Operação Spemily escrita por Leonardo Alexandre


Capítulo 2
Capítulo 2 - Difícil de Entender, Difícil de Explicar


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Um agradecimento especial para Adam Laskos e Alex Marques por comentarem e um obrigado tbm pra quem leu mesmo sem comentar... Espero que todos esperam gostando.
Enfim, boa leitura...

Anteriormente em Operação Spemily:
— Acho que eu já entendi o que tá acontecendo. — Toby suspirou e soltou um muxoxo. — Você está nos braços errados agora, não é?
— O que quer dizer com isso? — Spencer franziu o cenho.
— Seja sincera. Não comigo, com você mesma. — Replicou Toby.
— Eu te amo. — Spencer admitiu para Emily. — Não sei como nem quando, mas o que eu sentia mudou, não é só mais uma simples amizade. Eu te amo Emily Fields. Não posso te deixar ir embora.
— Spencer Hastings, eu te amo há tanto, tanto tempo que nem sei dizer. Tudo que eu mais queria era te ouvir dizendo que sente o mesmo. — Em sussurrou sem parar de sorrir.
Hanna observou as declarações tentando disfarçar sua total e completa perplexidade com aquilo.



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Aria estacionou em frente à casa das Marin e desceu junto com a amiga por saber que teria que explicar toda a situação.

— O que diabos foi aquilo no aeroporto? — Hanna finalmente se deixou explodir ao entrar no quarto e jogar a bolsa de qualquer jeito em cima da cama.

Montgomery sorriu e puxou a cadeira do computador para se sentar. — Pelo menos agora você entendeu porque a Em queria ir embora, né?

— Não. — Respondeu cruzando os braços.

Revirando os olhos e soltando um suspiro, tornou a falar. — A Em estava apaixonada pela Spencer, mas não se declarou antes por medo de contar e estragar a amizade, então ela ia embora pra deixar isso quieto.

— Então a Emily tá apaixonada pela Spencer? — Murmurou estreitando os olhos.

— Foi o que eu acabei de dizer. — Aria tentou não rir, mas um sorriso ainda brincava nos cantos de seus lábios. — E o que ela disse no aeroporto também.

— Mas que absurdo! — Hanna gritou de repente fazendo a amiga tomar um grande susto, se desequilibrando e caindo da cadeira.

— Porra, Hanna. — Aria se levantou com uma expressão irritada, batendo a saia para se certificar que não havia poeira. — O quê que é absurdo?

— A Em apaixonada pela Spencer. — A garota parecia realmente indignada.

— Por que isso seria absurdo? — Aria se sentou de novo e cruzou braços, curiosa.

— Como que ela pode ficar a fim aquela nerd magricela e sem graça ao invés de tudo isso aqui. — Hanna passou as mãos pelas laterais do corpo, rebolando de leve.

Como não poderia ser diferente, Aria caiu na gargalhada, mas a expressão da loira não mudou, deixando claro que a indignação dela era sincera. — Deus do céu, Hanna. Você é tão... Pretensiosa. Pra não dizer metida.

— É sério. Eu estou revoltada. — Replicou jogando-se na cama e cobriu os olhos com um dos braços.

— Isso tá com cheiro de ciúmeeeees. — Cantarolou rindo.

— O que? Eu com ciúmes da Em? Isso é ridículo! Aria você tá delirando. — Hanna disse com muita ênfase. Ênfase até demais.

— Cara, era brincadeira. — Aria franziu o cenho sem parar de sorrir. — Mas agora eu acho que é verdade, você tá com ciúmes sim.

— Não to nada. Cala a boca. — Hanna descobriu os olhos para fuzilar Aria com eles.

— Eu ainda tava brincando. Qual é a sua? — A confusão só durou um segundo antes de seu queixo cair com o entendimento. — Meu Deus Do Céu! Hanna Lauren Marin, você... Tá gostando da Emily.

— O que?! — A voz de Hanna saiu um pouco mais fina que o pretendido enquanto ela se sentava na cama. — Não, não, não, nãnãnãnão, não. Óbvio que eu não to gostando da Em, ela é minha melhor amiga.

— Claro que tá. — Aria concluiu com um sorrisinho cínico. — Dá pra perceber pelo seu esforço pra me fazer acreditar que não.

— O que eu to percebendo é que a queda dessa cadeira foi muito alta pra você, anã de jardim. — Marin ironizou. — Porque você tá delirando.

— Hanna, olha aqui. — Montgomery se inclinou para frente para olhá-la diretamente nos olhos. — Você não tá gostando da Emily?

— Não. — Hanna não fez questão de desviar.

— Mentirosa. — Porém, Aria a conhecia bem demais para saber que não era verdade.

— Tá bom! Eu to gostando dela. U-um pouquinho.  — Confessou quase sussurrando a última parte.

— Nossa. Eu já tinha entendido, mas você dizendo assim... Parece mais louco ainda.

— E você acha que eu não sei? — Hanna saiu da cama e virou de costas para a amiga, chutando uma de suas pantufas que repousava no chão. — Eu tenho namorado. Um bem sexy, na verdade.

— Quando foi que isso começou? — Aria decidiu parar de zombar e tentar realmente ajudar, pois não devia ser fácil admitir algo assim.

— Sei lá. — Suspirou e voltou a se sentar. — Umas três... Talvez quatro semanas atrás.

— Hm. Deve ter sido mais ou menos quando a Emily contou pra gente que ia morar no Texas, certo? — Questionou de olhos semicerrados.

— Acho que sim. Por aí. — Hanna confirmou depois de um instante pensando.

— Então, parando pra analisar... Talvez você nem esteja de fato gostando dela. Quem sabe essa história de mudança tenha te deixado com medo de perder a Emily e os sentimentos acabaram se embaralhando, aí você ficou confusa.

— Acha mesmo? — Perguntou, mordendo o lábio inferior logo em seguida.

— Tenho certeza. Você não gosta de garotas. Se eu te beijasse agora, tu não ia sentir nada. — Aria sorriu e brincou. — Ou talvez sentisse, porque né? Eu beijo muito bem.

— Hahá, quem é a pretenciosa agora? — Hanna conseguiu sorrir junto.

— Não é pretensão, é constatação de fato. — Rebateu com convicção.

— Pretenciosa, pretenciosa, pretenciosa. E digo mais: Metida. Quer saber? Aposto que eu beijo melhor do que você. — Hanna a encarou com um brilho de desafio nos olhos.

— Nem em sonho. — Desafiou-a de volta.

— Tá a fim de tirar a prova? — Um sorriso malicioso surgiu nos lábios róseos de Hanna, chamando atenção para a área.

— O que? Como assim? — Aria se levantou da cadeira e se afastou um pouco da cama onde a loira estava sentada.

— Aria Gabrielle Montgomery, você me entendeu muito bem. — Hanna também ficou de pé, aproximando-se devagar.

— Acho que você conviveu tempo demais com a Em. — Continuou recuando até estar encostada na parede.

— Qual é, Aria? — A Marin se aproximou, deixando um espaço de poucos centímetros entre seus corpos, então ergueu a mão para acariciar as madeixas escuras da baixinha. — Não é como se a gente fosse namorar, é só um beijo. Amigas fazem isso, não é nada de mais.

— Um beijo? — Aria arqueou uma das sobrancelhas.

— Só. E ninguém precisa ficar sabendo.

— Pode ser interessante.

— Claro que vai ser interessante, né miga? Olha só a perfeição que você vai beijar. — Hanna sorriu e piscou.

— Olha a pretensão aí de novo. — Aria riu. — Sou mais bonita que a senhorita.

— Só que não. Sou mais bonita e beijo melhor que você.

— Veremos. — Aria desencostou da parede e a distância que já era pouca se tornou quase inexistente, mas não avançou.

— Veremos.

Hanna finalmente eliminou o espaço entre seus lábios e os de Aria, entretanto deixou que a próxima atitude partisse dela para o beijo se manter em algo que ambas quisessem.

Assim que uma das mãos da menor se embrenhou nos cabelos loiros e outra segurou com firmeza a cintura delicada, as línguas curiosas adentraram o espaço explorando a boca alheia, surpreendendo-se com a sensação deliciosa que descobriram.

“Nossa, a Hanna tem a boca mais macia que eu já beijei. E, caramba, que beijo bom, dá pra sentir minha pele toda se arrepiando”.

“Uau. Essa baixinha é um furação. Delicada, mas com pegada. Adorei. Céus, que boca”.

Os lábios apenas se separaram depois de vários e vários minutos, quando o ar deixara por completo seus pulmões.

— Bom... Isso... Até que foi interessante. — Mesmo que as tentativas de regularizar a respiração fosse falha, Hanna ainda mantinha um tom superior.

— Pela sua falta de fôlego eu me arriscaria a dizer que foi bem mais que “interessante” pra você. — Aria sorriu maliciosa.

— Hahá, olha quem fala. — Retribuiu o gesto com a mesma malícia na voz. — Agora já entendeu que eu beijo melhor?

— Até parece. Confessa, querida, o meu beijo é delicioso. Muito melhor que o seu.

— Parece que vou ter que provar o contrário mais uma vez. — Hanna sorriu de canto mexendo no pingente no cordão que Aria usava.

— Senhorita Marin, acho que você gostou de beijar uma garota. — Respondeu com os dedos brincando com as pontas do cabelo loiro. — E quer mais.

— Não vou negar, senhorita Montgomery. Mas me atrevo a dizer que a você gostou também. — O sorriso aumentou consideravelmente.

— Ah é? Tem certeza? — Aria roçou de leve seus lábios nos dela, provocando-a.

— Absoluta. — Hanna não aguentou muito tempo antes de transformar aquele toque em outro beijo de cinema.

E depois, aquele “só um beijo” se tornou três, quatro, cinco. Até virar um amasso bem quente com a menor sentada no colo da outra na cadeira no computador.


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Notas finais do capítulo

Então, o que estão achando?
"Ah, Leo, o nome da fic é Operação Spemily e cadê Spemily?" Calma. A capa não tá assim por acaso, os amigos são parte importante da operação, então todos vão ter seu destaque. Mas ainda vai ter surra de Spemily na cara de vcs, podem ficar tranquilos. kkkkkkkkkkkkkk
xoxo
Atenciosamente, Leonardo A. Guedes.



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