14 de fevereiro escrita por Kamereon


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

EU VOLTEEEEEI ~
Faz teeeeeeempo que não posto nada. Nossa, faz séculos. A faculdade e o trabalho não deixam. Mas eu não vivo sem vcs, fazer o que? Uma hora eu tinha que voltar ♥

Espero que gostem da minha historinha. To voltando a pegar o jeito de escrever fanfic, pq ultimamente só sei escrever dissertações, heh.

Boa leitura, queridxs.



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Estava frio, e como estava.

Era fevereiro, logo o inverno acabaria. Mas ainda assim fazia frio. Andando por Konoha, eu gostava de baforar o ar quente que saía da minha boca e ver a condensação acontecendo.

Aquela fumacinha, sabe?

 

Bem, eu jurava que era um dia comum. Eu não teria treino e, pelo menos que eu soubesse, não haveria nenhuma missão. Havia pouco tempo que eu fizera 14 anos. Não posso dizer que era um grande ninja cheio de responsabilidades, mas também não era mais um genin correndo atrás de gatos e escoltando madames às compras. Com isso, as missões ficavam gradualmente mais pesadas e dias de folga eram realmente sagrados.

 

Apesar do frio a vila ainda estava animada. Eu não entendia o motivo de ver decorações em vermelho e cor de rosa nas lojas. Algumas se enfeitavam com corações e com letras formando a palavra “amor”, ou algo assim. Estranho, muito estranho… Vendo a abundância da cor vermelha, eu pensei de primeira no natal. Mas não fazia sentido, o natal havia acontecido há cerca de 2 meses antes. Via garotas em grupo andando com sacolinhas enfeitadas nas mãos. Que diabos…

— Inojin kun? - Uma delas se aproximou.

— Ah… Sim? - Respondi, um tanto confuso. Conhecia o rosto dela mas sinceramente não lembrava do seu nome.

— Por favor, aceite! - Ela disse, estendendo uma sacolinha vermelha. Reparei que seu rosto estava quase tão vermelho quanto a sacola. - Eu mesma quem fiz.

— O que é isso? - Perguntei.

— São chocolates… Você não gosta? - Ela respondeu. Parecia desapontada.

— Oh não, eu gosto, gosto muito. Bem… Obrigado. - Agradeci e continuei minha caminhada. Ouvi gritinhos de felicidade do grupo de meninas ao qual aquela que me presenteou pertencia. Continuei pensando que aquilo era muito estranho, nem era meu aniversário! Por que as pessoas resolveram me dar presentes? Ainda mais se tratando de alguém com quem não convivo muito; a garota devia ter estudado comigo na academia, supus. Virando a esquina, vi outra garota presenteando um menino. E foi aí que a ficha caiu.

 

Era dia dos namorados. Minha nossa! Eu havia aceitado um presente de dia dos namorados! Como pude ser tão idiota? Era bem verdade que eu nem me lembrava que aquele dia era dia 14 de fevereiro. Achei que era só um dia qualquer, qualquer outro número que não fosse o 14. Agora um mal entendido estava feito, eu deveria procurar a garota e explicar o que aconteceu?

Talvez não. Talvez eu só devesse comer os chocolates e torcer para não encontrá-la tão cedo por aí. Claro. “Não sofra por antecipação”, meus pais me ensinaram. Ah, que constrangedor…

 

—--x---

 

Encontrei Boruto e Shikadai, fomos comer um lanche juntos e jogar um pouco; coisa de homem. Nada de “dia dos namorados” ou similares iria atrapalhar nossa diversão. A não ser por um pequeno detalhe.

— Ei, Shikadai. - Sussurrei. - Por que o Boruto está assim hoje?

Ele estava ranzinza, bicudo. Não podia ver um casalzinho passando que começava a bufar.

— Ainda não consegui fazê-lo falar. - Shikadai respondeu.

— Talvez ele esteja esperando Sarada vir lhe dar uns chocolates e esteja irritado por ela não ter aparecido ainda. - Falei. Eu e Shikadai demos uma risadinha irônica enquanto Boruto continuava com a cara amarrada.

— Eu estou ouvindo tudo o que vocês estão dizendo mas nem vou me dar ao trabalho de implicar com vocês. Já estou indignado o suficiente. Tsc.

Brincamos mais um pouco, rimos, jogamos. Boruto parecia um pouco mais leve, porém ainda não era o mesmo de antes. Quem sabe o que poderia ter acontecido?

— Sério, cara. Você pode nos contar. É algo grave? - Perguntei.

— Sim. Pra mim é grave, muito grave. Escutem só uma coisa, Inojin, Shikadai: homens não prestam. Não prestam, entenderam! É absurdo como a nossa raça gosta de seduzir mocinhas inocentes, isso é absurdo, eu não posso concordar com isso.

— Olha, realmente não estamos entendendo do que você está falando. Vamos, seja mais claro. - Shikadai pediu. - Há algo em que possamos… ajudar?

— Só se descobrissem pra quem minha irmã estava fazendo chocolates ontem a noite. E matassem o cara. Isso ajudaria bastante. - Ele dizia enquanto esmagava o copo de refrigerante vazio. - Eu juro pra vocês que mato quando descobrir quem é, eu juro!

Ah… Então era isso. Himawari estava fazendo chocolates para dar a alguém no dia dos namorados e Boruto estava com ciúmes da irmã. Era ridículo, quantos anos ela tinha? Uns… 10?

— Ela só tem 12 anos! Acham que isso é idade pra namorar?! Ou pra se interessar por alguém?! Ela devia estar brincando de bonecas, é isso.

— 12? Achei que era mais nova. De todo jeito, Boruto, não exagere. Ela só deve estar a fim de alguém, é coisa de menina. Não é algo sério, tenho certeza. - Comentei, tentando fazê-lo se acalmar.

 

Não demoramos muito na rua, afinal, estava realmente frio. O tempo estava particularmente nublado e frio naquele dia. As árvores estavam nuas, as nuvens, cinzas. Era um dia feio pra um “dia dos namorados”. Ah, que bobagem…

 

—--x---

 

A floricultura da minha família estava cheia; por esse motivo estendemos um pouco o expediente naquele dia. Era natural uma floricultura ter movimento no dia dos namorados, afinal. Para ajudar minha mãe, fiquei no balcão por algum tempo. Faltavam apenas alguns minutos para fecharmos as portas quando alguém chegou. Eu estava distraído rabiscando em um pedaço de papel, por isso nem notei quem era.

— Já estamos próximos de fechar. - Falei, e só depois ergui o olhar.

Era Himawari. Sorria de um jeitinho diferente, aparentava certa ansiedade. Eu não tinha notado como era estava crescendo. Parecia que havia passado pouco tempo desde que ela era uma criança. Uma criança, aliás, com quem “reaprendi” a desenhar. Tão bonitinha.

Agora estava crescendo, estava… bonita. Uma moça bonita; cheguei a pensar que em mais alguns anos Boruto - realmente - teria que se preocupar com a beleza de sua irmã. Não tinha dúvidas de que futuramente vários rapazes poderiam se interessar pela Uzumaki.

— Ah, Himawari chan, como vai? - Perguntei.

— Bem… Eu vou bem. - Ela respondeu, ainda sem deixar o ar ansioso e gracioso que tinha.

— Ótimo, você pode escolher o que vai levar e depois eu fecho a loja, sem problemas e… - Fui falando enquanto voltava a olhar compenetradamente para o meu pedaço de papel rabiscado. Congelei quando ela me roubou um beijo no rosto.

— Feliz dia dos namorados, Inojin kun. - Ela falou, colocou uma simples caixinha com um laço no balcão e saiu correndo, muito corada. Eu não sei se ela fez isso tudo muito rápido ou eu que fiquei boquiaberto por muito tempo e não vi o tempo passar.

Os chocolates eram para mim?! Por que eu não queria devolvê-los? Por que eu me sentia espantado e feliz ao mesmo tempo? Abrindo a caixinha, vi que ali estavam os chocolates e um belo desenho de um girassol, muito bem feito. Foi a primeira vez que me senti tão aquecido mesmo que estivéssemos em pleno inverno. E pensando bem, foi o dia nublado mais colorido que eu já tive até aquele momento. A princípio eu não entendi nada. Mas algo em mim sabia; dentro de mim eu havia entendido tudo - e tinha gostado.

.

.

.

Ah, sim, é verdade. Em breve eu seria assassinado pelo Boruto.

 


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Notas finais do capítulo

Eu amo esse casal ♥ Aguardem mais dele e de Borusara. Gostaram? Comenta aí, vai!



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