Descendants 2 - In Reverse escrita por Meewy Wu


Capítulo 2
I - Qual meu nome?




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Holly e Georgina estavam sentadas atrás do balcão do Úrsula’s Fish and Chips passando entre os dois únicos canais disponíveis, totalmente entediadas.

—Espere! – Gritou Holly de repente – Aquele ali não é o...

—Ethan? – a filha do Gaston franziu a testa – Está bonito. Não tanto quanto Uno, é claro.

“O mais cobiçado estilista de Auradon tem apenas dezesseis anos, e cursa em Auradon Prep seu segundo ano” Branca de Neve falou sorridente “E o nosso casal real segue seu passeio pelo reinado...”.

—O que estão vendo? – Da cozinha, Uno saiu com a porta balançando atrás dele, e jogando uma bandeja de petiscos sobre a mesa, deixando que ela deslizasse até entre as duas meninas, enquanto sentava-se ao lado de Georgina.

—Maison está na televisão – Holly falou, pegando um camarão e erguendo no ar – De novo...

—Desliguem isso – ele grunhiu – Desliguem agora!

Mais do que depressa, Georgina desligou, tentando segurar o controle em uma das mãos até que ele por fim caísse no chão.

—Tudo bem, podemos parar com o drama? – Holly mordeu metade do seu camarão, e pegou seu gancho de cima da mesa – Maison está lá, naquele mundinho colorido com uma princesa idiota. Quem se importa? Temos tudo que era deles, temos toda a Ilha para nós!

—RESTOS – Uno gritou – Aquele bruxo arrogante, tomou tudo que queria e nos deixou aqui com restos!

—Nos deixou com nada! – falou Georgina com a boca cheia.

—É claro que você concorda com ele... – Murmurou Holly, se levantando e levando seu gancho.

—A onde você pensa que vai? – perguntou Uno, a encarando enquanto pulava o balcão.

—Eu tenho mais o que fazer...

—Por que está tão incomodada? – ele perguntou cinicamente – Até me faz pensar que você ainda se importa com aquele...

—Não sou eu, quem está obcecada por Maison – ela revirou – Por que tanta obsessão Uno?

—Ele nos ridicularizou! Nos deixou para trás, como se não fossemos nada!

—Decidiu quem não era grande o bastante ou mal o bastante para entrar no grupo dele! – alegou Georgina, fazendo os dois olharem para ela. - Quando éramos crianças? Ah, vamos, vocês lembram... Ela disse que Uno cheirava camarão e o apelido pegou!

—CALE A BOCA GEORGIE! – gritou ele, jogando a bandeja nela com um esbarrão.

—Você pode se acalmar? – Holly deu um passo para frente, erguendo seu gancho – Está passando dos limites, Uno!

—Vocês duas... – ele apontou de uma para outra – São tão irritantes quanto Maison, ou qualquer um daqueles outros!

—Ah, por favor... Todos sabem que o motivo de toda essa rixa justo agora tem nome, e é...

—Não ouse! – avisou ele, a encarando – Vocês duas, perderam a noção de como as coisas funcionam aqui? Acham que podem passar por cima de mim? ESQUECERAM-SE DE QUEM DÁ AS ORDENS?

—Não, claro que não – Georgie gaguejou – É você! Não é?

—Qual o meu nome?

—Nós não precisamos... – Holly começou.

—QUAL O MEU NOME? – ele exigiu, pulando sobre o balcão e colocando a espada na garganta da filha do gancho.

—Uno.

This is all hands on deck Todas as mãos no convés

Calling out to lost boys and girls! Chamando todos os meninos e meninas perdidos

I'm gettin' tired of the disrespect Estou ficando cansado desse desrespeito

We won't stop 'til we rule the world! Nós não pararemos até nós governemos o mundo!

 

It's out time, we up next! (next) É o nosso tempo, vamos ser os próximos! (próximo)

Our sail's about to be set (set) Nossa vela está prestes a ser içada (içada)

They ain't seen nothing yet! Ainda não viram nada!

Tell 'em who's in charge so they don't forget Diga a eles quem está no comando para que eles não se esqueçam

 

What's my name? What's my name? (Uno) Qual é o meu nome? Qual é o meu nome? (Uno)

Say it louder! Fale mais alto!

What's my name? What's my name? (Uno) Qual é o meu nome? Qual é o meu nome? (Uno)

Feel the power! Sinta o poder!

 

 

No one's gonna stop us Ninguém vai nós parar

Soon the world will be ours Até o mundo ser nosso!

 

What's my name? What's my name? Qual é o meu nome? Qual é o meu nome?

What's it? What's it? Qual é? Qual é?

Say it loud! Fale mais alto!

...

— O que está fazendo? – Perguntou Ethan, abraçando Dany pelas costas enquanto ela passava fotos sentadas nos bancos de piquenique de Auradon Prep.

—John foi contratado por uma imobiliária para tirar algumas fotos para o site deles – ela falou, animada – Estão muitos boas.

—Olha esse castelo! – falou ele, surpreso – Como alguém pode vender um castelo desses?

—Bem, se alguém pode vender, alguém pode comprar – ela entregou o tablet para ele – Se seguir costurando como está, vai poder comprar seu castelo antes mesmo se formar. E sem precisar de uma princesa para isso... A não ser que você queira uma.

—Eu não preciso de nenhuma princesa – ele sentou ao lado dela – Eu tenho você.

—Chocolates? – ela estendeu uma latinha para ele – Uma das garotas do time me deu por passar em Estudo de Fadas. Ela gabaritou a prova!

—Ela tem uma boa professora – ele a empurrou com o ombro – E muito bem vestida!

Ela revirou os olhos, corando e pegando um chocolate da latinha. Ele riu, e pegou os óculos dela de cima da mesa – Por que ainda usa isso?

—Eu gosto deles – ela deu os ombros, pegando o celular e olhando a hora – As meninas devem estar saindo do treino agora, eu prometi que ajudaria elas com a prova de Cálculo Encantado. Quer estudar com a gente?

—Não, eu tenho que acabar o vestido da Jullie logo, ou ela quebra meu braço – ele deu um beijo na testa dela – Nos vemos no jantar.

...

—Achei que só íamos ter um piquenique – falou Boa, vendo a mesa que Maison colocara para eles – Isso está até parecendo...

—Sim? – ele perguntou, erguendo uma sobrancelha.

—O banquete dos meus pais... – ela ergueu uma sobrancelha em resposta, antes de sorrir – Está lindo. E cheira muito bem. – os olhos dela se iluminaram ao pousar numa pequena travessa na mesa – Uh, cupcakes! Depois do dia de hoje eu realmente preciso de açúcar.

—Por quê? – Maison perguntou, inquieto, sem conseguir parar de mexer as mãos – Aconteceu algo?

—Estávamos na biblioteca, Dany e eu quando de repente quem entra pela porta? A Cindy! – exclamou Boa, mordendo o bolinho – Estava horrível, desesperada. Pedi que Dany a levasse para a fada madrinha, mas imagino que vá ter que falar com ela depois...

—Achei que ela tivesse se adaptando bem a Ilha – comentou Maison, de repente muito mais interessado.

—Também pensei isso, mas algo deve ter acontecido – ela olhou para ele – Você sabe o que?

—Tenho algumas ideias...

—E? – ela insistiu.

—Não é nada com que você deva se preocupar – ele garantiu – Problemas da Ilha.

—É parte do meu reino também, Maison! – ela exclamou – Eu tenho direito de saber o que está acontecendo!

—Você tem é que limpar sua boca – ele riu – Está coberta de chantilly. Onde está aquela cesta?

—Aqui, deixa que eu pego... – ela enfiou a mão na cesta, mas junto com os guardanapos encontrou outra coisa – Maison... O que é isso?

—Eu posso mentir pra você, ou você pode ver por si mesma – ele deu os ombros.

Boa olhou para a capa do livro, ela sabia o que era, claro, mas temia o que ia encontrar ali dentro – Encanto de fluência em Árabe. Encanto de postura. Encanto de leitura rápida... E seus professores me dizendo que estavam orgulhosos de você... Encanto de... Encanto de comida?

—Boa, eu posso...

—Pode explicar – ela completou, olhando para o livro – Não me importo... – ela engoliu em seco, com dificuldade de continuar – Não me importo que use magia pra coisas idiotas. Não me importo, de verdade. Mas pra mim? Eu nunca te pedi um banquete Maison, eu só te pedi algum tempo... Não precisava mentir pra mim!

—Não? – ele ergueu uma sobrancelha, se levantando – Boa, olhe para você... É uma princesa! Não é como se qualquer coisa pudesse te surpreender!

—Pare de me tratar como criança! – ela rugiu, furiosa, o fazendo recuar – Você me esconde o que acontece no meu reino! Me esconde esse maldito livro! Mente pra mim! Você ao menos se deu ao trabalho de tentar fazer algo?

—Eu...

—Encanto de leitura rápida – ela repetiu – Eu não entendo, Maison... Você adora estudar. Ou isso era mentira desde o início. Sempre foi trapaça?

—Não... Não! – ele exclamou – Não sou um mentiroso Boa, mas está sendo tudo muito difícil pra mim! Com todos os jantares, e festas, e entrevistas e...

—Nunca pedi que fizesse nenhuma dessas coisas! – ela afirmou – Nunca precisei que fizesse nada disso!

—Você não... Mas o seu povo espera, Boa! – ele exclamou – Eles mal acreditam em você desde a coroação... Que não aconteceu! Não vou ser o motivo pelo qual eles vão passar a odiá-la!

—Eu não me importo com o que...

—Mas eu me importo! – ele afirmou – Boa, todos esperam que a gente se case!

—Eu não me importo pro que todos esperam. Eu só precisava que você confiasse em mim! — ela arfou – Eu vou embora...

—Boa! – ele gritou, mas ela já havia saído. Ele desfez o feitiço, e estava prestes a ir embora quando ela voltou.

—Onde está o anel? – ela perguntou, olhando para a mão dele. – Meu pai disse que precisa mandar poli-lo antes da festa.

—Eu...

—Você não perdeu o anel do meu pai, não é? – ela perguntou, e depois olhou para a mesa, onde haviam apenas pacotes de biscoitos e um pote de sorvete – Isso era o bastante pra mim...

Dessa vez, ela saiu silenciosamente. E isso foi infinitamente pior.

...

Laurent olhou enquanto Carly cruzava o jardim até os armários. Não, não só ele, como todos os alunos de Auradon Prep. Haviam passado seis meses, e mesmo assim ela quase não mudará em nada.

Ainda era um grande choque ver aquele furacão branco, vermelho e preto andando pela escola com Lady logo atrás dela.

—Não te incomoda que todos fiquem te encarando? – ele perguntou, assim que ela chegou perto o bastante para poder ouvi-lo.

—Vamos jantar com seus pais – falou ela, passando reto por ele e abrindo seu armário, esperando pela reação que veio logo em seguida.

—Eu... Nós... Você... Está falando sério? – ele perguntou, com um sorriso de orelha a orelha – Você está falando sério. Tudo bem, vou ligar para a minha mãe... Amanhã à noite?

—Pra mim está ótimo – ela riu, se virando para olhar para ele. Estava mais perto do que ela previra, e parecia que seguiam se aproximando, até que Lady pulou em seu colo, o assustando.

—Menina má! – ela falou, soltando a cachorrinha no chão e sorrindo – Desculpe.

—Está tudo bem – ele beijou a bochecha dela – Eu tenho que ir pra aula. Nos vemos depois.

...

—Muito bem meninas, por hoje é tudo! – falou Dany, enquanto todas se levantavam da mesa da biblioteca – Do jeito que estão todas irão se sair muito bem na prova.

Rindo, todas as líderes de torcida seguiram para fora da biblioteca, seguidas por Dany, que recebia seus agradecimento e elogios – Tudo bem, tudo bem – a filha do Dunga, corada, cessou a conversa – Todas vocês deveriam ir tomar banho antes do jantar. Estão cheirando a suor e poeira.

Assim que todas sumiram por um lado do corredor, outra figura saiu do lado contrário – Então, é verdade. Você tomou mesmo meu lugar.

—Pode pegar de volta se quiser – Dany deu os ombros – Se alguém ainda quiser você, quero dizer.

—Ah Daniele, ser cruel não combina com você – Cindy suspirou – Entendo que me odeie.

—Não odeio você – ela cedeu, olhando para a loira que mesmo depois de tomar banho e trocar de roupas ainda parecia tão acaba quanto quando a levou a sala da fada madrinha – O que está fazendo aqui?

—Estou perdida – ela mordeu o lábio – Boa pediu que eu a encontrasse antes do jantar no Salão sete, mas acabei no cinco e depois no oito.

—Vamos, eu levo você – falou Dany, arrumando seus livros no braço – Sente-se melhor, Cindy? Você parecia um pouco... Perturbada, mais cedo.

—Também estaria perturbada no meu lugar – grunhiu a loira, e depois deu um suspiro derrotado – Desculpe, estou sendo rude. É muito nobre da sua parte estar sendo gentil comigo depois de todas as coisas horríveis que fiz pra você!

 -Vamos não falar nisso, certo? – pediu Dany – Se quiser voltar para o time de torcida, posso falar com as meninas...

—Não, não quero – a voz de Cindy ficou instantaneamente firme – Líder de torcida, fofocas de meninas... Isso é passado. Tem muito mais esperando por mim.

Antes que Dany pudesse se arrepender de entrar em um longo discurso sobre os planos de vida da princesa Charming, elas chegaram à porta do Salão Sete e ela pode se despedir de Cindy – Bem, Boa deve estar esperando você. Eu vou me lavar antes do jantar, então tenham uma boa conversa.

Cindy ainda estava sendo toda simpática e agradecida, quando Dany virou o corredor deixando ela para trás.


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