No colchão escrita por Queen Vee
Notas iniciais do capítulo
novamente uma historinha escrita em exatamente uma hora, com personagens meus e da Shianny, e que eu provavelmente vou deletar num impulso pq sou loka
....
desculpa????????????
Aproveitem esse fruto de passar o domingo todo só escrevendo coisas sobre física. Eu PRECISAVA de uma viadagem pra me acalmar!!!
✿ Enjoy! ✿
Às vezes, quando o Sol começava a banhar nosso quarto, pelas cinco e tantas da manhã, eu me recusava a sair. Meus pés, para fora do cobertor — aquela mistura estranha de frio no corpo e calor nas pernas —, roçavam perto dos dele, esticando os tornozelos preguiçosamente. Meu braço se esticava só pra desligar o despertador. Sem modo soneca, só um tempinho pra me localizar outra vez nesse plano, nesse mundo, nessa cama.
Virava o corpo, sonolento, e me deixava abraçá-lo de forma frouxa, sentindo seu corpo suavemente se aconchegar contra mim, do jeitinho que tinha que ser. Depois de mudar de posição tantar vezes pela madrugada, era bom sentir o quentinho de seu corpo outra vez, no nosso colchão.
Lembro de roçar o nariz por sua nuca algumas vezes, e sentir seu cheirinho. Se encolhia em meus braços, agarrado ao travesseiro e ao lençol como um bichinho. Seus cabelos faziam cócegas macias em minha bochecha, e eu sorria. Ali, naquele colchãozinho apertado, naquele apartamento minúsculo.
Meu dia deveria começar muito antes do Sol nascer. Correr pra comer qualquer coisa, pra voar pro trabalho, pra pegar o metrô, pra voltar pra aquele universo estranho de cidade grande. E, quando a tarde caísse, correria pra o outro trabalho, pra voltar pra casa tarde e recomeçar um dia igualzinho no dia seguinte, com as mesmas coisas na lista de afazeres.
Mas… Como?
Como correr pra fora? Como acordar num pulo, antes mesmo dos pássaros começarem a cantar, se eu tinha meu amor bem ali, do meu lado? Dormindo, tão sereno, como se a vida fosse assim mesmo, tranquila? Tudo que eu sentia vontade de fazer era ficar. Ficar deitado, aconchegado, enchendo meu menino de beijos até ele acordar.
No entanto, o dever chama. Sempre, sempre chama. E eu levanto, já cansado, e ainda olho meu amor dormindo. Sinto que ele sente minha falta, porque se remexe de forma discreta no colchão — mas é só isso. Quando não me encontra, ele desiste. Então, tranquilo, continua sonhando com sabe-se lá o quê.
Meu dia começa outra vez. Porém, a alegria de pobre é saber que, não importa que horas você saia, o quanto você trabalhe ou quantos ônibus e metrôs precise pegar: quando você volta lá pro seu apartamentinho apertado, e se deita no seu colchão minúsculo, sabe que vai ter alguém te esperando.
Eu ia, mas sempre voltava.
— Bom dia, Erick.
Enquanto eu saía do quarto, ouvi sua voz macia, sonolenta:
— Bom dia, Jay…
…
E ele sempre estava lá pra mim.
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GAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAY
eu amo esses dois
acho que vou postar mais coisas deles no futuro
desculpa ser tão curto???????
se é que alguém ainda lê minhas coisas
DIVIRTA-SE COMENTANDO ALGO
que é o que eu acho que você vai fazer