Quando Andrômeda viu o rosto de seu neto na estação 9 3/4, seu coração parou e o tempo pareceu congelar.

Teddy tinha uma cicatriz que aparecia no maxilar esquerdo, cortando em direção ao centro do rosto, mas parando na metade da bochecha. Ela sentiu vontade de chorar e gritar e amaldiçoar o mundo, porque ele não merecia aquilo, e por um momento o rosto cansado e machucado de Remus depois da lua cheia cruzou sua mente.

Andrômeda não sabia exatamente o que fazer e sua memória voltou em todas as cartas trocadas, cada vez que o neto sorriu ou chorou e porra, ela não conseguia respirar, porque o medo de que Edward tivesse manifestado a licantropia era como uma mão negra apertando sua garganta e a sufocando lentamente, uma pressão no peito que ela não sabia como ia se livrar.

E tudo isso aconteceu em apenas um segundo, porque quando o garoto correu pela plataforma para abraça-la o sorriso tomou seu rosto, disfarçando a preocupação. Se sentiu tola por esquecer por um momento que Minerva havia mencionado que o rapaz se machucara durante a prática de quadribol.

Mesmo assim, quando aparatou para casa, seu coração estava na barriga. Pela primeira vez desde o nascimento de Edward ela havia tomado consciência de que não era só o sangue de sua família que corria nas veias dele, e isso era mais assustador que qualquer guerra que ela já tivesse enfrentado.