Choices of the heart - A seleção do príncipe escrita por DrewDeh


Capítulo 35
O príncipe esta morto


Notas iniciais do capítulo

Hey, chegamos ao fim da primeira temporada. Espero que tenham gostado da historia ♥ Ela é uma das minhas favoritas.
Bom, logo eu voltei aqui para avisar que a nova temporada foi postada. Tentarei voltar o mais rápido possível com essa fanfic. Muito obrigada por lerem. ♥



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Puxei uma boa quantidade de ar me sentando. Abri meus olhos tentando saber onde eu estava. Não conseguia lembrar do que tinha acontecido. Pisquei algumas vezes até me dar conta de que estava em uma terra cheia de grama e arvores. Engoli a seco respirando ofegante. Bufei frustrada por não conseguir me lembrar do porque estava aqui.  

Comecei a olhar para os lados, esperando achar algo para me ajudar a lembrar. Apoiei minhas mãos na terra me levantando, grunhi de dor e chequei meu corpo procurando algum problema visível. não achei nada de errado, com isso acabei ficando de pé, mesmo que minhas costas doessem muito.  

Minha cabeça latejou, levei a mão ate o local e senti arder, trouxe a mão para meu campo de visão vendo que sangrava. Comecei a andar em linha reta tentando achar alguém. Me lembrava de estar no avião indo para o palácio, então o avião deveria ter caído, certo?  

Uma grande ânsia de vomito me atingiu, me fazendo inclinar meu corpo colocando tudo para fora. Apoiei minhas mãos no joelho me recuperando, então me levantei. Eu não sentia nada bem, poderia desmaiar a qualquer momento ali mesmo.  

Vi alguém deitado, meu corpo se encheu de esperança me fazendo andar mais rápido até a pessoa. Me ajoelhei ao lado do corpo feminino e virei o mesmo, o ar faltou em meus pulmões e eu me senti sem chão. Kayla estava ali pálida, seu olhar não tinha vida, sua boca estava esbranquiçada e meio rachada. Virei seu corpo por completo vendo que sua cabeça estava aberta.  

Meu queixo começou a tremer, as lagrimas desciam pelo meu rosto de maneira desesperada. Quantas pessoas tinham morrido?  

—Kylie? — a voz de Astra me fez virar rapidamente para ela.  

—Astra! — disse me levantando, com dificuldade corri até a morena abraçando forte eu corpo. — Você está bem? — perguntei soltando e analisando seu corpo.  

—Desloquei meu braço, mas Louise colocou no lugar. Você achou a Kayla? — ela perguntou e eu assenti ficando ao seu lado.  

—Achei. Você sabe o que aconteceu? — a olhei enquanto se aproximava do corpo. Astra gritou ao notar que Kayla estava morta.  

—O que aconteceu? — uma criada perguntou se aproximando rapidamente. — Ai meu Deus! — ela se aproximo de Astra a segurando — Precisamos achar o resto do pessoal. — disse puxando Astra.  

Fitei a grama esperando elas voltarem. Nada disso parecia real, tinha que ser um pesadelo.  

—O avião teve um problema na turbina e em segundo caímos. — Astra falou se aproximando de mim — Já foram 5 mortos. — olhei em seus olhos vermelhos e a abracei.  

—Isso não pode ser verdade, Astra. — disse tentando parar de chorar.  

—Precisamos ir, meninas. — A criada falou e eu me afastei de Astra.  

—Acharam o príncipe? — perguntei as olhando, que se entre olharam.  

—Ainda não. — Astra falou e eu suspirei mordendo meu lábio. 

Caminhei ao lado delas, ainda estava desnorteada com tudo que estava acontecendo. Era para ser um voou tranquilo até o palácio.  

—Você está bem? — Astra perguntou ficando na minha frente, meus olhos queriam fechar e meus joelhos fraquejavam.  

—Estou. — disse a olhando, o que fez ela arquear a sobrancelha.  

—Onde se machucou? — perguntou se aproximando.  

—Minha cabeça, minha barriga, não sei. — falei parando de andar, me apoiei em um tronco para não cair no chão — Não é nada demais. Precisamos achar todo mundo. — disse respirando fundo, procurando forças para me manter em pé.  

—Você está pálida. — Astra falou segurando meus braços.  

—Parece um corte grande e profundo — a outra disse atrás de mim, virei a cabeça confirmando que ela analisava minha cabeça. — Temos que achar as partes do avião para ver se ainda tem os kits de primeiros socorros.  

—Temos que continuar, não a nada que possamos fazer paradas aqui. Vamos logo. — disse andando reto. Não sabia para onde estávamos indo.  

[..] 

Não sabia a quanto tempo estávamos andando, mas já tínhamos achados algumas criadas e seguranças mortos, assim como Laís. 

—Tem alguém aí? — a voz de Holly me fez olhar para os lados rapidamente.  

—Holly? — a chamei esperando ela falar algo para saber onde ela estava. 

—Kylie? Me ajuda. — pediu com um tom assustada e embargada pelo choro.  

—Estou indo, Holly. — falei andando na direção da sua voz.  

—Rápido, por favor. — ela falou e eu corri na direção da sua voz. Parei com os olhos arregalados vendo que o que deveria ser uma parte do avião em cima de seu braço esquerdo. — Me ajuda! — Holly pediu desesperada ao me ver.  

Andei rápido até aquele pedaço e tentei puxar. Fechei meus solhos sentindo tudo doer e mordi meu lábio tentando conter a dor. Astra e Louise me ajudaram, assim conseguimos tirar a porta do avião de seu braço. Holly se levantou e Louise foi ajudava.  

—O que aconteceu? — ela perguntou nos olhando.  

—O avião caiu. — Louise falou enfaixando o braço dela com um pedaço de seu vestido.  

—Onde está a Joice e a Lara? — ela nos olhou já querendo chorar.  

—Achamos a Lara sem vida, mas ainda não vimos a Joice. — Holly começou a chorar pela morte de sua criada e eu desviei meu olhar lembrando de Kayla. Ela estava ao meu lado e agora esta morta.  

—Precisamos achar o resto do pessoal. — disse caminhando para onde estávamos antes de Holly chamar.  

—Ela está sangrando. — Holly falou aterrorizada. 

—Sim, precisamos de um kit de primeiros socorros. — Louise falou.  

[..] 

Escutávamos vozes de outras selecionadas. Andamos mais rápido chegarmos perto delas. Rapidamente procurei Justin, mas sem sucesso de encontra-lo. 

—Kylie! — Nicolas gritou e eu me virei vendo ele sorrindo largo — Deus! Achei que você tivesse morta. — ele falou aliviado, de surpresa me abraçou, retribui.  

—A Kayla morreu. — disse voltando a chorar em seu ombro. — Tanta gente morreu, ainda bem que você não está na lista.  

—Sim, muitas criadas e alguns seguranças nenhuma selecionadas até agora.  

—Laís morreu, vimos o corpo dela. — disse me afastando dele, que estava triste. — Cadê o príncipe? — questionei vendo que ele não estava ali.  

—Ainda não achamos. — Ele me virou — Você precisa cuidar disso. — Assenti. — Algumas aeromoças sobreviveram e acharam os kits de primeiro socorro, elas vão te ajudar. Vem! — ele me levou até onde elas estavam, vi que já cuidavam da Holly, assim como de Astra.  

—Quando vamos sair daqui? — perguntei me sentando na grama rala, próximo a um lago.  

—O piloto falou que em 4 horas no máximo. Já devem estarem vindo. — Nicolas falou e eu sorri de lado. — Vou procurar o pessoal, não saia daí.  

—Pode deixar. — disse e fitei a água.  

—Você machucou algo, além da cabeça? — uma aeromoça perguntou e eu neguei.  

—Pelo menos não que eu sabia. — disse e ela pegou um kit começando a limpar minha cabeça. Gemi sentindo aquilo arder.  

—Pronto. — Me levantei e me aproximei do lago colocando meu pé dentro da água limpinha. Abracei meus joelhos encostando meu queixo neles.  

Se eu tivesse em casa isso não aconteceria. Ava tinha me infernizado por uma semana, por causa de Brian. Como ela conhecia ele? Por que Kayla tinha que ter morrido? E a Lais? Elas não mereciam isso. Fechei meus olhos deixando as lagrimas caírem pelo meu rosto.  

Estava começando a soluçar, quando senti algo toca minha perna. Abri meus olhos vendo um sapato social. Varri o lago procurando algo ali e então meu coração apertou. Me levantei rapidamente correndo lago a dentro até o corpo que flutuava no meio do lago.  

—Kylie? — Escutei Holly gritar — Para onde está indo? — ela gritou novamente e eu imaginei que todos me olhavam, mas eu não me importava. O chão começou a sumir dos meus pés e eu tentei nadar, não era meu forte, mas eu queria chegar ao corpo.  

—Ela não sabe nadar! — Astra gritou e eu tentei bater as pernas para me manter na superfície, o que não adiantou muito já que eu estava começando a engolir agua.  

—Kylie! — Nicolas gritou e eu escutei um barulho de água sendo lançada. Encostei no corpo gelado e tentei voltar.  

Minhas pernas não aguentavam mais balançar, o que me fez começar a afundar. Bati os braços tentando voltar, mas a água começava a subir e eu afundar. O desespero tomou conta do meu corpo e eu tentava subir, me levando ainda mais para baixo. Olhei para o corpo e de maneira distorcida vi o rosto de Justin.   

Algo puxou meu braço e eu comecei a subir. Pouco tempo depois, eu estava na beira do lago tossindo.  

—O que você fez? — Astra perguntou em um tom bravo.  

—É o... Justin — disse tentando respirar fundo, mas parecia ainda ter agua em meus pulmões. Astra que estava se abaixando se levantou olhando para o lago.  

Voltei a tossir fazendo o resto da água sair. Me virei vendo Nicolas sair com Justin pálido, deitou o corpo do príncipe na grama e começou a fazer uma massagem em seu peitoral.  

—Você precisa de algo? — uma criada perguntou e eu me apoiei nela para me levantar.  

Me ajoelhei ao lado do corpo e Nicolas me olhou, seu olhar transmitia pena. Justin estava extremamente pálido, seus lábios estavam roxos.  

—Não! — disse ao ver Nicolas parando de empurrar o peitoral. — Isso não! — falei olhando seu rosto sem vida.  

—Eu sinto muito. — Nicolas falou, balancei a cabeça negando. Não poderia ser verdade. Justin não poderia estar morto.  

—O que aconteceu? — uma aeromoça perguntou 

—O príncipe está morto! — Nicolas disse alto para que todos ali escutassem. Eu fitava a grama me sentindo sem forças, impotente e sem chão.  

Parecia que tinham tirado parte de mim, eu não sabia o que fazer, como agir. Nem chorar eu conseguia. Algo quente foi colocado em meus ombros e Nicolas me pegou no colo, o moreno me sentou na frente de uma arvore e ajeitou a manta para me manter aquecida.  

Abracei meu corpo, meus olhos se encheram de lagrimas enquanto eu olhava sem piscar para o corpo de Justin estirado na grama. Como isso tinha acontecido? Por que Deus? Olhei ao redor vendo todos sem saber o que fazer e chorando.  

—Vamos procurar o resto. — Alguém disse fazendo algumas criadas e seguranças se levantarem, até algumas aeromoças foram. Astra ficou ali perto me olhando.  

Meu estomago doía, assim como minha cabeça. Não aceitava que Justin estava morto. Eu não tinha um pingo de sorte no amor. Me virei rapidamente vomitando mais uma vez. Passei o pano na boca e arregalei os olhos ao ver sangue. Isso não era coisa boa.  

Me levantei e caminhei lentamente até me ajoelhar ao lado do corpo de Justin. Meu corpo tremia como nunca tinha tremido, eu nunca tinha sentindo essa dor, era uma mistura de ódio com tristeza que não parecia ter fim. Ele tinha me deixado, depois de tudo. Passei minha mão pelo seu rosto e fechei meus olhos fazendo algumas lagrimas descerem. Sua pele estava tão gelada que estava me deixando com frio. Abri meus olhos novamente e ele continuava ali sem vida.  

Coloquei minha mão em seu peitoral olhando atentamente, na esperança de sentir sua respiração ou um batimento. Deitei minha cabeça em seu tórax e fechei os olhos. Ele não poderia ter ido, não desse jeito, não agora.  

Não, não, não. NÃO!  

Ergui meu corpo soltando a manta, não conseguia respirar. Coloquei a mão no pescoço e desci um pouco puxado a gola do vestido que usava. Puxei até escutar ela rasgar, engoli a seco tentando respirar, parecia que todo o oxigênio tinha sumido da superfície terrestre.  

—Você precisa ter calma. — Astra falou ao meu lado — respira devagar. — disse demonstrando. Imitei ela, conseguindo aos poucos voltar a respirar normalmente.  

—Obrigada. — Sorri de lado e ela tocou meu ombro, na tentativa falha de me confortar. Sorri tentando fingir está bem, Astra se levantou e se afastou.  

Coloquei minhas mãos sob o tronco do loiro e sorri de lado, os momentos juntos passavam pela minha mente e eu sorria largo com uma grande saudade. Aproximei meu rosto do dele.  

—Eu te amo! — murmurei com dificuldade por causa do choro e beijei seus lábios. — Como eu nunca amei ninguém. — disse e me deitei ao lado do seu corpo, colocando minha cabeça em seu peitoral. — Amo muito, muito... — não conseguia terminar de falar, apenas chorar.  

Eu nunca mais sentiria seu toque, seu cheiro, seus lábios nos meus. Oh céus! Eu só o queria de volta. 

Queria achar uma lâmpada mágica para usar um desejo e Justin voltar a viver. Por que Deus era tão cruel?  

Abri meus olhos e me afastei dele, estava com muito frio. Então como uma lâmpada se acendeu em minha mente. Fechei meus olhos ajeitando minha postura e deixei minhas mãos sob seu corpo começando a repetir mentalmente a frase de cura.   

—Mais que merda! — gritei furiosa e bufei. Era para ter dado certo. — Merda! Merda!   

Uma enorme vontade de gritar e quebrar tudo surgiu dentro de mim, me fazendo apertar as roupas molhadas de Justin e gritar com toda a força que eu tinha.   

—Kylie, vem — Astra falou calmamente, me puxando para trás.   

—Não! Me deixa. — disse balançando meu corpo para me livrar de suas mãos.   

—Você precisa se aquecer. — ela falou me puxando novamente. — Seu curativo está sangrando, por favor, vem.   

Soltei as roupas dele e fui com Astra. Ela trocou o curativo e eu fiquei fazendo pressão para parar de sangrar. Astra se sentou ao meu lado e eu encostei minha cabeça no tronco da arvore. Me sentia esgotada, parecia que algo tinha sugado tudo que estava me deixando acordada.   

Minha respiração começou a ficar lenta e minha cabeça a latejar. Tentei manter meus olhos abertos, mas não durou muito.  

Eu já não sabia a quanto tempo estava tentando me manter consciente, abri meus olhos com um grito agudo. Minha visão estava embasada, pisquei tentando focar no que estava acontecendo. Várias pessoas estavam em volta do corpo de Justin. Engoli a seco tentando puxar o máximo de ar que conseguia.  

—Ele está vivo! — alguém gritou e eu me mexi vendo pelas pernas do povo Justin se mexendo.  

Isso não era possível, eu estava delirando. Ele está morto, eu vi, eu senti. Não é real.  

Meus olhos fecharam, mas eu tentei abrir novamente tendo uma visão melhor do Justin sentado, colocaram uma manta sobe ele, sorri de lado. Ele não tinha me deixado.  

Meu corpo foi virando para o lado até que eu fechei os olhos e não tive mais forças para abri-los. Não precisava, ele estava bem e era tudo que importava.  


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