Yoonay escrita por stanoflove


Capítulo 22
Exposition d'art - partie II.


Notas iniciais do capítulo

Oi genteeeeeee! Me perdoa pelo imenso atraso, mas acontece que meu computador deu pau e tive que levá-lo ao conserto, o que levou muitíssimo tempo, acarretando nesse grande atraso do capítulo.

E bom, para compensar toda essa demora, hoje lançarei dois capítulo de vez, e também, em homenagem à - LittleDarkseid -, uma nova leitora: seja muitíssimo bem-vinda aaaaaaaaaaa ♥

Sem mais delonga: boa leitura (e não infartem) ♥



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Então, depois de subir até o último andar com muita calma, Seung, com carinho, analisou cada detalhe do ambiente perfeitamente preparado.

Havia, de fato, pestanejado muito sobre aquela impulsiva epifania que lhe surgiu na mente, no entanto, quando sua ideia fora compartilhada com a grande e melhor amiga: Yuna, imediatamente começou a ser colocada em prática.

Seung havia preparado para Noah uma surpresa incomum, que além de expressar seus intensivos sentimentos, seria também um modo de agradecê-lo por todo o esforço demonstrado nesses meses especiais, pelo qual trabalharam juntos e compartilharam importantes ideias para o desenvolvimento da Univers.

Seung era totalmente seguro de seus sentimentos pelo loiro, e apesar de que não soubesse se a recíproca seria verdadeira, ele queria confidenciá-los a ele!

Ora, Seung gostava seriamente do Noah, e por muito gostar, queria compartilhar com carinho seus sentimentos pelo outro, sem medo algum de ser rejeitado ou coisa do tipo.

Ah, ele era um romântico de carteirinha, meio impulsivo às vezes, mas não se negava a chance de expressar seus sentimentos.

E enquanto descia de volta ao primeiro andar, observando a colocação dos quadros e a iluminação, que fazia parte da exposição, certificou-se de que estava tudo correto e do modo como, semanas antes, orientou os organizadores que, sem dúvidas, haviam feito um belo trabalho.

Na parte da manhã, antes dos preparos chegarem ao fim, Yoon Eunji esteve com alguns dirigentes, aproveitando para lhes lembrar importantes instruções. Bem como, Yuna e Noah deram uma checagem final.

Entretanto, Yuna sequer deixou o loiro chegar ao último andar, dando a desculpa de que este não seria usado, assim como mostrando uma mensagem de Seung para comprovar a explicação. Ela não quis mentir, mas foi necessário.

─ Oh, vocês já chegaram! Isso é bom. ─ Seung falou animado, logo quando avistou Camila e Gabriel, perfeitamente trajados.

─ Seung! ─ os irmãos falaram em uníssono, caminhando até o moreno.

─ Como estão? Passaram o dia bem? ─ os dois positivaram com as cabeças, mediante a pergunta, e abraçaram-no rapidamente.

─ Estivemos aqui antes de você chegar, para posicionar algumas câmeras. ─ Seung passou o olhar pelo ambiente e arregalou os olhos quando encontrou os dispositivos ópticos. Sequer havia visto aqueles tripés quando chegara. ─ E depois saímos para comprar um café. ─ Seung assentiu, e logo os deu espaço para que pudessem dar continuidade aos últimos preparos.

Ao atravessar novamente a cortina, encontrou Rachel, a filha dos donos do pequeno café, e logo alargou os lábios num afável sorriso. Havia simpatizado com a ruivinha.

─ Oh, olá Rachel. ─ ele a saudou, quando viu a jovem abrir as portas do estabelecimento, puxando-as para dentro.

─ Olá, Se...Seung? ─ ela indagou, meio esquecida.

─ Isso, Seung. ─ o moreno confirmou, dando uma risadinha ao ver a ruiva comemorar por ter acertado. Era uma jovem encantadora. ─ Como você está?

─ Ah, estou bem sim, fadigada pela semana frustrante na escola, mas bem. ─ ela resmungou, ajeitando a rendinha que protegia a vidraçaria superior da porta.

─ Hum, e por que foi frustrante?

─ Algumas notas baixas... ─ ela o respondeu, totalmente descontente e desinteressada.

─ Você trabalha muitas horas aqui no café? ─ Rachel, escutando aquilo, arregalou os olhos e balançou a cabeça, em discordância.

─ Eu não estou com as notas baixas por causa do café. Estou com notas baixas porque não ligo nem um pouco para a escola. ─ Seung igualmente arregalou os olhos, mas logo deixou um risinho sem vergonha escapar por seus lábios.

─ Então por que está triste, se não liga?

─ Ah... é que meus colegas de turma ficam fazendo piadinhas com isso, e eu nunca reajo tão bem. ─ Seung franziu o cenho, meio confuso, e a escutou suspirar antes de dizer: ─ Eu bato neles e depois choro no banheiro da escola. ─ Seung arregalou os olhos e arqueou as sobrancelhas, assustado e surpreso.

─ Você bate neles pra valer? ─ Rachel positivou com a cabeça, apoiando-se no balcão do estabelecimento, que ainda estava vazio de guloseimas.

─ Mas eu juro que não queria ser assim, essa garota que além de decepcionar, assusta os outros. ─ Seung murchou seu semblante imediatamente, pois era triste ver uma garota tão jovem pensando isso ao próprio respeito.

─ Não, não. Você não assusta e nem decepciona, e se isso acontece, lembre-se que você tem é que se agradar. ─ Rachel arregalou os olhos, meio encantada, meio assustada.

Seung tinha essa façanha; sempre surpreendendo as pessoas.

─ Ninguém nunca me falou isso. ─ ela disse, num tom baixo.

─ Nem seus pais?

─ Nenhum desconhecido. ─ ela rolou os olhos, e Seung acabou rindo. Era realmente uma garotinha encantadora.

Olhando em seu relógio, ele viu que faltavam trinta minutos para o horário certo da exposição, então se apressou com a ruivinha.

─ Olha Rachel, escola nunca será o mais importante, está bem? Mas é muito bom terminar o ensino médio com rapidez, assim você tem tempo para outras coisas, pode conseguir um emprego legal, ou continuar trabalhando com seus pais, caso goste disso. ─ ela assentiu, empolgada com as palavras. ─ Eu conheço um rapaz que completou o ensino médio, mas não se importa muito com a faculdade. E é um bom garoto, tem várias coisas que gosta e é feliz assim, sabe?

─ Obrigada pelas palavras, Seung. Vou me esforçar para completar o ensino médio ainda esse ano, apesar de que eu praticamente esteja pendurada.

─ Você está no último? E qual sua idade?

─ Sim, no último, e tenho dezessete anos. ─ Seung ergueu as sobrancelhas, animado com a ideia que teve.

─ Depois da exposição, creio eu que os trabalhos serão mais intensivos, e sendo assim, precisarei de mais assistência lá na galeria. Quem sabe? ─ ele jogou no ar, dando as costas para a garotinha que ficou parada, refletindo sobre as palavras.

Seung era fã de dar oportunidades à diferentes pessoas.

─ Chefe! ─ ele escutou a voz feminina e logo se virou, encontrando uma belíssima Yuna caminhando em sua direção. ─ Céus, quase me atrasei.

Ela estava deslumbrante naquela saia midi, dum tom rosa pastel, a qual se encontrava bem justa a sua cintura e coxas, e que combinava com a blusa ombro-a-ombro preta que escolhera. Suas orelhas estavam adornadas por belas argolas douradas, e sua mão ostentava uma carteira minimalista, que combinava com o Manolo Blahnik preto, em seus pés.

─ Que nada, foi melhor do que no coquetel da White Cube. ─ ele a respondeu, num tom brincalhão, e nem dando tempo de falar mais alguma coisa, depois de abraçá-la, Seung viu entrando na Cathedral, senhor Pilsen e sua esposa, Amma Pilsen.

─ Seung, meu jovem! ─ o mais velho exclamou. ─ Está bonitão hein!

─ Senhor Pilsen! Eu que o digo. ─ ele rebateu, risonho, e abraçou o homem que, de fato, estava carregado de milhares só com a roupa que vestia.

Pilsen e sua esposa eram podres de ricos, e felizmente essa riqueza não se dava somente ao que tangia dinheiro, eram pessoas maravilhosas também.

Charlie Pilsen ostentava um belíssimo Giorgio Armani que combinava muito bem com o vestido escuro de sua esposa, trabalhado num veludo imaculado.

─ Senhora Pilsen. ─ Seung se pronunciou, deixando um casto beijo no dorso de sua mão, fazendo-a sorrir encantada.

─ A entrada está muito bonita, Seung! A empresa contratada para a ornamentação fizera um belo trabalho, dê-lhes os parabéns por mim. ─ o moreno, ainda mais alegre, positivou com a cabeça. ─ Agora nós vamos dar uma olhada e ver como ficou a distribuição geral das obras, qualquer coisa a gente muda de última hora. ─ Seung arregalou os olhos só com a ideia, e negativou com a cabeça, rindo de nervoso ao que Pilsen somente gargalhava, se afastando cada vez mais com sua bela esposa.

Que ideia... imagina só? Mudar tudo de última hora era o seu último anseio.

E foi em meio a esses pensamentos que Seung escutou aquela voz que tanto lhe encantava e às vezes o tirava de órbita, mas naquele momento puxado para a terra com brusquidão, e voltando seu corpo para a entrada, ele encontrou o Noah conversando com os dois seguranças, exalando aquela simpatia que só ele tinha.

E nossa! Como estava gracioso naquela noite, talvez como Seung nunca vira.

Noah usava uma blusa de gola alta, na cor creme, por baixo de um sobretudo preto e texturizado, que fora de seu pai. Vestia também um jeans preto, que marcava suas pernas de um jeito elegante, e que Seung achava bonito, e por último, calçava belos e escuros Wingtip Boot, adornados com brogues discretos.

Seung, quando percebeu que o encarava demais, e que este já se aproximava, pigarreou, abrindo logo um sorriso, e o encarando no fundo daqueles verdes intensos.

─ Chegou o dia! ─ Noah foi o primeiro a se pronunciar. ─ E aí, como você está?

─ Bem, estou bem. ─ ele pensou em soltar um ‘melhor agora’, mas se segurou; não era um bom momento para ser tão sincero. ─ E você, está bem? Passou o dia bem?

─ Passei sim! Eu e a Yuna estivemos aqui mais cedo, depois que o seu pai saiu, e checamos tudo direitinho. ─ Seung sorriu. É claro que eles haviam checado tudo ‘direitinho’, eram assistentes extremamente competentes.

─ E onde está sua família? Dona Lena, seus irmãos? E a sua tia, ela virá?

─ Ah, todos eles chegarão daqui a pouco. Estão lá em casa, foram passar o dia com a gente. ─ Seung assentiu, com um sorriso discreto, enquanto os dois se viravam e caminhavam na direção da cortina. ─ Eu vim na frente para conseguir chegar mais cedo e te ajudar com aquilo que fosse necessário.

─ Eu fico mais calmo com você... vocês aqui. ─ ele se corrigiu rapidamente, soltando um sorriso sem graça e logo cedendo sua atenção à Camila e Gabriel Gaia.

Os dois irmãos, que de fato carregavam consigo a beleza natural, estavam ainda mais radiantes e elegantes naquela noite. Portavam trajes sociais na parte de cima; ambos usavam terninhos pretos, sobrepostos a blusas claras, e jeans escuros, assim como seus calçados. Estavam realmente de tirar o fôlego!

─ Seung, lembra daquele reforço que tínhamos comentado com o senhor? ─ Gabriel perguntou, segurando com cuidado uma de suas câmeras.

─ Você, por favor! ─ Seung, naquele tom brincalhão, o corrigiu rapidamente, e o viu assentir, com um sorriso divertido.

Você se lembra? ─ Seung assentiu. ─ Então, nós chamamos. Nosso cálculo foi errado, e mal pensado, realmente achamos que daríamos conta, mas são muitos andares e terão muitas pessoas.

─ Ou, vocês conseguiram resolver a situação? ─ Seung indagou com calma, rapidamente apaziguando os ânimos do rapaz, que assentiu, assim como a irmã. ─ Então está tudo bem, não precisa desse nervosismo todo.

─ Eu achei que o senhor fosse ficar nervoso e nos mandar para o olho da rua. ─ Gabriel confessou, e escutou uma risada jocosa da irmã, que negativou realmente divertida. ─ Não ri não Camila, o assunto é sério.

Seung soltou uma risada rouca, e encarou o loirinho, que balançava a cabeça ao passo que ria dos amigos. Céus! Como eram bobos.

─ Não se preocupe rapaz, ninguém será mandado para o olho da rua.

─ Ótimo, me sinto mais seguro. ─ Gabriel soltou um suspiro aliviado e, antes de Seung se afastar com Noah ao seu lado, ele acrescentou: ─ O restante da equipe já está chegando, pode ficar tranquilo.

Seung positivou mais uma vez, e nessa havia um sorriso divertido em seus lábios, enquanto pensava que quem devia estar tranquilo era ele, ora!

─ Noah, você viu a Yuna? ─ Seung indagou preocupado, passando o indicador e seu polegar por toda parte exterior do nariz, um trejeito que Noah havia percebido sempre em seus momentos de aflição.

─ Ela foi dar uma olhada no banheiro, para certificar de que estava arrumadinho. ─ Noah o respondeu, e o encarando, viu-o arregalar os olhos.

─ De novo? ─ Seung indagou, contrariado, mas logo se acalmou ao escutar a voz animada da amiga, que caminhava como uma grande modelo.

─ Ih, coisa chata, já estou de volta!

─ Vamos! ─ Seung falou rapidamente. ─ Daqui a pouco é a hora e não quero me atrasar, mesmo que eu já esteja dentro do prédio. ─ Noah e Yuna riram, por terem pensado essa mesma coisa, e o acompanharam até a frente do cortinado preto.

Agora, no saguão, já se encontravam dois seguranças a mais, e estes ficariam responsáveis somente pela segurança interna, cuidando para que nenhuma obra fosse, de fato, danificada, ou não houvesse problemas secundários.

─ Fique tranquilo, sim? ─ Noah falou perto de Seung, que arrumava os punhos de sua camisa social, e positivava, respirando fundo.

Por fim, dando-lhe um sorriso amistoso, e contendo a vontade de abraçá-lo, Seung caminhou para um pouco mais a frente e fez um sinal breve para os seguranças, que no instante autorizaram a entrada de todas aquelas pessoas.

Seung olhou uma última vez para trás, e dessa vez encontrou o senhor Pilsen acompanhado de Amma, que deu um sinal de incentivo para ele, assim como seu esposo, ambos levantando os polegares, totalmente babões e animados, pois estavam surpresos com aquela perfeita organização dos quadros e das esculturas.

É, havia chegado à hora, e Seung não poderia mais tardar.

─ Antes de tudo, eu gostaria de lhes desejar uma boa noite, senhoras, senhores, jovens e crianças. ─ ele iniciou, descontraído, chamando a atenção de todas aquelas distintas pessoas que agora o observavam com curiosidade.

A plateia respondeu uma “boa noite” com um coro singelo e bem sincronizado.

─ Eu pretendo ser bem breve para não atrasá-los, pois creio eu que estão ansiosos para descobrirem o que há por trás dessas cortinas, sim? ─ a plateia, alguns na verdade, assentiram com veemência. ─ Pois bem, eu sou Yoon Seung, e venho de uma família coreana bem fora do tradicional!

Os pais de Seung, junto com Alice, Eunbi e Noora, chegaram nesse instante, e com um sorrisão nos lábios, ao terem seus olhares trocados, ele deu continuidade.

─ Quando idealizei toda essa exposição, certamente não imaginei que ela, de fato, viria a acontecer. Na verdade eu sentia como se fosse um sentimento transitório, mas eu creio muito que quando as coisas são destinadas a acontecer, de um jeito ou de outro, elas acontecem. Então, com o intenso apoio que tive das pessoas incríveis que continuaram ao meu lado por toda essa jornada, a Univers aconteceu. ─ ele pausou por um breve instante, seu coração explodia numa mistura intensa de sentimentos. ─ A Univers não tem esse nome à toa, não... quando a nomeei assim, ainda pequeno e ingênuo demais, eu o fiz no intuito de poder ter dentro de uma singela galeria, todo o meu universo, aquilo que eu quisesse ter e pudesse imaginar.

O pintor e escultor, observando aqueles olhares brilhosos e cintilantes em sua direção, respirou profundamente, deixando um sorriso estampar seus lábios, assim como todos que estavam ali, o admirando com grande expectativa, totalmente encantados, porque Seung exalava amor e paixão em todas as suas palavras.

─ Alice, minha filha linda, e noona Noora, sou grato a vocês duas por tanto amor, e principalmente sou grato aos meus pais, o senhor Yoon Eunji e a senhora Yoon Sunhee, que me ajudaram muito até aqui. Posso dizer que foram tão intensos quanto eu em sonhar com essa galeria. ─ ele contou, apontando a mão na direção do casal, que somente negativou suas cabeças com um sorrisão nos lábios, e os olhos cheios de lágrimas. ─ Assim como o senhor Pilsen, que simplesmente se jogou de cabeça junto comigo nessa loucura. Eu, de fato, não poderia ter recebido oportunidade melhor que essa! Lhe serei eternamente grato. ─ o mais velho, que se encontrava posicionado ao lado de Yuna e Noah, o presenteou com um sorrisão, junto de um breve aceno, enquanto tinha seus ombros acariciados pela orgulhosa esposa. ─ Agradeço a minha grande amiga Suze, que ainda não chegou, e a Yuna, que além de ser a excelente recepcionista que é, é também minha grande amiga e incentivadora. ─ ele suspirou por fim, e suavemente virou seu corpo, para ter uma melhor visão do loiro, e também olhá-lo nos olhos enquanto dizia: ─ Por último, agradeço a ti, Noah Ray, a pessoa mais extraordinária que tive a oportunidade de conhecer. É aquele que chegou por último na Univers, mas que acabou se tornando o mais necessário.

Noah, que correspondia com intensidade aquele olhar, sentiu o coração acelerar diante aquela fala tão exorbitante, e também sentia suas narinas inflarem ao passo que as maçãs do rosto esquentavam, e a garganta secava, porque sempre que Seung o olhava daquele jeito, ele se sentia assim.

─ Nessa noite, ─ Seung, voltando seu olhar para todas aquelas pessoas, reiniciou, ─ eu quero que vocês sintam tudo de mais intenso com o que apreciarão. Se quiserem chorar, chorem; se quiserem sorrir, que sorriem; assim como se desejarem gargalhar, gargalhem. Nessa noite vocês têm, aqui, a total liberdade para interagirem com as obras. ─ ele pausou, talvez não fosse uma boa ideia, e aquilo estava fora do script, mas ok! Estava tudo sob controle. ─ Peço-lhes que tenham carinho e cuidado, pois foram feitas com carinho e cuidado, mas sejam intensos e se permitam sentir. ─ ele suspirou, completo, e escutou uma chuva de palmas assim que se curvou em agradecimento, sendo completamente ovacionado pela razoável plateia, a qual já se encaminhava para o interior do prédio.

Seung estava bem, deveras seguro com o que havia produzido. Talvez, alguns meses antes, não tanto, mas estando ali, e fazendo aquele dia acontecer, sim! Ele sabia que, de fato, era bom naquilo que fazia!

─ Oh merda! ─ Seung exclamou baixinho, quando viu Noah se aproximar.

─ O que foi?

─ Eu me esqueci de falar do café.

─ Ah, não se preocupe, eu pedi para os seguranças avisarem.

─ Tem certeza? ─ Noah assentiu, o oferecendo um sorriso.

─ Pode ficar despreocupado, todo mundo vai sair ganhando hoje à noite.

─ Vai sim. ─ o moreno concordou, dando-lhe um leve tapinha no ombro.

Após quase uma hora, enquanto Seung ainda se encontrava de pé, posto à frente da cortina preta, que agora estava escancarada, o presenteando com a visão de todas aquelas interessantes pessoas, sua atenção fora fisgada pelo casal de senhores que se aproximava, com calma e cuidado.

─ Meu jovem! ─ a primeira a se pronunciar fora a mulher, que tinha a estatura curva e baixinha, assim como seu companheiro, e ela presentava também cabelos grisalhos, com leves tons de rosa em suas pontas, o que chamou totalmente a atenção de Seung. ─ O seu dom é inegável.

Tímido, mas feliz, Seung perguntou: ─ Ah! Os senhores realmente gostaram?

─ É simplesmente encantador, todas as peças e quadros. ─ o homem, este era cadeirante, se pronunciou, com a voz bem debilitada. ─ Tem algo diferente, e eu pude sentir desde o início, no momento em que o senhor nos comunicou.

─ Sim! ─ a senhora concordou, se mostrando mais saudável que o companheiro. ─ Seus sentimentos conseguem ser transpassados a nós, através de uma peça em mármore e pinturas em telas.

─ E o que é a sua precisão, hein meu jovem? ─ o senhor puxou outra vertente, arrancando um sorrisão de Seung. ─ Cada traço feito com tanto espero que fiquei realmente de boca aberta. As pinturas a óleo estavam simplesmente magníficas, fantástico!

─ Ah, obrigado. ─ ele somente respondeu. Se encontrava tão acanhado, mas tão encantado, que sequer encontrava boas palavras para serem ditas.

─ Eu que agradeço, em todos os meus anos de cadeirante, nunca vi um lugar ser tão bem preparado para nos receber, e me refiro às exposições mesmo. ─ o senhor disse com um sorriso pequeno, mas havendo alguma decepção por trás. ─ As pessoas não se preocupam muito com nós cadeirantes, então obrigado por tê-la deixado ao nosso alcance.

Aquela fala fez Seung sentir-se completamente afetado, Deus!

Como que ele sabia das rampas, uma vez que sequer o artista houvera citado a questão em seu discurso e afins? Mas tudo bem, sentia-se feliz por ter valido a pena!

─ E uma pergunta, meu jovem, suas obras estão à venda? ─ a senhora indagou.

─ Ah não, infelizmente não. Na verdade o único, e real, intuito dessa exposição foi o de apresentar para as pessoas o que eu faço. ─ a senhora, um pouco tristonha, assentiu. ─ Mas eu tenho projetos futuros, e nesses eu com certeza os estarei vendendo.

─ Ah, venda sim. ─ o casal se alegrou um pouco mais, tanto que falaram juntos, e sorriram apaixonados um para o outro. ─ Nós queríamos tanto comprar, principalmente aquele quadro do último andar, nossa! Encantador! ─ Seung sorriu ao se recordar, e como num passe de mágica, lembrou-se de Noah.

O Noah!

─ Eu fico muito agradecido à vocês dois. ─ Seung falou, tornando-se preocupado. ─ É realmente satisfatório ser elogiado por algo tão trabalhoso, de verdade. Não há recompensa melhor!

─ Agora meu jovem, nós vamos tomar um cafezinho e comer um bolinho, porque esse cheiro está simplesmente fantástico. ─ a senhora anunciou, e depois de ambos receberem um abraço caloroso por parte do Seung, se retiraram.

Bem como, ao passo que a senhora empurrava com calma a cadeira na direção do café, que já se encontrava preenchido por várias pessoas, isto para a felicidade dos donos, Mina e Theo, Seung disparou atrás de Yuna.

─ O Noah, Yuna! ─ ele exclamou, assim que a encontrou. ─ Cadê o Noah?

─ Céus! ─ ela murmurou em resposta, e levando a mão a boca, viu o semblante de Seung tornar-se desesperado. ─ Corre!

─ O que houve? ─ Suze, ignorante ao que se passava, indagou, vendo Seung disparar, em direção as escadas, com pressa e cuidado, desviando de algumas pessoas.

Ele subiu os lances numa urgência extrema, pedindo a todas as forças do bem existentes, para que Noah não estivesse pelo último andar, porém, ele estagnou quando enfim pousou seus pés no penúltimo lance.

Noah estava lá, parado de frente para aquele belo quadro que ainda não havia visto, e ali, naquele instante, ele entendia do porquê, quando mais cedo, Yuna o impediu de sequer aproximar-se daquele andar.

Noah admirava aquela obra como se ela fosse a única que restara após um acontecimento apocalíptico. Ele não piscava, e quase não respirava, mas admirava a obra com todo o seu ser, sentindo cada vez mais os olhos encherem-se de lágrimas e as bochechas esquentarem.

Seu coração queimava com um sentimento violento o tirando de órbita, transmitindo aquela sensação assustadora para todo o restante de seu corpo.

E Seung respirava fundo, com um dos pés apoiados no degrau, enquanto sua destra se agarrava ao corrimão gradeado, praticamente o estrangulando, e como ele tremia de nervoso e medo, completamente consumido por estes dois sentimentos.

É, apesar de se demonstrar extremamente confiante ao que tangia seus sentimentos, agora, parado ali, Seung estava com medo das reações do outro.

─ Eu não sei nem o que te dizer sobre... ─ a voz de Noah irrompeu pelo ambiente, puxando com brusquidão, para si, o mais profundo da atenção de Seung.

O mesmo sentiu o coração apertar e o chão por um instante lhe pareceu desabar, pronto! O Noah não havia gostado da obra? Seu interior gritava isso para si.

─ Você não...

─ Eu não quis dizer isso. ─ Noah, não o deixando continuar, disse com a voz trêmula, e logo ergueu as mãos para limpar as teimosas lágrimas que escorriam de seus olhos, que ardiam e já se enchiam novamente. ─ Por que... por que você o fez?

─ Eu queria te agradecer.

─ Então por que não fizera um para os seus pais, o senhor Pilsen e para a Yuna, também? ─ Noah retrucou rápido demais, respirando tão fundo, que já tremelicava.

Sim, ele estava completamente assustado com o que escutaria, mas também se encontrava ansioso, e sabia que, céus, era extremamente necessário, no entanto, tornava-se inacreditável o fato de que iniciariam aquela conversa bem ali, e naquele dia.

─ Eu queria te agradecer, e... por favor, não me ache estranho. ─ Noah continuou sério, mas sutilmente negativou com a cabeça, num trejeito quase que imperceptível, mas visível para Seung.

Céus! Era impossível Noah o achar estranho, quando na verdade achava interessante e instigante tudo aquilo que o envolvia.

─ Eu não quero somente te agradecer Noah. ─ Seung novamente se pronunciou, iniciando, agora, uma tímida subida pelos degraus que restavam, deixando Noah completamente tenso. ─ Eu preciso expor para ti algumas coisas que já estão guardadas faz um tempo.

─ Agora? ─ ainda sem o acarar, ele indagou, num sussurro temeroso.

Certamente não estava pronto para escutar o que o outro lhe tinha a dizer.

─ Se eu não te disser agora, muito provavelmente nunca mais direi. ─ Noah o encarou, com os lábios entreabertos e a respiração densa. ─ Me desculpe, mas elas precisam ser ditas, hoje.

Noah apertou tanto as próprias mãos, as quais se encontravam fechadas em punhos, que já se apercebia os nós de seus dedos tornarem-se esbranquiçados.

─ Noah, eu não quero te assustar com o que direi, está bem? É só que... eu preciso, eu preciso lhe dizer todas as coisas que estão duramente guardadas aqui, ─ Seung apontou para o coração, ─ e aqui. ─ e escorregou seu indicador para a cabeça. ─ Porque no início, quando te vi pela primeira vez, eu realmente achei que fosse só uma sensação de primeiro momento, oras... um rapaz tão jovem e bonito, quem não sentiria o coração acelerar ou o ar, quase, faltar? ─ ele sussurrou, sua voz estava tão fraca e trêmula que, por vez, achou que não fosse conseguir da continuidade. ─ Mas não, Ray... com pouco mais de duas semanas, e não me ache um precipitado, eu percebi que aquilo que eu sentia, passava muito longe da mera sensação de primeiro momento.

─ Seung... ─ Noah sussurrou, negativando com a cabeça, e o observando, com uma absurda tensão, se aproximar um pouco mais.

─ Porque, de fato, uma simples sensação de primeiro momento não nos faz ficar tão desejosos por ver o fim de semana passar voando, só para que possamos encontrar aquela pessoa no primeiro dia útil da semana. Assim como, também, tenho a certeza de que uma simples sensação de primeiro momento não faria ninguém ficar tão eufórico por receber um pequeno elogio daquela pessoa. ─ Seung suspirou, e estando próximo de Noah, o presenteou com a sensação de tê-lo tão perto. ─ Eu sei, eu sei que pode soar esquisito e rápido demais, mas... eu definitivamente gosto de você.

Noah piscou algumas vezes, atordoado com o peso daquelas palavras, e sentiu os olhos novamente se encherem de lágrimas. Deus! Por que Seung era assim?

─ E me sinto o mais honrado por te ter tão perto e tão esforçado, muito provavelmente, fora isso uma das coisas que mais me fizera tornar-me completamente encantado por você.

Noah, entretanto, não conseguia formular frase alguma, mas com uma intensidade quase palpável, o correspondia naquele constante, e inquebrável, olhar.

─ Por favor, não me jogue para longe de sua vida após isso, ou... não tente me manter afastado como vinha fazendo, por favor... é doloroso demais, me machuca.

─ Me perdoa. ─ Noah conseguiu dizer, tão rapidamente que até a si mesmo assustou. ─ Eu realmente não quis fazer isso, mas eu precisei. Me perdoa?

─ Por que, Noah? Por que precisou me afastar? ─ o loiro negou, e soltou um suspiro sutil, que acertou suavemente o pescoço de Seung, o qual o encarava ainda mais de perto, com a cabeça curvada e uma mão tentada a segurar sua canhota.

Entrar naquele assunto, para Noah, ainda era algo um tanto quanto desconfortável. Ele queria sim ter esta conversa, que cortaria por outras vertentes, mas em outro lugar, com mais tempo e privacidade. Era uma conversa que precisava ser tida com muito, mas muito esmero, cuidado.

─ Podemos conversar sobre isso num outro dia? Com mais tempo e... privacidade? ─ Noah indagou, meio incerto, e estremeceu quando sentiu os dedos de Seung tocarem os seus.

─ Está bem, podemos sim. ─ Seung respondeu, naquela sua paciência infinita.

Bem como, segurando Noah pelo queixo num toque cuidadoso, aproximou-se devagar, acabando por assustar o loirinho que, por puro instinto, espalmou suavemente seu peitoral, e um tanto sutil, virou minimamente o rosto, recebendo no canto direito de seus lábios, um selinho aquecedor.

Seung permaneceu naquela posição, sentindo o despreocupado carinho de Noah sobre o tecido que lhe cobria o peitoral.

─ Me desculpa. ─ Noah sussurrou, afastando paulatinamente seu rosto ao do mais velho, retornando para aquele intensivo contato visual. ─ Ainda não...

─ Está tudo bem. ─ Seung o respondeu, naquela mesma sonoridade terna. ─ Mas eu poderei te beijar num outro dia? Com mais tempo e... privacidade? ─ ele continuou, usando da frase anterior, e ainda meio atônito com todo aquela situação, Noah anuiu, não sendo capaz de perceber o que fazia.

Parecia que quando Seung estava muito perto de si, uma síncope ocorria em seu interior, e todas as suas possíveis ações eram anuladas, o deixando com cara de bobo.

Seung subiu seus dedinhos até a bochecha de Noah, que no compasso fechou seus olhos, e sutilmente lhe fez um carinho ali, observando com apreço a feição de deleite que surgiu na face do rapaz. Como pode ser tão lindo? Pensou ele.

A tez quente sob seus dedos era atrativa em toda a sua beleza, com uma corzinha de caramelo, e também cheirosa, aquele aroma fresco emanava da superfície, entorpecendo Seung até o âmago, o fisgando com intensidade ao passar dos segundos.

─ Se eu pudesse, ficaria assim para sempre. ─ Noah sussurrou, sentindo o polegar se arrastar sobre sua pele, ainda corada pelo sol dos meses anteriores.

─ Você gosta? ─ ante a pergunta, Noah somente assentiu, e sorriu satisfeito, abrindo os olhinhos para encará-lo. ─ E por que não pode?

─ Como assim? ─ ele indagou de volta, franzindo o cenho.

─ Você falou que se pudesse, ficaria assim para sempre.

─ Ah... ─ ele sussurrou, ─ Têm pessoas lá embaixo ainda, e com certeza essas pessoas gostariam muito de te cumprimentar e de te agradecer, enquanto eu subia, pude ver muitos sorrisos e olhos brilhando em lágrimas. ─ Seung, com os lábios entreabertos esboçando a surpresa pela nota, deu-se por vencido e assentiu.

Mas ele passaram um tempinho naquela mesma posição, Seung ainda tinha uma vontade crescente de beijá-lo e tocá-lo, no entanto, seus desejos nunca seriam maiores do que a compreensão e o respeito mediante as vontades do loiro.

─ Vamos descer, então? ─ após poucos segundos, Seung indagou, recebendo como resposta, uma positiva do Noah, que lentamente mexeu a cabeça.

Porém, no caminho até a escada, Noah parou, e novamente olhou para o quadro atrás de si, fazendo Seung também parar, curioso.

─ O que houve? ─ ele indagou.

─ O quadro...

─ Sim, o quadro é totalmente seu. ─ ele confirmou, antes mesmo de escutar toda a frase, deixando um carinho sutil no dorso da mão de seu semelhante.

O loiro sentiu-se incontestavelmente feliz por saber que aquela perfeita obra-de-arte, de fato, viria a ser sua em todos os sentidos.

Seung havia desenhado o perfil facial do Noah numa tela, se comparado às outras obras, grande. Era uma pintura à óleo realmente agraciada, com traços precisos, e que ao mesmo tempo se mostravam delicados.

E além do rosto de Noah, havia também, em sua orelha, um pequeno ramo com flores de Cravo branco, a qual trazia consigo o significado de: amor puro, ingenuidade e talento, características que Seung jurava ser do próprio Noah.

─ O seu talento... ─ Noah sussurrou, voltando-se para ele. ─ O seu talento me arrepia e me deixa emocionado, porque você simplesmente é você em suas obras, sem esforço algum, Seung. ─ ele completou, tendo uma reação final que assustou o Seung em sua totalidade.

Noah o abraçou. Passando os braços por sua cintura e o puxando para ainda mais perto de seu corpo, enterrando com carinho o nariz em seu pescoço e sentindo com precisão aquele aroma doce e suave de toda a extensão.

Noah o apertou com cuidado, mas o suficiente para deixá-lo completamente afetado com aquele singelo contato. Noah seria sua eterna caixinha de surpresas!

─ Eu sempre quis fazer isso. ─ Noah sussurrou, percebendo as penugens, quase inexistente, do pescoço de Seung se tornarem eriçadas.

─ E eu sempre quis sentir isso. ─ Seung acrescentou, agora o envolvendo, também, pela cintura. ─ Sentir os seus braços em volta de mim, o seu carinho. ─ ele admitiu, arrancando de Noah um breve riso nasalado.

─ Acho melhor nós descermos. ─ o loiro sussurrou, acariciando com a pontinha de seu nariz, aquela pequena região do pescoço alheio.

Seung não queria, Noah também não, mas ele cedeu, e então escorregou sua destra até que essa encontrasse a canhota do loiro, e com calma e em silêncio, desceram para o primeiro, onde soltaram suas mãos lentamente até que chegaram ao saguão.

Yuna foi diligente em notar a presença dos dois amigos, e com certa felicidade no olhar, pois não era necessário de muito para perceber que ambos estavam, de fato, melhores do que antes, ela os encarou, sorridente, e depois Suze analisou toda a cena com um carinho transbordante nos belos orbes azuis.

Naquele minuto a qual as amigas passaram juntas, Yuna contou à Suze tudo o que vinha acontecendo, deixando-a triste por um instante, mas agora já se encontrava radiante, pois com muita certeza, algo de bom havia ocorrido entre os dois, com muita certeza as amigas cogitavam algo que ainda não havia acontecido, mas não importava, elas estavam de fatos felizes.

─ Hum... ─ Yuna, tendo os amigos já perto, murmurou arteira, e sorriu.

─ Sem brincadeira Yuna. ─ Seung se pronunciou, tentando soar sério, mas só fez as amigas rirem. ─ Vocês viram a minha mãe?

─ Ah, vi sim. ─ ela respondeu, captando rapidamente o sentido daquela pergunta. ─ Eles estão todos dentro do café, que só pra avisar, lotou.

─ Oh, sério? ─ Seung indagou, todo feliz, e recebeu uma positiva da amiga. ─ Hum, isso é ótimo, vamos indo lá então.

─ Está bem. ─ ela falou rápido, e sussurrou um ‘fique tranquilo’, levantando os polegares num sinal de incentivo.

O propósito de Seung não era encontrar sua mãe, era outro, um bem mais importante. E depois que entrou no café, recebendo variados elogios de pessoas tão diferentes, ele encontrou sua família sentada ao fundo da confortável cafeteria.

─ O que foi? ─ indagou Noah, percebendo o aparente nervosismo do moreno.

─ Eu quero que você conheça uma pessoa. ─ diante da frase, Noah franziu o cenho, mas somente anuiu, nem se importando quando tivera seus dedos entrelaçados.

Bem como, quando o olhar do moreno encontrou quem ele desejava, rapidamente suas mãos foram afastadas, por um breve instante, somente para que ele pudesse se abaixar e sorrir para a garotinha que se encontrada sentada de frente para a mesa redonda, comendo, ao que parecia, um bolinho.

─ Boa noite, senhor e senhora Yoon. ─ Noah, enquanto Seung dava atenção a garotinha que ele não conseguira ver o rosto, apressou-se em dizer, apertando a mão de ambos, e sentindo o olhar das duas desconhecidas, Noora e Eunbi, cravados em si.

E ele, entretanto, não teve nem tempo para se apresentar, pois assim que Seung pôs-se de pé, com a garotinha em seu colo, logo virou-se para Noah.

─ Oh céus, que princesa! ─ o loirinho logo soltou, apresentando os olhos arregalados e seus lábios entreabertos diante daquela fofurinha. ─ Como ela se chama?

─ Ela é Alice Yoon, Noah. Minha filha. ─ Seung não quis ter rodeios, e diante aquela frase, os olhos de Noah, se possível, arregalaram-se ainda mais, e a boca que antes se encontrava entreaberta, agora se escancarava num sorriso largo.

Estava assustado, surpreso, mas nenhum susto conseguiria ser maior do que o inusitado sentimento que dominou o seu coração assim que escutara o anúncio.

─ Sério? ─ embasbacado, ele indagou.

─ Sério. ─ Seung respondeu, com o coração extremamente acelerado, e quase desmaiou de nervoso quando sentiu, e viu o corpo de Alice se inclinar para frente, visivelmente se jogando para o colo de Noah.

Aquele ato não somente o assustou, mas assustou também a Eunbi, Noora, Sunhee e, principalmente, Eunji, uma vez que Alice nunca havia reagido daquela maneira com pessoas que não eram de seu convívio, muito pelo contrário, ela ficava assustada, ora acanhada, demorando tempo considerável para interagir.

Noah, entretanto, ignorante a essa questão, com muito carinho pegou-a em seus braços, pois apesar dos quatro anos, ela era pequena e parecia ser super delicada. E quando ele a teve com a cabecinha deitada em seu ombro, pode sentir o coração explodir, sendo presenteado com aquele aroma de bebê que emanava de seus cabelinhos tão negros e ralos, suaves.

Ainda naquela noite, mais feliz do que nunca, enquanto papeava com algumas pessoas, Seung ia recebendo incontáveis, e encantadores elogios, chegando a se emocionar com tantos relatos que nunca imaginou escutar.

Havia tocado pessoas com a sua arte, assim como havia inspirado outras, as enchendo de sentimentos fantásticos e as dando esperança, alegria e grandes novas expectativas!


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Notas finais do capítulo

Até daqui alguns minutos!



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