Suddenly Twins escrita por Little Mrs Salvatore


Capítulo 7
De volta a minha vida


Notas iniciais do capítulo

Olaaaa, voltando antes, pra compensar o atraso que eu dei no ultimo capitulo.
Queria dizer uma coisa que ta me deixando muito feliz, que é ver outras autoras, quais eu amo as histórias, acompanhando e comentando minha fic, é por isso que eu gosto tanto do Nyah, é como se fosse uma familia, sem julgamentos, com liberdade de criação e muito apoio, obrigada mesmo ♥
Agora, sem mais delongas e se preparem pra dar oi pra alguem muito querida e que chegou pra revirar a vida do nosso Salvatore.

PS: procurem a tradução da musica - caso não conheçam - e sofram comigo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/758751/chapter/7

Just the same - Bruno Major

As sextas feiras, Damon saía mais cedo da empresa e seguia para o hospital. Gostava de passar um tempo com Elena, desabafava, mesmo sabendo que se ela estivesse acordada jamais poderia lhe dizer metade do que sentia.

Caminhava tranquilamente pelos corredores do local, tinha em mãos um buque de orquídeas roxas, que eram as favoritas dela, digitava algo distraído no celular. Subiu o olhar quando entrou no quarto, Elena estava sentada, apoiada a cabeceira. Antes que pudesse pensar em algo, olhou em volta, ela estava nos braços de duas enfermeiras, uma médica que estava de costas dava ordens.

— Isso, continuem, dobrem a perna dela e permaneça imobilizada por alguns segundos – escrevia algo em sua prancheta – O fluxo está retornando. – Sorriu satisfeita. Virou-se para sair, mas se sobressaltou ao ver Damon na porta – Sr. Salvatore – escondeu o descontentamento.

— Caroline? – Perguntou confuso. Ela vestia um jaleco do hospital. – O que faz aqui? – Arqueou as sobrancelhas, entrando no quarto.

— Não achou que ia deixa-las sob seus cuidados, não é? – Debochou retornando a cama na posição inicial. Damon a ignorou e deu um beijo na testa de Elena. Trocou as flores do vaso, descantando as outras na lixeira e sentou-se ao lado dela.

— Está com alguns meses de atraso, não? – Retrucou. Damon encarou a esposa adormecida, ela estava corada. – Por que ela estava sentada? – Caroline o observava aos pés da cama, tinha algo diferente do cara frio que encontrara a alguns meses.

— O sangue dela não estava circulando normalmente – suspirou – Efeitos colaterais do coma, nosso corpo funciona melhor com o movimento e Elena tem um total de zero no momento. – Observou ele pegar as mãos dela e dar-lhe um beijo nos nós dos dedos. – Você sabe que se Elena acordar isso acaba, certo? – Apontou para sua mão.

— Nós não sabemos disso – retrucou ofendido.

— Ah sabemos sim – riu sarcástica – Ela trocou de nome seu filho da puta egocêntrico. – Rosnou.

— Controle suas palavras Doutora – ele desviou o olhar da esposa e encarou a médica – Ou eu faço questão de você nunca mais ver Elena ou suas afilhadas. – Sorriu afiado. Ela cerrou os olhos furiosos.

— Faltam dois meses Damon – concluiu. Guardou a caneta com que fazia anotações no bolso superior do jaleco e abraçou o prontuário. – Nos vemos no tribunal Salvatore – sorriu irônica e sal do quarto, deixando um Damon aborrecido para trás.

A verdade era que mudar de cidade, de emprego, devolver o apartamento, não foi nada fácil. Os últimos meses foram bem corridos para a loira, nenhum hospital precisava de atendentes na área de cirurgia ortopédica, então, quando um dos médicos morreu de um ataque cardíaco, ela não pode evitar se sentir aliviada, claro que sentia pelo médico, mas no momento seu foco era sua família. O apartamento foi fácil, ela sempre admirou o Brooklin, era um pouco mais afastado do centro, mas estava valendo, era grande, com três quartos e por um preço quase inexistente. Damon tirar suas afilhadas e ainda controlar sua melhor amiga, que lutou tanto para fugir dele, não era uma opção.

Com a convivência das filhas, Damon esqueceu-se totalmente do documento assinado, o qual alegava que após seis meses de cuidados, Caroline poderia entrar com a ação de guarda. Parecia fácil e simples na época, mas as duas agora tinham lhe conquistado. Não ia perder as filhas. Elena, não mostrava mudanças, o que por um lado o favorecia. Porém, com o histórico do casamento e o testemunho de Caroline, seus prós e contras chegavam em um empate. E bem, Damon não gostava de perder. Decidiu recorrer a única pessoa que podia lhe ajudar.

— Você quer que eu faça o que? – Perguntou sentado em sua cadeira. Estranhou no minuto em que Damon adentrou o seu escritório, ele era egocêntrico demais para se dar ao trabalho de visitar os sócios.

— Elena é sua sobrinha, se você testemunhar eu tenho chances – Damon caminhava de um lado ao outro. Estava deixando o rapaz tonto. – Estou te implorando, Ric. – Apoiou as mãos sob o tampo de vidro.

— Primeiro, Elena é minha sobrinha de consideração, não temos laços sanguíneos – explicou o obvio. – Segundo, eu não sei Damon, eu conheço Caroline desde os seus três anos de idade. – Deu de ombros em um impasse.

— Você me deve! – Acusou como última cartada.

— Olha aqui! – Alaric levantou-se calmamente – Eu já disse que eu não ajudei Elena a fugir! – Socou a mesa – Você acha que eu ia perder a chance de conhecer minhas sobrinhas só porque você é um açougueiro desgraçado? – Esbravejou se jogando novamente na cadeira. Damon enfiou os dedos sob os cabelos nervoso. Aquilo não estava o levando a nada.

Desde que souberam da existência das meninas, todos entraram em total acordo de que aquele era o real motivo da fuga de Elena. Cada um reagiu de uma forma diferenciada. Josie aflorou o instinto materno de tal forma que Alaric era obrigado a busca-la no apartamento do irmão as vezes. Stefan só sabia ser o tio brincalhão, sem responsabilidade alguma, e que causou uma crise alérgica em Alice, contingentemente é claro. Enzo, bem, Enzo era indiferente a qualquer assunto familiar, mesmo tendo os Salvatore como sua única família. Com Alaric era diferente, ele nunca perdoou Damon pelo sumiço da moça.

Alaric casou-se muito jovem com a tia materna de Elena, sua vida sempre foi complicada, passou a infância indo de um reformatório ao outro e em famílias adotivas diferentes, quando conheceu a noiva, parecia certo. Jenna engravidou quando ainda terminavam o ensino médio, os dois se casaram logo no final do ano letivo. O parto teve complicações que causaram a morte de Jenna e o bebe, levou muito tempo para que ele se perdoasse, contudo Alaric nunca perdeu contato com a família da esposa. Elena tinha sete anos quando tudo aconteceu, conforme os anos foram passando, a família que ele tanto amava se perdeu, por isso quando reencontrou Elena trabalhando no hospital, sentiu que havia recuperado a única família que teve. Damon tirara aquilo dele.

—Eu sei que eu errei – a voz do moreno surgiu depois de alguns minutos em silencio. Ele estava sentado em uma poltrona do outro lado da sala. Alaric que antes encarava o chão, agora aguardava que ele terminasse a frase. – Mas eu estou tentando, Deus sabe que sim – encarou o loiro de longe – Elas se tornaram tudo para mim, é como se eu tivesse Elena ali todos os dias, mas em dose dupla, eu tenho que honrá-la, do jeito que eu não fiz enquanto ela era minha esposa. – Implorou com os olhos cheios de lagrimas. Alaric ponderou por alguns minutos.

— Eu deponho a seu favor – Damon respirou aliviado – Com uma condição. – O semblante do loiro era sério, Damon assentiu. – Quando Elena acordar, você vai ficar longe dela! – Cruzou os dedos sob a barriga e esperou a reação.

— O que?! – Damon levantou em um solavanco. – Eu finalmente a encontrei e você quer tirá-la de mim?! – Extravasou com os braços abertos.

— Essa é a minha condição Damon. – O semblante sério não vacilava. – Você tirou minha família de mim. Se não quiser ficar sem a sua, é a minha condição. – Damon o encarou indignado. – Ou deponho a favor de Caroline, ela me ligou ontem à noite, de qualquer maneira. – Deu de ombros.

— Espera – arregalou os olhos – Você sabia que ela estava aqui?! – Se exasperou.

— Ela é a melhor amiga da minha sobrinha, você acha mesmo que eu não saberia? – Debochou – Ela está aqui a semanas. – Concluiu.

— Seu filho da puta traidor! – Damon gritou e saiu pisando duro. Pode escutar a risada de Alaric enquanto andava rapidamente em direção ao elevador.

Damon sentia tudo se fechando ao seu redor, não ia perder as filhas, não mesmo. Dirigiu cegamente até o apartamento. Alice e Olivia estavam espalhadas pela sala, desenhavam apoiadas na mesa de centro. Ele ficou alguns minutos as observando em silencio. Em algum momento, Alice levantou o olhar tirando um fio de cabelo do rosto, sorriu ao vê-lo ali.

— Damon! – Anunciou animada e recebeu a atenção da irmã que estava tão distraída quanto ela.

— Ei meus amores – sorriu se aproximando, deu um beijo na testa de cada uma e sentou entre elas, cruzando as pernas. – O que estão fazendo? – Observou os papéis, eram bonecos palitos.

— Somos nós – Liv empurrou o desenho na frente do pai. Eram quatro pessoas, Elena, as gêmeas e um outro rapaz.

— Sou eu? – Perguntou contendo a emoção. Ela assentiu, ele observou melhor o desenho, em cima de um suposto Damon estava escrito a palavra papai em letras bastão. – Papai? – Arqueou as sobrancelhas para a menina. Ela encolheu os ombros sem graça e ele sorriu.

— Posso te chamar de papai? – Encarou o papel fazendo um biquinho. Damon foi pego de surpreso com a pergunta.

— Eu também quero. – Ali, tinha voltado a desenhar, mas prestava atenção na conversa. Damon desviou o olhar para ela, encarava as duas com os olhos cheios de lagrimas.

— Mas é claro que sim. – Assentiu se libertando das lagrimas. – Podem me chamar do jeito que quiserem. – Elas o abraçaram e ele aceitou de bom grado. Uma força surgia ali dentro, Damon brigaria por elas, não importasse o preço. Ele limpou as lagrimas e voltou a encarar os outros desenhos. – E esses aqui? – Pegou a folha de papel tentando traduzir as imagens, conforme elas iam explicando, mais ele se emocionava. Os três se fecharam em sua bolha particular e nem viram quando o sol se pôs.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Suddenly Twins" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.