Fuga em nome do amor escrita por Denise Reis


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, mas não pude postar antes.



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Foi um sucesso a anulação do casamento de Nick Durand e Emily Durand e muito mais rápido do que previram, pois, as justificativas da dissolução estavam muito claras no processo, principalmente por conta de todos os documentos anexos relativos ao sequestro de Katherine Houghton Beckett Rodgers Castle, provando, assim, que ela tivera motivos robustos para desaparecer de Nova York, criar uma nova identidade e se proteger em uma nova família.

Kate e Castle também não tiveram nenhuma dificuldade para a Juíza conceder a guarda definitiva do filho do casal, oportunidade em que determinou a imediata retificação do registro de nascimento do garoto, fazendo constar o nome correto da mãe, do pai e alterando o sobrenome do menor, cuja grafia completa passou a ser Flynn Alexander Houghton Beckett Rodgers Castle. Vale ressaltar que fora juntado aos autos do processo a declaração onde Nick Durand isentava Kate de qualquer crime com relação a ele, visto que ela não utilizara o novo nome para fazer o mal a ninguém, muito menos a ele e, por fim, reconhecia Kate e Castle como pais biológicos do Flynn, fato que foi legitimado com o exame de DNA que comprovou que Kate e Castle eram realmente os pais biológicos do menino.

Considerando-se ainda que foi comprovada a ausência de má fé na criação de uma nova identidade, Kate também não foi incriminada por ter tomado posse como Agente Especial do FBI com a identificação falsa, mesmo porque durante o tempo de exercício da função, nunca pôs o nome da instituição em perigo.

Com todos os processos finalizados e sem mais nenhuma pendência com a justiça, a família estava apta para parir a fim de morar definitivamente em Nova York, visto que o Flynn se encontrava completamente adaptado.

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A despedida dos casais Alice & Nick Durand e Kate & Richard Castle foi emocionante haja vista que desde o início houve muita empatia entre eles, então combinaram de se reverem sempre que possível, tanto em Boston quanto em Nova York e prometeram que se falariam por telefone e também por vídeo conferência, inclusive para Flynn poder ver seus pais de coração.

Alice e Nick fizeram um esforço tremendo para não chorarem no momento da despedida, uma vez que não queriam que o Flynn sofresse, pois, por mais que a criança já estivesse adaptada à nova família, o Nick foi o seu pai por dois anos e Alice, uma mãe amorosa por quase seis meses, no entanto o amor que os unia era infinito, mas mesmo assim não houve lágrimas e sim, muitos abraços, beijos e brincadeiras para justamente espantar a tristeza.

A ausência de lágrimas não significa que os corações dos adultos estivessem firmes, pois a emoção era incalculável.

Castle e Beckett souberam lidar com a viagem de uma forma bem leve e por isso Flynn não sofreu quando se despediu de Alice e Nick.

Durante a viagem, Flynn foi posto completamente em segurança em uma cadeirinha específica para bebês de dois anos e Kate, também com cinto de segurança, foi ao lado dele e a curta viagem foi muito agradável, pois conversavam e cantavam o tampo todo, fazendo do trajeto algo divertido, no entanto é muito natural que toda criança fique ansiosa para o final da viagem.

— Já estamos chegando, papai?

— Daqui a pouco, filho.

— Eu quero ver logo a vovó Martha, papai.

— A vovó Martha também está querendo ver você, meu amor.

— E a Alexis, papai, ela também está me esperando?

— Sim, meu amor. Ela está te esperando.

— Ela é minha “rimazinha”, né?

— Ela é sua “irmãzinha”, filho. – Kate o corrigiu.

— Foi isso mesmo que eu falei, mamãe, “rimãzinha”... – sem perceber, ele persistiu no erro, mas Kate deixou para lá, pois ele era muito pequenininho e depois aprenderia a falar corretamente.

— A Alexis é sua irmãzinha e ela te ama muito. – Kate explicou.

— E o vovô Jim, mamãe? Eu vou ver o vovô Jim também?

— Ah, você também quer ver o vovô Jim hoje? – Aquela pergunta pegou Kate desprevenida.

— Sim, mamãe. Eu quero ver o vovô Jim hoje.

— Eu não sei se o vovô Jim está em Nova York... – Na verdade, ela não falara para seu pai sobre ir ao loft porque não queria que a recepção ao filho tivesse muitas pessoas para não assustar o garotinho. Contudo, já que o próprio guri pedira, ela falaria para o Castle telefonar para o pai. – Amor, aciona aí o telefone pelo bluetooth do carro a fim de ligar para o meu pai. – Kate fez a solicitação ao marido.

Com tranquilidade e sem perigo de prejudicar a direção do veículo, Castle acionou o telefone via bluetooth do carro e Jim atendeu à chamada após três toques já sabendo quem ligava para ele era o genro.

— Alô, Castle!

Como estavam no viva-voz, todos no carro ouviram a voz do Jim.

— Oi, vovô! Eu quero ver o senhor. – Flynn falou logo sem nenhuma timidez, igual ao pai.

— Olá, garotão do vovô! Que alegria! Quer dizer que você quer ver o vovô, é?

— É, vovô. O senhor vai para a minha casa nova?

— Oi, pai. – Kate entrou na conversa – O Flynn disse que quer ver o senhor.

— Oh, que maravilha! – Jim comemorou – Estarei lá, garotão! O vovô está morrendo de vontade de te dar um abraço apertado e de dar um monte de beijo.

— E depois a gente vai para o seu chalé, vovô?

Todos riram da pergunta.

— Huummm!!! Já vi que você é igual ao seu pai e a sua mãe. Você tem uma excelente memória e lembrou que eu te falei que eu tenho um chalé no campo. – Jim, não escondia que estava todo orgulhoso da sapiência do netinho.

— Pai, então nos vemos lá no loft, ok? – Kate confirmou a presença do pai.

— Sim. Vocês chegam em quanto tempo, filha?

— Acho que chegaremos em duas horas, não é, Castle? – Kate consultou o marido, mas ele próprio respondeu ao sogro.

— Sim, Jim, chegaremos às onze horas da manhã.

— Ah, entendi. Então, eu estarei lá e ficarei com Martha e Alexis aguardando o menino mais esperto do mundo chegar.

Flynn riu porque sabia que o avô estava falando dele.

— Vovô, o menino mais esperto do mundo sou eu, né? – Ele riu todo feliz com o elogio – Eu vou chegar, vovô. Tchau!

A ligação foi desfeita e logo Flynn pegou no sono e Kate só o acordou assim que o marido estacionou na garagem do prédio. Ela queria que ele já estivesse espertinho quando conhecesse pessoalmente os avós e a irmã.

— Hey, meu amor, chegamos!

O menininho abriu os olhinhos e olhou de um lado para o outro estranhando o ambiente – Cadê o vovô e a vovó, eihm, mamãe? E a Alexis? – Ele perguntou com voz de sono e ainda sonolento, coçando levemente os olhinhos, finalizando com um longo bocejo, esticando os bracinhos.

— Oh, meu amor, daqui a pouco a gente vê o seu vovô, a sua vovó e a sua irmãzinha. Ainda estamos na garagem. – Em Boston o garoto morava em uma casa térrea e o carro ficava na frente da casa, então ele não sabia o que era uma garagem de edifício residencial.

Kate saiu do carro e viu que Castle se dirigira ao bagageiro do carro a fim de pegar as malas. Ela chegou ao lado dele e o abraçou – Hey, amor, que tal subirmos sem as malas, eihm? Mais tarde você vem pegá-las – Kate sugeriu e piscou para o marido de forma carinhosa, mas ele a sentiu trêmula.

— Hey, tudo bem com você, amor? – Ele a abraçou apertado demonstrando todo amor e carinho que sentia pela esposa – Aqui é a sua casa. Sempre será sua casa. Eu tenho certeza que está sendo emocionante para você...

Segurando as lágrimas, ela sussurrou com voz embargada – O dia em que eu fui embora de madrugada, depois de termos feito amor, foi um dos dias mais difíceis de minha vida, Rick. Por mais que eu tivesse certeza do perigo que corríamos, eu queria porque queria ficar com você. Eu não queria perder você. Eu não queria me separar de você. Acho que nunca chorei tanto quanto naquele dia. Eu peguei o taxi chorando muito e o motorista até ficou preocupado. Depois chorei durante toda a viagem de ônibus até chegar em Boston.

— Oh, meu Deus! Você não me contou isso lá no hotel, amor. – Ele comentou ainda abraçados.

— Eu não queria me lembrar de coisas ruins. Eu só queria aproveitar seu amor, seu carinho e sua força para esquecer os momentos do cativeiro e graças a Deus, você me ajudou. Seu amor me salvou. Aliás, desde que nos conhecemos, seu amor sempre me salva. Eu te amo, Rick! Eu te amo muito, muito, muito, muito.

— Eu também te amo, Sra. Castle, muito, muito, muito e hoje estamos aqui retornando para a nossa casa com o nosso pequeno tesouro. – Castle direcionou o olhar para onde Flynn estava sentado.

Apertando-a mais no abraço, Castle deu um selinho na esposa.

Kate passou os braços pelo pescoço do marido e devolveu-lhe o selinho e ambos transformaram um selinho em um beijo apaixonado.

— Mamãe! Papai! Mamãe! Papai!

— Ops! – Kate interrompeu o beijo, sorridente, ao ouvir o chamado do filho deles – Nosso “pequeno tesouro” nos chama.

Ela se afastou do marido e foi tirar o filho da cadeirinha específica para bebês. Ela desafivelou o cinto de segurança do garotinho e o carregou.

Durante o tempo em que Kate ficou no hotel em Boston, ela tomou todas as vitaminas e medicamentos prescritos, inclusive para dores no corpo, além de alimentação perfeita e balanceada que fizeram com que ela recuperasse as forças e sua forma física, mesmo assim ela evitava carregar o filho por muito tempo, principalmente naquele momento em que ela estava bastante fragilizada por conta da grande emoção em retornar para sua casa depois de três longos anos.

Castle travou o carro e com um simples olhar para a esposa entendeu o que ela não tinha condições de continuar carregando o filho – Hey, garotão, venha para o colo do papai. Ou melhor, que tal você chegar andando, eihm?

— Não, papai, por favor! Eu quero que você me carregue. – Castle e Kate perceberam, que por mais preparado que o garoto estivesse, os olhinhos dele estavam um pouco assustados, então, o melhor seria não forçar a barra. Portanto, Castle o carregou.

Assim que entraram no elevador, com o objetivo de distraí-lo, Kate brincou um pouquinho com o filho, falando umas coisas engraçadas que o fez rir e o Castle fez a mesma coisa. Mesmo assim, Kate pôs a mão no peito do filho e o coraçãozinho dele estava acelerado, com certeza de tensão por conhecer pessoas novas. O coração dela não estava diferente, estava ansiosa por rever as mesmas pessoas, a mesma casa onde morou e fora tão feliz e que, com certeza, continuaria ser.

Quando pararam na porta do loft, o coração de Kate parecia que ia saltar pela boca. Muitas lembranças.

Mesmo com o filho no colo do Castle, ela ficou na ponta dos pés e deu um selinho no marido, impedindo-o de abrir a porta com a chave.

Sentindo a necessidade de um beijo e de um abraço do marido, ela pediu – Me abraça, amor, com força.

Ainda que estivesse carregando o Flynn, Castle a apertou forte em um abraço que dizia muitas coisas maravilhosas, principalmente força, coragem, obstinação, amor e proteção. Castle deu um selinho em Kate e alguns segundos depois, para surpresa do casal, a porta do loft se abriu.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Lembrem-se que esta é uma obra de ficção de Universo Alternativo, portanto, os processos judiciais aqui não andam, eles voam de avião supersônicos e, como se não bastasse, os resultados sempre são em favor dos nossos maravilhosos personagens, claro né,... mesmo que eles tenham feito algo errado, como foi o caso da Kate que criou uma nova identidade não só para viver em outro estado, mas também para casar, registar filho e até tomar posse no FBI com ela... Socorro!!! É, né, mas aqui é uma fic... onde os fins justificamos meios... Só Jesus para nos explicar como o FBI admitiu a Emily Byrne, sem pesquisar seus antecedentes... rsrs
Vamos nos prender apenas na história de amor... ❤❤❤


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