Adeus escrita por NaniSenpai


Capítulo 1
Porque, infelizmente, nada é para sempre.


Notas iniciais do capítulo

~*Ei!
Como vão? Espero que bem rsrs
O que há abaixo é o que há em meu coração sobre diversas perdas que venho sofrendo atualmente...
como uma escritora que perdeu uma fanfic, assim como seus favoritos, leitores e comentários, e tudo que os envolvem;
como uma amiga que, errou mais do que acertou, feriu mais do que cuidou, afastou mais do que aproximou, mesmo que a intenção fosse a contrária;
como uma pessoa que perdeu tudo o que havia conquistado por uma escolha, mas que não consegue lidar com as consequências;
como uma mulher que não consegue cuidar bem de seu lar, menos ainda de sua família;
como qualquer um que falhou, por qualquer coisa que desejou.
É isso! Prometo que esta é a última original que posto hoje, talvez até no mês. rsrs
Boa leitura!*~



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Eu pretendia calar este sentimento que tanto me aflige e corrói pouco a pouco, mas você sabe como sou, aprendo com meus erros, assim como aprendi a me abrir, mesmo que às vezes demore.

Você sumiu, desapareceu, e eu nem sei dizer quando foi que isso aconteceu, porque eu também havia sumido.

A surpresa foi grande quando vieram me contar. Nossa, eu simplesmente paralisei por algum tempo. E foi só neste momento que tive a empatia de imaginar como você deve ter ficado quando me afastei, entretanto, mais uma vez, me voltei para mim mesma e para o que ocorria no meu lado da história. “Insensível” até nessas horas. Sei que pode ouvir meu riso sarcástico direcionado a mim mesma.

Naquele momento, um filme se passou diante dos meus olhos. Inicialmente, era um filme lindo, cheio de alegria, surpresas, paixão, que logo se transformou em amor. Havia dedicação, borboletas no estômago e um frio na barriga...

Oh... tão bonito.

Depois, o que era colorido tornou-se cinza, nublado e sufocante, embora a culpa não tenha sido sua; eu não era mais capaz de me sentir feliz e grata pelo que você me oferecia, menos ainda realizada, por mais que você não saísse da minha mente nem por um segundo.

Uma doença que chegou aos poucos, comendo pelas beiradas, imperceptível, ganhou tanta força, tanto espaço, que era só o que eu sentia, me consumia.

Eu vi meus laços estreitando e logo desmanchando-se em meio ao vácuo do meu peito. Tudo isso dentro de mim, invisível como o ar, mas tão necessário e, por isso, tão palpável quanto.

As palavras e os sentimentos não me alcançavam. Aquela doença me cegou, me deixou surda, muda e insensível para tudo que eu amava.

Então veio a degradação total.

A repulsa dói tanto quanto o amor, porque, mesmo que uma parte do meu coração estivesse corrompido e odiando tudo aquilo sem motivo justificável, como se só existisse seu lado ruim, a outra parte gritava com todas as suas forças que ainda amava, amava tudo o que você era para mim e me dava.

Me odiei por intermináveis dias e mais ainda por incontáveis noites.

Hoje, ainda sinto como se estivesse contaminada por aquela doença, à espreita de cada olhar meu atento, cada ponta de interesse, cada evidência de que estou tentando voltar a ser saudável, consequentemente, tentando voltar para você...

É estranho. Agora eu percebo que, mesmo que em meu ínfimo, eu sei que você como um todo representa tudo aquilo que sou e tento ser, que almejo, que conquisto, que me faz bem, que há tantas partes de você como há de mim, e eu também sei que, ainda tenho muito de você, embora uma parte, só uma parte sua, tenha desaparecido.

O luto é o mesmo.

A dor é a mesma.

As outras partes de você precisam de mim, e eu quero voltar para elas, mas não posso fazer isso sem gravar em minha mente e coração o quanto a sua parte que desapareceu fará falta, principalmente diante de evidências de que você existiu.

Desaparecer não seria doloroso se não fosse por elas.

Ainda há notícias suas, antigas, claro, algumas de muito tempo atrás, outras de nem tanto. Assim como há provas de que você era importante, não só para mim. Só que quando as acesso, procurando me agarrar à uma esperança de serem vestígios da sua existência, elas somem, como você sumiu. E aí eu caio em mim. E aí a dor volta. E tudo me leva ao nada.

Contudo, há algo que quero lhe dizer: me perdoe pela ausência, me perdoe pela distância, me perdoe por ter me rendido à essa doença maldita, me perdoe por ainda chorar por você, me perdoe por ainda não ter te superado e o mais importante, me perdoe por mesmo assim ter seguido em frente.

Hipocrisia, não? Seguir em frente sem superar...

Soa patético, mas não há uma outra forma de confessar isso.

Acho que somente eu seria capaz de fazer uma coisa dessas, né? E você, muito provável, também sabia disso.

Isso é o que sinto por você, pelo seu todo e por você em partes, especialmente, nesta data, por sua parte que desapareceu.

Prometo lutar a cada dia para retomar o controle que essa doença me tirou para preservar as suas outras partes e fazê-las felizes, assim como elas me fazem.

Poderia dizer que um dia nos encontraremos, mas, infelizmente, agora você é só uma parte abstrata minha, por mais que seja muito, muito importante. Por ora, garanto que sempre farei jus ao seu legado, onde quer que eu vá e sobre o que quer que eu faça.

Não posso dizer que te superei, mas afirmo, com convicção, de que eu realmente posso seguir em frente sem olhar para trás, suportar a dor da sua perda e assimilar os golpes que sua ausência ainda me dará.

E é assim que me despeço permanentemente de você, com esse singelo adeus.


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Notas finais do capítulo

Sem mais; não há palavras que possam explicar o conteúdo acima.
Se gostaram, favoritem.
Se tiverem algo a dizer, mesmo que a si mesmo, diga.
Se houver algo para me dizerem, comentem.
Estarei aqui para vocês!
Ah, sim, se alguém aí tem uma teoria sobre qual doença é mencionada acima, fique à vontade para expor. Adoro conversar sobre pontos diferentes ou similares de vista! Rsrs
Até a próxima!*~



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