My Medicine. escrita por DihDePaula


Capítulo 23
Capítulo 21 - Primeiro contato.




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A luz do sol invadia o quarto, sua claridade acabou despertando Eric. Rebecca estava com a cabeça apoiada em seu peitoral, enquanto os braços dele envolviam o corpo dela de forma protetora. Estava preocupado com ela por conta de toda a confusão que havia se desenrolado no dia anterior. E tentar esquecer as coisas com sexo não funcionava, não que ele estivesse reclamando. 
A noite foi maravilhosa regada de sexo, conversas sem nexo e carinho. Mas os problemas dela não sumiriam de forma repentina, mas isso no final não importava tanto. Ele já havia decidido que estaria ao lado dela e a ajudaria em tudo que ela precisasse.

Soltando um pequeno suspiro Eric se desprendeu do corpo de Rebecca e a deixou dormindo, por alguns segundos ficou observando a imagem dela nua dormindo de forma tranquila em sua cama e sorriu com aquela imagem. Era algo que ele poderia ver todos os dias que não enjoaria. Cobriu o corpo de Rebecca com o lençol e sorriu de canto.

Quando finalmente resolveu sair da cama foi direto para o banheiro fazer suas higienes matinais e tomar um banho. Ao sair do banheiro estava com uma bermuda preta e uma regata branca cobrindo o corpo, sem fazer barulho ele saiu do quarto indo direto para o andar de baixo conversar com sua família e tentar achar algo sobre a família de Rebecca.

Quando ele chegou a sala se espantou ao ver Peter e Arthur cada uma em um notebook digitando de forma frenética. Parou bem na frente dos dois com os braços cruzados na frente do corpo e os encarou com o cenho franzido.

  —  Bom dia. —  Disse Eric ainda parado.

— Bom dia. —  Os dois responderam sem erguer os olhos. 

  — O que voc....—  Quando Eric começou a falar foi interrompido por um grito de Arthur.

— ACHEI! PUTA QUE PARIU! Eu sou realmente foda. —  Disse o loiro sorrindo.

Eric ficou encarando os dois confusos sem entender absolutamente nada. Até que Arthur colocou o notebook na mesa de centro da sala e o girou para que Eric pudesse ver o conteúdo. Eram pesquisas relacionadas a família de Rebecca e na pagina que ele estava lendo tinha o telefone de contato da empresa que Vitto Sarcoriezzi comandava. Tinha algumas informações sobre o acidente do pai de Rebecca e de como Vitto havia assumido a sede da empresa que ficava em Gênova.

Eric rapidamente pegou o seu celular e começou a discar o número, tomando todo o cuidado para digitar tudo corretamente já que era uma chamada internacional. Pelo horário devera ser 14:00 ou 15:00 da tarde na Itália, esperava conseguir falar com o avô de Rebecca.

  — Buon pomeriggio, Sarcoriezzi Enterprise.   — Disse uma mulher.

    — Boa tarde, gostaria de falar com Vitto Sarcoriezzi. É uma emergência, diga a ele que é sobre Rebecca.  — Disse Eric com a voz firme.

Ele não sabia Italiano, então arriscou no inglês mesmo. Com um suspiro ele começou a caminhar de um lado para o outro quando a mulher pediu para ele aguardar um minuto. Demorou mais algum tempo antes que ela dissesse que Vitto iria atende-lo.

— Ciao, o que sabe sobre minha neta?  — Uma voz grave e firme soou do outro lado. Pelas palavras teve certeza de que era o avô dela.

— Me chamo Eric sou um... amigo de Rebecca. Charlotte escondeu todas as cartas e fez com que ela acreditasse que vocês a culpavam pela morte do pai. Ela só descobriu a verdade ontem.  —  Ele saiu despejando de uma única vez, não tinha forma fácil de entrar naquele assunto e seria bom que o velho já soubesse quando finalmente entrasse em contato com Rebecca.

—Figlio di una cagna! Eu sabia que essa mulher tinha feito algo, Piccola nunca agiria dessa forma. — Exclamou o homem. Ele soltou um suspiro cansado. — Grazie ragazzo. Será que ela vai querer falar comigo?

Eric notou o tom de apreensão do homem e sentiu um pouco de pena dele. Caminhou até o sofá e se jogou ali soltando um suspiro cansado. Ele sabia que ela queria falar com os avós e sabia que em breve ela iria até a Itália vê-los. Eric ficaria com bastante saudades caso ela não quisesse que ele fosse junto, mas entendia que era algo que ela precisava fazer.

  — Sim Sr. Vitto, ela quer muito falar com o senhor e sua família. Por isso que estávamos procurando alguma forma de entrar em contato. —  Disse Eric.

  —  Ela.. ela está ai? —  Perguntou o senhor apreensivo.

—  Ela está dormindo, decidi ligar para já preparar o senhor e sua família para quando ela entrasse em contato. Ela falou bastante do senhor e de sua esposa, ela sente a falta de vocês. —  Disse Eric soltando um pequeno suspiro.

— Dio mio, nós também sentimos muito a falta dela. Temos acompanhado ela e a música dela mesmo de longe, minha bambina se tornou una bella donna. —  Resmungou a parte final para si, mas Eric a ouviu da mesma forma e não evitou sorrir.

  — Sim, ela se tornou uma mulher incrível. — Ele ficou em silêncio e depois continuou a falar. —   O senhor poderia me passar um e-mail que eu pudesse ter contato direto com o senhor? Assim eu passaria o telefone dela, até mesmo o meu para que quando o senhor quisesse falar com ela. 

  — Si, si! Me passa também aquele negocio de skype. Meu neto me ensinou a usar, seria melhor falar com ela por lá. Assim eu e a nonna dela poderíamos vê-la. Mesmo que pela telinha. —  Disse de forma um pouco mais animada. Eric achava engraçado o sotaque Italiano forte, mas ao mesmo tempo ele falava de forma gentil.

— Claro, vou passar sim. E quando ela acordar conversarei com ela e mais tarde ela fara uma chamada  de vídeo. —  Disse Eric enquanto anotava o e-mail passado por Vitto e alguns telefones com os celulares dele e da esposa, o telefone da residencia e o da mesa dele na empresa.

  — Grazie mille, ragazzo. Fico feliz que minha Piccola tenha feito bons amigos.  —  Disse Vitto antes de desligar.

Eric ficou algum tempo em silêncio encarando o nada assim que desligou o telefone. Havia agido por impulso, não sabia se Rebecca ficaria irritada com ele, por ele ter dado o primeiro passo e contatado a sua família. Esperava que não ficasse muito irritada, afinal, ele não tinha certeza se Rebecca ligaria logo de cara.

    — Eric? —  A voz de Rebecca o tirou de seu devaneio e ele desferiu um pequeno sorriso para ela.

Ela estava com os cabelos molhados denunciando que acabara de sair do banho, estava com um short jeans e uma das costumeiras regatas cavadas nas laterais. Se aproximou de Eric com um sorriso em seus lábios e assim que chegou a frente dele se inclinou dando um pequeno beijo nos lábios dele.

Eric a puxou para o seu colo, o que fez ela soltar um pequeno gritinho de surpresa. Ele envolveu os braços ao redor do corpo dela e escondeu seu rosto na curva do pescoço dela. Deu pequeno beijos e em seguida murmurou.

    — Bom dia, marrenta. — Disse ele soltando um pequeno suspiro.

    — Bom dia, Eric. Meninos. — Ela acenou para Peter e Arthur que encaravam os dois em silêncio.

Todos estavam com uma expressão preocupada, provavelmente todos pensando em como entrar naquele assunto com Rebecca. Ontem ela havia explodido diante de todas as emoções e acontecimento, eles estavam com receio disso se repetir. 

    — Desembuchem, estão todos me olhando esquisito. O que vocês descobriram? — Questionou a loira ficando séria.

Eric continuava em silêncio com o rosto escondido no pescoço dela. Arthur e Peter se mexeram de forma desconfortável no outro sofá e suspiraram. 

    —  Nós achamos várias informações sobre sua família. A da Itália.   —  Disse Peter com calma e de forma cautelosa.

    — Inclusive uma forma de contata-los. Por telefone.  —  Disse Arthur.

Rebecca ficou em silêncio por alguns segundos pensando, Eric se manteve quieto com o corpo dela preso entre seus braços. Ele afastou seu rosto para poder fita-la e respirando fundo a encarou, Rebecca o fitou com o cenho franzido. Pela cara dela, sabia que ela já imaginava que Eric tinha feito alguma coisa. Ela ficou em silêncio somente o observando e esperando que ele continuasse.

    — Eu... tomei a dianteira e entrei em contato com seu avô. — Disse Eric

Ele se manteve quieto somente a fitando, não sabia se ela agiria com calma ou se teria uma reação explosiva. Vindo de Rebecca nunca tinha como a gente realmente saber. Ficou quieta por alguns minutos somente encarando Eric sem reação. Eric estava começando a achar que aquilo não acabaria bem e que talvez ele tenha agido errado. Mesmo que ele só quisesse ajudar.

—  E o que ele disse?  —  Perguntou Rebecca apreensiva com a voz fraca.

—  Expliquei por alto que Charlotte que havia escondido as cartas de vocês e ele disse que já imaginava que era algo desse tipo. Que a Piccola dele não faria algo assim.  —  Disse Eric e observou Rebecca sorrir. — Peguei o e-mail dele para mandar todos os seus contatos para ele e ele pediu para passar o Skype. Ele quer fazer uma chamada de vídeo com você mais tarde, só estava esperando você acordar para falar isso com você e enviar as informações.

Ela ficou em silêncio por alguns segundos e depois se encolheu no colo de Eric deixando sua cabeça pousar sobre o ombro dele. Eric envolveu seus braços ao redor do corpo de Rebecca e a abraçou. Deixou uma das mãos deslizar lentamente pelas costas dela em uma leve caricia.

    — Obrigada, Eric. — Sussurrou Rebecca.

Ele sorriu com aquilo e a apertou mais contra si. Olhou para Arthur e Peter que ainda estavam estáticos em silêncio e assentiu. Arthur entendeu aquilo como um sinal verde e puxou o notebook, junto com o papel com o e-mail de Vitto. Dava para ouvir o barulho dos dedos de Arthur contra o teclado. Ele olhava o próprio telefone enquanto digitava, provavelmente pegando o numero de Rebecca, e-mail e Skype. Era algo que todos eles tinham.

Arthur encarou Eric e assentiu com um pequeno sorriso em seus lábios. A parte deles eles haviam cumprido, todo o resto agora dependia de Rebecca e um bom advogado. 

      ⊱───────⊰✯⊱───────⊰  

No primeiro momento ela pensou em matar Eric por agir sem antes falar nada com ela, afinal aquela era a vida dela. Mas ao ver a carinha dele de medo de ser chutado ela não conseguiu, depois que pensou melhor percebeu que foi melhor assim. Ela não saberia como agir, não saberia como dar o primeiro passo e Eric havia feito aquilo por ela.

Quando receberam a resposta do e-mail, Vitto disse que já estava indo para casa contar as novidades para Giovanna, sua avó. Eles já tinham almoçado e era por volta de 14:00 da tarde quando receberam uma mensagem no Skype perguntando se ela estava ali.

"Picolla Ciliegia? É mesmo você?" (VittoM.Sarcoriezzi)

"Si, Nonno." (fuckthisshit.)

Quando o barulho de chamada se iniciou e a solicitação apareceu na tela Rebecca congelou. Ela estava segurando a mão de Eric e acabou apertando a mesma, ela estava nervosa. Foram 10 anos sem noticia, 10 anos vivendo um inferno e 4 anos achando que eles a odiavam.

Havia se acostumado a ser sozinha, agora tinha amigos, estava apaixonada e iria reencontrar sua família. Rebecca estava com medo de ser uma pegadinha do universo e quando ela acordasse sua vida seria a mesma merda de sempre.

  —  Vou aceitar a chamada, tudo bem? —  Perguntou Eric afagando a mão dela

Ela somente moveu a cabeça positivamente e ficou em silêncio. Quando ele se moveu e aceitou a chamada a imagem de dois idosos bem conservados, diga-se de passagem, surgiu na tela. Naquele momento Rebecca arfou e sentiu seu coração saltar de seu peito. 

  —  Dio Mio! Ela é realmente igual a você Giovanna. — Exclamou Vitto fazendo Rebecca franzir o cenho. — Olá minha bambina.

  — A semelhança é realmente impressionante. —  Disse a mulher sorrindo. — Sentimos tanto sua falta Rebecca, mas sempre soubemos que um dia você iria voltar para nós.

Rebecca observou que os dois estavam com os olhos marejados, Giovanna não demorou muito para chorar baixinho e esconder o rosto nos ombros do marido. Rebecca continuava estática olhando para a tela, eles estavam mais velhos é claro, mas ainda se pareciam com as memorias que ela tinha. Internamente torcia para ter puxado essa parte da genética da família, tinha certeza que não havia nenhum plastica na cara de sua avó. Mas mesmo assim era uma mulher exuberante e muito bela.

A loira sentiu um aperto em sua mão e desviou o olhar para encarar Eric. Ele afagava a mão dela e a olhava com o cenho franzido, ao voltar a olhar para tela do computador percebeu que todos estavam esperando que ela dissesse algo.

  — Mi dispiace nonno e nonna. Acho que fiquei em choque e perdida em meus próprios pensamentos. — Ela resmungou e levou a mão livre aos cabelos de forma nervosa. — Eu também senti a falta de vocês, nunca entendi porque nunca me procuraram já que sempre me deram tanto amor e carinho. Mas ontem eu descobri que na verdade, vocês nunca desistiram de entrar em contato comigo e que a Charlotte não vale o prato que come.

A última parte ela disse entre dentes, visivelmente raivosa. Ainda não conseguia acreditar que ela havia sido tão baixa e tudo por conta do dinheiro. Rebecca a odiava mais do que nunca, talvez fosse errado odiar a própria mãe, mas ela não conseguia evitar.

  — Seu amigo contou que ela escondeu as cartas. —  Resmungou Vitto com a face vermelha.

— Sim e quando eu era mais nova tentei fugir para a Itália, sabia que se chegasse a Gênova dali em diante seria fácil. Mas ela descobriu e me pegou antes de eu conseguir embarcar. — Ela soltou um longo suspiro e disse. — Ela arrumou alguém para se passar por você e dizer que não queriam saber de mim, que meu babbo ter... morrido era minha culpa.

As palavras acabaram entalando em sua garganta, mas ela se obrigou a falar. Não queria esconder nada e nem poupar aquela víbora de nada. Ouviu um barulho forte do outro lado e franziu o cenho, Vitto havia socado a mesa e estava ainda mais nervoso usando todos os palavrões em Italiano que Rebecca conhecia.

  —  Dio mio! Que mulher desgraçada! Nunca acredite nisso Piccola, o que aconteceu com seu Babbo não foi sua culpa. Foi uma fatalidade por conta do mal tempo, não foi culpa de ninguém. —  Disse o homem suavizando conforme falava.

Rebecca se limitou a assentir e se manteve em silêncio ela não sabia o que dizer. Não sabia como continuar a conversa, não era fácil passar tanto tempo achando uma coisa e descobrir outra que era totalmente o oposto daquela. 

  —  Bambina, quem é esse ragazzo que está com você? É seu namorado? — Ao olhar novamente para a tela com o cenho franzido ela não conteve uma risada.

Sua avó tinha um sorriso malicioso nos lábios que fez Rebecca engasgar enquanto ria, já seu avô estava com a expressão séria e fechada. O rosto ainda mais vermelho, ela não achou que fosse possível. Quando olhou para Eric não se conteve e explodiu em uma gargalhada, ele estava todo corado e bastante sem graça parecendo não saber o que responder.

  — Piccola ainda é uma criança, não pode namorar! —  Exclamou Vitto encarando a mulher com os braços cruzados.

—  Ora, Vitto. Ela é uma mulher vai fazer 20 anos em poucos dias, com essa idade eu já estava gravida de Marcelo. — Respondeu a mulher enquanto balançava a mão com desdenho. — Então? Ele é muito bonito.

  — Esse é o Eric, nonna. Foi ele, o irmão e o cunhado que acharam como entrar em contato com vocês. —  A expressão de Vitto suavizou e ele abriu um largo sorriso, que sumiu assim que Rebecca completou. — Mas o nosso relacionamento está sem uma nome para definição no momento.

Vitto semicerrou os olhos e ficou em silêncio encarando Eric. Já Eric estava um pouco pálido e segurava a mão de Rebecca ainda, mas não havia parado de acaricia-la. Ela franziu o cenho e esperou para ver o desenrolar daquilo, já estava se preparando para boas risadas.

  —  Quais suas intenções com minha neta? — Rebecca não conteve a gargalhada e nem Giovanna.

  — São as melhores Sr. Vitto. Rebecca é uma pessoa muito especial, princialmente para mim. A única coisa que eu quero e prezo é a felicidade dela. —  A voz de Eric saiu firme e com segurança.

  —  Logo, logo iremos para America e teremos uma conversa, ragazzo! —  disse Vitto erguendo a mão e apontando na direção de Eric que se limitou a assentir.

Rebecca quando conseguiu parar de rir voltou a prestar atenção nas palavras deles. Ela franziu o cenho um pouco confusa, será que ela havia escutado direito? Eles viriam para a America?

  —  Nonno? Vocês vão vir para cá? —  Perguntou ela confusa.

— Certo che si! Queremos ver você bambina, já compramos as passagens, saímos em dois dias. É o tempo que precisamos para deixar tudo acertado na empresa e em casa. —  Disse Giovanna sorrindo.

Um sorriso se estendeu pelos lábios da loira, eles realmente se importavam com ela. Antes mesmo de falarem com ela já haviam comprado as passagens para ir vê-la. Ela se lembrava das festas de família, dos almoços de domingo e sempre sentiu falta daquilo. Talvez pudesse ter tudo aquilo novamente e esse pensamento fazia seu estomago revirar.

  —  Vocês conhecem um bom advogado? —Perguntou ela de forma repentina. 

  — Si, Si. Marcelo seu tio e seu primo Pietro. Por que? —  Perguntou Vitto sério.

Rebecca soltou um suspiro e começou a explicar tudo o que Charlotte tinha feito sobre manipula-la, chantageá-la e usar a herança dela, quando a mesma já deveria ter sido entregue a Rebecca. Contou inclusive que Charlotte disse que só poderia dar a mesma para Rebecca quando ela tivesse 21 anos e que Eric descobriu que como o testamento foi feito e autenticado na Itália, o certo era ela receber tudo aos 18. 

Também comentou sobre não querer pisar na cobertura tão cedo, estava ficando alguns dias na casa de Eric e outros dias na casa de seu melhor amigo. Eles disseram que era melhor ela ficar afastada de lá, pelo menos até que eles chegassem. E informaram que todos iriam até lá para enfrentar a víbora, já com todos os documentos necessários para pegar tudo que pertencia a Rebecca.

  — Eu quero que ela pague pelo que ela fez e devolva tudo que gastou. Ela ficou usando o que era meu de forma desenfreada quando já era para ter me devolvido. A única explicação para ter mentido sobre vocês, ter mentido sobre a idade que eu poderia mexer no meu dinheiro é porque ela não queria parar com a vida de luxo e descontrole dela. —  Disse Rebecca irritada.

  —  Se ela ao menos tivesse sido uma boa mãe até daria para deixar para lá. — Resmungou Eric.

Vitto ficou em silêncio por alguns segundos encarando Rebecca e Eric. Soltou um longo suspiro enquanto erguia a mão pelos cabelos de forma nervosa, da mesma forma que Rebecca fazia. Quando reparou aquilo, ela não pode evitar sorrir.

  — Falarei com eles e vamos leva-los para Nova Iorque conosco. Só sairemos dai quando você tiver tudo que seu babbo lhe deixou, Piccola. —  Disse Vitto.

Rebecca assentiu e para amenizar o clima tenso que havia se instaurado Giovanna começou a perguntar sobre a banda de Rebecca. Ela ficou surpresa ao descobrir que eles estavam acompanhando sua carreira musical. Conforme ela contava sobre os shows, sobre o novo contrato, a gravação do CD ela não podia evitar sorrir.

E a cada novidade contada por ela seus nonnos celebravam e a parabenizavam com muitas palavras de apoio e incentivo. Ela nunca havia recebido aquilo de Charlotte, aquela conversa estava fazendo um bem para Rebecca, que nem mesmo ela havia imaginado a proporção que havia tomado.

Eric ficou ao lado dela a chamada de vídeo inteira, ainda de mãos dadas. Ele sempre respondia quando alguém lhe perguntava algo ou acabavam incluindo ele na conversa. Mas na maior parte do tempo ele só observava Rebecca, uma Rebecca feliz e descontraída.


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