31 de Outubro escrita por Karry


Capítulo 3
31 de Outubro de 1972


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem-vindos a 1972 ♥
Boa leitura!



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31 de Outubro de 1972

Jantar de Dia das Bruxas em Hogwarts

— Que azar de Remo ficar doente justo no Halloween — reclamou Peter, mastigando seu pudim com tristeza.

— Olhe, já estou cansado de ver Remo sumir quase todo dia e ele não nos contar o por quê! — comentou James baixinho à mesa da Grifinória. Peter e Sirius se entreolharam e então voltaram os olhos para o garoto à sua frente — Qual é, vocês não acham suspeito?

— Suspeito o que? Que Remo vive doente e precisa ir para a ver a Madame Pomfrey? Não, não acho — resmungou Sirius de volta, agora dando atenção ao empadão de carne a sua frente.

— Ele disse que era contagioso, James, por isso não quer que visitemos ele na enfermaria — Peter murmurou baixo, próximo ao ouvido do Potter

James continuou sua argumentação sobre como achava suspeito que Remo vivesse doente todo mês e não os contasse que tipo de doença tinha, Peter lhe dava ouvidos mas Sirius já estava cansado da mesma conversa em todos os jantares que Remo sumia. Ele estava doente, e daí? Não havia nada que pudessem fazer a respeito, não eram curandeiros.

— Acho que deveríamos procurar a respeito de uma cura para a doença de Remo — comentou James sabiamente enquanto enfiava o garfo em uma torta

— Você só pode ser imbecil — Sirius revirou os olhos — Gente mais inteligente que você já procurou a cura, Potter, e não acharam.

— Deve ter algo sobre isso na biblioteca — James ficou com o olhar vazio, pensando nas inúmeras possibilidades.

— Talvez na área reservada — comentou Peter

— Você está falando exatamente igual à Evans — berrou Sirius.

A mesa da Grifinória parou para olhá-los. Lily, Marlene, Emmeline e Dorcas ergueram os olhos. O rosto de Lily quase mesclando com os cabelos acaju de tão vermelha. James sorriu para ela e ajeitou os óculos.

— Você ouviu isso, lírio? Sirius acha que somos parecidíssimos, almas gêmeas, eu diria.

Marlene gargalhou enquanto a amiga revirava os olhos e voltava sua atenção a conversa. James não parecia ter se abalado nem um pouco, muito pelo contrário, estava acostumado a ser ignorado por Líly Evans.

— E se for varíola de dragão? — disse Peter

— O que?

— Remo!

— Não é varíola dragonina — Sirius revirou os olhos mais uma vez, agora respondendo ao amigo gordinho com todo o deboche do mundo — O rosto dele é verde por acaso?

— Não… m-mas ele é cheio de cicatrizes.

— Do jeito que ele é um aluado do caralho, eu não duvidaria se fosse uma doença bem estúpida — comentou James

Ao final do jantar, Sirius, James e Peter foram à ala hospitalar. Pensaram em pegar a capa de James para irem escondidos, mas acabaram por desistir no meio do caminho. Quando chegaram a enfermaria, sua porta estava trancada.

— Alohomora — murmurou Sirius com a varinha em mãos

As portas se abriram e Peter quase desmaiou. Estava vazia, completamente vazia.

*

— Ok, então um dos nossos melhores amigos possivelmente é um lobisomem e ele não nos contou, mas, nós vamos continuar a ser amigos dele, certo? — James disse, a voz quase num sussurro.

A sala comunal da Grifinória estava vazia e Remo ainda estava fora de Hogwarts pois estava doente. Durante o resto da noite, James e Peter observaram as datas em que Remo desaparecia e elas sempre coincidiam com a época de lua cheia. Sirius ainda não achava que fosse possível, apesar de todas as provas, mas se fosse verdade, será que Dumbledore sabia? Se soubesse, como tinha permitido um lobisomem de estudar em Hogwarts? Era um absurdo.

Se dando conta do que havia acabado de pensar, Sirius sentiu-se horrível, pesado e enojado, como poderia pensar algo assim de Remo? Era um dos alunos mais brilhantes e aplicados de toda Hogwarts, se saía bem em todas as matérias, era o favorito dos professores graças à sua inteligência e dedicação. Dizer que Remo era um lobisomem simplesmente não havia sentido. Eram duas situações tão distantes, um monstro sanguinário e um aluno pacífico. Parecia até piada.

A porta do Salão se abriu e mais alguns alunos da Grifinória subiram para seus respectivos quartos. A barriga de Peter começou a fazer barulhos grotescos de filme, o que fez Sirius lhe entregar todos os doces que tinha guardado em seu malão.

— Será que ele volta hoje? — questionou Peter.

Mas Remo não voltou durante madrugada. Sirius e Peter quiseram dormir por volta das 3h, mas James não os deixou pregar os olhos em momento nenhum. O dia já estava amanhecendo quando ouviram passos entrando pela porta do Salão Comunal, os três se levantaram. Remo entrou pelo buraco na parede e parou diante dos três amigos, petrificado. Seu coração batendo acelerado.

O silêncio que havia se instaurado na sala passou a ser desconfortável.

— Aluado, nós já sabemos! — disse James, o peito estufado com ar de superioridade.

Remo começou a gaguejar milhões de pedidos de desculpas e chorou feito uma criança. Não deixou que ninguém falasse nada pois continuava a agradecer pela companhia e o carinho dos amigos, pediu para que não contassem a ninguém e disse que os amava mais do que tudo.

— Pare de ser idiota — Sirius revirou os olhos — O nosso grupo vai ficar bem mais legal agora que temos um lobisomem nele.


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Notas finais do capítulo

E essa super revelação sobre nosso amigo lupino? ahahaha
Sei que muita gente acha que os marotos descobriram sobre o Lupin no primeiro ano, mas não quis fazer o halloween passado com essa cena, é díficil de explicar, mas vamos fingir que o canon é esse hahahah
Beijos e até a próxima ♥



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