Survivor - Havaí escrita por Roger64


Capítulo 3
1X03 - ALIANÇAS


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo acompanha do quarto ao sexto dia do Reality Show mais competitivo do ano. O que será que vai acontecer? Leia até o fim!
Boa Leitura.



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Restam 19, quem será o próximo?

ABERTURA

Tribo Volcano

Ana

Rafaella

Vitória

Yuri

Davi

Cauã

Lucas

Sarah

Yasmin

Bruno

Tribo Hawi

Julia

Alex

Leonardo

Nathy

Pedro

Henrique

Giovanna

Ingrid

Taylor

Maria

DIA 3

Eram onze horas da noite e o acampamento não possuía nenhum tipo de iluminação.

Quando os nove Volcanos retornaram ficaram curiosos.

Yasmin foi a primeira a ir embora, isso era fato, a questão era que a mesma recebeu quatro votos.

A maioria se perguntava: Quem foram as quatro pessoas que a expulsaram da tribo?

— Ela recebeu quatro votos. Foi 4x3x3. – Davi arremessou sua mochila no abrigo. – Por pouco que Sarah ou Bruno foram eliminados.

— Caralho... Ainda bem que ela foi eliminada, digo, eu não votei na Yasmin, mas antes dela do que eu. – Bruno parecia bem-humorado. – Tô louco pra saber da onde veio os votos dos filhas da puta que escreveram meu nome no papel.

Rafaella que estava por perto, sentiu o coração gelar, ela foi uma das pessoas que votou no tatuador.

Ana também ouviu, outra que votou em Bruno, mas não se sentiu intimidada.

***

Ana Confessionário.

— Voto em quem eu quiser.

***

Um pouco distante, Sarah e Yuri iam pro acampamento juntos, carregando as malas na trilha.

— Obrigada por me ajudar. –  Sarah sorriu.

— Um cavalheiro sempre deve ajudar uma dama. – Yuri foi gentil. – Votou na Yasmin também, não é?

Sarah demorou alguns segundos para responder.

A verdade nem sempre podia ser dita e a advogada preferiu não dizê-la.

Não mantinha confiança em Yuri ainda.

— Não votei nela... – Respondeu firme e direta. – O quarto voto da Yasmin não foi meu.

Yuri riu e acreditou na mentira de Sarah.

— É menos uma pessoa preguiçosa na tribo, não fiquei nem um pouco surpreso de saber que outras pessoas tinham a mesma opinião.

Ambos chegaram no acampamento e começaram a falar sussurrando, afim de ninguém escutá-los.

— Tem uma panelinha dessa tribo tentando me eliminar. – Sarah sussurrou. – Na próxima vez que perdemos, serei a próxima a ir.

— Espero que não, você faria falta... – Jogou as mochilas no abrigo.

Três horas depois

Todos dormiam dentro do abrigo mal-feito, exceto uma pessoa.

Um par de mãos chegou até a mochila de Sarah, abriu o fecho lentamente, sem fazer barulho.

Fuçou um pouco e retirou uma máquina fotográfica da ruiva, o pertence pessoal, foi o único item dela trazido pro acampamento .

O indivíduo secreto de capuz preto saiu do abrigo.

DIA 4

ACAMPAMENTO HAWI

De manhã cedo, os membros da Hawi já haviam começado a trabalhar.

No centro do acampamento, Leonardo, Pedro, Giovanna e Maria estavam em uma missão complicada.

Tentavam fazer fogo, mas mal tinham resultado.

Leonardo estava suado de tanto tentar, o calor tomava conta do seu corpo.

— Acho que não vai dar certo. – Maria desistiu. – Melhor a gente parar.

O homem de noventa quilos ignorou a frase.

E continuou a tentar.

— Precisamos de fogo... temos que ferver a água. – A voz de Pedro era baixa.

Os olhos de Giovanna se concentraram no rosto do afro-americano.

— Ah meu deus... – Ela pareceu surpresa. – Ah meu deus...

— Ahn... algum problema? – Pedro ficou desconfiado.

— NÃO ACREDITO! Você é Pedro Shalzmer né? Jogador de basquete dos DiamondsBlack! Já vi você na TV. Porque não contou isso pra gente?

Pedro ficou sem palavras, foi pego de surpresa.

Leonardo parou de tentar fazer fogo e encarou o colega.

Maria fez o mesmo.

Os três se surpreenderam.

***

Confessionário Pedro

Sim, eu sou jogador de basquete. Quando entrei nesse jogo pensei “Se eles souberem que eu sou rico, vão saber que não preciso do prêmio e serei eliminado na primeira oportunidade e blá blá blá”. Meu disfarce estava indo bem. Mas aquela loira que é boa na natação, qual o nome dela mesmo... Giovanna disse em voz alta o meu segredo. Ainda bem que só havia quatro pessoas e então tentei convencer eles a não contar.

***

— Não digam pros outros, vou me ferrar legal se fizerem isso. – Implorou.

— Legal, legal... jogador de basquete né, hum... – Leo ficou incomodado.

A magricela apenas os observava, calada.

Giovanna abriu um sorriso maléfico e disse:

— Beleza, eu não conto, mas se a gente perder a imunidade e eu souber que você votou em mim... Sou boa na vingança.

— Tu não vai ter o meu voto... – A frase de Pedro soou trêmula.

Leonardo tomou uma atitude:

— Garotas, podem nos dar licença um minuto?

— Sim! – Respondeu ambas.

Maria e Giovanna foram para longe.

Quando elas ficaram a uma boa distância, o assunto começou.

— Deixa eu adivinhar, tá brabo comigo porque não te contei que sou rico? – Pedro olhou para baixo.

— Relaxa... eu já sabia que você era jogador de basquete desde o início. – Leo revelou.

Pedro arregalou os olhos e o encarou.

— Como?

— Acompanho basquete, bobão.

— Então porque fez cara de surpreso? – Questionou de sobrancelhas erguidas.

— Porque Maria e Giovanna não podem saber que eu e você estamos combinando os votos, se eu falasse que já sabia, iriam desconfiar.

Os dois começaram a caminhar pela areia contra a forte luz do sol.

O vento forte balançava as folhas das árvores logo ao lado da praia.

— Boa jogada... – Pedro elogiou.

— Temos que ser espertos. – Leonardo se mostrou estratégico. – Agora temos que ficar de olho naquelas duas, elas não podem abrir a boca de jeito nenhum.

***

Confessionário Giovanna

Já é o quarto dia e eu tô sentindo que já comecei bem. É bom aquele Pedro ficar esperto, se ele fizer algo contra mim, grito pra todo mundo quem ele verdadeiramente é. PEDRO TÁ NA MINHA MÃO! – Riu.

***

— Já convidou Alex e Henrique pro acordo? – Perguntou Pedro.

— Não tive a chance de falar com eles ainda, estão sempre rodeados de gente. – Franziu a boca. – Vou tentar pressionar Taylor, quero ver responder se quer fazer parte da aliança ou não, ele tá se fazendo.

— Nossa aliança vai detonar, mano...

Atrás dos bambuzais próximos, Julia escutava todo o assunto furtivamente.

Nenhum ruído era provocado por ela.

A fazendeira finalmente descobriu tudo.

***

Confessionário Julia

E lá estava eu caminhando pela praia, vi Leonardo e Pedro juntos e me escondi atrás dos bambuzais. AQUELA FOI A MELHOR COISA QUE EU FIZ NESSE JOGO ATÉ AGORA! LEONARDO E PEDRO ESTÃO TENTANDO FAZER UMA ALIANÇA COM TODOS OS HOMENS DA TRIBO. EU NÃO POSSO DEIXAR ISSO ACONTECER! – Parecia tensa. – É claro que não vou sair falando isso pra todo mundo, porque se não eles irão cortar a minha garganta.

***

No outro lado do acampamento.

Taylor preparava o arroz na cozinha ao ar livre.

Alex estava sentado no chão, conversando com ele.

Henrique saiu do abrigo e gritou:

— QUEM MEXEU NAS MINHAS COISAS?

E a discussão se iniciou.

***

Confessionário Alex

— Henrique é a pessoa mais idiota dessa tribo, reclama de tudo! Ontem a noite quando fomos dormir Taylor apenas trocou as mochilas dele de lugar. Hoje de manhã chegou fazendo briga pra cima do Taylor por causa disso.

***

— E quem te autorizou a mexer nas minhas coisas, cara? Te liga. – Henrique peitou.

Taylor não deu um passo pra trás.

— Você tem problema? Tá brigando por causa disso?

Os nervos do lutador pioraram.

— APENAS NÃO MEXA NAS MINHAS COISAS! – Apontou o dedo na cara.

Alex, que assistia tudo, preferiu abrir a boca:

— Já chega, né?

O italiano ignorou Henrique e continuou a cozinhar.

Depois de alguns segundos, o homem agressivo se acalmou e sentou ao lado de Alex.

***

Confessionário Henrique

— Existem duas coisas que irei fazer nesse jogo: irritar e discutir. Abalar o psicológico  dos outros é o meu forte.

***

— Não acha que esse arroz tá meio cru? – Henrique tinha a intenção de irritar.

— Parece bom pra mim. – Taylor começou a se sentir incomodado.

— Não sabe fazer arroz? Você não devia fazer arroz. – Henrique sorria.

— Cara, eu sei fazer arroz. – Confirmou Taylor.

— Então porque tá cru?

— APENAS NÃO COMA, MERDA!

Henrique começou a rir.

***

Confessionário Taylor

— Henrique se encarnou em mim, sei lá o que ele tem na cabeça, só pode ser merda.

 ***

Floresta dos Hawis

Três pessoas caminhavam sobre as raízes das árvores em uma mata bastante profunda.

Lucas liderava o caminho.

— É por aqui...

Atrás dele, Sarah e Vitória acompanhavam.

— O que você quer nos mostrar, afinal? – Perguntou Sarah, ajeitando os óculos.

— Estava procurando frutas nas árvores quando eu vi isso no chão. – Mostrou.

Sarah fez cara de surpresa.

Sua câmera fotográfica estava perto de uma raiz: jogada, atirada, quebrada, pisoteada, completamente destruída.

A advogada ficou de joelhos, extremamente abalada.

— Porque alguém faria isso? – Vitória colocou as duas mãos na boca.

— Merda, merda, merda... ISSO FOI ESCROTO! – Ficou com raiva.

A moça saiu correndo com as mãos no olho, tampando as lágrimas.

A notícia da câmera destruída virou um assunto comentado no acampamento dos Volcanos.

***

Confessionário Vitória

— Alguém tá tentando afetar Sarah de alguma forma. A pessoa que fez isso é muito, MAS MUITO SUJA! Ela não pode se desesperar tão fácil assim. Agora é fato, tem um sabotador no acampamento.

***

Prova de Recompensa.

A segunda prova de Recompensa era no mar.

As tribos Volcano e Hawi estavam posicionadas em um píer.

Chris Hidden apresentava a prova:

— Sejam bem-vindos á segunda prova de recompensa do jogo. Hawis dando uma primeira olhada na Volcano após o Conselho Tribal. – Apresentou Chris. - Yasmin foi a primeira eliminada.

Os Hawis não obtiveram reação alguma, quase ninguém se lembrava quem era Yasmin.

— Quem era Yasmin mesmo? – Nathy sussurrou.

Julia deu de ombros.

— Dessa vez, a prova ocorrerá na água. Como vai funcionar: A prova será feita em duas rodadas, uma dos homens e a outra das mulheres: Quatro integrantes de cada tribo se posicionaram em cima de duas balsas de madeira, todos terão um remo, que será utilizado para remar e também como uma arma física. O objetivo é se locomover á tribo adversária e derrubar o máximo de oponentes possíveis na água com o remo. ISSO MESMO, COM O REMO! MUITOS SE MACHUCARÃO OU FICARÃO COM VÁRIOS ROXOS NESSA PROVA, ENTÃO CUIDADO, AS MÃOS TAMBÉM PODEM SER USADAS PARA O COMBATE... QUEREM SABER PELO O QUE ESTÃO COMPETINDO?

— SIM! – Disseram todos em voz alta.

— A tribo que vencer levará para o acampamento uma caixa de fósforos para fazer fogo e um galão de água potável para beber. – Sorriu. - Um prêmio e tanto não?

Todos acenaram que sim com a cabeça e ficaram animados.

O espirito de vontade de todos ficou apurado.

Era algo que as duas tribos precisavam bastante.

Dariam o máximo para ganhar, pois sofriam problemas graves no acampamento no quesito alimento e fogo.

— Tribo Hawi, vocês tem dez pessoas, um homem e uma mulher terão que ficar de fora. Tribo Volcano, vocês tem nove, apenas um homem ficará de fora. Decidam-se e boa sorte.

Segundos depois, decidiram.

— Da Hawi, quem vai ficar de fora da prova? – Chris perguntou.

Alex e Nathy levantaram as mãos.

— Certo. Quem vai ficar de fora dos Volcanos?

Yuri levantou a mão.

Dois minutos depois.

No leste, as duas balsas dos Hawis estavam paradas no mar.

Dos Hawis, na balsa 1 temos Davi e Cauã, na balsa 2 temos Lucas e Bruno.

No oeste, as balsas dos Volcanos estavam alinhadas na superfície.

— Na balsa 1 dos Volcanos, Taylor e Leonardo. Na balsa 2, Pedro e Henrique.

Os Hawis já haviam preparado uma estratégia: as duas balsas iriam juntas e tentariam derrubar os inimigos que apareceriam primeiro.

Os Volcanos não tinham estratégia alguma.

Valendo uma caixa de fósforos e um galão de água. SOBREVIVENTES PRONTOS? VÃO!

Os oito homens começaram a remar rapidamente para frente.

A balsa de Davi e Cauã estava á frente de seus colegas.

Os homens Hawis se mantinham alinhados.

— VAMOS PRA CIMA DELES! – Gritou Leonardo.

Quando a balsa de Taylor e Leonardo se colidiu com a de Davi e Cauã, o combate começou.

Davi posicionou o remo contra os adversários.

— PODEM VIR. – Desafiou.

Em um ato de impulso, Leonardo se jogou para frente, indo para a balsa inimiga e travando o seu remo contra o de Davi.

Os dois caíram na madeira da balsa.

Leonardo ficou por cima.

Davi era sufocado pelo remo.

— NÃO... – Davi tentava resistir.

Era uma luta impossível de vencer sozinho, Leonardo era mais gordo e tinha mais força.

O dominador sentiu duas mãos puxando-o pelos ombros.

Cauã tirou Leonardo de cima do colega.

Davi foi salvo.

O salvador se jogou nas costas do inimigo, desequilibrando-o.

Leonardo impulsionou o seu corpo para trás e caiu para fora da balsa com Cauã pendurado nas costas.

— GRANDE LUTA QUE TERMINOU COM LEONARDO E CAUÃ NA ÁGUA! 3X3!

Davi, ainda se recuperando do sufoco, se levantava aos poucos.

— Merda...

Mas ele não contava que outro inimigo também pularia na balsa.

Um empurrão forte de Taylor em Davi garantiu vantagem para os Hawis.

Entretanto, Taylor mal pode comemorar, a outra balsa inimiga passava pelo lado.

Bruno ergueu o remo e atingiu a face esquerda de Taylor.

O mesmo caiu na madeira da balsa, desnorteado, com as duas mãos no rosto.

UAU! FOI UM GOLPE FEIO... MAS TAYLOR AINDA CONTINUA NO JOGO, ELE NÃO CAIU NA ÁGUA.

Bruno e Lucas podiam ir até a balsa, mas ignoraram-no quando avistaram a segunda balsa inimiga vindo.

Henrique e Pedro estavam prontos para lutar.

Remaram até se aproximarem da balsa.

Bruno e Lucas fizeram o mesmo.

Taylor continuava se contorcendo sozinho na outra balsa.

— VAMOS TAYLOR, SE LEVANTA! – Julia insistia na torcida.

Henrique foi o primeiro a agir: O mesmo colocou o pé direito na balsa inimiga, inclinou o corpo pra frente e segurou o remo como defesa nas mãos.

Bruno impediu a entrada, cruzou o seu remo com o dele.

Um forte combate de força.

Pedro se intrometeu no meio, empurrava o remo adversário para frente.

Bruno aguentava a força.

Enquanto isso, atrás de Bruno, seu parceiro teve uma ótima ideia.

Lucas começou a remar na água, tentando afastar a sua balsa.

A aproximação das duas balsas começou a surgir e o equilíbrio de Henrique foi prejudicado.

Ficou com os pés nas duas balsas.

— DROGA!

Henrique caiu para o lado e levou o remo do seu parceiro junto.

Pedro caiu para trás.

Bruno e Lucas riram.

— UMA ÓTIMA JOGADA DE LUCAS PARA OS VOLCANOS. 2X2!

Na balsa isolada, Taylor não aguentou.

Rolou o corpo para o lado.

Caindo no mar e desistindo.

A situação para os Hawis ficou complicada.

Pedro, sozinho, sem nenhum remo e contra duas pessoas fisicamente mais fortes que ele.

A esperança era nenhuma.

Lucas remou para perto e Bruno saltou na sua balsa.

O tatuador correu rapidamente com os braços abertos, enrolando Pedro.

Resultado: os dois caíram na água rapidamente.

Em um ato vitorioso de Bruno, os Volcanos marcam um ponto no placar! Lucas foi o único que restou. Taylor será atendido por um médico, parece que se machucou feio.

Os Volcanos comemoraram o primeiro ponto por um curto período.

***

— Das Volcanos, na balsa 1 estão Vitória e Ana, na balsa 2 estão Rafaella e Sarah.

As mulheres da tribo Volcano se mostravam seguras e determinadas, já que sabiam que as oponentes tinham um físico frágil.

— Das Hawis, na balsa 1 Giovanna e Maria, na balsa 2 Ingrid e Julia.

As mulheres da Hawi não tinham nem um pouco de auto confiança, exceto Giovanna.

SOBREVIVENTES PRONTAS? VÃO! – Chris ordenou o inicio da prova.

Vitória e Ana começaram a remar rapidamente.

— Vamos conseguir, elas são fracas! – Disse Ana esperançosa.

— Também acho. – Concordou Vitória confiante.

A balsa de Julia e Ingrid se aproximou da delas.

— QUE TAL A GENTE DESVIAR? – Perguntou Ingrid.

— NEM PENSAR! – Julia gritou. – Temos que tentar pelo menos.

As duas balsas se colidiram.

Ana largou o remo e correu para cima de ambas.

Ingrid foi atingida com um soco no queixo e caiu na madeira da balsa.

Julia tentou agir, empurrando Ana da balsa. Mas não obteve sucesso.

Ana fez um contra-ataque, segurou os dois pulsos de Julia e a imobilizou por cinco segundos.

— Desculpa, querida. – Riu sarcasticamente.

Julia rangeu.

A grandalhona puxou o corpo frágil para fora da balsa.

Julia rodopiou no ar como um peão até cair na água.

Ana teve toda a vantagem do combate, sem chances nenhuma para Julia. 4X3

— Nem precisei fazer nada, não é mesmo? – Vitória chegou na balsa.

As duas Volcanos calmamente foram até a derrubada Ingrid.

A pegaram pelo braço e a arrastaram para a beira da balsa.

Ingrid rolou para o mar, saindo do combate.

4x2. Giovanna e Maria terão que se esforçar se quiserem ganhar.

— Já era... – Lamentou Maria. – Não tem como a gente ganhar.

— É, você tem razão. – Mesmo não gostando, Giovanna concordou. – Só vamos nos machucar.

As duas entraram em um acordo de alguns segundos.

Maria se jogou na água, desistindo.

— Bandeira branca galera! – Giovanna disse.

E assim como sua colega, deu um salto da derrota para fora da balsa.

— VOLCANOS GANHAM A RECOMPENSA!

E comemoram sem limites.

Agora os Volcanos teriam fogo e água.

Os Hawis se sentiram vulneráveis.

***

Acampamento Hawi

Era um momento de relaxamento e descanso para os Hawis, a maioria deles dormia no abrigo ou na areia mesmo, alguns conversavam e outros não faziam nada.

Estavam estressados, perderam uma caixa de fosforo, não tinham fogo e a fome começou a aparecer.

Taylor e Alex saíam para pescar toda manhã no riacho, mas infelizmente, obtiveram nenhum sucesso.

Leonardo saía sozinho pela mata todo dia para procurar frutas ou animais. Também sem nenhum sucesso.

Esses três estavam dormindo dentro do abrigo, praticamente acabados e cansados. Era um sono profundo.

No lado de fora do abrigo, Giovanna e Maria estavam sentadas no tronco e conversavam sobre várias coisas.

Inicialmente, especularam quem era a pessoa mais fraca da tribo.

— Eu realmente acho Julia muito fraca, viu como ela foi derrotada no desafio da recompensa? Foi terrível pra ela. – Maria disse em voz baixa.

Giovanna riu.

— Eu simplesmente odeio Julia, ela grita por tudo, faz fiasco por qualquer coisa. Ela é o elo mais fraco do time em questão de força... - Giovanna revirou os olhos. – Nunca fui com a cara dela desde o primeiro dia.

— Henrique também é um chute no saco. – Maria especulou.

— Pelo menos ele é forte. – Defendeu.

***

Pedro estava pendurado em um dos galhos mais altos de uma enorme árvore.

Era uma tentativa ousada de conseguir comida, pois estava muito alto.

Uma caída dali causaria a morte.

— Vamos lá... – Esticou o braço.

Infelizmente, sua altura não foi capaz de colher as amoras.

— MERDA! – Reclamou.

Entretanto, da altura de onde Pedro estava, deu para enxergar o riacho do acampamento.

— Que belas garotas. Uh lá lá. – Ficou animado.

Julia, Ingrid e Nathy tomavam banho juntas.

Pareciam se divertir bastante.

Pedro ficou as observando por alguns minutos, ele não as escutava.

***

Acampamento Volcano

Os Volcanos aproveitavam as suas recompensas satisfatoriamente.

Faziam fogo para se aquecer a noite e bebiam água.

O arroz continuava sendo a única fonte de alimento, eles estavam um pouco melhor que os Hawis.

A vitória do desafio deu animo para muitos da tribo.

Entretanto, perto do mar, acima de uma rocha, uma discussão séria estava sendo feita por cinco pessoas.

— Não faço ideia de quem foi que destruiu a sua câmera, eu juro. – Lucas disse a verdade.

Sentada na pedra, Sarah chorava histericamente.

Ao seu lado, Vitória a apoiava.

Yuri e Cauã se mantinham curiosos.

— A pessoa que fez isso deve ter tido um bom motivo. – Cauã franziu a boca.

— Foi uma jogada muito suja, tão querendo que você desmorone Sarah, querem que você fique nervosa. – Yuri aconselhou.

A advogada continuava aos prantos no ombro da colega.

Começou a falar gaguejando:

— Aquela câmera era tão es-especial pra mim. Antes de eu virar advogada, eu era fotografa e era isso que eu amava fazer. Ga-ganhei essa câmera da minha mãe aos dezenove anos de idade, tinha muito valor pra mim... mas... mas agora, ela tá des-destruída.

E continuou a chorar.

Lucas era o único do ambiente que não estava comovido.

***

Confessionário Sarah

Sarah deu uma gargalhada bem humorada e disse:

Consegui enganar eles, eu mesma peguei minha câmera e a destruí no meio da noite. Fiz isso porque quase fui eliminada no primeiro Conselho Tribal. Preciso de pessoas no meu lado, eu sou um alvo porque não sou boa fisicamente, preciso de alguém para manipular os votos. Vitória já está praticamente do meu lado. Yuri e Cauã estão vindo aos poucos. Eu não gosto de mentir, mas tive que fazer isso.

***

Confessionário Lucas

— Sarah é realmente uma jogadora esperta, ela tem os seus truques e sabe enganar os outros muito bem, menos a mim lógico. Eu não caio no papo dela, mas quero ver o que vai acontecer com o destino de Sarah no decorrer do jogo.

***

DIA 5

Acampamento Hawi

Quando no abrigo só haviam Leo e Taylor, foi a hora perfeita para convencer o italiano.

— E então, já se decidiu? Vai fazer parte da nossa combinação de votos ou não? – Leo perguntou em voz baixa.

Taylor tinha uma faixa branca no rosto que cobria seu olho roxo, resultado do desafio anterior.

— Não tenho certeza de nada ainda, como eu tinha dito, é muito cedo. – Parecia inseguro.

— Olha, se a gente perder a imunidade, eu e Pedro vamos decidir quem vai ir embora e o avisamos, fica no teu critério se você vai votar junto ou não.

— Parece bom pra mim...

***

Confessionário Leonardo.

O fato de Taylor não se decidir se quer entrar pra aliança ou não já está me irritando. É como uma barata tonta. Tenho quase certeza que no primeiro desafio de imunidade que perdermos ele vai ficar nas nossas costas. Estou tomando o poder dos Hawis por aqui. E sim, eu sou o líder.

***

PROVA DA IMUNIDADE

O cenário da prova de imunidade seria em um lugar fechado.

Similar á um refeitório com garçons e tudo mais.

Havia uma enorme mesa no centro que continha vinte cadeiras.

Dez assentos em um lado e nove assentos no outro.

Na ponta da mesa, Chris Hidden preparava-se pra apresentar a prova.

Na mesa, em frente das cadeiras, havia pratos de ferro com bandejas em cima que escondiam o que estava servido.

Um lustre chique no teto iluminava o lugar.

— Tribo Volcano, pode entrar! – Autorizou Chris.

A tribo surgiu na porta da direita.

Todos os nove sentaram em seus respectivos lugares.

— Tribo Hawi, venham!

E os Hawis fizeram o mesmo.

Quando todos se acomodaram, Chris começou a falar:

— Sejam bem-vindos á segunda prova de Imunidade de Survivor. Estão surpreso da onde estamos? Um restaurante?

Acenaram que sim com a cabeça.

— Pensei que as provas de imunidades fossem só ao ar livre. – Disse Leonardo. – Mas sinto que aqui pode ter coisa pior que isso.

— Leonardo tem razão. – Chris sorriu ironicamente. – Antes de começarmos a prova, vocês devem ter percebido que na mesa tem um prato com uma bandeja em cima pra cada um de vocês. O que acham que tem dentro?

— Algo muito nojento. – Opinou Giovanna com cara feia.

— Que não seja nada horrível, sou fraca de estômago. – Revelou Nathy.

Todos escutaram sua frase.

Até mesmo os inimigos.

O apresentador olhou Nathy com uma cara duvidosa e soltou as seguintes palavras de sua boca:

— Nathy, Nathy... acho que era melhor você não ter dito isso. – Opinou.

Nathy fez uma cara de assustada.

— Me desculpa Chris, mas é a verdade, não aguento coisas nojentas.

Leonardo olhou para o lado e encarou a colega.

No fundo de sua mente, pensou “Cala a boca, para de mostrar as suas fraquezas para o time inimigo”.

— Quando eu autorizar vocês tirarem a bandeja, podem comer o que estiver no prato. A decisão de comer ou não é de cada um, mas lembre-se: Tudo o que você faz afeta no decorrer da prova. Podem tirar a bandeja.

Leonardo foi o primeiro a retirar.

Três vermes incrivelmente nojentos rastejavam pelo prato.

Expressões de nojo e espanto surgiram de todos os participantes, principalmente de Nathy.

— Vermes de Tronco: Esses vermes vivem dentro de troncos de árvores e chegam a até 5 cm de comprimento. Eles são uma ótima fonte de proteínas e são largamente consumidos no território asiático. – Chris explicou.

 - Até parece que eu vou comer isso. – Taylor riu.

— Nem pensar. – Sarah colocou a mão na boca.

Nathy tentava ignorar o prato. Sarah e Taylor faziam o mesmo.

— Parecem deliciosos! – Ana ironizou, brincando com os vermes com o garfo.

— Alguém se atreve a comer? – Perguntou Chris.

A maioria inclinou que não com a cabeça.

— Eu vou comer Chris, estou faminto. – Leonardo aceitou a proposta.

Leonardo começou a pegá-los com a mão.

A maioria começou a rir.

— Eu já comi muitos vermes, isso é moleza pra mim. – Ana também aceitou.

— Leonardo e Ana comendo, mais alguém?

— Bem, acho os únicos loucos aqui são aqueles dois. – Julia remexeu a cabeça.

Depois de alguns segundos, os pratos de Leo e Ana ficaram limpos.

— Pois bem... as duas pessoas que comeram terão que fazer algo bem importante agora. – Chris se levantou. – Leo e Ana, deverão escolher três pessoas da tribo adversária para comer outro prato nojento. Os seis escolhidos irão competir entre si, os três membros da tribo que finalizarem primeiro vencem a imunidade.

— Uau... – Ana sentiu o peso da importância.

— Leo, quem você escolhe dos Volcanos e porque?

Leo pensou um pouco e escolheu:

— Sarah, pela reação que teve quando viu o prato. Cauã, porque simplesmente acho que ele não deve ser bom com essas coisas. Rafaella, porque sinto que modelos não comem isso na cidade. – Riu.

— Acertou! – Rafaella riu, mas a vontade era de chorar.

— Certo. – Concordou Chris. – Ana, escolha três pessoas da Hawi.

Ana cochichou bastante com Lucas.

— Nathy, porque ela mesma disse que não é boa de estômago, isso não foi muito inteligente da parte dela. Taylor pelo os comentários. Julia, apesar dela ser fazendeira, duvido que coma essas coisas.

Julia riu maliciosamente.

— Você não sabe do que eu sou capaz. – Confrontou.

— Vamos preparar a rodada. – Chris começou os preparativos.

Três minutos depois

Agora somente os seis concorrentes estavam na mesa.

Do lado direito, Taylor, Nathy e Julia pela Hawi.

Do lado esquerdo, Sarah, Cauã e Rafaella pela Volcano.

Seis pratos na mesa, todos cobertos pela bandeja.

Todos pareciam apavorados, mas Julia e Cauã nem tanto.

— Quando eu der o sinal, tirem a bandeja e comecem a comer. Quando terminarem, abram a boca e mostrem a língua, não pode haver restos no prato. Os três primeiros da tribo que terminar vence. Se alguém vomitar, a tribo perde.

— Ah jesus. – Lamentou Nathy antes mesmo da prova começar.

— Nós vamos conseguir, é imunidade. – Julia aconselhou confiante.

VAMOS LÁ, VALENDO IMUNIDADE PARA A TRIBO. SOBREVIVENTES PRONTOS? VÃO!

Todos retiraram a bandeja ao mesmo tempo com rapidez e em perfeita sincronia.

— Ah não! - Sarah ficou horrorizada.

Eram ratos assados.

— Na Tailândia, a carne de rato está se tornando uma iguaria cara. Fazendeiros começaram a capturar os roedores para proteger suas colheitas, mas descobriram que sua carne é macia e saborosa. – Chris Explicou.

— Saborosa e macia só se for no país deles. – Rafaella reclamou.

Julia e Cauã foram os primeiros a pegar o rato nas mãos.

E começaram a devora-lo.

Os outros quatro tentavam tomar coragem.

— Como vocês conseguem? ISSO É NOJENTO! – Nathy achou um absurdo.

Os dois concorrentes comiam com facilidade.

A competição para quem terminava primeiro era grande.

— VAI JULIA, VAI, VAI , VAI! – Ingrid torcia mais do que qualquer outro.

— NÃO DEIXE ELA TERMINAR PRIMEIRO CAUÃ! – Yuri também apoiava.

Os dois mastigavam aquele rato sem fazer cara feia.

O italiano Taylor, pegou o rato e o cheirou.

— TEM CHEIRO DE PODRE! – Apertou o nariz.

— APENAS COMA! – Alex insistiu.

Com dificuldades, Taylor começou a refeição.

Quinze segundos se passaram.

Sarah, Rafaella e Nathy nem se aproximaram do rato.

— Eu não consigo... – A garota do rabo de cavalo estava com medo.

O argentino Leonardo, tentando encorajar, disse:

— VOCÊ NÃO QUER SER O MOTIVO DA DERROTA DA NOSSA TRIBO, NÃO É NATHY? ENTÃO FAÇA UM ESFORÇO.

A estudante sentiu-se desconfortável.

No lado dela, Julia terminou de engolir.

— TERMINEI! – Ficou energética.

Abriu a boca e colocou a língua para fora.

— Julia acaba de terminar o prato sem dificuldades. 1X0 para os Hawis.

— UHU! – Ela comemorou com animação.

Seus colegas a parabenizaram.

— Dane-se. – Rafaella começou a ter coragem.

Colocou o rato nas mãos.

O aspirante a jogador de futebol abriu a boca e mostrou a língua.

— Cauã termina o seu prato. 1X1, empatados.

— ISSO AÍ CARA! – Yuri o agradeceu.

Os dois bateram com as mãos.

Dez segundos se passavam.

Apenas Rafaella e Taylor mastigavam.

O empresário colocou as duas mãos no pescoço e ameaçou vomitar.

— NÃO, NÃO! ENGOLE! SEJA HOMEM. – Henrique tinha o objetivo de irritar.

Taylor abriu a boca e mostrou a língua.

— TAYLOR TERMINOU O PRATO. 2X1 PARA OS HAWIS. SÓ FALTA NATHY COMER PARA VENCER.

— Boa Taylor. – Leonardo deu força. – NATHY, DEIXA DE FRESCURA E COME ESSE RATO LOGO!

— Não dá.. – Balançava a cabeça.

A estudante já tinha desistido, não comeria o rato de jeito nenhum. Seu estomago não seria capaz de aguentar.

Agora era torcer para que alguém da outra tribo colocasse tudo pra fora.

Com dificuldades, Rafaella gritou:

— CONSEGUI! – Mostrou a língua.

— 2x2. SARAH CONTRA NATHY! QUEM COMER PRIMEIRO E NÃO VOMITAR VENCE!

Sarah ficou minutos encarando o fato de que se não comesse o rato, sua tribo a mandaria para casa.

Ela não poderia arriscar, ERA UM MILHÃO DE DÓLARES EM JOGO!

— VAMOS SARAH! SARAH! SARAH! – Todos os Volcanos davam apoio.

Ela suspirou fundo, segurou o rato, fechou os olhos e começou a refeição.

— Deus me perdoe. – E começou a mastigar.

Do outro lado da mesa, Nathy observava a adversária comendo.

Queria que ela vomitasse.

A torcida para Sarah continuou.

Os primeiros quinze segundos de mastigada foram bem sucedidos, mas logo depois, a ruiva sentiu algo vindo no fundo de sua garganta.

Colocou as duas mãos na boca e ameaçou colocar para fora.

— NÃO! – Gritou Vitória. – Não deixa isso te vencer.

— Vomita, vomita... – Sussurrava Nathy.

Foram três segundos de dúvida.

A advogada abriu a boca, mostrou a língua e declarou a vitória.

VOLCANOS VENCEM A IMUNIDADE!

E todos os Volcanos festejaram como loucos, carregaram Sarah pelos braços e a jogavam para o ar.

Gritavam o nome da garota inúmeras vezes.

Os Hawis ficaram desapontados com a derrota e, principalmente, com Nathy.

Abaixaram a cabeça e saíram da sede como perdedores da imunidade pela primeira vez.

***

Acampamento Hawi

Isoladas do resto da tribo, Nathy, Ingrid e Julia esquematizavam os votos para o Conselho Tribal na lagoa do acampamento.

A fazendeira tinha ideias na mente.

— Se eu contar algo pra vocês, prometem não dizer aos outros?

— Do que está falando? – A simpática Ingrid questionou.

Julia olhou ao redor, quando garantiu que ninguém estava por perto, revelou:

— Ontem, estava na praia procurando mexilhões. Fui atrás de uns bambuzais porque estava muito quente, Pedro e Leonardo passaram na minha frente e escutei a conversa deles... – Fez um suspense dramático.

— Tá, desembucha, qualquer informação pra me salvar da eliminação amanha a noite. – Nathy revirou os olhos.

— Leonardo quer fazer uma aliança masculina na nossa tribo pra tirar todas as mulheres. – Revelou.

Nathy e Ingrid se surpreenderam.

— Mas, só ele e o Pedro estão dentro. Não falaram com Henrique ou Alex ainda. Estão tentando atrair Taylor. – Julia chutou a água, furiosa. – NÃO PODEMOS SER ELIMINADAS POR ESSES IDIOTAS!

— Pare de gritar. – Pediu Ingrid.

— Vocês querem combinar os votos? – Nathy perguntou com malicia.

Julia soltou as seguintes palavras da sua boca com facilidade:

— SIM, LOGICO, CLARO! Primeiro temos que tirar Leonardo, que tá dominando aquela aliança estupida. E também a Giovanna, que é uma vadia por si só.

— Não vou participar de uma aliança nenhuma, vou jogar individualmente, até o final. – Ingrid se levantou.

— Sério? Como vai vencer assim? – Nathy discordou.

— Com o coração. – A atriz foi embora.

Apenas Nathy e Julia ficaram na água.

— E então, quem vamos votar? – Nathy perguntou.

— Estou em dúvida entre Leo e Giovanna... – Julia ficou pensativa.

Repentinamente, Nathy teve uma brilhante ideia.

— JÁ SEI COMO ME SALVAR DA ELIMINAÇÃO!

A estudante saiu correndo com rapidez pelo mar.

Somente Julia continuou na água.

— Duas pamonhas... – Reclamou.

***

Na trilha da floresta, Leonardo, Taylor e Pedro conversavam sobre a estratégia da aliança no jogo em voz baixa.

Depois de tanta insistência, Taylor finalmente aceitou entrar para a aliança.

— Jura mesmo que vocês querem trazer Henrique pra aliança? Ele é um completo CUZÃO! – O empresário xingou.

— Mas ele é forte, pode ser necessário ter ele do nosso lado. Enquanto Alex parece ser esperto. – Leo apontou as qualidades.

— Caras, temos que ter um nome pra nossa aliança! – Pedro surgiu com a ideia.

Leo e Taylor riram de sua cara.

— Qual é o problema? É como se fosse um time.

 - Beleza, escolhe tu então, meu parceiro... – Leo continuou rindo.

— Que tal, a Aliança Secreta dos Homens Hawis? – O jogador de basquete teve criatividade.

— Parece maneiro. – Taylor concordou.

Leo parou de caminhar e parou os dois com ele.

— Caras, quero fazer uma promessa com vocês. – A expressão facial estava séria. – Vocês dois prometem nunca escreverem o nome de algum membro da aliança ao decorrer do jogo? NÃO IMPORTA AS CIRCUNSTANCIAS, NÓS TRÊS TEMOS QUE SER UNIDOS ATÉ O FIM E NINGUÉM PODE SABER DISSO. QUANDO HENRIQUE E ALEX ENTRAREM PRA ALIANÇA, USAREMOS OS DOIS SÓ PRA CHEGAR ATÉ A FUSÃO.

— Quando a fusão entre as equipes vai acontecer? – Questionou Pedro, pois havia esquecido

— Chris disse que é até o top 10. SE TUDO DER CERTO, VAMOS CONFIAR UM NO OUTRO, SEM TRAIÇÕES, PROMETEM?

— Eu prometo. – Taylor e Pedro disseram ao mesmo tempo.

Então o trio fez um forte aperto de mão.

— Vamos derrubar todos os outros... – Leo se mostrou confiante.

***

Confessionário Leo

Finalmente em uma aliança, finalmente no poder dessa tribo. Realmente confio em Pedro e Taylor, acho que poderemos ir longe juntos.

 ***

— Então, quem vamos votar amanha a noite? – Questionou Taylor.

Naquele momento, o afro-americano lembrou-se de vários momentos dos dias anteriores.

— Eu acho que devemos votar em uma dessas três: Julia, Ingrid ou Nathy. Percebi que elas ficam conversando muito tempo juntas, é capaz de já terem combinado os votos.

— É, realmente, isso seria perigoso pra gente. – Concordou Leo.

— Mas em qual das três?

— As três são fracas. Ingrid é muito gentil, mas não contribui muito. – Disse Leo.

— Nathy foi terrível no ultimo desafio, nem ao menos tentou... – Taylor ficou em duvida.

***

DIA 6

Todos os Hawis preparavam as suas coisas.

Estavam prontos para ir ao Conselho Tribal pela primeira vez.

Uma coisa que a maioria sabia era que os votos seriam distribuídos entre muitas pessoas.

Eram diferentes pensamentos em uma única tribo cheia de discórdia.

Taylor arrumava sua mochila no abrigo.

A estudante pequena do rabo de cavalo entrou ali discretamente.

— Oi Taylor... – Nathy cumprimentou.

— E aí Nathy. Precisa de alguma coisa?

— Quero saber quem vai embora hoje, quem você acha que merece ir? Sei que vou receber muitos votos porque fiz a gente perder o desafio – Perguntou discretamente.

O rapaz ficou em uma situação complicada. Lembrou-se do trato com Leo e Pedro.

— Eu vou votar no Henrique hoje, ele me irrita tanto. Espero que você vote nele também.

— Sério? Você diz que não vai ser eu? – A felicidade cresceu por dentro de Nathy

— Pelo menos, você não terá meu voto. – Taylor ignorava o seu olhar.

— Certo, então Henrique está fora. – Sorriu Nathy.

Os dois saíram do abrigo e se juntaram ao resto da tribo.

Todos foram em direção a floresta.

Em destino ao Conselho Tribal.

Última vez de alguém no acampamento.

O sexto dia era o fim pra um Hawi.


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Notas finais do capítulo

Está chegando no fim a trajetória de mais um participante de Survivor.
Gostou do Capitulo? Não deixem de comentar.
Sei que está bem no inicio do jogo, mas estou cheio de curiosidades, QUEM VOCÊS ACHAM QUE COMEÇOU O GAME MELHOR QUE OS OUTROS?



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