Sensações - A filha de Snape escrita por Caah


Capítulo 11
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

HELLOOOOOOOOU MEUS AMOREEES!!!!!!

Sei que fiquei mais tempo sem postar, sorry! Estudos estão acabando com minha vida social!
MAAAAS!!! Para recompensa-los hoje teremos DOIS capitulos!

Boa leitura



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Harry foi levado enfim para a enfermaria. Madame Pomfrey não ficou nada satisfeita.

— Você deveria ter vindo me procurar diretamente! – dizia furiosa, erguendo a lamentável sobra do que fora, meia hora antes, um braço útil. – Posso emendar ossos num segundo, mas fazê-los crescer outra vez...

— A senhora vai conseguir, não é? –Harry perguntou desesperado.

— Claro que vou, mas vai ser doloroso – disse Madame Pomfrey sombriamente, atirando um pijama para Harry. – Você vai ter que passar a noite...

Hermione e Sara esperavam do outro lado da cortina que fora fechada em torno da cama de Harry, enquanto Rony o ajudava a vestir o pijama. Rony disse que levou algum tempo para enfiar na manga o braço mole e sem ossos.

— Como é que você consegue defender o Lockhart agora, Hermione, hein? – Rony perguntou através da cortina enquanto puxava os dedos inertes de Harry pelo punho da manga. – Se Harry quisesse ser desossado ele teria pedido.

— Pois é Hermione, como vai defender aquele patife agora? — Sara perguntou com desdém.

— Qualquer um pode se enganar – respondeu Hermione. – E não está doendo mais, está Harry?

— Não. Mas também não faz mais nada.

Hermione, Sara e Madame Pomfrey deram a volta à cortina. Madame Pomfrey vinha segurando um garrafão de alguma coisa rotulada Esquelesce.

— Você vai enfrentar uma noite difícil – disse, servindo um copo grande de boca larga e fumegante e entregando-o a Harry. – Fazer ossos crescerem de novo é uma coisa complicada.

E tomar Esquelesce, também. O líquido queimou a boca e a garganta de Harry e desceu, fazendo-o tossir e cuspir. Ainda lamentando os esportes perigosos e os professores ineptos, Madame Pomfrey se retirou, deixando-os ajudarem Harry a engolir um pouco de água.

— O importante é que ganhamos! — Sara exclamou feliz. — E você devia ter visto a cara do Malfoy, haha! Foi simplesmente impagável! — Comentou enquanto gargalhava sendo acompanhada por Rony.

— Eu queria saber como foi que ele alterou aquele balaço – disse Hermione.

— Podemos acrescentar mais esta à lista de perguntas que vamos fazer a ele quando tomarmos a Poção Polissuco – disse Harry deixando-se afundar nos travesseiros. – Espero que tenha um gosto melhor do que esta coisa...

— Sim é claro! Afinal, as unhas dos pés dos alunos da sonserina devem ter um gosto excêntrico, não acha? — Sara comentou ironicamente, arrancando caretas dos dois garotos.

A porta do lugar se escancarou naquele momento. Imundos e encharcados, os demais jogadores da Grifinória chegaram para ver Harry.

— Incrível aquele voo, Harry – disse George. – Acabei de ver Marcos Flint berrando com Draco. Estava falando alguma coisa sobre ter o pomo sobre a cabeça e nem notar. Draco não parecia muito feliz.

— Seria uma novidade se estivesse. — Sara comentou para si mesma.

Os jogadores tinham trazido bolos, doces e garrafas de suco de abóbora que arrumaram em volta da cama de Harry e davam início ao que prometia ser uma festança, quando Madame Pomfrey apareceu como um tufão, gritando:

— Esse menino precisa de descanso, precisa fazer crescer trinta e três ossos! Fora! FORA!

E todos saíram reclamando. Sara resmungava algo como desperdiçar aquele tanto de comida, e desferia tapas nos gêmeos, que tentavam por os braços ao redor do pescoço da ruiva, dizendo algo como “Saiam vocês dois! Estão molhados!”

E então seguiu para o salão comunal da Corvinal, se preparando para tentar ter uma noite agradável.

(...)

No outro dia, Sara encontrou Harry vagando perto do salão da Grifinoria. Seu braço já parecia está bem melhor, o que a fez sorrir aliviada e correr até ele.

— Harry! — Gritou abraçando o irmão. — Como você está?

— Oi Sara! Estou bem melhor, graças a madame Pomfrey e aquela porção de gosto horrível! — Fez uma careta que rendeu uma risadinha da menor.

— Anda, vem! Vamos encontrar Ron e Hermione no banheiro da Murta! — Avisou puxando o irmão pelo braço.

Quando chegaram no banheiro entraram se deparando com Hermione e Rony espremidos em um boxe, Harry logo tratou de se espremer lá também, enquanto Sara se contentou em apenas ficar na porta.

— Harry! Você nos deu um baita susto, entre, como está o seu braço?

— Ótimo.

No lugar havia um velho caldeirão encarrapitado em cima do vaso e uma série de estalos informou que os amigos tinham acendido um fogo embaixo. Conjurar fogos portáteis, à prova de água, era uma especialidade de Hermione.

— Pretendíamos ir ao seu encontro, mas decidimos começar a Poção Polissuco – explicou Rony – Decidimos que este era o lugar mais seguro para escondê-la.

Harry começou a contar aos três o que acontecera com Colin, mas Hermione o interrompeu.

— Já sabemos, ouvimos a Profa McGonagall contar ao Prof. Flitwick hoje de manhã. Foi por isso que decidimos começar...

— Quanto mais cedo a gente obtiver uma confissão de Draco, melhor – rosnou Rony. – Sabem o que é que eu penso? Ele estava tão furioso depois do jogo de quadribol, que descontou no Colin.

— Mas há outra coisa – disse Harry, observando Hermione picar feixes de sanguinárias e jogá-los na poção. – Dobby veio me visitar no meio da noite.

— Dobby? O elfo que esteve na casa dos Dursley antes do inicio das aulas? — Sara perguntou surpresa.

Já Rony e Hermione ergueram a cabeça, espantados. Harry contou tudo que Dobby dissera – ou deixara de contar a ele. Os três escutaram boquiabertos.

— A Câmara Secreta já foi aberta antes?! – Sara meio que gritou.

— Isso esclarece tudo – disse Rony em tom triunfante. – Lúcio Malfoy deve ter aberto a Câmara quando esteve aqui na escola e agora ensinou ao nosso querido Draco como fazer o mesmo. É óbvio. Mas eu bem gostaria que Dobby tivesse lhe dito que tipo de monstro tem lá dentro. Quero saber como é que ninguém reparou nele rondando a escola.

— Talvez ele consiga ficar invisível – disse Hermione, empurrando as sanguessugas para o fundo do caldeirão. – Ou talvez possa se disfarçar, fingir que é uma armadura ou uma coisa qualquer, já li a respeito de vampiroscamaleões...

— Você lê demais, Hermione – disse Rony, despejando os hemeróbios mortos por cima das sanguessugas. Amassou o saco vazio e olhou para Harry.

— Eu não vejo problemas nisso. — Sara comentou observando a garota preparar a porção.

— Então o Dobby impediu a gente de pegar o trem e quebrou o seu braço... — Ele abanou a cabeça. — Sabe de uma coisa, Harry? Se ele não parar de tentar salvar a sua vida vai acabar matando você.

A notícia de que Colin Creevey fora atacado e agora se achava deitado como morto na ala hospitalar espalhou-se pela escola inteira até a manhã de domingo. A atmosfera carregou-se de boatos e suspeitas. Os alunos do primeiro ano agora andavam pelo castelo em grupos unidos, como se tivessem medo de ser atacados, caso se aventurassem a andar sozinhos.

Gina Weasley, que se sentava ao lado de Colin Creevey na aula de Feitiços, parecia atormentada, Sara pensou que o motivo era que porque Fred e George estavam tentando animá-la do jeito errado. Revezavam-se para assaltá-la pelas costas, cheios de pelos e pústulas. Só pararam quando Percy, apoplético, ameaçou escrever à Sra. Weasley e contar que Gina estava tendo pesadelos. E também por que deviam está cansado de levarem tapas na nuca pela ruiva que sempre que podia ficava nas pontas dos pés para acertar a nuca dos mesmos e repreende-los.

Na segunda semana de dezembro, quando Minerva foi anotar o nome dos alunos que ficariam para o Natal na escola, Sara, Harry, Hermione e Rony assinaram. Boatos diziam que Draco também ficaria na escola, o que fez os garotos ficarem ainda mais desconfiados do sonserino.

Os grifinorios ficaram responsáveis por pegar os ingredientes que faltavam e que se encontravam no estoque do professor Snape. Então enquanto eles estavam lá na aula de porções, a ruiva estava tendo aula de Herbologia com os alunos da Lufa-Lufa.

Uma semana mais tarde, Sara ficou sabendo pelos gêmeos que iriam reabrir o clube de duelos, e a primeira reunião seria naquela noite. Como não tinha nada para fazer, acabou aceitando ir, então as oito da noite se encontrou com Fred e George no salão principal.

— Quem vocês acham que será o professor? — Sara perguntou. — Eu aceito todos de bom grado, menos o Gilderoy Lo... — A frase morreu lentamente quando viu o Lockhart subir no palco que havia ali no salão, mas uma coisa que surpreendeu Sara foi o fato de o professor Snape o acompanhar.  — Sinto muito garotos, mas eu não participo mais! — Falou dando alguns passos para trás.

— Ah, qual é Lana! Vai perder uma chance de diversão dessas, por causa de um babaca como o Lockhart? — George perguntou.

— Aproximem-se, aproximem-se! Todos estão me vendo? Todos estão me ouvindo? Excelente! O Prof. Dumbledore me deu permissão para começar um pequeno Clube de Duelos, para treiná-los, caso um dia precisem se defender, como eu próprio já precisei fazer em inúmeras ocasiões, quem quiser conhecer os detalhes, leia os livros que publiquei. Deixem-me apresentar a vocês o meu assistente, Prof. Snape. — disse Lockhart, dando um largo sorriso. — Ele me conta que sabe alguma coisa de duelos e desportivamente concordou em me ajudar a fazer uma breve demonstração antes de começarmos. Agora, não quero que nenhum de vocês se preocupe, continuarão a ter o seu professor de Poções mesmo depois de eu o derrotar, não precisam ter medo!

— Há! Até parece! — Sara comentou com desdém.

— Eu até iria apostar no Snape, mas é tão obvio que ele vai ganhar. — Fred comentou observando os professores se virarem um para o outro e se cumprimentaram com uma reverência, pelo menos, Lockhart cumprimentou com muitos meneios, enquanto Snape curvou a cabeça, irritado. Em seguida, os dois ergueram as varinhas como se empunhassem espadas.

— Como vocês veem, estamos segurando nossas varinhas na posição de combate normalmente adotada – disse Lockhart aos alunos em silêncio. – Quando contarmos três, lançaremos os primeiros feitiços. Nenhum de nós está pretendendo matar, é claro.

— Um... dois... três...

Os dois ergueram as varinhas acima da cabeça e as apontaram para o oponente, Snape exclamou:

— Expelliarmus! – Viram um lampejo vermelho ofuscante e Lockhart foi lançado para o alto: voou para os fundos do palco, colidiu com a parede, foi escorregando e acabou estatelado no chão.

Sara abafou um riso, enquanto os alunos da sonserina davam vivas.

— Muito bem! – disse, cambaleando de volta ao palco. – Isto foi um Feitiço de Desarmamento, como viram, perdi minha varinha, ah, muito obrigado, Srta. Brown... sim, foi uma excelente demonstração, Prof. Snape, mas se não se importa que eu diga, ficou muito óbvio o que o senhor ia fazer. Se eu tivesse querido detê-lo teria sido muito fácil, mas achei mais instrutivo deixá-los ver...

Snape tinha uma expressão assassina no rosto. Lockhart possivelmente notou porque acrescentou:

— Chega de demonstrações! Vou me reunir a vocês agora e separá-los aos pares. Prof. Snape, se o senhor quiser me ajudar...

Sara que já havia tido que não iria participar apenas ficou olhando os professores escolherem os pares. Lockhart juntou Neville com Justino Finch, e Snape juntou Rony com Simas, já Harry teve de formar dupla com Malfoy (Sara achou isso uma péssima idéia) e Hermione com uma garota da sonserina.

— De frente para os seus parceiros! – mandou Lockhart, de volta ao palco. – E façam uma reverência! Preparar as varinhas! – gritou. – Quando eu contar três, quero que lancem seus feitiços para desarmar os oponentes, apenas para desarmá-los, não queremos acidentes, um... dois... três...

Sara viu Draco lançar uma magia em Harry que revidou apontando a varinha direto para Draco e gritou:

— Rictusempra!

Um jorro de luz prateada atingiu Draco no estômago e ele se dobrou, com dificuldade de respirar.

— Eu disse desarmar apenas! – gritou Lockhart assustado por cima das cabeças dos combatentes, quando Draco caiu de joelhos, Harry o golpeara com o Feitiço das Cócegas, e ele mal conseguia se mexer de tanto rir.

Draco retomou o fôlego e apontou a varinha em direção aos joelhos do irmão e disse meio engasgado: “Tarantallegra!”, e no segundo seguinte viu as pernas de Harry começaram a sacudir descontroladas numa espécie de marcha rápida.

— Parem! Parem! – berrou Lockhart, mas Snape assumiu o controle.

— Finite Incantatem! – gritou ele, os pés de Harry pararam de dançar. Draco parou de rir e eles puderam erguer a cabeça.

Sara então resolveu ver como estava o lugar. Neville e Justino estavam caídos no chão, ofegantes, Rony estava segurando um Simas branco feito papel, pedindo desculpas pelo que sua varinha quebrada pudesse ter feito, mas Hermione e Emília Bulstrode ainda lutavam, Emília dera uma chave de cabeça em Hermione, que choramingava de dor, as varinhas das duas jaziam esquecidas no chão. Sara correu até elas e fez Emília soltar Hermione. Foi difícil: a garota era muito maior do que ela.

— Ai, ai-ai, ai-ai! – exclamou Lockhart, passando por entre os duelistas, para ver o resultado das lutas. – Levante, Macmillan... Cuidado, Miss Fawcett... Aperte com força, vai parar de sangrar em um segundo, Boot... Acho que é melhor ensinar aos senhores como se bloqueia feitiços hostis! Vamos arranjar um par voluntário, Longbottom e Finch-Fletchley, que tal vocês...

— Uma má ideia, Prof. Lockhart – disse Snape – Longbottom causa devastação até com o feitiço mais simples. Vamos ter que mandar o que sobrar de Finch-Fletchley para a ala hospitalar em uma caixa de fósforos. – O rosto redondo e rosado de Neville ficou ainda mais rosado. – Que tal Malfoy e Potter? – sugeriu Snape com um sorriso enviesado.

— Ótima ideia! – disse Lockhart, fazendo um gesto para Harry e Draco irem para o meio do salão, enquanto os demais alunos se afastavam para lhes dar espaço.

— Agora, Harry – disse Lockhart. – Quando Draco apontar a varinha para você, você faz isto.

Ele ergueu a própria varinha, tentou um complicado floreio e deixou-a cair. Snape abriu um sorriso quando Lockhart a apanhou depressa, dizendo:

— Epa, minha varinha está um tanto excitada demais...

Sara observou Snape aproximar-se de Draco, curvar-se e sussurrar alguma coisa em seu ouvido. O garoto riu também.

— Professor, podia me mostrar outra vez como se bloqueia? — Harry perguntou.

— Faça exatamente como fiz, Harry!

— O quê, deixar cair a varinha?

— Esse cara é muito idiota! — Sara resmungou revirando os olhos.

— Três... dois... um... agora! – gritou ele.

Draco ergueu a varinha depressa e berrou:

— Serpensortia!

A ponta de sua varinha explodiu. Sara observou, assustada, uma comprida cobra preta se materializar, cair pesadamente no chão entre os dois e se erguer, pronta para atacar. Os alunos gritaram recuando rapidamente, abrindo espaço.

— Não se mexa, Potter – disse Snape tranquilamente, sentindo visível prazer de ver Harry parado imóvel, cara a cara com a cobra irritada. – Vou dar um fim nela...

— Permita-me! – gritou Lockhart.

— Não, não permitam! — Sara resmungou frustrada.

Ele brandiu a varinha para a cobra, ao que se ouviu um grande baque, a cobra, em lugar de desaparecer, voou três metros no ar e tornou a cair no chão com um estrondo. Enraivecida, sibilando furiosamente, ela deslizou direto para Justino Finch-Fletchley e se levantou de novo, as presas expostas, armada para o bote.

Sara arregalou ainda mais os olhos quando viu o irmão falar em uma língua que ela não conhecia, e a cobra parecia entende-lo.

— De que é que você acha que está brincando? – gritou, e antes que Harry pudesse responder alguma coisa, Justino virou-lhe as costas e saiu do salão enfurecido.

Snape se adiantou, acenou a varinha e a cobra desapareceu com uma pequena baforada de fumaça preta. Snape, também, olhou Harry de modo inesperado: era um olhar astuto e calculista.

Sara foi junto de Hermione e Rony tirar o irmão dali, enquanto ouvia os sussurros dos alunos.

Quando chegaram no salão comunal da Grifinoria Sara notou está vazio então nem se importou de entrar. Rony empurrou Harry em uma poltrona antes de dizer:

— Você é um ofidioglota. Por que não nos contou?

— Eu sou o quê? – perguntou Harry.

— Um ofidioglota! – disse Rony. – Você é capaz de falar com as cobras!


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