Hero escrita por lady riot


Capítulo 2
Eu encontro um Homem-touro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, me desculpem pela demora, mas é que eu estou super aperriada com os estudos... Acho que apartir do dia 15 eu vou poder postar todos os dias, um dia aqui, outro em Maremoto (que já está decidido, vai ter continuacao! aEEEEee
Entao, saboreiem o cap e beijocas caramelosas (#nojo) hehehe



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UM: Eu encontro um homem-touro





Nós estávamos a caminho do lugar que eu mais amo no mundo. À medida que nós nos aproximávamos da praia, os olhos da minha mãe ficavam mais claros e a expressão dela ia relaxando. Ela também amava o lugar.

Tudo estava indo muito bem até o momento que uma vaca caiu do céu diretamente na frente do carro de Gabe. Para desviar minha mãe virou o carro para fora da estrada, mas a velocidade que estávamos o carro acabou capotando.

Eu senti uma dor aguda no lado direito da cabeça e gemi. Vi que o vidro do passageiro ao meu lado estava trincado como se alguém tivesse chutado uma bola nele; provavelmente eu bati a cabeça.

- Percy? – perguntou a minha mãe preocupada

- Eu estou bem.

- Venha eu te ajudo a sair. – minha mãe disse já me puxando para fora do carro.

O sol estava muito forte por causa do horário. Nós não devíamos estar muito longe do litoral porque eu já podia sentir a maresia. O carro de Gabe estava totalmente amassado na capota, o vidro da frente estava quebrado e tinha perdido os retrovisores.

Tudo bem, disse a mim mesmo, E daí se o Gabe vai me culpar por ter estragado o carro dele? Ele é um idiota!

Minha mãe olhava para vaca e para o céu como se quisesse descobrir como a vaca fez aquilo; ou, o que é ainda mais intrigante, porque ela fez aquilo.

A maresia trouxe um cheiro de animal morto, em decomposição, até nós e eu vi minha mãe olhar para a estrada apavorada.

- Percy – ela disse desesperada - Nós temos que sair daqui. Agora.

Eu queria saber o porquê, mas algo em mim – além do instinto de sempre obedecer a minha mãe – me dizia que nós tínhamos que sair o mais de pressa possível da estrada, ir ao mar; mas nós não tivemos tempo de sair do lugar: uma segunda vaca voadora caiu em cima (ou seria embaixo, já que o carro está de ponta cabeça?) do carro de Gabe o amassando contra o asfalto e o sujando de sangue.

- Venha Percy.
Minha mãe agarrou minha mão e começou a me puxar para dentro da mata. Nós corríamos, não sei do que, só sei que era algo muito fedido e que mugia.

- Não olhe Percy, apenas corra! – disse minha mãe quando o bicho berrou mais uma vez e eu fiz menção de olhar para trás, mas mesmo assim eu olhei. Juro que foi involuntário e mais forte do que eu, mas o que eu vi não parecia ser real.

Era um cara. Ou, ao menos, tinha o corpo de um cara; mas a cabeça era estranha. A mata estava escura, isso é certo, mas ele não estava muito longe – eu diria que até mais perto do que eu acharia seguro – e parecia ter uns galhos na cabeça... Como os antigos ingleses quando faziam celebrações para o Galhardo, o deus da virilidade. Com uma pequena diferença: esse cara aí mugia!

- Mãe – perguntei chocado – Aquilo é um Mino...

- Não diga o nome dele! – minha mãe ainda me arrastava floresta a dentro, ou talvez fosse floresta a fora já que eu acho que já passamos da metade... – Os nomes têm poder.

Se eu fosse um pouco mais esperto naquela época eu teria entendido isso como uma dica para recorrer aos deuses, mas como inteligência nunca foi o meu forte eu apenas calei a boca e acelerei o passo.

O bicho parecia estar cada vez mais próximo. A sensação era a de estar correndo de um carro de corrida em um autódromo, enquanto nós andávamos um metro, ele andava cinco. Quando, finalmente, pudemos avistar a praia eu senti um alivio como se nós já estivéssemos a salvo.

Esse foi o meu erro. Eu abaixei a guarda, não que eu já soubesse disso naquela época; eu sequer acreditava em monstros mitológicos, muito menos que eu era filho de um deus grego que não se importa comigo; e eu paguei um preço muito alto por esse meu erro: a minha mãe.

Eu senti meus pés afundarem na areia da praia no mesmo instante que o homem-touro me acertou e me jogou de volta para dentro da floresta. Eu não sei ao certo o que aconteceu depois porque eu apaguei, mas me pareceu que a intenção do bicho era ficar entre mim e a minha mãe, que ainda estava na praia totalmente desesperada.





O próximo capítulo:
Eu encontro um cara louco




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