Sussurro de fantasma escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 1
Capítulo 1: Emily Gordon




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/757196/chapter/1

P.O.V. Emily.

Meu nome é Emily Marie Gordon, sou filha de Melinda Gordon e Jim Clancy.

Quando eu era pequena eu descobri que eu podia ver e falar com os mortos e isso é mais uma maldição do que uma benção na minha opinião. Eu vou abrir uma loja de antiguidades que é da franquia que a minha mãe criou aqui na cidade de Beacon Hills.

Acabei de inaugurar a loja.

—Um antiquário ein?—Derek

—Olá, sejam bem vindos.—Emily.

—Bem vindos?—Derek.

Então a garota perguntou:

—Você pode me ver?—Alisson.

—É claro que eu posso, eu não sou cega eu tenho olhos... ou você tá... é acho que tá. Bom, em que posso ajudar senhor?—Emily.

—Eu só vim dar uma olhada.—Derek.

—Tudo bem. Fique á vontade. Se precisar de alguma coisa eu estarei lá nos fundos.—Emily.

Olhei bem nos olhos da garota morta e fiz sinal para que ela me seguisse.

Já estávamos no depósito quando eu perguntei:

—Qual é o seu nome?

—Allison Argent.

—Como foi que você... morreu?

—Assassinada.

—E qual é o seu negócio inacabado? Com quem é?

—Scott McCall.

—Você não quer se vingar quer?

—Não. Eu quero me despedir.

—Então, onde eu acho esse McCall?

—Como você pode me ver e me ouvir?

—Minha mãe chama de dom. Minha bisavó tinha, ela tem e eu tenho.

—E você não acha que é um dom?

—Você acha que é? Porque pra todos os efeitos eu estou aqui, num depósito cercada de caixas falando sozinha. E eu paguei o maior mico na frente do meu primeiro cliente.

—Derek. O nome é Derek Hale. Minha tia assassinou a família dele.

—Que horrível.

—Pode dar uma mensagem pro meu pai também?

—Posso. Eu vou terminar de atender o senhor Hale e ai entregamos suas mensagens tá?

P.O.V. Derek.

Eu podia ouvir tudo o que ela falava lá embaixo. E fiquei surpreso quando ela me chamou de senhor Hale.

—E então, alguma coisa o agradou?

—Esse relógio. De onde veio?

—Eu posso ver?

Ela pegou o relógio de bolso na mão e sorriu.

—Elizabeth Dane. Eu me lembro desse caso. Foi um dos casos mais complicados que eu já peguei. Eles estavam todos cheios de raiva, por isso eles não iam embora. Quase queimaram a cidade inteira. Eles descontaram nos herdeiros das famílias fundadoras de Antonio Island. Levaram o Padre Malone, descendente de Patrick Malone.

—Levaram?

—Mataram. Queimaram ele vivo. A energia era tão concentrada e poderosa que eles todos, todas aquelas almas eles formavam um nevoeiro. O único nevoeiro que eu conheço que viajava contra o vento. Eu me lembro da figura imponente do veleiro, do sino que tocava toda vez que ele passava.

—Tipo um navio fantasma?—Alisson.

—Não tipo um navio fantasma. O Elizabeth Dane era um navio fantasma.

—Todas as coisas que você vende aqui eram de...

—Espíritos terrenos como você. Esse relógio era do Blake. O capitão do navio.

—Espíritos terrenos? Eu não sabia que eu era um espírito terreno.

—Oh, eu... não tava falando de você. São trezentos dólares.

—O relógio?

—É.

—É só um relógio.

—Não. É um relógio feito a mão, sob medida com uma marca de autenticidade que é única. Essa marca de autenticidade só tem nas coisas que eram do Elizabeth Dane. Eles são a prova de que nada fica enterrado pra sempre, mais cedo ou mais tarde tudo volta.

—Você é uma médium?

—Não exatamente.

Ela foi atrás do Argent e depois foi atrás do Scott.

—O que é aquela luz?

—Vai nessa. Significa que ta pronta.

—Você consegue ver também?

—Não. Você é a única que pode.

—Eu to com medo.

—Não fique.

—Eu... eu to vendo ela. To vendo a minha mãe.

—Ela tá te esperando.

Deu pra sentir o vento.

—Ela foi embora. Bom, meu trabalho aqui está feito.

—Você é sobrenatural?

—Sobrenatural? Se poder falar com os mortos me torna sobrenatural então sim.

Ela pegou uma foto na mão.

—É ela. Alisson. E a moça ruiva, quem é?

—A minha esposa.

—Mãe da Alisson?

—Sim.

—Alisson disse que a mãe tava esperando ela do outro lado.

—Você viu a minha mulher também?

—Não. Eu só posso ver os que ainda não fizeram a passagem. Os que já atravessaram são cuidados por outras pessoas imagino. Uma vez vi um espírito que recebe bebês.

—Recebe bebês?

—Sim. Bebês que morrem. Ele é responsável por cuidar deles do outro lado, recepcionar a chegada. Sabem, vocês são as primeiras pessoas que acreditam em mim logo de cara. 

—Qual é mesmo o seu nome?

—Emily. Emily Gordon. Tchau.

—Obrigado Emily.

—Disponha.

 Ela foi embora. Logo eu descobri que ela era minha vizinha.

Eu decidi bater na casa dela.

—Olá. 

—Olá. Você quer entrar?

—Seria ótimo.

—Entre. Desculpe a bagunça.

A casa estava toda cheia de caixas, só tinha o sofá, a tv e o armário onde ficava a tv.

—Então, você pode falar com os mortos.

—É.

—Minha família morreu num incêndio.

—Eu sei.

—Como?

—Alisson.

—Tá. Pode falar com a minha família?

—Infelizmente não é assim que funciona. Eles vem a mim. Deus me livre perturbar o descanso de um espírito. Como foi que você sobreviveu?

—Eu não tava lá. Mas, o meu tio estava. Ele foi o único sobrevivente.

—Sinto muito.

—Sua irmã?

—Minha mãe. Quando era jovem.

—Ela já...

—Morreu? Não. Meus pais ainda são vivos.

—Você parece muito com ela.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sussurro de fantasma" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.