Parker escrita por Fofura


Capítulo 21
Uma nova chance ao amor


Notas iniciais do capítulo

Hey ursinhoos!
5 meses kkkkkk desculpaaaa, a culpa foi do bloqueio, eu juro kkk Eu consegui destravar por causa do mini desafio drabble, graças aos deuses
Enfim, quem continua aqui firme e forte, espero que gostem ^^



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Renê não podia mais importuná-las, era a hora perfeita pra comemorar! Então, Sara ligou para os amigos investigadores: Catherine, Greg e Morgan, e avisou do “casamento”. Na manhã de domingo os três se prepararam, e como Sara contou que iam trocar as alianças na praia, Catherine baixou a lei de todos usarem branco, sem discussão. Então ela ajudou Greg e Morgan com os looks e em seguida foram direto encontrar Sara e Gil na casa deles pra almoçar.

Enquanto esperavam, Sara disse a Rayle seu desejo de deixar a casa com ela. Que não precisava que ela se mudasse, pois ela tinha uma carreira e uma vida em São Francisco e que ela não tinha que aceitar só pra ir morar em Vegas. Mas como ela estava pensando em tirar férias, seria um bom lugar pra ela ficar e descansar, e ela podia trazer Tom e Jerry quando quisesse. Além de que Abby ia adorar passar um tempo com Rebecca nas férias da escola.

Rayle hesitou, mas pensou e aceitou. Cuidaria da casa da amiga como se fosse realmente sua. Sabia que Sara um dia voltaria, mas que provavelmente demoraria, então a casa ia ficar abandonada. Com ela lá, não ficaria. Mesmo que fosse pra lá só nos fins de semana, pois de avião era só uma hora e meia e de carro umas oito ou nove horas.

A casa ficaria bem de qualquer forma.

Assim que Catherine chegou com Greg e Morgan, eles foram direto abraçá-la. Sara conversou com eles um pouco e depois apresentou Rayle pra eles.

— Ah! Essa é sua amiga fotógrafa?- indagou Morgan vendo Sara assentir em seguida. — Sara me mostrou as fotos que tirou dela. Você é muito boa!

— Que fofa! Muito obrigada.- Rayle sorriu com o elogio.

— Ah, eu lembro de Sara mencioná-la anos atrás, tinha perdido o contato com ela.- recordou-se Greg. — Que bom que se reencontraram.

— Prazer em conhecê-la, Rayle.- Catherine a abraçou como os outros também fizeram e cumprimentou Rebecca também que se apresentou por si só. — Prazer em conhecê-la também, Rebecca.- sorriu olhando para Sara. — Adorei elas.

Greg e Morgan também disseram o mesmo e os sete entraram pra almoçar. Conversaram bastante, Morgan ficou curiosa pra saber mais sobre o trabalho de Rayle e já quis marcar um ensaio com ela. Catherine também quis, mas queria um em família com suas três filhas.

Ligaram para Jim, que era como um pai para Sara, e também o convidaram pra ir pra San Diego. Catherine foi buscá-lo e Sara foi buscar Abby.

Com tudo pronto, tudo preparado e todos juntos, Gil, Abby, Rayle e Becca foram no carro com Sara, e Jim, Greg e Morgan foram com Catherine pegar a estrada pra San Diego.

Foram direto pra casa de Nick — outro amigo de Sara, quase um irmão, que também era perito em Vegas e agora estava liderando o laboratório de San Diego —, pois eles ligaram e o diretor disse que já tinha saído do laboratório. Assim que Nick abriu a porta, Catherine o abraçou forte. O texano abriu um lindo sorriso, pois fazia muito tempo que não a via. Abraçou Greg e Morgan com o mesmo carinho e sorriso, e ao ver Sara deu uma paralisada. Não exatamente ao ver Sara, mas quem estava com ela.

Não a conhecia, mas tinha certeza que nunca tinha visto mulher mais bonita.

— Nick, essa é a Rayle.- Sara e Grissom perceberam a cara de bobo e sorriram. — Lembra que eu te falei sobre ela uma vez?

— Acho que lembro...- ele voltou a si ainda olhando pra fotógrafa e lhe estendeu a mão. — Prazer em conhecer…

Rayle ficou sem jeito com o olhar penetrante sobre ela, mas também não conseguiu desviar do rosto barbudo mais bonito que já viu. Ela só assentiu e sorriu de lado apertando a mão dele.

Foi a primeira vez que Sara, Gil, Abby e principalmente Rebecca viram Rayle tímida ao conhecer alguém.

— Bom...- pigarreou Sara querendo rir da cara de besta dos amigos ao se olharem pela primeira vez. — Catherine te falou da roupa branca? Ela vai obrigar todo mundo a usar pra ficar mais bonito.

Nick riu sem graça coçando a nuca.

— Falou, eu tive até que comprar uma calça nova.

— Acredite, Nick, todos tivemos.- Jim fez careta e eles riram. — Quem é que tem uma calça branca no guarda-roupa?

— Ah, mas vai valer a pena, gente. As fotos vão ficar incríveis, não é, Rayle?

— Ãn? É. Claro...- Rayle mal prestava atenção, estava aérea. Isso fez Abby e Rebecca darem risada.

Sara apresentou Rebecca para Nick também e depois todos entraram na residência para se prepararem pro "evento".

As meninas foram pro quarto de hóspedes se arrumar juntas, enquanto os homens revezavam o banheiro.

Com os cavalheiros devidamente vestidos na sala, as moças não demoraram muito pra juntar-se a eles. Só uma hora talvez. Abby fez a maquiagem de todas elas e Rebecca os penteados. Assim que saíram, foram entupidas de elogios e olhares admirados.

— Uau! Estão todas lindas!- exclamou Jim.

Gil estar bobo por Sara era absolutamente normal. Greg estar bobo por Morgan também era algo normal e de se esperar. Mas Nick bobo por Rayle? Ah, aquilo era novidade!

Sara e Grissom trocaram um olhar cúmplice e sorriram. Aquilo ia dar o que falar.

Do mesmo jeito que foram pra San Diego, eles entraram no carro, com Nick a mais no de Catherine, claro.

Já na praia, a galera ajudou com a pequena bagagem de Sara. A morena fez a limpa em Vegas de suas coisas pra levar pro barco, já que quando saiu às pressas atrás de Gil não deu pra pegar quase nada, só o básico.

Grissom posicionou o barco na orla da praia, pra eles já irem embora dali. A praia não estava vazia, mas também não estava cheia, principalmente na parte que ficaram que era mais perto das pedras, bem afastado.

Depois de guardarem tudo no barco, eles voltaram pra areia.

Brass quis dar uma de padre, Rayle fez questão de levar Sara até Grissom enquanto Abby andava na frente delas espalhando pétalas pelo caminho, ao mesmo tempo que Catherine e Nick fingiam ser os padrinhos de Grissom de um lado, e Greg e Morgan os de Sara do lado oposto. Rebecca registrava tudo enquanto a mãe não podia.

Catherine e Rayle insistiram que tinha que ser assim, então o casal não interveio na ideia mesmo achando desnecessário tudo aquilo. Ainda assim, acharam fofo toda aquela encenação pra parecer um casamento de verdade. Porque, sim, eles já tinham se casado no papel, só faltava a cerimônia.

Enfim, Rayle andou todo o caminho com Sara e se preparou para entregar a irmã ao marido dela.

Quando Gil lhe estendeu a mão, Rayle não deixou que Sara segurasse antes de garantir:

— Vai pisar na bola? Se for, eu levo ela de volta pra casa.

A fotógrafa fez todos rirem e já ficou satisfeita com isso. Não seria ela se não fizesse uma gracinha.

— Prometo que não, Ray. Tem minha palavra.

Rayle semicerrou os olhos, Grissom sorriu balançando a cabeça e a fotógrafa pegou a mão de Sara pra colocar na dele.

— Eu sempre quis fazer isso. Entregar Sara no altar pra quem a amasse de verdade. Cuida bem dela, está bem?

Sara sorriu com a fala da amiga e recebeu um beijo na testa da mesma.

— Pode deixar.- Grissom garantiu achando fofa a fala dela. Era linda a relação que elas tinham.

Assim que deixou Sara com Grissom, Rayle pôs-se ao lado da filha que usava sua câmera.

A cerimônia foi a coisa mais fofa, e tendo Rayle ali, teve seus momentos engraçados também, mas quando chegou na hora das fotos, Rayle conheceu de novo a tal da timidez.

Rayle correu pro carro pra buscar o tripé e logo estava posicionando a câmera — que já estava cheia de foto que Rebecca tirou — no lugar certo.

Da esquerda pra direita ficou Nick, Catherine, Grissom, Sara, Greg, Morgan e Jim. Abby e Rebecca ficaram na frente por serem mais baixinhas.

— Atenção. A câmera vai tirar cinco fotos. Alterem as poses se quiserem, tá?

Rayle colocou o temporizador pra funcionar e ficou indecisa de onde ficaria. Sara teve o enorme prazer em ajudar.

— Já tem três do meu lado, fica do lado do Nick que vai ficar proporcional.

A bochecha de Rayle tingiu-se de rosa e ela foi toda sem graça até Nick.

O texano — sim, ele é do Texas — percebeu o desconforto e brincou.

— Relaxa, eu só tenho a cara de bravo.

Ela riu.

— Eu não acho que tem.

Ele então sorriu pra ela e em seguida todos olharam pra câmera.

Depois das fotos, Sara abraçou todos eles e conversou brevemente com todos também antes de partir. Grissom fez o mesmo. Sara observava Grissom e Abby quando sua atenção foi tirada deles por Rayle que a chamou e a abraçou.

— Estou muito feliz por você, Sarita!- Sara sorriu e desfez o abraço agradecendo por tudo. — Trate de manter contato.

— Vai ser muito difícil no meio do oceano.- riu.

— Se vira, dá teus pulo. Eu quero saber de tudo.- Sara riu mais uma vez e prometeu que tentaria. — Te mando as fotos por e-mail, tá? E antes que me pergunte quanto depositar, não precisa. É um presente.

— Nem pensar! Eu sabia que ia querer fazer isso, então já vi tudo com a Becca. Ela disse que você não faz casamentos, mas me passou todos os seus pacotes. Ela me contou o total de fotos que ficaram na câmera e eu vou mandar o valor certinho pra sua conta.

— Que traíra!- Rayle sorriu. — Rebecca vai ficar sem skate.

Sara riu.

— Não faz isso, nós todos damos valor pro seu trabalho, não tem isso de presente.

— Estou vendo que não tenho escolha, né?!- sorriu com o "não" que Sara deu. — Beleza, mas eu ainda vou tirar algumas fotos extras de vocês no barco, portanto essas você não vai pagar por nenhuma.

Sara semicerrou os olhos.

— Fechado… Trapaceira.

Rayle riu e a abraçou de novo.

— Te amo, Sarita.

Sara a abraçou mais forte dizendo o mesmo. Após todo esse mel, Sara correu até Gil pra subirem no barco e irem embora.

— Grissom, fique a postos e sorria, você estará sendo fotografado.

Todos sorriram, principalmente ele.

Como era alto pra subir, já que não estavam numa marina e sim na beira da praia, Gil colocou uma escada de corda que tinha guardada, pra poderem subir. Sara teve mais dificuldade por conta do vestido.

— Vai lá, podem se beijar de novo.- gritou Rayle. — É só fingir que ninguém está olhando como da outra vez.

Sara e Gil riram com isso, e Rayle capturou o momento exato. E quando eles se beijaram e encostaram suas testas? Também.

— Podemos ir, fotógrafa?- Gil gritou sorrindo.

— Quando quiserem, marinheiro!

Sara puxou a escada, todos deram tchau, e Gil subiu pra dirigir o barco enquanto Sara acenava para todos os amigos.

Assim que Gil e Sara sumiram de suas vistas…

— Então…- Nick pigarreou. — Quando vocês voltam pra Vegas?

— Hoje mesmo.- respondeu Catherine. — A menos que nos ofereça sua casa como hotel.- sorriu.

— E você pode levar minha mãe pra jantar.

— Rebecca!- Rayle bronqueou a filha e olhou para Nick sem jeito. — Não liga pra ela, ela só está brincando.

— Sério? Que pena. Eu realmente achei que poderia.

Ok, depois dessa temos três investigadores e um detetive aposentado sorrindo maliciosamente, duas adolescentes trocando olhares cúmplices, e uma fotógrafa vermelha como um tomate.

Nick poupou constrangimentos pra ela e mudou de assunto.

— Podem ficar lá em casa sim, a gente aproveita e bate um papo, mas terei que voltar ao laboratório à noite.

Morgan, Abby e Jim disseram que tinham que voltar pra Vegas. 

— Bom, então… Greg e Rayle ficam comigo e amanhã eu levo eles de volta… Ou vocês querem ir com a Morgan?

Greg livrou Rayle de responder e disse que eles ficariam sem problema. Rayle só assentiu junto com Rebecca. A pequena skatista até ia com Abby, mas quis ficar pra ver no que ia dar, afinal, contaria tudo pra tia depois.

Rayle ficou sem graça, mas admirou a coragem dele de aproveitar a sazão para convidá-la pra jantar. Um homem daquele se interessar por ela ao mesmo tempo que ela se interessa por ele? Era sorte demais, e Rayle não era de ter tanta sorte assim.

Tudo obra do acaso.

“Obrigada, acaso!”

Sara já tinha falado de Nick e Greg, mas Rayle nem se atentou a aparência, nem lembrava se já tinha visto alguma foto deles. Mas uma coisa ela tinha certeza, Nick era um homem que prestava. Se ele era como um irmão para Sara, que sabia que ela defendia com unhas e dentes, então era um homem digno de sua confiança.

Foi a primeira vez que não soube como agir na frente de alguém, que ficou sem jeito, aquilo tinha que significar alguma coisa.

Para Rebecca e Abby significou, pois as duas fizeram piada com o que viram. Aliás, as três, pois contaram a Amy também. Foi uma festa de adolescentes zoando uma mulher adulta. Rayle sempre entrava na brincadeira, sempre fazia piada da situação, mas dessa vez, qualquer coisinha sobre Nick a deixava vermelha.

Até porque, ele de fato a convidou pra jantar.

Rayle simplesmente surtou, não sabia o que usar, estava em pânico, quis sair pra comprar roupa nova. Mesmo Rebecca insistindo que não precisava.

Já tinham voltado pra Vegas e Nick se dispôs a ir até lá para jantarem ou até mesmo passearem em um lugar que ela já estava acostumada, pra ela ficar à vontade.

— Mãe, esse vestido não tem nada a ver com você.

— Eu sei, mas eu tenho que causar uma boa impressão, filha. Ele é dono de um laboratório né.

— A gente passou uma noite na casa dele no dia do casamento da tia Sara e já deu pra perceber que ele não tem frescura. Você não tava no luxo quando conheceu ele e mesmo assim ele quis sair com você. Não precisa quase falimentar pra agradar o Nick, mãe.

— Falimentar? Que palavra é essa?

— Aprendi com a tia Sara.- ela se limitou a dizer e voltou ao assunto. — O que você vive me dizendo? Vão gostar de mim pelo que eu sou, não pelo que eu visto.

Rayle percebeu o quanto estava sendo boba e sentiu orgulho da filha, mais uma vez.

A fotógrafa foi abraçar a filha e agradeceu.

— Tão bom ver que eu não falhei como mãe.- sorriu e desfez o abraço. — Você é incrível.

Rebecca sorriu também.

— Você que é, mãe. Vai de all star e de calça. Você adora.

— É, é bem mais confortável.

— Quando você saía com meu pai, você ia confortável ou só pra agradar ele?

Aquela pergunta foi como uma zagaia atravessando seu peito.Ela quase sempre demorava pra se arrumar quando ia sair com Renê, e quase nunca foi apenas por ela.

— Acho que nem preciso responder. Você está bem madura, sabia?

Ela fez carinha de convencida, como a mãe costumava fazer com Sara.

Bom, no dia em questão estava frio e ela não usaria o vestido que ia comprar nem se quisesse. Optou por uma estamenha.

Rayle estava insegura de estar simples demais até vê-lo praticamente da mesma forma, só trocando o all star por uma bota.

— Ai que bom!- ela comentou. — Fiquei com medo de te encontrar e você estar de terno. Eu ia querer me enfiar num buraco de tanta vergonha.

Ele riu.

— Então pode ficar tranquila, eu quase nunca estou chique.

— Dá uma preguiça né?

— Ôh!- ele sorriu. — A propósito, você está linda!

Rayle corou.

— Você também. Quer dizer, lindo, não linda né. Ai.- ela colocou a mão no rosto.

— Obrigado.- ele sorriu com a reação dela. — Quer dar uma volta antes de jantar? Ou prefere já entrar e fugir do frio?- sorriu mais uma vez, sempre gentil.

— Magina, o frio e eu temos um relacionamento bem saudável. Vou adorar dar uma volta.

Mesmo tímida, Rayle pensou que dar uma volta significava que teria mais tempo com ele, e ela queria que o jantar não acabasse mesmo sem ter começado. Se não aproveitasse a oportunidade que a vida estava dando, ia se acoimar pro resto da mesma.

O papo foi ótimo, descobriram várias coisas sobre o outro, além de coisas em comum, e não ficaram sem assunto em nenhum momento. Os dois se sentiram à vontade.

Eles trocaram telefone no dia que se conheceram, mas não trocaram mensagens amiúde até o dia do jantar. Rayle odiava criar expectativas, mas já pensava que se não desse certo, pelo menos teria ganhado outro amigo maravilhoso.

Foram muito honestos um com o outro, principalmente sobre os assuntos sérios.

— Acho que a maioria da minha família, que é da Sara também, sabe do rolo entre você e seu ex, já que a Sara foi agredida e fez um B.O.- Rayle suspirou assentindo. — Eu não quis perguntar pra ela os detalhes porque seria invasão da sua privacidade, mas pra ele receber uma ordem de restrição, é porque não é boa pessoa. Ele era abusivo com você? Não precisa responder, se não quiser.

— Tudo bem, eu quero ser transparente. Eu gostei muito de você e acho fofo você se preocupar e querer saber se eu estou pronta pra algo sério depois do relacionamento, sim, abusivo, que eu tive.

Nick assentiu, aliviado por ela ter interpretado do jeito certo sua curiosidade.

— Eu queria saber a reposta, mas eu não sei. Passei anos sozinha e o Renê foi quase sempre um tormento desde que engravidei. Então o que eu sei, é que eu estou pronta pra ter paz. Rebecca foi meu foco desde que eu me separei, e eu não quero perder esse foco.

— Nem eu quero que você perca. A relação de vocês é linda, eu observei lá em casa. E a Sara também já falou muito de vocês. Na minha profissão, eu já vi cara de tudo quanto é tipo, a descrição do Renê me faz lembrar de vários que Sara e eu prendemos.

— É triste pensar que ele me enganou direitinho.

— Coisa de manipulador. Você não tem culpa.

Rayle sorriu. Nada como conversar com alguém sensato… e bonito!

Semanas se passaram… Rebecca estava deixando Sara atualizada sobre a mãe. A pequena skatista disse que Rayle estava toda apaixonadinha trocando mensagens com Nick. A fotógrafa dizia que não estava, que eles só estavam se conhecendo e que viraram amigos, só isso. Mas sempre que Becca a pegava desprevenida no celular, Rayle estava sorrindo pro nada e com os olhinhos cintilantes pro aparelho.

Quando Nick convidou Rayle pra sair pela primeira vez, Rebecca disse a Sara que a mãe parecia uma adolescente nervosa com o primeiro encontro.

No segundo "encontro", Nick quis que Rebecca também fosse para os três se divertirem juntos, e também se tornou amigo da menina. Mesmo depois dele perguntar para Rayle como era a vida de mãe solteira, a maternidade em si, e ela responder que Rebecca quase arrancou um pedaço do dedo dela quando os dentinhos nasceram, inclusive dos seios também.

Nick não ria com tanta freqüência há muito tempo. Aquelas duas lhe faziam um bem danado, adorava as duas. Sara bem que falou que elas eram incríveis.

Sara ficou muito feliz por Nick, seu irmãozinho, fazer parte da vida de sua Rayle, pois ele sim era um homem de verdade, que a respeitava, a admirava, a valorizava e que cuidava não só dela, como da filha dela também, de um jeito que Renê jamais faria. Rebecca o adorava, e Rayle ficava feliz com isso. Mesmo sem querer ter pressa, foi inevitável não quererem se envolver romanticamente e passarem de amigos pra namorados.

Rayle tinha certos traumas, traumas esses que Sara tinha conhecimento e entendia. Rayle era apaixonada e Renê usou isso. Mas Nick garantiu que não era como ele e, Sara e Gil só reforçaram isso. Não podiam evitar o sorriso e a felicidade quando ele prometeu que ia fazê-la feliz.

Rayle não o ouviu prometer isso, nem sequer soube por alguém que ele fez essa promessa, mas não precisou, pois sentiu, em cada ação dele.

A fotógrafa passou anos sozinha, sem procurar, sem colocar relacionamento como foco da vida, e as vezes até sem sentir falta. Por alguns anos ela nem sequer quis em algum momento ter alguém pra namorar. Depois de Renê, ela se fechou emocionalmente, e pra ela estava tudo bem. Quando Nick apareceu, a vontade de ter esse tipo de amor, esse tipo de carinho, ressurgiu.

Ele ria de suas piadas e em todas as vezes era genuíno. Combinavam nisso, pois ele também era muito divertido.

O beijo era perfeito, o abraço encaixava perfeitamente, era bom demais pra ser verdade. Ela estranharia antanho e continuaria estranhando se isso continuasse nessa olada.

— É tão bom que eu tenho um medo danado de perder, Sara…

— Amiga, vocês se deram super bem, e o Nick é um homem maravilhoso. Eu não deixaria você se meter nessa se eu não tivesse certeza. Mas se não for pra vocês ficarem juntos, eu tenho certeza que se acabar, não vai ser de um jeito ruim.

Felizmente, um ano se passou e eles continuavam se conhecendo e se relacionando pela internet na maioria das vezes, pois ele morava em San Diego e ela em São Francisco/Las Vegas, então eles se viam quase todo fim de semana.

Era difícil ficar longe às vezes, mas eles estavam lidando bem com aquilo. Sara, que já passou por isso, dava o maior apoio.

Thomas, Jerry e Amy conheceram Nick e a aprovação veio de imediato. Jerry disse que Nick era tudo o que Renê não era, e era isso que ela merecia.

Viraram um casal bem divertido, e quando Rayle teve que usar óculos por causa da miopia que adquiriu, ele se vingou nas zoações dela que brincava com sua leve calvície.

— Agora entendi o porquê de achar minha entrada tão grande. Claramente era problema de visão, que bom que resolveu, Ray.

Rebecca adorava a troca de piada deles, mas odiava quando juntava os dois pra lhe irritar quando estava de TPM. Faziam de propósito, mas compensavam com chocolate depois.

— Como tá sendo sua mãe namorando, Becca?- Amy indagou quando estavam lanchando no quarto. — O Nick é maneiro, mas como tá sendo pra você?

— Tá sendo um barato!- ela sorriu. — Pra você ter uma noção, o Nick morando longe da gente, fez mais por mim do que meu pai. Às vezes eu me pergunto: Caraca, será que é assim que eu ia me sentir se meu pai fosse presente? É isso que é ter um pai?

Amy sorriu com a forma da amiga falar, era muito fofo. Ela merecia isso.

— É muito legal, Amy.- continuou e sorriu também. — Ele prometeu que nas férias do trabalho, vai andar de skate comigo e com a mamãe.

— Ah, que legal! Ele sabe?

— Diz ele que desaprendeu, então vai ser divertido.- riu.

— Nunca vi vocês duas tão felizes desde que reencontraram a Sara.

— Ela meio que trouxe isso de volta. Mamãe voltou a sorrir mais, e quando meu pai foi preso por perseguir a gente, parece que saiu um peso dos ombros dela.

— Ele não voltou a espreitar vocês, né?

— Não que eu tenha percebido. Mas se ele chegar perto, a tia Sara bota ele pra correr, mesmo do meio do oceano.


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Notas finais do capítulo

RAYLE ENCONTROU UM NOVO AMOR DEPOIS DE ANOS ♥ Pra conhecer mais do Nick, ele também é um personagem de CSI, igual a Sara e o Gil ;)
O desafio ajudou tanto que o próximo também tá pronto, então mês que vem não vai ter atraso ♥
Abraço de urso quentinho e até o próximo :3



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