Imagine - SUPERNATURAL escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 25
Sam Winchester




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Lebanon, Kansas

 

Alguns anos desde a volta de Mary haviam se passado. Max agora era um garoto de nove anos, com sua irmãzinha Moira, de quatro. Os encontros entre Sam, Dean e Mary haviam se tornado frequentes, com a presença de Castiel e Jack sendo uma novidade para a família. Dean, com um filho? aquilo sim era algo estranhíssimo, mas bastante fofo e acolhedor.

Mesmo que fosse o filho de Lúcifer.

Apesar de tudo, Jack os tratava e reconhecia como família, desde os momentos bons nos almoços de família e passeios quando nas brigas e picuinhas. Por mais que por fora Jack já fosse um adulto, ele ainda não havia crescido totalmente por dentro - o que resultava em brigas acaloradas com Maximillian. A princípio os adultos responsáveis não ligavam muito, já que Jack crescia cada dia mais, tendo mais controle de sua mente e poderes, enquanto Max estava em seu tempo normal.

Quer dizer, até o natal daquele ano.

Tinha de tudo para ser uma ceia normal: o peru estava assado, as ervilhas prontas e o sorvete gelado, até que os dois começaram a se estranhar por conta de um brinquedo. Super normal até então. Mas então Jack usou sem querer os seus poderes, atraindo atenção desnecessária para ele - deixando Max como apenas um convidado na festa, e não o anfitrião. 

Max estava irado, furioso! Tinha perdido a vontade de ceiar e de continuar com toda aquela baboseira, desejando a plenos pulmões que o natal acabasse. Ele foi muito mais cedo para a cama naquela noite, com a promessa de um belo castigo por se deixar levar daquela maneira.

Mas o ódio emanado por Maximilian misturado aos poderes descontrolados de Jack tinham aberto caminho para que algo muito pior acontecesse.

Tudo começou com uma forte nevasca no final da noite. Aquilo era algo incomum, mas não estranharam a princípio pelas mudanças climáticas provocadas pelo homem na natureza. Mas a nevasca piorava cada vez mais, chegando ao ponto de cortar a energia elétrica da casa.

—Papai…. Eu tô com medo… - Moira se encolheu no colo de Sam, expressando seu pavor em seu rostinho.

—Não é nada demais, amorzinho…. - Sam fez um afago na filha, ainda achando que não era nada demais.

Até que um forte estrondo foi ouvido no telhado algumas horas depois.

—Sam!? - Você se apavorou, olhando com os olhos esbugalhados para seu marido e cunhado.

—Dean, sabe o que é isso?!

—Coisa boa que não é. - Dean tentava fazer planos sobre como ajudar a família, já que todo seu arsenal de armas estava no impala.

Os passos se tornaram cada vez mais pesados conforme destruíram as telhas, tornando-se sofrível ouvir quando algo se atirou pela lareira. Cheiro de enxofre encheu o lugar, com Castiel e Dean se colocando à  frente da família.

Quando aquela enxurrada de figuras estranhas vestidas com o que pareciam elfos se espalharam pela sala, o pandemônio começou. Moira disparou a chorar, Sam entrou em alerta, você quase desmaiou de medo, Mary tentou dar apoio à escadaria principal, onde Maxmilian estava de castigo, enquanto Jack se tornava o centro das atenções. Naquele primeiro momento eles pareciam não querer nada, mas quando Castiel e Jack avançaram para cima deles, a destruição na casa começou. Móveis foram pelos ares, pinturas destruídas, as pilastras danificadas.

 Dean e Mary tentavam dar cobertura para vocês três, mas quando os dois foram atingidos pelos elfomônios, ficaram desprotegidos, com o pior acontecendo.

—NÃO! - Você se esgoelou, vendo a sua filha ser tirada à força dos seus braços e sendo levada junto das criaturas, que acharam interessante derrubar a parede da sala ao invés de quebrar uma janela.

Como aquela casa continuava de pé era um mistério, mas os Winchester 's tinham um problema muito maior agora.

—Consegue rastrear eles, Castiel? - Dean perguntou após se levantar com dificuldades.

—Eu rastreio anjos, não demônios, Dean. 

—Pessoal, acho que não vai ser tão difícil assim. - Jack apontou para fora, mostrando o rastro de destruição que eles faziam por onde passavam.

—Vamos então.

O seu desespero maior foi ver Sam se aproximar do irmão, indo buscar armas no carro. Até onde você sabia, ele não sabia usar armas. O que ele pensava estar fazendo?!

—SAMUEL, ONDE VOCÊ PENSA QUE VAI?!

—Salvar a nossa filha, S/n!

—Com armas?! Você por acaso sabe usar alguma!?

—Você sabe?

—Já tive que manusear algumas no processo de conservação no museu, mas….

—Pois é, querida. Você trabalhou com a limpeza delas. Eu infelizmente já tive meus dias de caça quando era mais novo, ainda me lembro como se atira em um demônio. - Sam completou carregando a espingarda nas suas mãos, tomando uma atitude e expressão completamente diferente.

O Sam doce com quem você era casada tinha desaparecido, dando lugar para um homem sério e determinado. Apesar de ser pacifista, seu coração errou duas batidas naquele momento.

—Fique aqui com Max.

—Não.

—S/n, você só vai….

—Atrapalhar? É  avida do meu bebê que está em jogo!

—E vai preferir arriscar a vida de Max?!

—Mary pode ficar com ele, mas não vai ser você Samuel, nem ninguém que vai impedir de pegar a minha filha de volta!

Com aqueles termos estabelecidos, Mary voltou para dentro da casa, dando a você uma faca. Sem prestar atenção, você apenas seguiu os homens a sua frente, impedindo de demonstrar todo o medo que sentia. Foi logo após meia hora de caminhada que avistaram um grande fogaréu no centro da cidade. A destruição havia varrido as ruas ao redor, mas nada importava.

Dean e Castiel se abaixaram, indicando que deviam fazer o mesmo. Traçaram um plano rápido: Jack causaria uma distração enquanto eles entrariam com as armas e procurariam por Moira, mas não demoraram muito para escutarem os berros esganiçados da criança.

—Filho da puta! - Sam xingou ao seu lado, notando Moira bem a frente do maior demônio do recinto. Ele era alto, com as costas curvadas, Tinha cascos nos seus pés, com garras gigantescas, vestido com um manto vermelho.

Os elfos faziam todo sentido agora.

—Krampus. - Fora você quem tinha dado nome ao demônio.

—Como conhece ele, S/n? - Dean estranhou.

—Trauma de infância. Se eu não me comportasse, Papai Noel não viria, mas sim o Krampus.

—Eu tenho certeza que você se comportou esse ano, S/n… - Samuel apertou a sua mão.

—É, mas o Max não. Nem ele nem Jack, pelo visto. - Castiel compreendeu a situação.

Mais um grito de Moira e Dean não aguentou, pulando do seu esconderijo e abrindo fogo contra os elfos, vendo Castiel usar a espada dos anjos e Jack seus poderes. Samuel estava mais relutante, tentando se aproximar de Moira, empunhando sua espingarda. Quando ele não viu mais alternativa a não ser atirar, seu corpo se contraiu. Ele estava lutando pela sua família, e aquilo era tão….

Enquanto os homens lutavam ao seu redor, você permaneceu estancada no mesmo lugar. Só conseguia enxergar a sua menininha com aquele maldito papai noel - e ele o mesmo. Não foi muita surpresa quando você começou a caminhar em direção a ele, completamente hipnotizada, parando bem a sua frente, vendo Moira segurar a mão do monstro, com os gritos do seu marido e cunhado como plano de fundo.

—ELE VAI MATÁ-LA!

—S/N!

—NÃO!

Krampus ostentava um sorriso sádico por debaixo daquele capuz, estendendo a mão para você. Já tinha a sua filha e oferecia a oportunidade de você se juntar a ela, te atraindo ainda mais para a sua rede. Samuel naquele ponto corria desesperadamente na direção de vocês, tentando impedir o pior quando viu a sua mão se estender até a de Krampus, apenas para escutar o grito agonizante dele, com seu corpo se iluminando antes de cair morto no chão.

Mary havia te dado a faca dos demônios, com você não pestanejando em cravá-la bem fundo em seu peito, sequer se importando se Moira ficaria traumatizada. Quando Sam as alcançou, você estava caída no chão segurando Moira nos braços, as duas aos prantos, sendo acompanhadas de Sam, que também as abraçou.

Aquela tinha sido a maior prova que nada nem ninguém para uma mãe quando mexem com seu bebê, muito menos Winchester 's aposentados, nem mesmo Krampus, o terror do Natal.


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