Janelas da Alma escrita por Liz lonelyk oficial


Capítulo 16
Mais que um conceito


Notas iniciais do capítulo

Folhas e mais folhas escritas... e só posso postar um resumo seguindo a história principal...



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— Fantástico!  

Zoe lançou aquele olhar de costume, retirou dispositivos de seu jaleco e retirou de sua cabeça a sua tiara e a colocou em mim e bem agiu como sempre agi.

— Sempre quis estudar isso!

Os camundongos sumiram e eu estava com o estômago todo revirado, sentia nojo, repulsa e enfim…sentei ali mesmo  fiquei com a cabeça abaixada por um tempinho bem zonza.

— Vamos criadora poderia ter sido bem pior… Hum… veja só isso!

Ela abriu o seu painel de informações, uma tela azul que surgiu do nada com um desenho de um cérebro.   

— Que peculiar… Serão bem úteis aquiles estudos em neurologia, e você se achando a “estranha” por me acompanhar! veja  criadora isso aqui! isso sim é algo perfeito, nem de longe lembra os meus queridos inventos incluindo o Leon e a Mille. Ah que lindo!!!!

— Não estou achando nada lindo cuspir camundongos… e já estou tempo demais aqui Zoe preciso voltar…

— Tá instável demais, se voltar irá ter mais e mais devaneios e bem você já sabe.

Levantei-me  

— Não conseguirá voltar por completo, além do mais olha este mapa em 3D criadora!!!  

— Este ponto aqui em vermelho é o hipocampo, ah é onde estamos! isso faz total sentido(falei lembrando-me de ter sido a única criança com dez anos de minha escola interessada no funcionamento do cérebro humano).

— Não exatamente Criadora na verdade, a parte que estamos  é a do lobo frontal, mas projetadas em sua memória…(hipocampo) bem é complicado de explicar e não temos tempo para coisas muito técnicas apesar de eu amar isso!!   

Eu fiquei pensando um pouco examinando o “mapa”, Zoe tem razão o cérebro é algo tão perfeito e de fato lindo.

— Olha só isso! este ponto vermelho fica bem abaixo de nós,  no ginásio vamos lá! acho que há um cavalo que precisa domar antes de pegar os camundongos.

— Não tive o acesso ao ginásio.

— Interessante, vejamos…

Ok virei um dos estudos de Zoe, ela parou pensou um pouco…

— Está comigo agora sou como uma chave mestra, foi assim que eu consegui tão facilmente entrar .

No caminho perguntei como iríamos caçar os camundongos e como eu iria domar o cavalo, mas Zoe estava empolgada demais com os relatórios que chegavam.

— Não esperava algo assim é muito complexo!!!!

Na frente do ginásio eu tentei abri o portão, tentamos dar a volta e nada, não tivermos o acesso.

— Estranho… Ok que outras partes não conseguiu? pera !!!! já sei a biblioteca e o laboratório…

— Certamente o laboratório é onde você deve ter se instalado como sempre.

— Não, lá é a parte onde as substâncias químicas reagem. bem um domínio de seu cérebro que não devemos mexer. acho que apenas o seu "Criador" tem o acesso, todavia sua alimentação, seu sono, suas atividades e pensamentos determinam o que será fabricado, é um sistema automático maravilhoso o qual não é necessário a intervenção interna só externa.  (ela trocou do nada o assunto), A biblioteca... bem vamos lá verificar eu fiz amizade com uma menininha tão interessante e confusa.

Voltamos para o Hall de entrada ao passar pela sala do Menos um, eu me recordei tinha duas provas de matemática esperando-me no mundo real, pedi a Zoe para que me ensinasse mais sobre os camundongos.

— O tempo cria versões nossas, cria períodos de evolução, são situações assim que fazem sermos melhores, é claro que momentos felizes são igualmente importantes,  momentos felizes são mais fáceis de serem processados pelo cérebro o mesmo não ocorre com os chamados conflitos. O que acha que deveria fazer?

— Bem… (olhei as cartas) hum…

Eu me enche de coragem, estufei o peito, entrei na sala…

— Ei garotinha! não precisa ter vergonha de algo que não foi sua culpa, é só perguntar a ele vamos! estou aqui caso ele se negue a responder.

Minha versão balançou a cabeça, fechou a mão com força  e o professor continuou em sua posição.

— Sabe que tem uma estrutura ?Ei vamos! Nossa mãe e irmãos sempre estarão prontos para nos defender, lembra de quando nosso irmão entrou na escola e quase bateu naqueles garotos?   

A garotinha acenou com a cabeça, eu consegui romper uma barreira ela me via e eu a entendia.   

— Lembra das vezes que nossa mãe entrou aqui preocupada? das vezes que ela lutou por nós?

— Ele… ele vai brigar comigo… eu não consigo ter meu caderno organizado… Não consigo fazer as contas pois os números fogem de mim… vão rir de mim é uma pergunta boba. não aprendi isso…

— Ei ei é a melhor na sala de história, manda super bem em ciência e em geografia… vamos há professores aqui que podem lutar contra ele!

Zoe entrou na sala, pegou um giz e de cima da mesa do professor uma prova, ela resolveu  as contas no quadro negro ao terminar agachou-se de frente a minha versão.

— Pode copiar se quiser.

A garotinha pensou por um instante e chegou a conclusão:

— Ele não me conhece, não sabe que não tive professores e nem sabe que eu tenho déficit de atenção… Ele não pode fazer nada contra mim tenho uma família que me ama e eu posso sim aprender matemática! Preciso provar que posso!

Eu voltei de imediato para o mundo real. Era dia de prova na faculdade, após a prova, o professor corrigiu, eu recebi minha prova um 3 de nota. Tomei coragem, me levantei e pedi ao professor que explicasse as contas, bem ele se negou.

— Não é hora de tirar suas dúvidas, deveria ter perguntado em aula.

— Sim eu deveria, assim como deve mostrar meu erro como um bom profissional de sua área.

— A revisão serve justamente para expor os erros da prova para que tais não ocorram novamente...

— Sei que pode até ter sido falta de atenção minha, porém estou disposta a não cometer os mesmos erros.

— Dei uma revisão antes da prova e nunca faço depois.

Ele deu uma prova de nota 10 para eu olhar. Respirei fundo comparei com a minha, após a devolvi… A aula acabou e eu esperei todos saírem inclusive o professor. Peguei um giz, a sala vazia … oscilando entre a sala de aula do Menos um e a do mundo real.

— Vai continuar vivendo na sombra? sempre tão envolvida em velhos conceitos…

— Zoe…

Ela pegou o giz de minha mão, soltou um suspiro de frustração.

— Lembra quando éramos pequenas, quando nos escondemos na biblioteca e quase  perdemos a aula? Ou todas as vezes que escapamos do colégio só para ir a livraria?

— Sim eu me lembro…

— Este é o seu mundo, mas tem responsabilidades as quais não pode virar as costas, e  eu errei …

— Não pera… é uma personagem, um pensamento…

— Não criadora sou um conceito e estou errada, não deve fazer apenas o que gosta! Não deve menosprezar aquilo que não entende ou domina!  Não deve comer apenas o que seu paladar se agrada, seu corpo necessita de fontes diferenciadas de nutrientes e isso aqui (ela olhou no quadro negro, bateu com o giz e  emocionando-se continuou), é uma importante fonte mesmo que odeie reconhecer. Sabe o conhecimento, a inteligência e tudo que eu represento... precisa de fórmulas matemáticas.

Ela escreveu uma partitura no quadro negro.

— Isso é matemática!, aquela porta ali só funciona graças a medidas, este prédio construído com cálculos, ok não dominar, tudo bem se não gosta, mas deve dar atenção a isso! aprenda!  apenas aprenda! Sabe o que deve fazer!


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Notas finais do capítulo

... Talvez tais textos virem novas fics... ou apenas fiquem presos em meu diário.



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