A Difícil Arte de Amar escrita por Isabelle


Capítulo 3
A Difícil Arte de se Esconder




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Capítulo 3 –

                   A Difícil Arte de se Esconder

Depois de todas aquelas informações sobre sua vida, Nina colocou-se ao lado de Nick, abraçada ao álbum, era no momento seu bem mais precioso. Ela iria precisar de muito tempo para processar essa vida nova. Não entendia no momento, o que tudo aquilo significava, não tinha noção de todas as mudanças pelas quais passaria. Mas, ela sentia que tudo estava diferente.

Agora a garota olhava pela janela, a cortina fina deixava à luz do beco iluminar um pouco o quarto, uma luz amarelada e triste. Ela não sabia como se sentia no momento. Ela queria mesmo acordar daquele pesadelo. Ao seu lado Nick dormia calmamente, nem parecia aquele garotinho assustado de horas antes.

Não soube quanto tempo ficou ali olhando para a janela, perdida em seus pensamentos. A luz amarelada da parca iluminação do beco agora era substituída pelos primeiros raios de sol. Abriu o álbum novamente, na verdade ela queria que tudo aquilo não passasse de um sonho, mas estava tudo ali. Sua vida, sua nova vida.

Thompson entrou no quarto e observou que a garota não havia dormido. Esboçou um leve sorriso. Ele sabia que seria muito difícil para a garota encarar a sua nova vida. Ele se aproximou com algumas peças de roupas que conseguiu arrumar com um amigo. Não havia conseguido contato com o Ministério, deixou vários recados, então decidiu que levaria ambos para uma cabana no meio da floresta.

— Vista-se e acorde o garoto, não temos muito tempo. O café está servido na cozinha, faça-o comer, temos um longo caminho pela frente. – O homem estava sério seu rosto demonstrava preocupação.

Nina fez o que Thompson pediu o mais rápido possível. Foi muito difícil acordar Nick, levou o garoto até o banheiro e o colocou debaixo do chuveiro, um banho gostoso na certa o acordaria.  Fazê-lo comer foi outro suplício, Nina respirava fundo e fazia uma nota mental para ler algo sobre paciência com garotinhos de cinco anos, no futuro, se eles tivessem um.

Por fim saíram. Nina percebeu que Thompson estava impaciente.

Andaram de carro até uma entrada na rodovia. Dali eles seguiriam a pé pela floresta. O caminho era um pouco difícil, pararam para descansar e comer alguma coisa por volta do meio dia.

Thompson retirou da mochila sanduíches e água. Era tudo muito simples, mas estava delicioso. Retirou também um saquinho com maças, Nina percebeu que o pequeno esboçou certo prazer em ver a fruta vermelha, nem precisou insistir que ele comesse. Era sua fruta preferida.

- Acho que acertei a fruta! Pelo menos isso! Ele tem problemas com a fala??? – perguntou Thompson a queima roupa.

- Não... Ele geralmente fala pelos cotovelos. Logo você vai perguntar onde é o botão de desligar. – Nina olhou para o garotinho alheio a conversa dos adultos, ele se concentrava na sua maçã, faltando um dos dentinhos era complicado para ele morder.  – Não entendo por que não fazemos esse trajeto com magia já que são bruxos. – Nina estava cansada.

- Eu sou um aborto. Não tenho magia. E não podemos usar magia porque eles estariam aqui em segundos. Eles rastreiam a magia. – Ele informou sem muita vontade.

- Desculpe estou cansada. – Informou a garota desanimada.

- Tudo bem. Sem problemas. Temos que ir. Aqui estamos em perigo. – Falou o aborto ajudando a ruiva com uma mochila.

Trilhas não era exatamente o esporte favorito de Nina, mas o caminho até que era interessante. Ela gostava de estar junto à natureza, então limpou sua mente, respirou fundo e deixou que todo aquele verde inundasse seus sentidos. Mais calma pode até ler os pensamentos de Thompson que ia a sua frente. Eram pensamentos claros, e pode perceber que ele era sincero. Ao perceber isso, se puniu mentalmente, ler mentes sem permissão não era ético. Riu-se. Fazia isso desde criança no orfanato. Mas, nessa época ela não pensava muito em ética. Era uma travessura que muitas vezes ajudava seus amigos.

  

Depois de três horas de caminhada Nick não podia dar mais um passo. Nina estava preocupada.

— Falta muito?

— Acho melhor acampar aqui. – Respondeu Thompson já parando.

— Você disse que não é seguro! – Nina estava muito aflita.

— Olha só para o garoto, vai desmaiar a qualquer momento. – O homem falou apontando para Nick que não falava nada desde a noite anterior.

— Não se preocupe com ele. Vamos!

Nina pegou Nick no colo e o encaixou na cintura. Corajosamente andou com o garoto no colo até a cabana. Thomphinson apenas balançou a cabeça, pensando: “teimosa como a mãe”.

Haviam andado por quase duas horas. Quando Nina viu a cabana não acreditou, ela não passava de uma pequena tapera caindo aos pedaços que mal daria para abrigar uma pessoa, quanto mais três. Naquele momento ela queria morrer. Estava cansada e aquela cabana não era nem de longe o que Nina esperava.

Nick dormia calmamente em seu colo. Thompson abriu a porta e entrou, ela também. Não acreditou no que via... Seu interior era enorme. Nina colocou o garoto na cama e desabou no chão, com as costas apoiadas na beirada da cama. Seus músculos tremiam com esforço. Sua respiração falhava. Mas sentia-se vitoriosa, estavam seguros finalmente. Thompson a olhou orgulhoso.

— Seus pais teriam orgulho de você. Se tivesse passado pelo chapéu seletor, seria uma Gryffindor legítima. – Ele sorria enquanto falava.

— Não entendi metade do que falou, mas se é um elogio, obrigada. – Ela já recuperava um pouco do seu fôlego. E seus sentimentos quanto à visão externa da cabana.

— Essa cabana é mágica. Temos água quente no banheiro e muita comida na cozinha, porque não tomam um banho enquanto eu preparo um jantar para nós? – Ele ofereceu gentilmente.

— Obrigada, você é um amor, não quebrarei mais seus ossos. – Nina disse em um tom falsamente sério arrancando risos do seu salvador.

— Fico contente com isso. – Disse sorrindo e se encaminhando para a cozinha.

Nina foi acordar Nick. Que se assustou no primeiro momento, mas, se acalmou quando encontrou a segurança dos olhos de sua professora.

— Meu bem vá tomar seu banho, e depois vamos jantar. – Ela falou docemente.

O garotinho continuou imóvel e em silêncio. Nina suspirou. Pegou Nick no colo e levou ao banheiro, ele estava em choque. Seus olhos estavam fixos no vazio. Mas deixou-se conduzir por ela. Nick não falava desde a hora que entrou no carro naquela madrugada. Penteou os cabelos platinados do garoto, com carinho. Nunca imaginou que o teria assim tão dependente dela. Levou-o até a cozinha de onde vinha um cheiro delicioso.

— Nick, olha que cheirinho delicioso! Vamos ver o que temos aqui? – Convidou Nina alegremente. Ele não respondeu. Nina o colocou sentado à mesa. – O que temos no cardápio Sr. Thompson? – Perguntou Nina no mesmo tom de voz.

— Ah temos uma bela carne assada, legumes e o prato principal para garotinhos tagarelas, hambúrguer com batata frita! – Respondeu o aborto tentando animar o garoto, entrando no jogo da professora.

— Olha Nick! Ele acertou seu prato preferido! – Nina não viu nenhum entusiasmo por parte do garotinho.

Nick pouco comeu. Thompson percebeu que Nina não estava muito satisfeita com isso, então interferiu.

— Ah! Mas eu ainda tenho a sobremesa! – afastou-se da mesa pegando na mochila o saquinho com maçãs. — O que acha rapazinho?

Nina sorriu. Thompson tentava ajudar de todas as formas. Nick comeu a fruta com gosto. E Nina o colocou na cama. Ele dormiu logo com ajuda da poção que Thompson lhe dera. A garota entrou no banheiro e tomou um banho demorado. Acordou de seus devaneios quando o aborto bateu na porta. Saiu apressadamente vestindo um roupão felpudo que estava ali no banheiro.

— O que foi? – Perguntou já em estado de alerta.

— Acho que o garoto está com febre. – Informou preocupado.

— Deixa-me ver... Está sim, temos que baixar essa febre. Encha a banheira com água morna, por favor.

Nina removeu o pijama do garoto e o levou para a banheira. Seu corpinho estremeceu ao contato com a água morna, mas a poção não permitiu que acordasse.  Nina ficou ali com ele por um longo tempo, a febre cedeu um pouco, mas não toda. Retirou o garoto da água e o colocou novamente na cama fazendo compressas frias em sua testa.  Precisava de remédios e não tinha nenhum. Durante a noite a febre cedeu com as compressas que Nina incansavelmente fazia.  A garota não dormiu tão bem, acordou várias vezes na noite, sobressaltada, e resolveu que não ia mais dormir. O dia estava amanhecendo quando ela se encaminhou para a cozinha e começou a procurar as coisas para fazer um café. Thompson não estava ali, o que a preocupou um pouco. Mas ele entrou alguns minutos após a constatação de Nina, trazendo lenha e ervas.

— Se a febre voltar teremos remédio! Achei essas ervas lá fora. – Ele sorria triunfante. Nina apenas balançou a cabeça, sorrindo levemente. Ele era uma caixinha de surpresas.

oOo

Era muito cedo, nas masmorras Draco se encaminhava ao laboratório de Noxon, a medibruxa havia requisitado os trabalhos de Draco no laboratório. Era quase tão bom quanto o velho mestre. E ela não confiava em quase ninguém para poções especiais que fornecia ao Saint Mungus e para o Ministério. Então Draco estava ali para equilibrar os estoques de ambos os lugares depois de uma ausência meio sem justificativa de Dryade.

Draco não se sentia bem desde o dia anterior, tivera pesadelos novamente com cabelos platinados. Seu coração estava dilacerado. Mas sua face transparecia a mesma arrogância de sempre, porém seus olhos denunciavam mais uma noite mal dormida.

— Está Horrível! – A professora observou.

— Bom dia pra você também Dryade. – Draco tentou esboçar um sorriso irônico.

— Achei que tinha superado a falta da poção. – A professora havia acompanhado de perto toda a tragédia que se abatera sobre o loiro. Ela inconscientemente assumira o lugar de Severus Snape na vida do garoto.

— Eu também. Sonhei com meu filho. Não foi bem um sonho. Foi mais um daqueles pesadelos. Mas, a diferença é que sinto algo estranho, me incomoda.

— Com assim? – Dryade interrompeu o que fazia, muito preocupada com Draco.

— Medo, desespero. Mas, não é meu. São sentimentos de outra pessoa que me invade. – Draco abria seu coração.

— Alguém está invadindo a sua mente e você não usou Oclumência? Onde está com a cabeça? Não sabe que os ataques aos ex-comensais voltaram a acontecer? – Ela disse muito preocupada.

— Dry eu tento, mas, é mais forte que eu. A presença dela é muito forte. – Ele já havia deixado a máscara fria cair e tinha um desânimo estampado na face.

— Dela? Acha que é o fantasma da Pansy? – Interviu a medibruxa.

— Fala sério Dry, a magia da Pans era quase nada. Eu nunca a amei, mas, ela me deu a única coisa que amei na vida, para depois tira-la de mim. Eu a odeio por isso! Não é ela, nem nenhum dos ex-lacaios de Voldemort, ou daquele grupo de insanos, é uma presença doce, pura demais para ser produzida por um feitiço negro.

— Ai meu Merlin! Draco você está alucinando. Volte a tomar as poções, pelo menos você era mais lógico quando era viciado. – Ela disse acreditando mesmo que Draco surtara de vez.

— Eu não vou responder ao seu comentário. – Disse Draco retomando o trabalho do dia anterior, visivelmente indignado.

 Dryade porem, ficou ainda mais preocupada com o garoto que amava como filho.

oOo

A febre do garoto ia e vinha do nada durante todo o dia. Nina não saiu de perto dele trocando compressas frias e ministrando o chá que o aborto fizera, ele a auxiliava. Na verdade não sabia o que fazer para agradar a moça, que admirava cada vez mais. Nina perdeu a conta de quantos cafés frescos e deliciosos havia tomado, sim porque ele se recusou a guardar o café que sobrava, lanches, frutas picadinhas doces, sapos de chocolate, que lhe arrancou um grande susto e depois alguns risos os primeiros, e isso encantou ainda mais o aborto.

Logo após o almoço, Nina se espreguiçou em uma rede no canto da sala. Nick havia comido um pouco e agora estava distraído com um jogo de tabuleiro que Thompson havia encontrado na cabana. Ele parecia bem, contudo estava mudo. Não havia palavras em sua tristeza. Nina ainda não havia conversado com ele, seria uma conversa densa, complicada. E tinha também sua nova situação, não sabia bem no que acreditar. Levantou-se e ficou olhando Thompson com seu garotinho, só se ouvia a voz grossa do homem. Perdida em seus devaneios, assustou-se com o som alto de três aparatações. Correu e pegou Nick no colo só não fugiu porque as pessoas que se materializaram ali barravam a única saída do lugar.

— Calma, somos seus amigos! – Hermione sorria enquanto tentava acalmar Nina.

— Meus amigos não costumam se materializar no ar... – Tudo aquilo parecia muito bizarro para professora que segurava fortemente o garotinho em seu colo.

— O Ministério nos enviou, você deve ser Thompson. O que está acontecendo aqui? – O garoto perguntou olhando ora para o aborto, ora para Nina e o garotinho com olhos assustadissos.

- Eu pedi ajuda do Ministerio, sou Thompson, informante, esta é Nina Noxon, filha de Paul e Malena. Faziam parte da Ordem da Fenix original.

Hermione pareceu entender bem a situação ali, a garota era uma bruxa criada no mundo trouxa, podia sentir a magia de ambos.

— Olha não precisa ter medo. Então porque não tenta se acalmar e acalmar o garoto, e vamos conversar... – Hermione ofereceu.

A fala da garota a sua frente pareceu lógica. Olhou para Nick e o acalmou, e conseguiu que voltasse ao jogo, meio desconfiado, mas voltou.

— Somos aurores do Ministério da Magia. – Hermione começou devagar.

— E a “aula de conto de fadas” continua... Pesadelo interessante. – Nina controlava seu nervosismo e medo da forma que podia, sua voz tinha um tom levemente sarcástico.

Harry sentiu a magia natural de Nick e discretamente colocou um feitiço para esconder um pouco sua magia natural.

— Eu sou Hermione, este é Ronny, Sebastian e Harry. – apontou Hermione enquanto fazia as apresentações. – Olha, existe um mundo mágico que geralmente os trouxas não enxergam... – Imediatamente a bruxa percebeu que falou besteira.

— Trouxas? Quem acha que... – Nina já passava da defensiva para o ataque.

— Trouxas são as pessoas que não são bruxos. – explicou rapidamente a garota. – Nosso mundo está sempre em comunicação com o que você conhece. Cuidamos para que vocês não sintam nossa presença. Mas... De vez em quando o Ministério detecta magia fora dos limites. E isso tem que ser investigado. Foi o que aconteceu noite passada. – Hermione respirou fundo e recomeçou. – Ouvi falar de seus pais verdadeiros, Paul e Malena Noxon. Grandes bruxos que pertenciam a Ordem da Fênix. Quando você nasceu, provavelmente eles decidiram que você ficaria mais segura no mundo trouxa, porque naquela época vivíamos em um clima de incertezas. Eles e muitos outros pais esconderam seus filhos do mal que assolava o Mundo Bruxo naqueles tempos. Sua magia natural deve ser contida por um objeto que está sempre com você, algo que você não se separa nunca.

Nina levou a mão ao pingente que sempre levava no pescoço. Uma borboleta azul com diferentes pedras preciosas. Um objeto raro e de valor incalculável, que mesmo sendo uma garotinha de orfanato não o perdera.

— Sim, é isso, posso sentir a magia do objeto daqui... – Hermione fez uma pausa e continuou. – Um grupo de bruxos atacaram uma família de trouxas essa noite. Ainda não sabemos por que essa ação acordou a sua memória do perigo.

— Memória do perigo? O que é isso? Ah, o feitiço dos meus pais. Thompson me contou. – A menção de pais fez seu coração doer.

— Posso sentir a assinatura mágica do garoto, é tão grande quanto a sua, é seu filho?

— É Nick, meu aluno. Quando saí de casa fui direto para a casa dele. Não sei por que, mas o encontrei atravessando a rua, quando me viu parou e veio em minha direção. Eu só sabia que tinha que sair daquele lugar. Não sei por que fiz o que fiz, tenho que voltar a família do garoto deve estar preocupada...

— Meu Merlin será que... – Hermione não terminou a frase. Olhou para Ronny e para Harry.

— Trouxe essa foto que achei na sala. Quem sabe você os conhece? – Harry disse entregando a foto para Nina.

— É a família do garoto. Tenho que levar Nick de volta. – Nina estava cada vez mais preocupada.

— A família do garoto não existe mais, eles mataram todos, até as crianças. Foi um banho de sangue. – Ronny informou pesaroso mas de uma vez.

Nina correu ao banheiro e vomitou violentamente. Lembrava-se agora que quando parou o carro ouviu gritos. Isso explicava o medo de Nick. Voltou para a sala e tudo pareceu rodar a sua volta.

— Como posso proteger o garoto? Se o acharam uma vez, acharão novamente. – Nina já recomposta tentava pensar logicamente. Nick agora era sua responsabilidade.

— Não se preocupe vamos levar Nick... – Harry nem terminou sua fala.

— Nem pensar, esse garoto não sai de perto de mim! – A respiração de Nina falhou um instante.

— Calma, tem razão. Vamos levar os dois. – Hermione se adiantou. Garotos nunca teriam tato mesmo.

— Não é seguro. Eles estão seguindo o rastro de magia, vão nos encontrar facilmente. Já camuflei a magia do garoto, ela é bem forte. Quando for seguro voltaremos com uma chave de portal. – disse Harry informando a garota dos seus planos.

— Seja lá o que for isso acho bom que nos leve para um lugar seguro. – Nina sabia que sua vida também corria perigo agora. E que era o começo de um pesadelo. Olhou para Nick, ele se concentrava inocentemente no jogo agora.

Os novos amigos de Nina se despediram e aparataram dali. Deixando a garota mais apreensiva ainda. Um sentimento de insegurança alcançou sua alma. Nunca pensou que sua vida cheia de rotinas, fosse ser preenchida com tanta adrenalina assim. Não percebeu a aproximação de Thompson que tocou seu ombro tirando a garota de seus devaneios, o café da tarde estava servido e ele precisava de ajuda para fazer Nick comer.  

A noite veio e com ela Hermione que trazia boas notícias.

— Nina é seguro sairmos agora via chave de portal. – Ela informou um tanto preocupada. Mas em Hogwarts eles estariam seguros.

— Graças a Deus! Nick tem febre desde ontem! Já não sabia mais o que fazer sem medicamentos. – Nina respirou aliviada.

Nina envolveu Nick, que dormia, em uma capa que Thompson estendia a ela.

- Olha me descul... – Nina tentava se despedir do aborto.

- Não se desculpe. Eu gosto muito mais de você agora que te conheço. Sim vi você crescer de longe, mas, saber a mulher que se tornou... Tão parecida com Malena... Vai! Estará mais segura com eles do que comigo. Sabe como me encontrar se precisar desse velho amigo! - Ele tinha os olhos marejados.

Nina deu um grande abraço em Thompson e tomou Nick nos braços.

— Acredito que não vai me deixar carregar o garoto. – Disse Hermione girando os olhos.

— Nem pensar! Nada pessoal... – Nina encarou a morena seriamente.

— Preste atenção, segure firme aqui neste caldeirão e não solte, segure o garoto firme. Esta pronta? – A bruxa falou apontando o artefato enfeitiçado.

— Sim... – A garota tremia incerta do que aconteceria.

— Então vamos! – Hermione segurou o caldeirão ao mesmo tempo que Nina, acionando a chave de portal.

Nina experimentou pela primeira vez a sensação de uma chave de portal. Era algo muito diferente de tudo que havia experimentado na sua vida.

— O-Que-é-isso?


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora!!! Espero que gostem !!!



Jinhos da Belle



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