Enquanto observava os carros pela janela da minha camionete,me aproximava cada vez mais da nova residência.

Via as crianças brincando perto das árvores que continham folhas vermelhas e laranjadas,e bem no centro havia um canteiro de tulipas amarelas.

Eu pensava estar feliz,mas por dentro apenas sentia o gosto amargo de um término.

Eu o amava,ele me fazia feliz. Tudo oque eu queria era abraçá-lo e dizer que eu sinto muito,pois realmente,eu sinto.

Eu queria beijá-lo e tomar o café horrível que ele faz. Queria sentir o gosto de sua boca,eu preciso dele. E talvez,ele precise de mim.

Olhando as crianças,vi seus rostos corados e inocentes,dignos de uma pureza angelical. Tenho saudades de quando era criança,apenas por brincar na rua e ter vários machucados pelos joelhos.

Enfim,cheguei em frente à casa branca,a mesma que me pertence. Saí do veículo e lentamente caminhei até a porta.

Quando ia abrir a porta da pequena casa,meu celular começou a tocar. Com muita calma eu atendi.

Houve apenas silêncio do outro lado da linha.

Mas então,o mesmo silêncio se acaba quando ouvi sua voz receosa e chorosa dizendo:

—Por favor,volta pra mim.