Imagine - SUPERNATURAL escrita por Sereia de Água Doce


Capítulo 16
Dean Winchester




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Louisiana

Era para ser apenas mais um banho após caçada. Tirar toda aquela sujeira e relaxar os músculos, apenas isso. Mas nunca é o que deveria ser quando se trata de um Winchester.

Rezava a lenda que um Winchester era composto pelo perigo e perdição, a combinação perfeita para qualquer garota. Todo aquele misto de bad boy junto da meiguice escondida por trás de um forte peitoral conquistava qualquer mulher ou criatura num raio de três estados. Não era à toa que tanto Sam como Dean já haviam ficado com seres sobrenaturais e não se arrependeram disso nenhum pouco

Quer dizer, pelo menos não na hora.

Ficar com um irmão era um prazer, quiçá uma benção. E era justamente aquilo que você sentia ao perceber que não estava mais sozinha no chuveiro. Uma pressão em sua cintura sob a água quente se formou, indicando que mãos fortes a seguravam. Você sabia quem era, relaxando seu corpo quase imediatamente sob seu peitoral. A sensação de seu corpo quente colado ao seu, nus, com a água quente escorrendo era delirante, completando-se ainda mais ao sentir aqueles lábios quentes e carnudos fecharem-se sob seu pescoço enquanto sua cintura era envolta por braços fortes. Fora impossível conter o suspiro.

Tudo o que Dean mais queria naquele momento era relaxar todo seu corpo após uma estressante caçada a um ninho de vampiros. Sentir seus músculos relaxando conforme a adrenalina ia embora, dando lugar a oxitocina era algo adorável de se sentir, ainda mais estando junto ao corpo daquela caçadora nervosinha que ele tanto era maluco. Ele não sabia como podiam quase se matarem de dia e a noite trocarem carícias escondidos. Dean beijava seu pescoço lentamente, indo em direção a sua orelha enquanto se enfiava cada vez mais debaixo da água. Aquela com toda certeza seria uma cena nojenta para olhares humanos, mas definitivamente era algo erótico para caçadores: o sangue proveniente da caçada sendo levado pela água, escorrendo pelas suas pernas e braços enquanto vocês se enroscavam cada vez mais, quase virando um só.

Aquela não era a primeira vez nem seria a última que cenas pós caçada como essa aconteciam, já estavam acostumados à toda excitação em decorrência do risco que passavam. Não demorou muito para que você sentisse algo forte e duro a cutucar nas costas, enquanto a mão esquerda de Dean se aventurava pelo seu tronco, indo de encontro até seus seios. Sua rebolada fora impossível de controlar, causando uma forte mordida em seu pescoço – além de um pulsar no meio de suas pernas.

Vocês eram caçadores e não gostavam de perder tempo com carícias quando poderiam estar se atacando de verdade: verbalmente de dia, sexualmente a noite. Sabiam que este era o gatilho, não demorando mais do que alguns segundos para você se virar de frente e atacar seus lábios ferozmente, mal se equilibrando sob o piso escorregadio. Suas línguas invadiam com urgência a boca um do outro, sem dó nem piedade. Dean empurrou seu corpo até a parede fria causando um pequeno choque térmico pelo contraste de temperatura, mas nada que a incomodasse no momento. Vocês se beijavam como dois leões famintos, perdendo as mãos no corpo um do outro, entre apertões e arranhões, deixando-os ainda mais a vontade do que viria a seguir.

Com sua mão direita, Dean apertou seu seio, variando entre esfregar seu mamilo e pegá-lo de mão cheia, vez ou outra capturando-o com a boca. Você também não deixaria para trás, segurando toda sua extensão, subindo e descendo lentamente enquanto sentia suas fortes mãos também descerem para sua intimidade. Quando ele enfim passou seus dois dedos por toda sua abertura, você soltou um suspiro. Quando ele os penetrou, você gemeu, apertando levemente a cabeça de seu membro, fazendo com que ele além de investir com um pouco de força, soltasse um gemido rouco em sua boca.

Dean investia sob sua intimidade conforme você se entregava – além de ser guiado por seus movimentos. Se você o esfregava rapidamente, ele diminuía a intensidade, passando sua mão pesadamente por seu braço até seu pescoço, onde o forçava a olhá-lo. Não chegava a ser sufocamento, apenas uma garantia que você olharia para seus olhos. Mas isso também não significava que estava sendo fácil para ele aguentar suas mãos habilidosas que variavam entre subir e descer, acariciar suas bolas e apertar sua cabeça.

Céus, ele mesmo não sabia se aguentaria por muito tempo toda aquela tortura. Aquilo não duraria muito, vocês sabiam muito bem disso. Você praticamente puxou seus dedos para ainda mais fundo em você, quase pedindo verbalmente para que fosse mais rápido. Dean sabia que aquela tortura não poderia continuar mais, investindo rápido nos movimentos de vai e vem, enquanto você apertava mais seus seios e tremia juntamente de suas pernas já sem forças.

Dean sentiu jorrar-se sob suas mãos, enquanto você apenas escorregou lentamente até o chão, respirando pesadamente. O sexo entre vocês era intenso, porém sempre seguido do sentimento de vazio, solidão. Você abriu os olhos, se deparando com nada mais nada menos do que apenas um chuveiro ligado desperdiçando água e mais nada. O mesmo atingia Dean, dando de cara com uma parede agora suja com seu gozo, apenas isso.

Essa não seria a primeira nem a última vez que se tocariam pensando um no outro, porque juravam que nunca poderia acontecer alguma coisa entre vocês. As farpas e ódio gratuito que trocavam durante o dia impedia qualquer tipo de pensamento coerente sobre um possível relacionamento. Bastava apenas guardarem para si mesmo todo aquele tesão que sentiam um pelo outro, descontando em banhos aleatórios. Era óbvio que nunca ninguém havia sequer desconfiado, já que vocês realmente pareciam se odiar. Sequer sabiam como trabalhavam em casos juntos.

Aquilo doía, para ambos, mas quem se arriscaria primeiro?

A verdade é que nunca se soube a resposta para isso, já que após o banho, acabaram se encontrando saindo de seus quartos de motel, trocando olhares irritadiços um para o outro. Ora, era difícil olhar irritado para alguém cujo acabou de gozar junto de você, mas quando ela não sabia que era motivo de suas fantasias, o melhor era manter o disfarce.

—S/n. – Ele a cumprimentou de má vontade, olhando para todos os lados exceto seus cabelos molhados.

—Dean. – Você respondeu rudemente, saindo o mais rápido possível de perto dele, chegando a esbarrar seu ombro no dele.

Aquilo havia mexido com os dois, embora não tivessem percebido. Por estar de costas, não percebeu quando o loiro fechou os olhos e inspirou profundamente, tocando levemente onde seu ombro tocou. Assim como Dean não ouviu seu coração acelerar e você suspirar baixinho.

Aquilo nunca daria certo, vocês se odiavam e sequer se importavam com os sentimentos um do outro. Não, era melhor o desejo continuar em segredo. A única maneira de ficarem juntos seriam na imaginação.

Apenas isso.


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