The Great Championship - Interativa escrita por PikaGirl, Arya


Capítulo 2
Oh Shit


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu, PikaGirl, postando mais um cap. Escrito por mim, com excessão do timeskip. Isso foi a Arya ♥



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Isobel encontrava-se agora na entrada da escola Karasuno, entrando no edifício, sendo alvo de olhares de vários tipos: invejosos, amistosos, ou só arrogantes. Mas ela realmente não ligava àqueles olhares menos simpáticos. Desde que era nova, sempre atraíra olhares assim. As pessoas costumam pensar que ela é uma pessoa esnobe ou arrogante. Se ao menos se dessem ao trabalho de falar pessoalmente com ela…

Entrou na sala de aula, notando a presença de alguns dos seus colegas que a cumprimentaram com o sorriso no rosto, retribuindo o gesto. Ajeitou a saia do seu uniforme escolar antes de se sentar no seu lugar, esperando passarem os dez minutos para a sua aula começar. A sua paz de espírito foi interrompida por uma ruiva que correu até ela, atraindo olhares assustados de alunos que se tiveram que desviar do caminho dela.

—Iso!

A loira olhou para a menina com os dois laços na cabeça, sorrindo-lhe abertamente, ainda mais ao ver a mesma lhe estendendo um chocolate belga.

—Haku! Que bom que chegou cedo hoje. Como foi o treino do clube de vôlei?

—Não fui hoje. Meu irmão levantou-se mais cedo que eu, e com o barulho acabei por acordar cedo demais, como sempre. Ele estava tão ansioso para treinar que acabou por ir sem mim.

—E… como arranjou este chocolate, já agora?

—Passei por uma loja de doces, e vi os chocolates em desconto. Peguei uns quantos.

—Ah! Obrigada então.

As duas olharam-se sorrindo, quando a Hinata se lembrou de algo.

—Ah é. Eu e a Lisa vamos lutar, batalha gelo contra fogo.

—Quê?!

Chamaram a atenção de todos os alunos presentes na sala, um deles sendo o próprio Nishinoya, o melhor amigo da ruiva. Tiveram que se virar para a lousa após verem o professor entrar.

—Tenha calma, eu explico depois.

***

—Então. O que você está me dizendo é que a Lisa te desafiou para arranjar um encontro entre você e o Yamaguchi, e se você ganhar, ela te conta com que está namorando.

A ruiva mordiscava o seu sanduiche de carne, aquecendo-a um pouco com uma pequena chama que formara com a mão esquerda.

—Exatamente.

—E se você ganhar, pode me dizer com quem ela namora?

—Acho que ela não se importaria se fosse a você quem eu contasse, então sim.

—Tudo bem então. Só tente não se magoar nem magoar a ela, okay?

—Acha que eu iria fazer isso?

—Magoar-se a você mesma ou á Lisa?

Os olhos roxos da outra olharam para a de olhos castanhos, entediados com a ironia dela.

—O que foi? Você sempre foi bem desastrada. É bem capaz de se magoar a si mesma acidentalmente.

—Eu nunca fiz isso.

—Sério? E daquela vez que estava andando na rua, e tropeçou nos seus próprios pés. –sorriu á mesma, provavelmente contendo-se para não se rir da memória.

Um pouco distante delas, três pessoas olhavam para as meninas que riam enquanto almoçavam, a ruiva corada por todas as histórias vergonhosas. Tsukishima e Lisa sentiram o aroma das flores, olhando simultaneamente para Yamaguchi que estava corado, repetindo a cena do dia anterior.

—Você ainda se vai entregar se não conseguir controlar seus sentimentos. –o loiro ajeitou os fones de ouvido, encarando de novo as duas amigas.

—Deixa ele em paz, Tsukishima! Não é fácil esconder os sentimentos quando se ama alguém.

—Eu acho que é fácil… -sussurrou, os olhas fixados no sorriso da menina ruiva.

—O que disse, Tsuki? –Yamaguchi desviara o olhar da dupla, preocupando-se com o amigo. Mas não escutara o que ele dissera.

Lisa ouvira e entendera o que ele disse. Estaria ele desistindo da menina pelo amigo? Ele era gentil dessa maneira? Não poderia preocupar-se com isso agora. Saiu de perto da dupla, dizendo que ia marcar um lugar e hora para o confronto, e indo até as duas amigas. As duas viraram-se para a morena, acabando a sua comida.

—Oi Isobel. –sorriu para a de origens russas.

—Olá Lisa. –a mesma retribui a ação da outra.

—Então, Haku. Temos que planear onde a luta será, e quando.

A ruiva pôs a mão no queixo, pensativa. O indicador batotando no lugar, os olhos encarando o céu aberto e com poucas nuvens.

—E se for no parque, ás dezoito horas? Não existem pessoas lá a essa hora durante a semana.

Lisa sorriu amavelmente, concordando com a cabeça. No entanto, a seguir a isso, o seu sorriso tornou-se um desafiador, estendendo a mão para a amiga.

—Está tudo planeado então. Que vença a melhor.

Haku devolveu o sorriso, apertando a mão da mais nova.

—Que vença a melhor.

***

A última aula do dia acabara, e Isobel estava sozinha, visto que Haku e Lisa saíram para se preparar para o confronto. Ela andava um pouco distraída, comendo o último chocolate que a ruiva lhe dera, batendo de frente com as costas de alguém. Olhou para cima, vendo que era só Kageyama Tobio, que olhou para trás (e para baixo), apercebendo-se que era uma das amigas de sua senpai, Haku: Isobel Krasnikov. Ele demorara um bom tempo para decorar o seu sobrenome, para dizer a verdade. Mas ninguém precisava de saber disso.

—Ah, desculpe, Tobio! Não estava a prestar atenção para onde eu ia. –riu um pouco, envergonhada. Talvez fosse por ter batido no menino, talvez por ser o Tobio com quem ela chocara. Quem sabe.

—Não se preocupe, só tenha mais coitado para a próxima. Pode acabar por se magoar.

—Não se preocupe, para a próxima irei prestar mais atenção por onde eu ando.

O mesmo assentiu, andando em direção á quadra de educação física para o treino de vôlei. Isobel normalmente assistia aos jogos, mas isso era na presença de Haku. Então decidiu ir para casa até á hora do confronto.

Chegando á sua residência, entrou pela porta cumprimentando a família e indo depois para o seu quarto, onde se deitou na cama e olhou o teto. Suspirou sonhadora, imaginando os momentos românticos dos livros que lia se passarem com ela neles.

Apesar da personalidade um pouco bruta de Kageyama, ela sabia que tal como o elemento que eles os dois partilhavam, ele tinha em si um lado mais calmo e sereno, que ela estava ansiosa por ver. Só precisava esperar mais um pouco.

***

Haruka Nase. Um adolescente peculiar e que vive no seu próprio mundo, como muitos outros adolescentes que tem poi aí. Ele queria estar sozinho naquele exato momento. Talvez, quem saiba, estar em casa vendo algum anime yaoi. Mas não. Estava apenas aguentando ouvir sua amiga e colega de escola, aquela que acompanha seu time, Akemi Katsuki, falando pelos cotovelos. Ele gostava dela, não dizia que não, e valorizava muito a sua amizade. Mas por vezes perguntava-se como Ushijima e ela eram tão bons amigos. Era realmente algo estranho.

—E dai ele disse--- Haruka, está me ouvindo?

—Estou sim, Akemi.

—Você me parecia meio distraído. Passa-se algo?

—Estava só pensando no torneio.

A de cabelos pretos parou á frente, fazendo com que ele tivesse que a encarar.

—Ah vá. Nós vamos chutar a bunda de qualquer time que venha na nossa frente, e vamos vencer a porra do torneio. Está duvidando do melhor time de todos? Do nosso time? –cruzou os braços, olhando irritada para o menino.

—Claro que não. –deu um sorrisinho sarcástico, que se não fosse aquela menina que estava recebendo ele, provavelmente tinha irritado outra pessoa qualquer.

—Acho bom. –ficou de novo do lado dele, fazendo com que retomassem á caminhada para casa.- Mas agora que penso nisso… -parou, pondo a mão no queixo.- Wakatoshi-kun anda também muito pensativo ultimamente…

—Também reparou nisso?

—Sim, reparei. Porque acha que ele está assim?

—Não faço ideia.

—Espero que não seja algo de mal…

Os dois pararam ao ouvir conversa vinda de um parque que ali tinha. Esconderam-se atrás de uma árvore, vendo adolescentes com equipamento de vôlei reunidos em volta de duas garotas, e mais ao longe, uma outra garota loira observava a situação, junto àquelas que deviam ser as ajudantes do time.

—Muito bem então. Não se esqueçam: nada de usar demais seus poderes para não correrem o risco de machucar uma a outra.

—Entendido. –a ruiva sorriu, acendendo labaredas com as suas mãos.

—Claro. –a morena tirou as luvas, receio presente na sua voz.

—Então podem começar. –o capitão do time afastou-se com o resto do grupo, mantendo uma distância segura das duas.

Akemi e Haruka estavam divididos entre querer ver quem ganhava ou interromper que algo acontecesse. Mas ficaram vendo apenas, a curiosidade tomando controle. O confronto começou.

A menina que ouviram se chamar de Lisa começou por criar uma pequena tempestade de neve em cima da ruiva, Haku, que criou uma labareda que dissipou a nuvem. De seguida, a mesma correu para a outra, tocando no braço dela, fazendo-a gritar com medo de se queimar, sentindo o braço aquecer. Apareceu uma pequena queimadura, mas nada que a afetasse gravemente. Lisa criou uma tempestade de neve suficientemente forte para mandar alguns dos que assistam a cena abaixo, e subterrando a de olhos roxos. Na verdade, fora pelo susto que aquilo acontecera. Isso e a sua falta de controlo com os seus poderes.

Todos os que viam suspenderam as respirações, pensando já estar tudo acabado. E estava, visto que apareceu uma mão de dentro do monte de neve que fez um sinal como que se rendendo. De seguida, Haku derreteu a neve á sua volta, sorrindo a todo mundo que a olhava. Todos estavam assustados. Haku Hinata NUNCA se rendia até ter dado tudo de si.

O irmão dela se aproximou.

—Quem é você e o que fez á minha irmã?

—Hinata Shoyo. Já viu que horas são? Hoje é meu dia de fazer a janta. Se não chegar a casa ás horas combinadas, mamãe me mata. Além disso, se você não me tivesse atrasado, tinha dado tempo para a luta ser maior.

Akemi olhou Haruka, que tinha uma cara de que realmente pensava que ela ia vencer. E ele pensava isso. Tinha o controlo e a habilidade necessários para isso. Os amigos da irmã mais velha do ruivo apenas bateram a mão na testa, visto que a grande corajosa do grupo tinha medo da mãe. Quem não tem medo da mãe, afinal?

O menino de sardas que ali estava comemorava silenciosamente, partilhando um olhar satisfatório com Lisa, que sorriu e acenou positivamente para ele. Isso não passou despercebido pelos dois adolescentes que se escondiam atrás da árvore e que agora retomavam o caminho para suas casas.

—Bem… aquilo foi interessante… -Nase falou, olhando para a mais baixa que o acompanhava.

—Sim. Acha que os vamos encontrar no acampamento?

—Sim. E estou até ansioso. –sorriu de canto, pensando nos acontecimentos futuros.

—Eu também. –Akemi riu, compartilhando dos mesmos pensamentos.

***

Lisa acordou com Tanaka a cutucando. A viagem tinha sido longa, a semana tinha sido longa.

Nunca imaginou que eles tivessem que fazer uma prova tão difícil. Respirou fundo, se recompondo e ajeitando o cabelo meio bagunçado, levantando-se e saindo do ônibus.

Finalmente, tinham chegado ao famoso acampamento que tanto esperavam.

Ela coçou seus olhos calmamente e abraçou Haku por trás, que a deu um beijo fofo na bochecha. A mesma olhou Isobel.

— Vamos andando na frente e deixando os garotos carregando nossas malas? — perguntou soltando-se da mesma e abraçando Isobel levemente, olhando os times que estavam saindo dos seus respetivos ônibus.

Olhou um dos ônibus vazio e com as cores que lembravam a Aoba Johsai, o que a fez ajeitar o cabelo novamente e sorrir para as garotas. Será que deveria contar a elas? Se, por acaso, Haku descobrir que Nanami, sua prima, sabe e ela não…

— LISA! — escutou uma voz vindo de uma pessoa pequena que logo foi tapada por Tanaka. A garota baixinha empurrou o mesmo. — SAI DA FRENTE, CARECA!

Ela olhou a mais baixa e sorriu, dando pulos e indo abraçar a garota, a pegando no colo e a rodopiando. Sorriram uma para a outra.

— Tenho muita coisa para contar. — disse Lisa.

— Como o nome do seu namorado? — perguntou Haku sorrateiramente e Nanami a olhou, sorrindo e acenando, puxando Lisa para longe dizendo que já a trazia de volta.

— Também! Muita! Mas antes… — ela fechou o rosto se virando a ela. — Temos que conversar sério.

— Nanami. —chamou um garoto de cabelos negros e alto, extremamente bonito. Kuroo Tetsurou.— Suas malas. Quer que eu leve?

— Se puder, eu estou um pouco mal hoje.

— Tudo bem, levaremos. Cuide da sua saúde.— brincou e entregou uma das malas a Kenma, que revirou os olhos.

Isobel, Lisa e Haku olharam os meninos, que logo entenderam o recado. Hinata engoliu em seco ao ver a aura assassina de Haku em cima dele.

— Quer que a gente leve as malas de vocês?

— Elas nem deveriam querer, é dever! — exclamou Nanami se metendo. — Nos, ajudantes, batalhamos muito para vocês sempre conseguirem suporte e tudo que precisam, a gente nem é paga e serve de psicóloga também!

Ela pegou a mala que reconheceu ser de Lisa e jogou para Asahi, que arregalou os olhos.

— Anda, bora. Todo mundo levando as malas das ajudantes, é o mínimo que vocês podem fazer para demonstrar gratidão.

Haku olhou Lisa.

— Sua prima é adorável. — disse e a garota riu, concordando. — Ela não quer vir para a Karasuno não?

— Ela é apaixonada pela a Nekoma. Duvido. — disse e a mais baixinha virou-se, jogando os longos cabelos.

No entanto, tudo saiu da normalidade quando um garoto usando um casaco da Aoba Johsai passou por eles e pegou as malas de Lisa da mão de Asahi, o que fez a garota de cabelos castanhos gelar.

— Eu levo as coisas da Lisa, não se preocupe. — disse o garoto sorrindo.

Haku levantou o olhar assim como todos vendo aquela situação: Oikawa Tooru, líder da Aoba Johsai, pegando as malas de Tsubasa Lisa, a ajudante da Karasuno.

Isso é de explodir qualquer mente.

— Lisa, você sabe qual é a cabine das ajudantes?

— É a… — ela gaguejou. — 101.

Ele sorriu e a deu um beijo na testa, dizendo que levaria as coisas dela para lá. A Karasuno nem reagiu, estavam assustados demais para fazer qualquer movimento brusco.

— Você… Ele… —começou Haku.— LISA, EU VOU DESCER A MÃO NA SUA CARA! COMO ASSIM, OIKAWA TOORU?

A de gelo começou a correr, e ainda mais quando Tanaka a olhou como se fosse ocorrer um assassinato. Se os olhos dele fossem uma arma, ela estaria morta.

Nanami riu brevemente e Lisa passou por ela, e quando Haku passou pela a mesma junto a Tanaka, a garota se desequilibrou tentando desviar dos dois e esbarrou em um garoto que passava na hora errada.

Esse esbarrão foi o suficiente para levar a menina mulher de 1,50 cm de cara no chão. Ela levantou-se reclamando baixinho do nariz.

— Puta que pariu, buceta! — exclamou Nanami, passando a mão no nariz.

— Desculpa, você está bem? — disse o garoto de olhos verdes parado em sua frente, surpreso por não ter desviado da garota. Aliás, ela veio muito rápido.

— Pareço bem? — perguntou ironicamente mostrando o nariz sangrando. — Não precisa se desculpar, foi culpa dessas antas ali.

— Tinha que ser o Haruka. — sussurrou um garoto enquanto Nanami fechou os olhos porque o nariz estava realmente doendo.

— Tsubasa-san, você está bem? — perguntou Haku andando até ela, mas Lisa a segurou pela a mão. Quando a ruiva a olhou, estava de olhos esbugalhados como se tivesse vendo uma bomba.

— Tome. — disse o garoto que chegou até ela, ajoelhando-se enquanto o causador do estrago estava tentando achar um lenço para a ajudar no nariz. Assim que virou para frente e viu o mesmo, deixou para lá.

Nanami esticou a mão para aceitar o lenço branco. Ela o olhou rapidamente, arregalando os olhos e sentiu sua respiração falhar quando seu indicador encostou na palma da mão do garoto em sua frente que, assim que a reconheceu, travou em seu lugar.

Akemi, a assistente, parou no lugar ao ver os dois juntos. Haruka a perguntou o que aconteceu, mas ela apenas disse que contaria depois porque a história é um pouco longa demais.,

— U-Ushijima? — perguntou surpresa. Merda, queria evitar isso.

— Nanami? — perguntou a olhando brevemente.

E foi naquele momento que ambos notaram um breve flashback do passado, onde eles tinham notando a existência um do outro pela a primeira vez.

Nanami bateu na mão dele com essa lembrança, no entanto. Seus olhos estavam meio tristes, por isso levantou rapidamente, grudou em sua prima mais pálido que papel vendo aquela cena e saiu correndo.


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado ♥



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