Wings escrita por CryBabyx


Capítulo 1
2x01 - I'm her protector.


Notas iniciais do capítulo

Olá unicórnios! Recentemente, assisti teotfw e estou simplesmente apaixonada pela série ♥ Mas fiquei bem triste com o final, portanto, decidi escrever um "rumo alternativo" para a estória, como se fosse uma segunda temporada :3

Espero que vocês gostem!



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"Eu fiz dezoito anos... E finalmente entendi o que as pessoas significam umas pras outras."

BANG!

Uma bala atinge a parte inferior da minha perna. Tento me reerguer, mas a dor e a quantidade de sangue jorrado me impediram de cometer esse ato.

— James, não! — Alyssa gritava, enquanto os policiais a algemavam — Você não pode fazer isso! Por favor, James! — ouvi-la suplicando me doía. Por Deus, e como doía!
No entanto, eu não podia deixa-la pagar por um erro o qual cometi. Ela não merece sofrer as consequências desses crimes por minha causa. Era meu dever protege-la...

Desde que me lembre, nunca fui capaz de sentir emoções. Meu coração era revestido por uma espessa camada impermeável de sentimentos. Não consigo as compreender, tudo sempre fora confuso pra mim. Todos os dias, um imenso vazio existencial me atingia, apenas enxergava a vida em preto e branco... Mas essa 'triste realidade mudou, assim que a novata da cidade veio falar, pela primeira vez, comigo na escola.

 Alyssa me mudou. 

Depois que a conheci, descobri um novo sentimento, o qual eu nunca havia sentido antes: amor.

Agora eu finalmente entendo o que é ser humano, estar vivo.
Talvez tivesse sido diferente, caso eu não tivesse fugido. Quem sabe, estaríamos sendo interrogados pela polícia — ou na pior das hipóteses, indo para a prisão — mas ainda juntos. Nós fizemos toda essa confusão juntos!

Seus gritos ainda ecoavam em minha mente. Lembro de quando eu ainda estava com a merda de ideia de mata-la, imaginei o quão prazeroso seria ouvir suas suplicas, enquanto seus lindos olhos azulados apagavam-se para sempre. Agora percebi o quão torturante é escuta-los. Eu estava morrendo de dor — literalmente. Minha perna parecia ter sido derramada em um balde de tinta vermelha, de tanto sangue que havia jorrado; está impossível respirar, o ar parecia não atingir meus pulmões; e a pior de todas as dores... Bem, não é uma dor física...

— Desculpe, Alyssa — sussurro com minhas últimas forças — Me desculpe por tudo... — e então, meus olhos se apagavam. Mas a imensidão azul de seus olhos ainda continuam em meus pensamentos...


[...]

Meus olhos cambaleam e observo lentamente as paredes e piso brancos. Mais que droga de lugar é esse? Eu morri?

— Finalmente você acordou. — Comentou uma mulher. Eu a conhecia de algum lugar, mas meu raciocínio está tão lento que não consigo me recordar.

— Quem é você?

— Perdão pelos meus modos. Sou a detetive Teri, estou cuidando do seu caso. — Puta merda

— E o quê aconteceu?

— Você estava ferido, James, nós o trouxemos para cá. Afinal de contas, é o principal suspeito pelo assassinato de Clive Koch. Alyssa também não foi descartada, mas precisamos de mais provas para incrimina-la também. — O quê? A Alyssa estava sendo julgada por uma merda que eu cometi? Isso não pode estar acontecendo.

— A Alyssa não tem culpa de nada — retruquei. — Fui eu quem matei Clive Koch — Teri me encara, desconfiada.

— Como eu posso acreditar que você não está mentindo para proteger ela? — engulo seco.

— Acredite se quiser, mas é verdade, eu a sequestrei — respondi rudemente — Onde está Alyssa? — perguntei, mudando o assunto.

— Você não pode vê-la.

— Mas eu preciso, pelo menos, saber se ela está bem! — aumento meu tom de voz. A detetive ergue suas sobrancelhas e se levanta.

— Por favor, você sequestrou a garota e quer saber como ela está? — replicou, sorrindo falso, e entreabriu a porta. Fiquei sem respostas.

— Eu surgiria que você parasse de mentir, e não estou dizendo isso pra te prejudicar — disse, me encarando — Bem, não se preocupe, vou tentar arranjar pra você uma cela não muito ruim na cadeia — ela riu sarcástica — Nos vemos em breve, James. — E saiu.

— Vaca — murmurei. Não sei o porquê, mas dizer isso me lembrou meu primeiro encontro com Alyssa, quando a mesma discutiu com a garçonete do lugar. Está bem, aquilo não foi legal, fiquei morrendo de vergonha, mas admito que não consegui conter meu riso.

O resto dia foi uma droga. Maldito dia de merda!

Eu fiquei apenas observando o nada, pensando nas possibilidades de Alyssa estar bem, ou o que acontecerá comigo dentro da cadeia. Meu pai veio me visitar hoje a tarde, ele aparentava estar arrasado com tudo o que está acontecendo. Admito que senti uma pontada de culpa por odia-lo. O antigo James estaria pouco se fudendo pra isso, mas, porra, eu não sou mais esse James:

— Fiquei preocupado com você, pensei que tinha morrido... — seus olhos estavam inchados e algumas lágrimas escorriam de seus olhos.

— Eu o matei, pai. Sou eu o assassino, não Alyssa. Ela não merece pagar por algo que fiz — acredito que essa seja a primeira vez em que eu esteja sendo sincero com papai.

— Você pode ser estranho às vezes, mas sei que não é uma má pessoa — eu o encaro — Agora, me diga, você realmente a sequestrou? — de repente, todas as minhas últimas lembranças com Alyssa vem a tona: todos aqueles momentos felizes, todas as vezes que nos metíamos em encrenca, mas escapavamos. Aquilo me doía tanto:

— Eu fiz todas essas merdas porque a amo...


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