei ainda mais o ritmo gemendo alto, eu não aguentaria muito, era muito erótico aquilo.

— Tão perto. – Gemi o aviso.

Sua mão deixou minha cintura e massageou meu clitóris. Foi como colocar fogo em pólvora, meu corpo inteiro se aqueceu, queimou, explodiu em mil sensações, desabei em seu peito enquanto o prazer me tomava e eu o mordia tentando abafar o grito que rasgou minha garganta.

Ele nos virou na cama, ficando por cima de mim, ainda em busca de sua própria libertação.

Rápido, forte, fundo, até gozar dentro de mim, mais fundo do qualquer um já tinha ido.

Seu urro foi tão sexy que quase me fez gozar se eu já não o tivesse feito três vezes em uma só noite. Edward desabou ao meu lado, respirando com dificuldade.

— O melhor sexo da minha vida linda. – Ele declarou após vários minutos tentando acalmar sua respiração.

Virei de frente pra ele, tirando o cabelo que havia grudado em sua testa, mexendo em sua barba por fazer.

— Não pare, isso é muito bom!

Ri dele e continuei o carinho enquanto ele fazia círculos na minha barriga. Apesar de estarmos nus, estávamos saciados sexualmente por ora, e apenas conversamos. Parece ser uma coisa estranha, mas foi tão fácil falar com ele, falar de Alice e de Charlie, falar da minha profissão. Ele me contou que seu avô era lenhador, seu pai continuou com isso até abrir um negócio próprio, ele começou assim e agora tinha uma pequena empresa que fazia móveis sob encomenda, o que explicava totalmente suas mãos calejada.

Adormeci com o carinho dele em minha pele, seu corpo quente e enorme aquecendo o meu.

***

Calor. Tão quente. Diabos, eu queria levantar mas algo pesado me impedia. Algo tipo uma braço. Um braço de homem. Um braço enorme, cabeludo, e eu já disse enorme?

Flahs da noite passada vieram em minha mente.

Edward. Dei um suspiro de alívio por ser ele o que era totalmente estranho levando em conta que o conheci somente ontem.

Levantei devagar não querendo o acordar, fui ao banheiro e atrás das minhas roupas que naquela altura já estavam secas. Sentei no sofá por um instante apreciando a maciez e pensando no que fazer.

Eu não queria o acordar, ele dormia tão serenamente, eu não queria me despedir e eu estava apavorada com a ideia do que viria a seguir. Ele foi o melhor sexo da minha vida, e tinha uma coisinha no meu coração que estava me deixando meio incomodada.

O sol já estava alto no céu, e Alice e Charlie deveriam estar desesperados atrás de mim e eu na cama me aproveitando daquele deus do sexo maravilhoso. É eu precisava ir.

Vi um papel e caneta em cima da mesinha, deixe-lhe um bilhete, e diabos, queria ter deixado meu número mas, eu não o sabia de cor, e sai em direção a Forks, sem querer enfrentar o homem que ainda estava dormindo.

***

— Rose eu não aguento mais ser apalpada pelo Senhor Harrison! – A loira exuberante riu alto de mim.

Rosalie Hale, era uma loira linda, médica e a pessoa mais sensível que já conheci, todavia exigia dos enfermeiros seu sangue quando estavam trabalhando com ela, o que desagradava a muitos, mas não a mim, o que fez de nós parceiras perfeitas assim que me mudei e consegui um trabalho no Hospital de Forks.

— Eu te avisei, mas você duvidou e disse que aquele doce velhinho jamais faria algo assim.

Bufei irritada.

— Aquele velho tarado! Talvez eu deva falar a Alice sobre ele.

Meus resmungos só fizeram a mesma rir mais, e seu olhar brilhar. Alice e ela já haviam se conhecido e se tornado amigas que fofocavam via whatsapp e tudo mais. Eu sentia falta de Alice, mas entendia que sua vida era em Seatlle, Jasper estava lá e toda sua carreira policial, eu havia voltado por Charlie, e ela havia ficado. A distância incomodava mas papai precisava de mim.

— Vou sair pra almoçar com Emmett, ele está fazendo da minha vida um inferno com essa nova dieta!

Emmett havia me seguido pra Forks, juntou seu dinheiro, pediu contas e abriu uma pequena academia na pacata Forks, que por incrível que pareça estava dando certo. Eu ficava feliz por ele, mas com ódio do que ele fazia comigo, eu supostamente era sua garota propaganda e tinha que malhar e me alimentar corretamente.

Quando ele descobriu, por meio de Rosalie, sobre minha alimentação nos dias de plantão, enlouqueceu e assumiu a função de me alimentar, as minhas custas é claro.

— Boa sorte com ele! Ah, antes de ir, tem uma sutura a ser feita.

Assenti me dirigindo pra sala onde o paciente estava conforme o prontuário que Rosalie havia acabado de me entregar. Só mais uma sutura e eu poderia comer salada! Runf! Como se isso fosse me sustentar!

— Boa tarde Senhor.... – Olhei pro prontuário. – Senhor Edward Cullen.

Congelei ao olhar pra cima! Diabos..era ele, após todos aqueles meses.

— Bella. – Sua voz não passava de um sussurro.

Ele levantou e andou em minha direção, me encurralando contra a porta fechada.

— Achei que jamais te veria novamente. – Eu também achava que jamais o veria de novo.

— Acho que nos enganamos. – Sussurrei de volta. Olhei pra baixo desviando do seu olhar predador.

Tudo que me vinha a mente enquanto o via era seu pau enorme, e o sexo alucinante e claro, aquela coisinha aterradora que eu sentia no coração.

— Sua mão. – Peguei-a na minha com cuidado, analisando o corte.

— Eu estava cortando madeira, e me cortei. – Ele escondia algo, mas ignorei.

O sentei de novo enquanto limpava o corte que havia sido profundo, e preparava as coisas para a sutura. Respirei fundo controlando o tremor dentro de mim e comecei devagar.

— Você saiu sem dizer nada. – Ele acusou.

— Eu deixei um bilhete. – Retruquei, mas entendia o que ele queria dizer.

Me arrependi de ter deixado aquele bilhete, eu queria um endereço um contato, mas não havia possibilidade, até agora.

— A porra de um bilhete sem forma de te contatar, grande merda! – Sua voz se alterou.

— Eu sei, eu fui burra, mas não lembrava o número do meu celular, e meu pai e Alice estava loucos atrás de mim, e...

Eu fui calada por um beijo doce.

— Não foi minha imaginação. – Ele sussurrou.

— Não mesmo bonitão, eu jamais imaginaria um pau daquele tamanho.

Ele riu, a mesma risada gostava que eu me lembrava e que atingia em cheio minha boceta.

— Vamos fazer certo dessa vez sim? Me passe seu número e vamos sair..

— Que tal hoje? – Interrompi sua fala louca pra ter mais tempo com ele e fugir da comida horrível que Emmett queria me empurrar.

— Claro!

E assim, saindo pra visitar meu pai, fugindo de lobos maus na estrada, no meio de uma chuva torrencial, eu cai nas garras de um lenhador deliciosamente maravilhoso e que faria das minhas noites algo muito melhor que qualquer conto de fadas.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoas!
Essa ideia surgiu do nada na minha mente e a Chloe e a Lola não perderam a oportunidade de me incentivarem, como sempre obrigada meninas!
Eu realmente amei o resultado e espero que vocês também o apreciem.
Desculpem qualquer erro de português.
Ah Tiger acima citado é personagem de minha autoria, da fic Arena Mortal, se alguém quiser ler, segue o link: https://fanfiction.com.br/historia/752225/Arena_Mortal/
Vejo vocês, se tiver alguém, nos comentários!
Beijinhos
15/04/2018.