Yoonay escrita por stanoflove


Capítulo 25
Faire que ça se produise.


Notas iniciais do capítulo

OLÁ GENTE, COMO VOCÊS ESTÃO? ESPERO QUE BEM! ok, agora deixe-me parar de gritar kkkkkkkk.

sim, eu sei que demorei bastante dessa vez, mas acreditem em mim, não foi por querer, na verdade eu estava bem desanimada esses dias, e apesar de que eu estivesse com alguns capítulos já escritos, não havia disposição nem para vir postá-los, pORÉM, HOJE É UM CAPÍTULO ESPECIAL, nós atingimos os 2K de visualização da fanfic aaaaa, é pouco, mas eu fico simplesmente mega feliz com essa marca, e eu gostaria de agradecer a vocês pelo carinho, seja pelos leitores mais presentes, ou os fantasminhas que favoritaram a fanfic e afins, saibam que isso me deixa toda softzinha. vocês são lindos!

E COMO UMA BOA AUTORA, DAREI A VOCÊS UMA ATUALIZAÇÃO DUPLA, É ISTO!

ah, e antes que eu me esqueça: Noah e Seung agora já estão esclarecidos sobre os sentimentos de um para com o outro, então eu vos advirto que a partir de agora teremos bastante dengo nessa fanfic, é isto! (mas bem equilibrado, ou não).

E, TAMBÉM ( POR ÚLTIMO, EU JURO!), gostaria de agradecer ao comentário gracinha da 'stefany severiano' e também dizer que és muitooo bem-vinda aqui, fofa! ♥

agora sim, posso dizer: boa leitura



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Segunda-feira, 04 de setembro de 2017.

─ Bom Seung, vamos iniciar logo a reunião, pois temos muitos assuntos para resolvermos ao que tange a exposição em Londres.

Alexis Rosé havia marcado a reunião de ajuste para essa manhã, e enquanto já iniciavam a conversa de extrema importância, Noah observava em silêncio todo o desenrolar, sentado em sua cadeira ao lado de Alexis, e com sua agenda em mãos.

─ Sim, com certeza. ─ Seung se pronunciou, ajeitando-se em seu assento. ─ Podemos iniciar pelos fundamentos teóricos, como local, data e afins, e depois seguimos para a escolha das peças, no atelier. Tudo bem para a senhora?

─ Ótimo! ─ ela respondeu naquela entonação animada, e esboçou um sorriso para o Noah, com quem já havia simpatizado. ─ Pois bem, como você já sabe, Seung, outubro foi o mês escolhido para a realização do projeto, ahn... e não é um mês aleatório, há todo um contexto, e é necessário que eu lhe conte isso, pois o fator é extremamente importante. ─ Seung assentiu, tornando-se mais curioso e focado. ─ Assim como você, eu também venho de uma família com uma veia artística muito forte, sabe? Mamãe, papai, alguns avós e vários da nossa árvore genealógica. E bom, foi no dia dezessete do mês de outubro que a primeira galeria da nossa linhagem genética foi inaugurada, e a partir daí que os verdadeiros amantes da arte, de nossa família, decidiu que em todo os meses de outubro uma exposição deveria ser feita.

Seung estava de boca aberta e os olhinhos sutilmente arregalados. Ele era apaixonado por arte, e ao mesmo tempo em que achou aquilo loucura, sentiu uma descarga elétrica de inspiração correr alucinante pelas veias de seu corpo.

─ Que missão, hein. ─ ele comentou risonho, e olhou Noah, percebendo que o mesmo se encontrava meio distante, pensativo demais.

─ Nossa, nem me fala! ─ Alexis concordou, e pigarreou.

─ E me tira uma dúvida, fazendo o favor. ─ a mais velha assentiu. ─ Todos na sua família foram, ou são pintores? Em outras palavras, a maioria segue essa linha artística?

─ Ah, não na verdade, e esse sem dúvida alguma é o meu maior desejo. ─ ela sorriu, meio sonhadora. ─ O fato é que boa parte dos meus familiares, em geral, ainda tem um pensamento bem antiquado e preconceituoso quanto a tudo o que envolve a arte com pinturas e esculturas, e se bobear, a arte em geral. ─ quando ela esclareceu, foi de imediato o sentimento de empatia que assolou Seung, visto que sua família materna era totalmente preconceituosa ao que tangia a arte.

Bom, é claro que gostavam de esculturas, pinturas e afins, no entanto, proclamavam o discurso de que pintura não enchia o bolso de ninguém, e que isso era coisa de gente à toa.

─ Mas bom, ainda bem que por quanto existem revolucionários, não é mesmo? ─ Seung brincou, apoiando as mãos entrelaçadas sobre a mesa. ─ E Noah, você está muito quietinho hoje, sinta-se à vontade para fazer o comentário que quiser, sim? ─ ele acrescentou, e Alexis positivou com veemência, vendo o loirinho anuir sutilmente.

É, naquele dia Noah de fato não estava bem, e logo mais Seung conversaria com ele sobre, pois realmente a inatividade do jovem rapaz o estava deixando preocupado.

─ Ao fim nós decidimos marcar a data para o dia treze de outubro, que será numa sexta-feira. Está bom para vocês? ─ Noah rapidamente folheou as notas de sua agenda, sob o olhar atento dos dois pintores, e logo assentiu, escutando um ‘ótimo’ por parte de Alexis. ─ E não se preocupem, nós nos responsabilizaremos por reservar o hotel na qual vocês ficarão, assim como também compraremos as passagens aéreas, e afins, não ouse se preocupar com isso, entendido? ─ Seung, mesmo que a contragosto, positivou, e Alexis sorriu agradecida. ─ E uma pergunta, vocês já estiveram por Londres em algum momento da vida de vocês? ─ ambos manearam suas cabeças negativamente, enquanto a loira somente positivou com um sorrisinho. ─ Isso é ótimo, e também uma perfeita oportunidade para que conheçam.

─ Ah, eu imagino que sim. ─ Seung concordou, e sentiu um calorzinho crescer em seu peito só de pensar em conhecer Londres ao lado da sua pessoa preferida, e mais atrativa.

Depois Alexis seguiu com todas as considerações importantes, sempre pontuando os assuntos com muita propriedade e objetividade, deixando-os realmente cientes do que transcorreria. Explanou a respeito do local onde se passaria toda a exposição, explicou que seria realmente necessário muito mais esculturas por se tratar de um ambiente amplo, e também passou o horário, deixando claro que se fosse necessário, ocorreria mudanças.

Por fim, os três se dirigiram ao terceiro e último andar, onde foram escolhidas a dedo, no atelier de Seung, várias belíssimas esculturas, algumas que nem o Noah obtinha conhecimento. Deu o total de vinte obras, sendo cinco esculturas e quinze pinturas, pelo fato de que a exposição era voltada mais aos quadros, e Alexis esbanjou comentários graciosos. Estava realmente animada com não somente a perfeição das obras, mas também a organização do ambiente.

─ Olha Seung, eu estarei embarcando agora para Londres, e mostrarei todas as fotos de suas criações para papai. ─ Alexis comentou, enquanto desciam os degraus para a recepção. ─ Mas pode ficar tranquilo, porque se eu amei, com certeza ele irá idolatrar as suas obras! ─ ela acrescentou, com aquele jeitinho animado que tinha. ─ E eu vou mantendo contato com vocês, quando obtiver mais notícias e afins, passo para vocês através de um e-mail, ou telefonema, ok?

─ Ah, para mim está ótimo! E diga ao Franco que estou realmente ansioso para essa exposição.

─ Eu direi sim, e fique sabendo que papai está louco para conhecê-lo pessoalmente, viu? Você conhecerá tantos artistas inspiradores.

─ Fale para ele que estou igualmente ansioso. ─ Seung disse com aquele sorrisão, e Noah, de longe, não conteve um sorriso por vê-lo tão bem.

─ Agora eu realmente preciso seguir Seung, daqui até Londres é uma missão. ─ Alexis disse rapidamente, e o deu um rápido aperto de mão, seguido de dois beijinhos na bochecha, assim como fez com Noah, e depois com Yuna.

Por fim, Seung a acompanhou até a porta e depois a observou caminhar até o táxi, que a esperava do outro lado da rua.

─ Ahn, chefe! ─ Yuna se pronunciou, ajeitando o lencinho lilás no colarinho do terninho preto. ─ Eu vou fechar o sistema e já vou indo, está bem?

─ Hum, está toda produzida, já está fechando o sistema, vai namorar um pouquinho, é? ─ Seung indagou, vendo por sua periférica o loirinho, que já havia se despedido da amiga, sumir pelas escadas.

─ Mamãe está na cidade, vou levá-la para almoçar. ─ ela explicou, com um olhar espremido. ─ E vocês dois, se resolveram? ─ Seung sorriu ladino, e suspirou, positivando com aquela crescente felicidade em seu peito. ─ Depois você vai me contar tudo, mas agora eu preciso me retirar e você precisa conversar com ele.

─ É... você percebeu que ele está caidinho?

─ Sim, e é exatamente por isso que vocês precisam conversar. ─ Yuna esclareceu, e o viu positivar, se despedindo logo em seguida.

Seung subiu os degraus a passos rápidos, e quando chegou perto da porta, a abriu devagar, logo encontrando o Noah sentado na cadeira, com os braços cruzados sobre sua bolsa tiracolo e com a cabeça tombada para frente.

Preocupado, o moreno aproximou-se dele e ajoelhou-se em sua frente, encarando aqueles olhinhos verdes que tanto amava.

─ Meu bem, o que houve? Você está muito quieto, e você não é assim, anjo. ─ ele discorreu devagar, e aproximou-se do loirinho, encostando sua testa na dele. ─ Quer sair comigo, depois que eu terminar de fechar o sistema?

─ Não, não precisa. Tem a Alice e a Noora, elas...

─ Elas saíram, meu bem. ─ Seung o cortou com carinho, e sorriu, deixando um beijo cuidadoso em sua testa, e o encarando novamente.─ Elas foram ao cinema. ─ Noah assentiu, com um biquinho nos lábios.

─ Eu já fechei o sistema.

─ Agora tente me dar uma pessoa mais eficiente que Noah Ray e falhe miseravelmente. ─ Seung disse brincalhão, e se aproximou, beijando-o pela primeira vez naquele dia, um selinho bem rápido, mas eficaz.

─ Eu realmente achei que não fosse me beijar hoje. ─ Noah disse num tom baixo, se colocando de pé junto com Seung, que só fez sorrir bobinho.

Noah vestiu a jaqueta de couro, assim como a touca preta, o cachecol e as luvas, e Seung somente vestiu seu sobretudo por cima do terno, em vista do tempo frio.

─ Você fica parecendo um neném com todos esses acessórios. ─ Seung comentou, enquanto pegava sua maleta e também a bolsa de Noah, o que acabou o fazendo encará-lo com os olhos espremidos.

─ Eu não sou um neném, e pode me dar essa bolsa, não é necessário. ─ Noah requestou, tentando pegar o acessório das mãos alheia, mas acabou com somente um bico emburrado quando não conseguiu por ele ser mais alto e ter levantado o braço.

─ Não faz biquinho assim, você me mata desse jeito, neném. ─ ele provocou, de um jeito sério, enquanto saíam da sala, após desligarem as luzes e o ar-condicionado.

Ambos desceram abraçadinhos, e seguiram assim até entrarem no carro, onde Seung ajeitou os espelhos retrovisores e só deu partida depois de ter checado tudo e visto que estava pronto para sair. De fato era um homem responsável.

─ E então, para onde iremos? ─ ele perguntou, ao saírem da rua pouco movimentada.

─ Se não for incômodo... podemos ficar na sua casa?

─ Noah, o que me incomoda de verdade é não tê-lo ao meu lado durante vinte e quatro horas, isso me incomoda. ─ Noah o encarou com as sobrancelhas erguidas e se moveu no banco, para logo esticar o braço direito na intenção de fazer um carinho na bochecha quente e rosada de Seung.

─ Elas foram assistir a qual filme?

─ Coco. Alice estava quase explodindo na vontade de assisti-lo! ─ Seung respondeu, logo escutando um risinho do mais novo.

─ Os meninos lá em casa não curtem muito cinema público. ─ Noah comentou.

─ Sério? Alice era assim no início, quando a síndrome dela era mais forte. ─ Noah espremeu os cílios e tombou a cabeça para o lado. ─ Eu não te expliquei tudo, mas a Alice é portadora da síndrome de Asperger.

─ Oh, sério? ─ ele soou surpreso, ajeitando-se melhor no banco para encará-lo duma forma mais direta. ─ É que ela é tão tranquila, apesar da pequena dificuldade no se comunicar, ela é tão bem desenvolvida.

─ Ah sim, as terapias ajudaram bastante a amenizar os sintomas. ─ Seung explicou, fazendo Noah erguer as sobrancelhas em entendimento. ─ Quando ela tinha seus dois anos, nossa, Alice era bem mais explosiva, e hoje em dia esses momentos só se dão quando ela passa muito tempo fora de casa em locais agitados.

─ Hoje será um desses dias? ─ Noah indagou, referindo-se ao cinema.

─ Bom, eu espero que não... nós escolhemos a segunda exatamente por ser um dia tranquilo. Talvez ela fique cansada e isso acabe influenciando nas reações dela, mas eu espero que não, e também depende do quanto de informação ela irá receber...

─ Quais reações ela tem?

─ Além das explosões, ela fica bem ansiosa também. ─ Noah fez um biquinho e assentiu, não sofria com essa questão da ansiedade, mas sabia o quão doloroso era, pois muita das vezes presenciou quando sua amiga Karen ainda era viva.

Seu coração se apertou ainda mais ao lembrar-se da amiga, e ele acabou por suspirar. Deus! Quantas sensações ruins para um único dia.

─ E como funciona a questão das informações? ─ Noah continuou, não querendo deixar que o silêncio incômodo se fizesse presente.

─ Ah, basicamente o cérebro dela acumula tudo que chegou até ela no dia, através de seus canais receptores, a visão principalmente, dessa forma, as explosões dela funcionam como um extravaso desse acumulo de informações, compreende? ─ Noah positivou, e depois de pouco tempo, eles chegaram ao prédio, onde Seung rapidamente estacionou o carro na garagem subterrânea.

A construção do edifício nomeado como Luna é realmente bonita e chamativa, de altura mediana e com um revestimento metálico avassalador, o que dá ao prédio uma aparência absurdamente artística.

Em silêncio, os dois seguiram pelo elevador até o andar de Seung, mesmo que Noah tivesse indicado as escadas por saber do medo do outro.

No apartamento, depois de tirarem seus sapatos e guardarem algumas coisas, eles almoçaram a comida que Noora havia deixado preparado, e fizeram tudo em silêncio, algo que já estava preocupando Seung em demasia, porque céus! Noah nunca era calado assim, pelo contrário, era um rapaz absurdamente falante.

─ Meu bem, você quer trocar de roupa ou alguma outra coisa? ─ Seung indagou, ao retornar à sala depois de ter ido lavar as poucas louças que restara do almoço, e Noah negativou, o chamando com as mãozinhas gordas.

─ Bom, na verdade eu quero pelo menos lavar a boca, tem como? ─ o moreno escutando aquilo, naquela voz dengosa, sorriu e o ajudou a se levantar.

No segundo andar, Seung deu a ele uma escova de dente, e depois de ambos fazerem a higiene bucal, e em seu quarto, o moreno trocou de roupa.

─ Mais alguma coisa? ─ Seung, quando eles já estavam de volta a sala, indagou, agachado de frente para Noah.

─ Você, ficar abraçadinho com você! ─ Seung quase explodindo de amor, acatou ao pedido com louvor, apoiando-se no ligamento do encosto e braço do sofá, para logo receber Noah com a cabeça em seu peitoral, onde deixou um beijinho.

─ Eu amo esse seu cheirinho. ─ Seung sussurrou, o envolvendo com os braços.

─ Mesmo? ─ o moreno positivou. ─ Vou me lembrar de sempre ficar bem cheirosinho! ─ Seung riu aquele riso frouxo, e o beijou na cabeça.

─ É loção para neném? ─ Noah sentiu as bochechas esquentarem, e timidamente maneou a cabeça numa breve positiva. ─ Aiai... você me encanta loirinho, esse teu jeitinho, sou apaixonado.

Ao escutar a última palavra, Noah sentiu seu coração acelerar, e logo pensou que, com certeza, Seung havia sentido também o transtorno que causou no interior daquele jovem rapaz... mas a se ele soubesse que essa bagunça acontecia todo dia, quando aquele olhares intensos se encontravam logo pela manhã.

─ Estou preocupado com você. Hoje você estava bem calado, até achei que fosse timidez, mas não tinha o porquê, já que Alexis não fez nada que pudesse te deixar assim... ─ ele foi direto. ─ Quer me dizer o que está acontecendo? Com certeza é opção sua não contar, e respeitarei isso, mas eu estou aqui, com você e para você.

Noah escutou as palavras com atenção, e encontrando verdade em todas elas, sentiu coragem de expressar para aquele homem todas as pequenas e grandes dores guardadas em seu coração.

─ Seung, você nunca teve a curiosidade de saber algo do meu pai? ─ cuidadoso, ele soltou, num tom ameno e ao mesmo compasso do carinho que seus dedos deixavam no peitoral do mais velho.

─ Meu bem, ─ Seung pensou rápido antes de continuar. ─ por você nunca tê-lo mencionado em nenhum momento, eu já imagino o que pode ter acontecido, por isso nunca quis tocar no assunto, por medo de mexer em alguma ferida. ─ ele explicou, enquanto seus dedos esguios trabalhavam em deixar um carinho na cabeleira loira. ─ Então é por causa do seu pai que você está assim hoje?

─ Sim... ─ Noah sussurrou, sentindo a voz tremular, remexendo-se brevemente para afundar seu rosto no pescoço de Seung. ─ Semana que vem completará um ano que ele faleceu, e eu estava me segurando para não demonstrar, mas meu Deus... ─ ele exasperou, sentindo seu emocional dolorido, e Seung o abraçou com mais força, com ainda mais vontade, escorregando sua mão direita e deixando um carinho em suas costas. ─ Hoje eu me segurei tanto para não chorar que eu achei que fosse explodir.

─ Se você quiser chorar, não segure, por favor. ─ Seung logo disse, preocupado, e o beijou na testa, ao mesmo tempo em que ele assentia. ─ Estou contigo meu bem, de todos os jeitos, em todas as circunstâncias.

E Noah sequer tinha dúvidas disso, pois com o correr do tempo, o loirinho começou a desenvolver com Seung uma intimidade especial, uma vez que em seu cerne, intimidade não era sobre compartilhar a mesma cama, ou o laçar de corpos numa noite de amor, intimidade era sobre confiar, e isso, Noah e Seung já começavam a transbordar.

─ Como o seu pai se chamava? ─ Seung indagou.

─ Abraham, o nome dele era Abraham.

─ Oh, é realmente um nome muito bonito. ─ Noah positivou. ─ E me conta, como ele era com vocês? Era um homem bom?

─ Ah, meu pai era um homem incrível, Seung. ─ o loirinho soltou, sentindo o coração apertar. ─ Era um paizão, sabe? Muito tranquilo e sábio, assim como era um excelente esposo, sério. Abraham fazia com que eu desejasse ser como ele caso viesse a ter uma família. ─ Noah confessou, e Seung não pode não imaginar uma cena em que eles formassem essa família. ─ Abraham além de meu pai, era meu amigo e minha maior inspiração, aquele que quando me via com medo, não me jogava na situação, mas que se jogava junto comigo.

─ Ele me parecia ser bem aventureiro.

─ Ah, e era... foi ele quem me ensinou a surfar, doido que só. ─ Noah contou, soltando um risinho ao se lembrar, e Seung ergueu as sobrancelhas, surpreso. ─ Papai era apaixonado por esportes radicais, o surf principalmente, mas a escalada era a sua paixão, a paixão que infelizmente o matou. ─ ele completou, com um suspiro pesado, e Seung soube que àquela hora era de ficar em silêncio, porque chegou à parte mais dolorosa de toda a conversa.

Noah respirou tão fundo sobre o peitoral do moreno, que Seung se assustou, e quando se deu conta, o loirinho chorava em sua blusa de algodão, baixinho e quase que imperceptível, mas chorava, um choro doloroso e cruciante.

Ele chorava ali, nos braços do moreno, porque achava melhor do que chorar na frente de sua mãe e seus irmãos. Noah tinha em mente o falho pensamento de que era ele o pilar de toda a família, quando na verdade todos era o pilar.

─ Me desculpa por estar chorando aqui, em cima de você. ─ Noah se pronunciou, fungando baixinho, e Seung franziu o cenho, o afastando um pouco. ─ Eu nem deveria estar fazendo isso. Me desculpa...

─ Noah? ─ Seung o chamou, observando-o se levantar de supetão. ─ Ei, ei, loirinho, olha pra mim, pare com isso. ─ ele pediu, e quando percebeu que o mesmo já pegava a bolsa, e depois caminhava para a porta, correu atrás dele.

─ Não Seung, eu não devia nem estar aqui. Olha só que coisa mais ridícula, eu chorando em cima do meu chefe!

─ Noah! ─ Seung exclamou baixinho, o direcionando um olhar incrédulo. ─ Antes de eu ser o seu chefe, eu sou seu amigo e, também, o cara que gosta de você e que é completamente apaixonado, pode entender isso? ─ ele pausou, segurando Noah pelo queixo, o incentivando a encará-lo. ─ Por Deus, loirinho, não é errado chorar, tampouco chorar ao meu lado, ou em cima de mim, sinceramente, não vejo problema nisso. ─ ele esclareceu, e com cuidado, retirou a bolsa da mão alheia, a deixando ao lado da porta. ─ Ray, eu verdadeiramente gosto de você, gosto da tua presença, e eu amo tê-lo ao meu lado, amo conhecer cada vez mais suas coisas, sabe? Confia em mim!

─ Tem certeza que não sou incômodo para você?

─ Noah... ─ ele sussurrou, dessa vez o puxando para um abraço. ─ Você se tornou a pessoa que eu tanto desejo manter ao meu lado por horas, dias e anos a fio, meu bem. Você me alivia loirinho, e eu estou aqui para te aliviar também. Se você for lágrimas, eu estarei aqui, sendo o seu solo fértil para você regar. Não se acanhe, não fuja de mim, por favor... só fica aqui comigo e deixa eu cuidar de você.

Noah o encarou com os olhos cheios de lágrimas e sentiu seu corpo ser afastado para somente ser guiado de volta ao sofá, onde novamente se deitaram, abraçadinhos.

E o Noah chorou mais uma vez, aquele choro tácito e latente, onde não se foi escutada palavra alguma... Noah chorou pelo Abraham, e chorou por todo o carinho e amor que recebia por parte do Seung, chorou porque em anos nunca encontrou alguém tão, mas tão parecido com o seu pai. O soluço, resultante de seu choro, foi porque nunca imaginou que alguém pudesse ser tão bom quanto o mesmo, chorou porque sabia que Seung o desejava na mesma intensidade que era desejado.

Mas principalmente, Noah chorou por medo de quebrar o coração mais doce e único que já pudera encontrar e se relacionar. Ele tinha tanto medo, que se martirizava previamente. Porém, naquela tarde, o coração de Noah se abriu totalmente para o homem que viria a se tornar o último em sua vida. Porque Seung o dava uma coragem da mesma forma que o seu pai lhe dava. Seung se jogava junto com ele!

Oh! E como eles se beijaram naquela tarde, como trocaram carinhos em sua forma sentimental mais densa. Se olharam com intensidade, e passearam seus dedos sobre o corpo do outro como um cego admira uma obra, com precisão e curiosidade. Naquela tarde eles descobriram tantas coisas sobre a vivência do outro, que puderam se sentir realmente inseridos em suas vidas, e toda essa questão se deu sem a necessidade de se passar mais que quatro meses contados...

Mas, como dizia Jane Austen em Razão e sensibilidade: não é o tempo nem a oportunidade que determinam a intimidade, é só a disposição. E Noah e Seung estavam totalmente dispostos, mesmo que em pouco tempo, a serem um do outro em todas as suas totalidades! Ignorando os poucos defeitos, e focando no mais importante: o amor.


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Notas finais do capítulo

corram para o próximo aaaaaaa



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