Paixão Sob Comando escrita por Bruna Herrera


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, voltei e esperam que aí estejam. Estou nesse projeto de voltar com a quarentena, porque acho que a gente precisa mais é ler, né?
COMENTEM, OK!



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— Nem pense em dormir comigo. - Adiantou-se a dizer.

— E se estamos sendo vigiados? E estamos casados, se lembra? - Ele cruzou os braços com uma feição enigmática. - Ou acha que entramos na casa deles, comemos da comida deles, assim, tão facilmente? Estamos sendo vigiados o tempo todo, é assim que as coisas são na vida real, e eles não vão parar até comprovarem que não estamos aqui para simplesmente traí-los ou enganá-los. - Chegou e abraçou-a pela cintura, com o rosto muito perto ao dela. - Agora mesmo, este quarto pode estar cheio de câmeras, tentando nos ver escorregar na primeira chance que tivermos. - Beijou-a ardentemente e rezava para que realmente o único problema que estivessem tendo fosse somente a impressão de uma briga de casal, em caso de estarem sendo vigiados. - Por favor, tente ao menos se manter nesse jogo, viva. Reade conta com nosso trabalho. - Sussurrou quase inaudivelmente e beijou novamente os lábios tão macios e cheios com um volúpia imensurável. Pegou-a nos braços e a girou em direção a cama.

— Não acha que vamos fazer o que acha que vamos fazer, não? - Disse Patterson, ofegante e inebriada pelo rompante de paixão de Roman. Como explicar para aquele homem que era uma loucura, que era muito perigoso trilhar o caminho tão fortuito, ainda que fosse delicioso.

— Eles precisam ver que somos um casal apaixonado, de alguma forma devemos causar a impressão correta.

 

Roman a deitou na imensa cama, espalhando seus cabelos pelos lençóis brancos. Ela era linda e uma ferinha selvagem que relutava contra a tensão sexual que sempre havia sobre eles a cada confronto e a cada provocação.

Ela deitada naquela cama, com seu rosto corado de antecipação, era uma tentação aos olhos. Roman esperava que ela o quisesse naturalmente, algo em seu interior pedia para que ele a beijasse até que ela dissesse sim, porém sabia quase que por instinto, que só dependia do querer da pequena enfurecida cair em desejo.

Patterson sentou-se na cama e o beijou devagar, com as mãos segurando o rosto tão familiar e tão intimamente querido. Por mais que pudesse recriminar-se, gostava de seu jeito irritante, de suas retaliações sedutoras a cada embate que tinham em sua sala.

Como dizer não, a oportunidade de viver uma paixão beligerante com o homem mais misterioso do mundo, o mais intenso e mais especial aos seus sentimentos? Ela o desejava.

O celular tocou, e saíram do transe num instante, olharam-se assustados e perceberam que poderiam ser os amigos. A linha tinha rastreio que corroborava com a história do casal de Chicago, então poderiam atender livremente. Teriam apenas que tomar cuidado com qualquer mensagem de voz.

Weller, envia uma mensagem de texto comprovando as suspeitas de que o quarto realmente teria diversas câmeras. A ira encheu o coração de Patterson, seria muito sadismo da parte do casal vigiar o outro em todos os momentos, inclusive nos mais íntimos. Corou ao se lembrar do que acabara de ocorrer. Deveriam mais do que nunca viver seus papéis com fidedignidade. Como tudo chegara a tal ponto surreal?

Mostrou a mensagem para Roman, discretamente, disfarçando com um abraço. Ele sabia, interiormente sabia que isso seria o tipo de coisa que traficantes tão cuidadosos fariam, porém precisava que Patterson entendesse que precisavam viver aquilo pela própria segurança deles, e ele jamais poderia aceitar que algo a acontecesse. Apesar da carapaça dura e teimosa, tinha um grande coração e era a mulher mais bondosa que poderia ter encontrado naquele lugar tão solitário. Por vezes o ajudou também, seu único problema realmente era que se sentia desconfortável em sua presença, pois era exata demais, certinha demais e não se permitia ao perigo e a intensidade. Eventualmente o faria e viveria para vê-la em seus braços.

— Acho que deveríamos dar um passeio romântico pelo jardim, minha amada querida, conhecer nosso pequeno paraíso na Terra. - Eles caminharam pelos caminhos do jardim, enfeitado com tantas plantas exóticas e cheias de cores, tentando encontrar um ponto sem sinal de rastreio com uma pequena escuta de sensibilidade de radiofrequência, quando, num local com o sinal mais fraco, ativaram o modo de bloqueio. Quando se sentiram seguros e inaudíveis por alguns minutos, resolveram fazer o pequeno briefing dessa vez. - Creio que se ouviram algo sobre o qual comentávamos, não levaram tão a mal. Mas precisamos passar a pura imagem da reconciliação agora, e precisa me ouvir dessa vez, não os conhecemos, mas já sabemos o suficiente que são perigosos. Precisa estar comigo nessa, chefa. - O olhar divertido de Roman em sua última frase, causou uma mistura de fúria e atração que ela não sabia calcular em níveis de consequência. Recriminava-se por adorar estar mais perto dele, bem ao redor daquela aura de sexo e sedução. Seu corpo traidor.

— Sabe que temos que manter isso no profissionalismo, não sabe? Uma gracinha sua e você verá minha fúria e não existem pessoas mais perigosas que eu quando tenho raiva de você.

— Jamais sentiria raiva de mim meu bem, e eu sei que gostou do nosso beijo. Se soubesse o quanto é irresistível, amada chefinha. - Ele a tocou de leve pelo queixo.

— Não me chame assim! - Disse entre dentes. - Eu sei quem sou e sou demais pra você. - Ele sorriu divertido, gostava de despertar esses sentimentos, nela. - Esteja pronto essa noite, pois teremos nossa maldita reconciliação.

 

Patterson andou à frente dele, os passos seguros em nada mostravam o controle do corpo que entrava-se em colapso com o que acabara de prometer. Eles transariam essa noite e tudo por conta do trabalho que deveriam fazer. Era excitante se tornar tão displicente quanto as espiãs famosas dos livros, nunca havia ficado tão a frente de uma missão tão importante, mas estava crendo que estaria fazendo o certo. E que mal faria aliviar o estresse que sentia nos beijos e no corpo de Roman? Seria realmente incrível se aproveitar um pouco da oportunidade para fazer um bom jogo de sedução e tentar viver sua personagem. Hoje faria daquele homem sua presa em meio ao deserto e ele não perdia por esperar.

Ele não acreditava em nada naquela cara resignada dela, ela na verdade estava gostando demais da possibilidade de ter uma noite de amor com ele, e ele sabia disso. O que ela sequer desconfiava era que ele estava tão ansioso quanto ela por esse momento, e tinha esperado quase uma vida para estar em sua cama, realizando seus desejos com aquela sedutora nerd austera. Seria uma missão interessante e já começava mais instigante do que nunca.

 


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Notas finais do capítulo

Só dizer o que acharam, sim?



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