Entreguerras escrita por Qualquer coisa


Capítulo 2
Capítulo II - Sobre o Capitão e os medos




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Capítulo II

Sobre o Capitão e os medos

— Não sabia que sabia cozinhar... — murmurou da bancada. Estava sentado observando Stark, de costas, mexer no fogão.

— Não sabe muitas coisas sobre mim, Cap — respondeu cinicamente.

Riu concordando com a cabeça. Era verdade. Lutavam lado a lado e, ainda assim, sentia que não o conhecia completamente. Quando pensou que ele era apenas um riquinho mimado, preocupado mais com as aparências do que com a função de um herói, ele demonstrou que morreria por todo o planeta. Começava a ver em Stark a alma que viu em Howard. Talvez, por isso, ainda acreditasse.

Olhou ao redor, lembrando-se de Jarvis. O que ainda não conseguia acreditar era em toda aquela tecnologia. Ainda era difícil se adaptar a tanta coisa, tão rápido. Quando estava entendendo os celulares, entrou na casa de Stark. E por Deus! Tinha muita tecnologia ali! Era complicado até usar o banheiro. Sentia falta da simplicidade do próprio apartamento, mas não negava gostar de tanto conforto. Sentia-se até meio preguiçoso, ainda mais agora sem trabalho algum. Ainda fazia os exercícios rotineiros, mas já não sabia mais o que era lavar roupa. No fundo, gostava de morar naquela torre, ainda que sentisse falta de ter um lugar próprio.

— Howard que te ensinou tudo? — perguntou ainda observando como aquele lugar soava surreal. Era muito mais do que jamais poderia imaginar para o futuro. Era simplesmente lindo.

— A cozinhar? — Riu divertido. Sabia que não falavam disso. — Não, foi a internet mesmo! —Desligou o fogo.

— Estou falando de construir... fazer tudo isso... — Enquanto percorria os olhos por todo o lugar, sem querer, voltou-se para Stark que o servia. Estranhamente, gostava de observá-lo. Ele era lindo também...

— Ovos mexidos com bacon, senhor. — Piscou maroto. — Espero que goste. — Sentou-se em frente ao Capitão com a panela e um garfo em mãos.

— Obrigado. — Sorriu gentil, antes de comer.

— E... — Olhou ao redor, observando todos os detalhes pensados daquela cozinha. — Ele me deu o pontapé inicial, sabe? De como chegar aqui... nisso... toda a tecnologia rudimentar, inicial... dele... me trouxe aqui também... — Voltou os olhos para Steven. Sorriu sem perceber.

Era uma das poucas vezes que se lembrava do pai sem pesar. Apenas pensar nele, sentado no escritório, as mãos parafusando e a mente calculando. Quase podia ouvir o tom de voz gentil ao dizer como cada coisa se juntava para se transformar em algo maior. Peça por peça – até a mais insignificante – tornava-se algo grandioso. E, nas mãos certas, qualquer coisa pode se tornar uma forma de cuidar do mundo, de trazer a paz. Bastava um pouco de esperança, confiança e muita dedicação.

— Que cheiro bom...

Virou-se para Banner que descia as escadas apenas de cueca. Pelo jeito ninguém se preocupava em usar roupas na torre. Suspirou. Ao menos aquele corpo não o trazia sensações.

— Stark fez o café da manhã — Steve respondeu animado.

— Não pra você, certamente. — Stark sorriu cínico.

— Nunca é. — Deu de ombros, pegando um garfo na gaveta antes de se sentar ao lado de Steven. — Por que estão acordados tão cedo? E desde quando você cozinha? — Encarou Stark, indignado, recebendo um dar de ombros. — Ficar longe da Pepper está te fazendo mal. — Sorriu maldoso.

— Ah é, o que aconteceu entre você e a Senhorita Potts? — Steve perguntou antes que Stark respondesse Banner.

— Nada aconteceu entre nós. — Foi ríspido.

— Ela só quase morreu, certo? — Banner deu de ombros, antes de roubar um pedaço de bacon do prato de Stark, recebendo um tapa em resposta. Gemeu baixo em desconforto.

— O que aconteceu? — Steve se preocupou.

— Nada! — Virou-se para o Capitão. — Ela só... só pediu um tempo... depois que o ex-namorado psicopata dela tentou matar ela!

— E você não teve nada a ver com isso? — Steve arqueou as sobrancelhas.

— Eu posso ter, sem querer, dado nosso endereço para o assassino e ele destruiu nossa casa em Malibu, deixando ela exposta para um sequestro..., mas não foi minha culpa!

— Claro que não... — Banner murmurou.

— Olha. — Soltou o garfo no prato, apoiando ambos os cotovelos na bancada. — Digamos que tenha sido parcialmente minha culpa, ok? Não é como se eu quisesse colocar ela em risco... quero dizer, eu sou um super-herói, acidentes acontecem, certo?

— Por isso ela terminou com você... — Pelo canto dos olhos viu Banner roubando comida do prato de Stark.

— Deu um tempo, ok? A gente não terminou! — Afastou-se da bancada bruscamente. — Ela só precisa colocar a cabeça no lugar e... provavelmente... eu também! — Suspirou encarando o prato que aos poucos ficava vazio. — Eu vi isso, Banner! — Encarou o doutor que apenas levantou as mãos em defesa, pois a boca estava cheia para falar.

— Por isso você tá aqui em Nova York...

— A casa de Malibu já era e eles estão reformando... e ela não queria ficar comigo... — Suspirou cansado, voltando os olhos para o prato. — O que eu completamente entendo! Ela quase morreu! — Levantou-se de supetão.

— Tony, acidentes acontecem... — Steve murmurou.

Stark ergueu os olhos para Capitão. Não esperava conforto dele. Acidentes acontecem, mas era o maldito homem de ferro, deveria impedi-los! E quase deixou o presidente e a Pepper morrerem! Como se fossem meras peças coadjuvantes, peões num jogo mortal de xadrez. Sempre soube que pessoas morriam – e os corpos carregados de Nova York ainda se tornavam pesadelo –, mas deixar alguém que amava morrer... era diferente... se não conseguia proteger nem a merda da própria namorada... dos amigos... como poderia se considerar bom o suficiente? Era fraco, falho... aquela armadura era quebrável e se não tivesse tempo o suficiente, não poderia usar a genialidade para nada. Quase foi Pepper, num outro dia poderia ser Banner, o Capitão, Natasha...

— Bem, cavalheiros, eu tenho coisas a fazer! — Havia perdido a fome.

— O que vai fazer? — Steve virou a cadeira.

— Terminar meu braço. — Piscou com um único olho. — Já que alguém me interrompeu!

— Precisa de ajuda?

— Não acho que você entenda de engenharia, Capitão. — Cruzou os braços.

— Posso aprender. — Levantou-se e, sem esperar respostas, deixou-se seguir para o escritório de Tony. Algo o dizia que não era bom deixar Tony com os próprios pensamentos.

Na cozinha, Banner puxou o prato de Stark para perto. Quando voltou a comer, Natasha desceu, arrastando-se para sentar logo ao lado e comer do prato de Steve.

~~//~~//~~

— Então eu preciso ajustar a armadura não só pra voar. Os propulsores têm que me ajudar a vencer a gravidade. — Explicava sem deixar de mexer na armadura um tanto defeituosa.

— Então, no vácuo seria mais fácil?

Steve não tinha certeza de há quanto tempo estava ouvindo explicações sobre o funcionamento das armaduras, mas começava a entender a simplicidade dos Smartphones. Cada palavra solta por Stark soava impossível. Metade das coisas não tinha muita certeza se entendia, a outra metade não conseguia acreditar. A existência do homem de ferro era um milagre!

— Tecnicamente, todo mundo voa no vácuo. — Riu maldoso, mas diante o olhar confuso de Steve voltou a ficar sério. Suspirou. — Me passa a chave... — Apontou sobre a mesa e o Capitão prontamente obedeceu. — Teoricamente, poderia ser mais fácil, mas são situações diferentes. Na Terra, minha armadura está adaptada pra resistência do ar. Ela é mínima, mas a matéria existente me ajuda na locomoção. No vácuo, não teria essa matéria, tecnicamente falando, porque, se a gente considerar matéria escura...

— Minha língua, por favor. — Sorriu.

— A armadura precisa se adaptar ao vácuo, mas eu ia conseguir voar. Até já fiz oxigenação aqui. — Bateu de leve na armadura. — Então, acho que aguento uma ou duas horas à deriva, talvez... — murmurou pensativo. — Espero nunca testar! — Sorriu forçado, antes de voltar a mexer.

— Mas em Nova York, você caiu...

— Era uma situação diferente! — Jogou a chave para o Capitão, antes de virar-se para ele. Acabou rindo. Ele estava completamente sujo de tinta vermelha. — Acho que tem um pouco de você na tinta. — Apontou para o corpo dele.

— Pintar isso aqui é mais difícil do que parece! — Bufou, mas acabou rindo junto. Tentava ser detalhista com a armadura, então era complicado não se sujar no processo. — Nada que eu não possa resolver! — Tirou a camisa, jogando contra o rosto do homem de ferro, que bufou.

— Esquisito! — Soltou a camisa no chão, disfarçando o constrangimento, indo se sentar num degrau. Já fazia um bom tempo que mexia na armadura.

— Só você acha. — Riu divertido, antes de se jogar sentado ao lado dele.

— Em Nova York... — Começou, os olhos fixos na armadura. Não queria focar no corpo do Capitão. — Eu já estava meio danificado... e a velocidade que precisei atingir... isso não ajuda, entende? E, vai por mim, passar por um buraco de minhoca não é a melhor sensação do mundo!

— Você apagou antes de cair?

— Eu não tenho certeza... — Abaixou a cabeça. Lembrar-se era difícil. Ainda conseguia sentir o corpo queimando... o coração acelerado... o medo que sentiu de ficar preso naquele lugar. Quase teve certeza de que jamais voltaria. Iria morrer num lugar distante, sozinho, preso dentro da armadura... — As lembranças são confusas... — Negou com a cabeça.

— Você nos salvou, Stark. — Steve não era estúpido. Sabia que ele estava afetado. Todos estavam. O atentado em Nova York ainda era uma lembrança vivida, senão na mente, na pele. Natasha e Clint colecionavam cicatrizes. E, agora que estavam parados há quase dois dias, era mais fácil pensar sobre, relembrar. — Se não fosse por você, poderíamos ter perdido.

— É, mas... — Passou a mãos nos cabelos. — Não foi suficiente! — Ergueu o olhar para ele.

— Você fez tudo o que podia! Nós fizemos! Salvamos o mundo. Como não foi suficiente?

— Você acredita nas suas palavras? Mesmo? — Automaticamente era irônico, mas pelo desconforto da intensidade do olhar do que pelas palavras ditas. — Porque eu não acho que seja tão ingênuo assim, Cap.

— Olha... — Suspirou, olhando para frente. A armadura ainda estava aberta no suporte. — Eu sei que não foi o melhor... pessoas morreram e a gente destruiu uma cidade inteira! Sem falar do ataque na Alemanha. Aquilo foi uma bagunça. — Suspirou. — Mas a gente deu o podíamos dar. — Virou-se para Stark. — Na guerra sempre tem aqueles que morrem... por mais que eu odeie isso... é inevitável.

— Pessoas inocentes, Cap.... pessoas inocentes... — Encarou-o de volta.

— Eu sei... penso nisso todo dia..., mas, também penso que seria pior se eu não existisse... então eu e você precisamos continuar em pé! — Estendeu a mão para o ombro dele, apertando de leve.

— Eu sei... — Virou-se para a armadura.

— Apenas de o seu melhor e o mundo já será grato.

— E se não for o suficiente?

— Você não está sozinho, Stark. Tem a mim, a Nat, Banner, Clint... e até Thor! Ninguém aqui está sozinho. Não foi por isso que você aceitou entrar para os Vingadores?

Desta vez não respondeu. Steve não entendia. Eram apenas pessoas, quebráveis, seres biológicos fadados a morrer. Precisava de algo mais forte que os Vingadores para que ninguém mais ficasse naquele tipo de perigo. Precisava ter certeza de que o Capitão, Natasha, todos, ficassem bem mesmo em campo de batalha, mesmo se falhasse. Não tinha essa certeza. Enquanto todos não estivessem seguros, não iria descansar, ou parar.

Em algum momento se encontrou refletido no azul daqueles olhos. Sem palavras para se afastar, afundou-se. Repentinamente, os pensamentos desapareceram. E queria dizer que ficou o admirando de alguma forma, mas a verdade era que se esqueceu. Perdeu-se ali dentro como se tudo ao redor estivesse em paz e o mundo fosse ter algum descanso naquele segundo. Uma calma se instalou onde ficava aquela sensação ignorável. E se pudesse ficar o resto do dia ali, teria ficado.

— Senhor?

— Jarvis? — Ergueu os olhos como se vislumbrasse o computador. Precisou piscar algumas vezes para esquecer-se daquele momento.

— Creio que o senhor deva dormir. Setenta duas horas acordado.

— Jarvis, você não deve crer em nada.

— Jarvis está certo, Stark. Vá dormir! — Steve apertou-lhe o ombro de leve, antes de soltar e se levantar. Também estava desnorteado. — Se acontecer alguma coisa, você com sono será inútil! — Estendeu a mão para ele.

— Faço coisas incríveis com sono, Cap! — Ironizou, mas aceitou a mão para se levantar.

— Vá descansar, Stark. — Sorriu gentil. — Prometo que cuido de tudo até você acordar. E, se precisarmos de você, não vou hesitar em te chamar. — Manteve os olhos fixos nos dele ao falar, querendo, intuitivamente, restaurar aquela conexão.

Stark queria retrucar. Não deveria dormir. Precisava terminar de concertar a lataria das armaduras e aprimorar a própria. Também pensava em criar algo como campo de proteção ao redor da torre, para evitar ataques surpresas externos. Contudo, quando forçou a mente para alguma ideia praticável, em cálculos, travou. Estava cansado, ainda que agitado. E sabia que se ficasse muito mais tempo sem sono, seria muito provável apagar dentro da armadura numa luta. Além do mais, de alguma forma, sentiu que não deveria ir contra o Capitão. Preso naquele olhar novamente, ansiou poder descansar um pouco... se deixar ser protegido, ainda que a ideia fosse absurda.

— Boa noite, Cap. — Ironizou, afastando-se antes que fosse tarde demais.

~~//~~//~~

Dormir ainda era difícil. Por mais que tivesse engolido alguns remédios, a mente ainda o guiava para Nova York. Contudo, a situação era pior. Enquanto era sugado pelo buraco de minhoca, conseguia ver a Terra sendo destruída abaixo. No mesmo instante, soltou o míssil para descer, desesperado, querendo ajudar os companheiros. Assim que pousou, o Capitão foi atingido. Uma daquelas coisas havia atravessado a mão em seu peito. O corpo caiu inerte no chão, os olhos ainda abertos. Ainda que atacasse o ser que o matou, não podia trazê-lo de volta. Com a armadura do rosto aberta, caiu de joelhos ao lado do corpo. E nunca pensou que seria tão doloroso ver alguém morrer de perto...

Os olhos azuis estavam completamente apagados e, quando apertou a mão dele, não sentiu resposta alguma. Sabia que ele estava morto pelo sangue que aflorava do buraco, mas ainda se inclinou em busca de respiração. A visão aos poucos embaçava e já não conseguia mais distinguir os traços do rosto dele. Piscou para que as lágrimas escorressem e pudesse ter uma última visão: Capitão América morto no meio de Nova York porque não teve capacidade de salvá-lo... deveria ter sido mais rápido... mais ágil... deveria estar com ele o tempo todo, ajudando-o... o cara sobreviveu a merda de um congelamento, como poderia ter morrido agora? Justo agora?

— Cap... — chamou baixo, esperando que o visse sorrir e a brincadeira acabasse. Nada. Quis dizer algo, mas as palavras eram insignificantes.

No céu, o míssil explodiu, mas como o buraco de minhoca não pode ser fechado, os destroços caíram pela cidade. Só houve tempo de olhar para o lado e gritar, enquanto um pedaço gigante de metal cravava Natasha no chão.

Abriu os olhos antes que visse mais alguém morrer. Trêmulo e suado, sentou-se a cama. Não sabia por quanto tempo dormira, mas pareciam minutos. Do lado de fora estava escuro. Merda! Perdeu o dia! Bom, ao menos havia dormido suficiente pela semana toda.

Levantou-se e se arrastou até o banheiro. As pernas ainda estavam bambas, o corpo dolorido. Era como se realmente tudo fosse real. E parecia tão real! Precisava negar com a cabeça repetidas vezes para tentar esquecer os olhos abertos do Capitão... o sangue de Natasha...

O banho foi gelado, para o corpo se espertar e ter com o que se distrair. Sequer se lavou realmente, apenas ficou parado sob a água, tentando se convencer de que era apenas um pesadelo. Tudo apenas um pesadelo. Um pesadelo possível.

Precisava pensar em como salvá-los. A única ideia que girava em sua mente era Ultron. Parecia plausível. Parecia certo. Ele poderia ajudá-los contra aliens. Contra tudo. Seria uma versão útil dos Vingadores, pois não teria aquela humanidade frágil a perder. Mas, ainda assim, era tão inviável! Não era apenas um código de programação, era a vida. E, certamente, que muitos do time seriam contra. Se eles ao menos entendessem que era a única chance...

A ideia não era aplicável, ainda, mas não tiraria da cabeça aquele conceito. Um dia iria conseguir criar Ultron e a Terra estaria mais a salvo. Era uma esperança.

Saiu do banho e, após se vestir com moletom, desceu comer algo. Na sala Natasha e Banner conversavam animados. Ela ria espontânea, assanhada, e não precisava ser um gênio para perceber o clima entre os dois. Rolou os olhos, enojado.

— Cadê o Cap? — Jogou-se no sofá ao lado de Natasha, pegando um pouco da pipoca que ela comia.

— Disse que tinha um compromisso e saiu. — A ruiva deu de ombros. — Acho que era um encontro... — murmurou maldosa.

— Um ótimo momento para romance, claro! — Bufou irritado. Steve disse que ficaria na torre e protegeria a todos! Disse que tomaria conta tudo!

— Se não for pra aproveitar enquanto estamos parados, a gente nunca vai aproveitar! — Natasha sorriu para Banner, sugestiva.

— Há coisas mais importantes que romance, Romanoff! — Levantou-se.

— Não estrague o prazer dos outros só porque levou um pé na bunda! — Rolou os olhos.

Stark não respondeu, apenas sorriu cínico, sem vontade alguma, e saiu. Tinha coisas a fazer e não perderia tempo com aquelas conversas inúteis! Se o Capitão queria sair curtir com garotas, tudo bem! Era uma escolha dele! Porém, não deixaria o mundo em perigo por prazer! A qualquer momento a porra de um buraco poderia se abrir no céu e gigantes de gelo descer destruir a Terra enquanto ele tomava vinho com alguma loira por aí? Estaria preparado, então! Se Steve era estúpido o suficiente para se distrair assim, iria estar pronto para protegê-lo quando necessário.


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