Yoonay escrita por stanoflove


Capítulo 20
Forts sentiments.


Notas iniciais do capítulo

aaaaaaa, oi caras de boi! ♥

gente, notaram a diferença? mudei o título de todos os capítulos, e agora no lugar de número em francês, coloquei as frases que tem a ver com cada capítulo. eu amei! aaaaaaaaa

esse capítulo é o penúltimo dessa fase, e não vejo a hora de logo soltar o próximo, que aí, de fato, inicia a outra parte, e com isso... bom kkkkk só lendo para saber, é isto!

boa leitura ♥



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Quarta-feira, 09 de agosto de 2017.

Sucedendo quase dois meses, e faltando pouco mais que uma semana para a gloriosa exposição, Pilsen ligou avisando que em breve passaria na Univers, a qual depois da reforma, havia se tornado, literalmente, um outro lugar.

─ Céus! Eu não canso de dizer o quão lindo este lugar está! ─ Seung se pronunciou, animado, referindo-se ao todo, enquanto colocava na parede um quadro muito importante que havia comprado quando ainda era mais jovem.

─ Uau, que bonito. ─ Noah falou num tom baixo, delicado, e o viu positivar, deixando um sorriso austero escapar. ─ Os traços são tão sutis, e a feição dessa mulher é tão... engraçada.

─ Sim! Eu amo esse quadro, apesar de ser uma réplica, foi muito importante no processo de me encontrar no mundo artístico. ─ Noah arqueou as sobrancelhas, demonstrando estar verdadeiramente interessado. ─ O comprei quando tinha meus dezessete anos. Se chama American Gothic, é do pintor Grant Wood, já ouviu falar?

─ Não na verdade, mas pelo o que vejo, ele é bom. ─ Seung assentiu com veemência, e afastou-se um pouco para observar a parede branca, que agora se encontrava colorida pelos quadros de tons variados.

Havia ficado tudo tão lindo através de todos os esforços, trabalhos e planejamentos. Sunhee, de fato, havia matado aquilo numa cajadada só!

A recepção, que outrora tinha um aspecto soturno e melancólico, foi transmutada para um mais luzidio, apresentando belas paredes brancas que possuíam, em pontos estratégicos, quadros bem combinados e, no chão, elegantes azulejos com detalhes em cinza.

Para completar, a iluminação direta, de tons leves, como o branco e o azul bebê, que quase nem se era apercebido, dava aquele lugar uma maior profundidade.

E é claro que quando Charlie Pilsen, uma hora depois da ligação, pôs o pé naquele lugar, quase explodiu de tanto entusiasmo ao finalmente contemplar o quão lindo ficara.

─ Senhor Pilsen, bom dia! ─ surpreso, Seung caminhou até ele, recebendo-o com um abraço caloroso. ─ Eu não sabia que já estava para chegar.

Pilsen havia ligado, no entanto, não havia dito que horas viria.

─ Na verdade eu não iria chegar por agora, mas como saí para resolver alguns impasses pelo CBD, eu aproveitei o trajeto e vim logo ver como as coisas estão correndo. ─ confessou, deixando dois tapinhas em seu ombro.

O CBD é o Central Business District, onde estão concentradas as maiores atrações turísticas da cidade, ou seja, literalmente um imenso centro de negócios.

E encantado, Pilsen deu um demorado 360º no intuito de observar com calma o lugar, fazendo soar de seu sapato, perfeitamente engraxado, um barulhinho engraçado, e sorriu embasbacado.

─ Eu fico muito orgulhoso de ver as grandiosas iniciativas que você vem tomando, Yoon Seung. ─ o homem alto se pronunciou, ao parar, e passou a mão sobre a barriga saliente. ─ Percebo ainda mais que o senhor é um homem de coragem, e é realmente bom poder ver que você está se preparando da forma correta para os futuros negócios.

─ Futuros negócios? ─ Seung indagou, confuso.

─ Sim, meu jovem. Essa exposição é a chave que abrirá portas de ofertas incríveis para a Univers, e consequentemente para você! ─ Seung sorriu, sentindo-se ansioso só por imaginar. ─ Eu fico muito orgulhoso com tudo isso, verdadeiramente!

─ Pilsen, o senhor não faz ideia do quão agradável é escutar isso. ─ Seung disse. ─ Eu me esforcei bastante, mas sem dúvidas, reconheço que se não fosse pela sua imensa confiança, eu não teria forças para fazer nem a metade do que fiz até agora, provavelmente desistiria.

─ Não fale assim, você tem pessoas incríveis trabalhando ao seu lado.

─ Tenho sim, e também tenho grande consciência disso, mas se não fosse a sua proposta, bom... ─ ele insinuou, soltando um riso soprado, e logo se lembrou de algo importante. ─ Ah, antes que eu me esqueça, quero que conheça uma pessoa. ─ Pilsen assentiu, curioso.

E nervoso, pois era assim que sempre ficava quando se tratava de Noah, Seung virou-se na direção onde antes o loiro estava, mas não o encontrou, e deixou um suspiro tão impassível quanto frustrado, escapar por seu lábios.

Então, após Seung explicar que Noah não se encontrava por ali, Pilsen entendeu e o assegurou de que não faltaria oportunidades para conhecê-lo com mais calma, e à vista disso, o mais velho despediu-se e logo depois deixou a galeria.

Após alguns minutos, sentado na poltrona que havia colocado próximo ao balcão recepcionista, Seung pôde escutar bem as vozes e gargalhadas de Noah e Yuna.

No momento a qual Pilsen chegara e Seung se afastara para recebê-lo, Noah deslocou-se até Yuna, e a ajudou a carregar uma grande caixa, onde estavam algumas esculturas, para o novo almoxarifado, no subtérreo.

─ Doido! ─ Yuna exclamou, quando chegavam ao primeiro degrau. ─ Para com isso e presta atenção. ─ Noah assentiu, tentando transparecer seriedade. ─ Então iluminação, decoração, sonoplastia e a lista com os nomes dos que estarão presente já está fechado.

─ Isso! Temos também, já confirmado, a parte da equipe de fotografia, alimentação e a segurança. ─ Noah acrescentou, marcando com os dedinhos.

─ O estacionamento também!

─ Ah, é verdade! Tinha me esquecido. ─ ele ciciou, recebendo um sorriso complacente por parte de sua amiga.

E Seung observava tudo com certa aflição e desconforto, não sendo exatamente ciúmes ou inveja, não! O moreno amava ver o modo como seus funcionários mega interagiam e se davam bem, no entanto, os dias que antecediam a esse, em especial, haviam sido extremamente esquisitos e desconfortantes.

Oras! Seung percebia que Noah estava cada vez mais distante de si, e não conseguindo ir contra isso, porque obviamente não poderia forçar conversas com seu funcionário, ele acabava, também, se distanciando, ficando trancado em seu atelier por horas a fio, empenhando-se sobre, no que ele tinha a certeza de ser, o seu mais importante trabalho até agora.

Então, pondo-se de pé e atraindo a atenção de Noah e Yuna, em silêncio ele rumou pelo corredor, que agora era paramentado por belas miniaturas marmoreadas a qual foram esculpidas por ele mesmo.

Noah notou o desanimo, e suspirou, mas se policiou para que Yuna, que observava com atenção uma ficha com várias informações importantes, não notasse.

Seu coração explodia em desespero por ver o moreno daquele jeito, apesar de que não obtivesse total certeza do motivo, no entanto, como também havia percebido que seus próprios sentimentos já haviam estourado todos os limites racionais, bom, o jeito que arrumou foi, literalmente, evitar Seung, mesmo que doesse ou não.

─ Você deveria parar com isso, sabe? ─ Yuna resmungou, dando um último visto na folhinha e a virando, pulando para outra.

Noah estreitou seus olhos, e sentiu o coração acelerar.

─ Isso o que? ─ indagou ele, tentando soar realmente indouto.

─ Você é sonso assim mesmo ou só se faz? ─ Yuna perguntou de volta, mas não esperou por uma resposta e logo disse: ─ Ah sim, só se faz!

─ Yuna!

─ Yuna nada, seu palhaço. ─ ela ralhou, abaixando a prancheta de sua própria mão com brusquidão. ─ No início, quando você chegou, eu achei que o nervosismo e a timidez fosse coisa de iniciante, ou por parte de Seung, falta de confiança e conhecimento, mas desde o coquetel foi impossível continuar com esse pensamento.

─ Você tá doida, é? ─ Noah exclamou, com rapidez.

─ Doida é uma pinoia, me escuta aqui rapaz. ─ ela grunhiu, aproximando-se ainda mais de Noah. ─ Para com esse joguinho de ficar o evitando, e vai conversar com ele, porque apesar de que eu não saiba exatamente o que está rolando...

─ Não tá rolando nada! ─ ele a interrompeu, fechando o cenho.

─ E eu nasci ontem. ─ Yuna ironizou, o dando um peteleco na orelha. ─ Tá, tá... pode ser que literalmente, ainda nada esteja rolando, mas que tem sentimentos nessa história, ah, mas tem, tem porque meu faro não falha! ─ ela finalizou, toda segura de si.

Noah ficou parado no mesmo lugar enquanto a observava voltar para trás de seu balcão, onde no computador começou a pesquisar por alguns tutoriais divertidos.

─ O que é que foi, garoto? ─ ela se pronunciou, num alto tom. ─ Você tá machucando ele com todo esse fogo no rabo, sabia? Porque em primeiro, você simplesmente se afastou e nem esclareceu o porquê disso! ─ Noah franziu o cenho, confuso.

─ Como você sabe?

─ Seung é meu amigo também, você sabia disso? ─ ela indagou, como se fosse óbvio. ─ E eu não sou idiota, muito menos cega. Você tá evitando ele sim, sua ações diárias deixam isso estampado!

─ E o que é que tem? ─ ele contrapôs, soando totalmente infantil.

─ Tá adiantando em alguma merda, mantê-lo afastado? ─ sabiamente, Yuna indagou, observando-o com os olhos espremidos e sussurrando um ‘touché’ quando não escutou resposta alguma. ─ Pois é Noah, pois é! Presta bem atenção na merda que você está fazendo, hein! Tic-tac, o relógio não para.

─ Eu vou subir. ─ ele resmungou, somente, e a deu as costas, não esperando por uma outra resposta, a qual sabia que logo viria.

Noah subiu os dois lances com rapidez, e chegando na sala, encontrou-a vazia, com sinal algum de Seung, então entrou, suspirando pesadamente enquanto se jogava em sua cadeira nova e macia.

A saleta também havia sofrido algumas mudanças, com uma de suas paredes laterais, uniformemente pintada por uma tinta creme, recoberta totalmente por uma grande estante preenchida por livros de arte e esculturas de variadas esculturas. Enquanto no outro extremo podia ser encontrado um armário bonito, de cor escura, e em sua frente um sofá pequeno, de tonalidade igual à das paredes. A mesa de trabalho continuava sendo a mesma do início, grande e de vidro revestido, agora adornada por uma luminária específica e afins.

Noah, ainda sentado, suspirou com peso, e depois daquelas palavras de sua colega de trabalho, sentiu como se todo o muro que havia construído ao passo que se esforçava para não ter tanto com Seung, começasse a se desintegrar bem em cima de sua cabeça.

Ok! Eu sei que aparentemente seus sentimentos poderiam não ser nada, até porque não se era falado, mas Noah era o tipo de pessoa que tratava logo de guardar para si todo e qualquer afeto, quando percebia seus sentimentos tonarem-se intenso demais.

E havia motivos, pois o Noah, no auge de seus quinze anos de idade, conheceu um interessante rapaz chamado James, e eles se envolveram intensamente, se gostaram, no entanto, Noah o amou.

Com toda a certeza já havia tido com outras moças e outros rapazes, qual é, ele sempre fora um surfista encantador, daquele tipo que arrebatava o coração das pessoas, no entanto, nesse seu curto relacionamento com James, ele amou sozinho, e isso para si fora uma experiência assustadora.

Vejamos bem, James era um rapaz incrível, gostava muito de Noah, e tratava ele como um príncipe, no entanto, Noah o amava, e tratava ele como um rei.

Seu Abraham, que viveu o início e o fim desse relacionamento, gostava do jovem James, o achava uma ótima pessoa, mas alertava muito o seu filho de que não era um amor romântico que o rapaz nutria por ele, mas sim um amor... fraternal, com beijos e toques e contatos mais intensos, mas um amor fraternal.

E quando o relacionamento de quase dois anos chegou ao fim, Noah quase não acreditou, mas sendo inteligente, deixou James partir, e assim, nunca mais o viu.

Doeu, e doeu bastante, apesar de que fosse um rapaz muito inteligente, sábio, ainda assim era pueril naquela época, bobinho até, e chorou por dias seguidos, sendo sempre consolado pelos ombros de seus pais, e os colos também.

Mas ali, revivendo todo o florescer de inativos sentimentos, ele se encontrava nada menos que assustado e receoso, o que era inteligível até, visto que Seung já fora um homem casado, e casado com uma mulher.

Tudo o que Noah tinha, naquele momento, eram as aparentes demonstrações de afeto, muito fortes e intensas, mas Noah não tinha nada concreto, de fato confirmado, e ele precisava, sim! de afirmações.

─ Merda... ─ ele resmungou quando finalmente notou um saquinho de papel e um copo preto de café em sua frente, sobre a mesa, nele havia um bilhetinho pequeno, e Noah logo o pegou para ler, observando com atenção o escrito que dizia:

“De um chefe babão, para o melhor assistente do mundo (e não, eu não estou exagerando). Você é o nosso amuleto de sorte.”

Ps.: Espero que goste, sua tia falou que são bolinhos novos.

─ Não faz assim comigo. ─ ele choramingou, batendo de forma infantil seus pezinhos no chão, enquanto abria a bolsa para guardar o papelzinho azul dentro de seu caderninho especial. ─ Você não pode me tratar bem quando eu estou te evitando, isso é completamente errado! Você tinha que estar me destratando e não me dando cafezinhos com bilhetinhos cheio de palavras fofas que me fazem ficar todo ‘awn’. ─ ele completou, amassando de forma emburrada a bolsa contra seu colo.

Tomou o café com o humor não sendo um dos melhores, releu o papelzinho com a cara fechada; executou suas tarefas e foi embora irritado. Passou o dia inteiro assim, até mesmo em sua casa, porque para Noah, Seung estava fazendo todo o seu propósito ir por água abaixo.

Noah não queria sentir o que sentia, não queria ter o seu coração acelerado quando observava as encaradas intensas que seu chefe lhe dava em situações tão comuns.

Não, não, não!

Não queria de forma alguma sentir a fisgada em sua virilha quando Seung simplesmente tirava o paletó e parava de frente para ele com aquelas mãos, lindamente cuidadas, apoiadas na cintura. Deus! Era uma ato simples, mas que o tirava a sanidade.

Todavia, todos nós sabemos que o destino é uma vadia.

Se Noah já se sentia afetado com meras demonstrações de carinho, ah! Ele mal podia imaginar o que lhe esperava naquele dia da exposição.


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Notas finais do capítulo

Dúvidas, deixem nos comentários.

beijinhos e até o próximo ♥



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