Bulma e Vegeta - A incógnita dos três anos escrita por Cordelia Morning MIC


Capítulo 17
Capítulo 16 – O Baile Parte III (Nada sai como o planejado)


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, fiquei doente!

Mas aí está mais um capítulo!!



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Chichi acompanhava o cientista pelo corredor deserto até uma sala reservada, estava animada, seus planos pareciam estar finalmente dando resultado. Assim, que conseguisse um bom professor para seu filho, iria arrumar um bom emprego para o marido. Ele era o homem mais forte do mundo, não deveria ser tão difícil conseguir isso. Iria finalmente ter a família perfeita que sempre sonhara quando jovem, um marido trabalhador e um filho como um renomado pesquisador.

A conversa durou pelo menos mais meia hora, os dois estava num grande sofá da sala reservada. Chichi mantinha uma distância segura do homem, mas a cada palavra que dizia a distância diminuía e ela nem percebia. Quando terminava de contar como tinha organizado a rotina de estudo de Gohan ela o encarou, foi então, que percebeu como o homem estava próximo de si. Se arrastou no sofá tentando se afastar mais, mas o homem segurou seu rosto com delicadeza a encarando com olhos languidos.

— Acho melhor voltarmos para festa... – Falou a morena se livrando da mão do homem e se levantando. Porém foi seguida pelo homem que segurou seu braço puxando para junto de si no sofá.

— Onde pensa que vai linda gazela, não precisa fugir de mim, eu sei que você quer isso tanto quanto eu.- Falou o Doutor Dandi com uma voz mansa, dando um sorriso galanteador. – Vestida desse jeito, vindo com essa história de educação para o filho... Já vi muitas jovens arrumarem desculpas para ter minha companhia mas a sua com certeza foi a mais convincente! – Começou a olhar o horizonte com um sorriso galante, pensando como a noite seria boa. Um verdadeiro erro de sua parte, pois não percebera a mudança em Chichi que havia mudado o semblante assustado para um assustador, seu corpo estava sendo tomado por toda sua ira sendo envolvida por uma fina e poderosa linha de Ki. – Não se preocupe vamos nos divertir muito essa noite sei exat...

Mas ele nem conseguiu terminar a frase, quando virou-se para a mulher viu a própria face do demônio o encarando com os punhos fechados e uma veia saltando em sua testa. Os olhos pareciam até vermelho de tão brava que estava. Ela rapidamente se soltou do fraco cientista, e o prendeu numa chave de braço, o homem se debatia em vão tentando se livrar das mãos fortes da mulher. Porém, Chichi havia sido tomado por seu próprio ódio, não via mais nada, o arremessou longe, derrubando uma mesa e tudo que estava em cima dela.

— O QUE VOCÊ PENSA QUE EU SOU, SEU DELIQUENTE!!!!??? EU SOU UMA MÃE DE FAMÍLIA, CASADA!! SEU PERVERTIDO!!- Gritava com todo os seus pulmões enquanto levantava o sofá prestes a jogar no cientista que já se encolhia num canto da sala morrendo de medo, nunca vira algo assim.

Os guarda-costas, que estavam do lado de fora, entraram na sala se aproximando e tentando segurar a morena, mas foram facilmente derrubado e agora se encontravam abraçados ao cientista morrendo de medo perante da fúria da mulher que continuava a praguejar com os três homens.

— ONDE JÁ SE VIU USAR DE FORÇA BRUTA COMO UMA DOZELA COMO EU!!! VOCÊS DEVERIAM TER VERGONHA!! ESSE PERVERTIDO TENTA ME AGARRAR E VOCÊS AO INVÉS DE ME DEFENDER VÃO ACUDIR ELE!!!! -  Falou se aproximando perigosamente dos três que tremiam e choramingavam com medo da mulher que arremessou o sofá direto por cima da cabeça deles, quebrando uma janela. – SUAS MÃES DEVEM ESTAR MORRENDO DE VERGONHA DE VOCÊS!! É POR ISSO QUE CUIDO TÃO BEM DO MEU BEBÊ, NÃO QUERO QUE ELE VIRE UM MARGINAL QUE NEM VOCÊS!! – Chichi quase espumava de tanta raiva, o Dr. Dandi já estava desmaiado nos braços dos dois seguranças, que choravam como bebês.

Não demorou muito para os guerreiros Z irem até ela, Gohan foi o primeiro a entrar e viu os três homens acuados no fundo da sala enquanto a mãe os encarava furiosa com as mãos nas cadeiras. Logo os guerreiros foram se amontoando na porta junto a outros convidados que acabaram indo também tentando descobrir o que estava acontecendo.

— Mamãe o que está acontecendo? – Perguntou o menino preocupado com a reação da mãe, se aproximando devagar encostando no braço da mãe, que pareceu finalmente sair do transe o encara ainda meio atordoada.

— O que está acontecendo aqui, Chichi? É uma luta? Também quero participar!! – Falou Goku ao entrar a sala e vendo a confusão, já arregaçando as mangas do Smoking pronto para entrar na briga o que fez os três homens acuados no fundo da sala começarem a chorar.

Chichi sozinha já era assustadora acompanhada do marido que aos olhos do cientista parecia uma parede sólida de músculos, foi demais para o corpo frágil do homem, que desmaiou junto com os seguranças, nunca haviam ficado tão assustados em toda as suas vidas.

A Morena finalmente percebeu a presença de todos e começou a ficar envergonhada, fora ela que mais pedira para o marido e o filho se comportarem e acabara fazendo aquele papelão. Ajeita seu lindo vestido, passou as mãos nos cabelos, ajeitando uma mexa atrás da orelha que havia se soltado do penteado e vai em direção a porta puxando o filho e marido.

—Acho que já passou da hora do Gohan ir para cama, vamos indo... essa festa não está sendo nem um pouco adequada para o nosso filhinho!! – Falou a Morena rebocando os dois para fora da sala ignorando os olhares dirigidos a ela, tentando manter sua dignidade. Já devia ter esperado por algo assim vindo da amiga espevitada do marido. Não deveria ter pensando que ela conheceria alguém realmente descente para ajudar na instrução de seu bem mais precioso. – E vocês, o que estão fazendo aí? Voltem já para os seus lugares, que atitude mais deselegante! – Falou Chichi para os outros guerreiros Z que ainda olhavam tudo sem entender o que acontecia.

— Nós já vamos? – Perguntou Goku animado – Ótimo! Estou morrendo de fome! Não aguentava mais essa comida chique e sem graça!! Tchau, pessoal!! Até a próxima! – Falou Já marchando para saída do salão. Acenou para a a Família Brief, Bulma e Vegeta que estavam mais afastados observando toda a confusão. Não precisava dizer mais nada, o moreno já estava se coçando para poder ir embora.

Chichi foi até Bulma com ar ainda muito irritado, colocou as mãos nas cadeiras mais uma vez, encarando a esverdeada com ar superior e empinando o nariz, abraçada ao filho. Primeiro se despediu educadamente da Família Brief, e depois se virou muito séria para a cientista.

— Nunca mais nos chame para essas festas cheias de gente vulgar e pervertidos! Não nos compare a laia que você está costumado a lidar! – Falou empinando ainda mais o nariz para cientista. – Eu sei o que você realmente quis convidando o MEU Goku para essa festa! Mas o Goku é meu ouviu bem!! – Saiu virando o rosto, sem esperar a esverdeada responder, rodando nos calcanhares e rebocando Gohan, que não estava entendo nada.

Bulma, levantou as sobrancelhas surpresa com a atitude da morena, depois olhou para os amigos que estavam voltando para o salão esperando que alguém pudesse lhe explicar o que realmente acontecera. Ela observou mais uma vez Chichi ir embora com o resto da família, com um sorriso de canto. Parecia que a morena ainda devaneava achando que ela tinha algum interesse pelo amigo de infância. Ela deu sorriso travesso olhando para Vegeta, seria divertido quando a morena descobrisse em quem ela realmente estava interessada. O Sayajin a encarou de volta, esperando uma explicação.

— Mulher, o que foi isso!? O que aquela cafona estava dizendo? – Falou Vegeta se aproximando dela, com os braços cruzados e a expressão zangada. Mas a esverdeada apenar riu, e se aproximou dele ajeitando sua gravata.

— A Chichi não tem as ideias muito no lugar, ela sempre foi assim! Não precisa se preocupar com os devaneios dela... estou mais preocupada com o que aconteceu na sala. – Falou Bulma, ainda brincando com a lapela do smoking do sayajin. Depois se afastou indo em direção aos amigos para saber sobre o ocorrido.

Kuririn os outros voltaram-se a sentar-se na mesa ainda meio sem entender o que havia acontecido, viram algumas pessoas do Staff da festa acudirem os três homens que ainda estavam na sala tremendo. A cientista se aproximou do grupo, Yamcha que estava com eles, havia ficado com medo que o barraco de Chichi pudesse estragar seus planos. Mas parecia que ela havia causado a brecha que precisava, Vegeta estava afastado num canto conversando com a Senhora Brief, enquanto Bulma se aproximava deles com ar interrogativo no olhar.

— Não olhe para mim...Não tenho nada a ver com isso! – Oloong já foi se justificando ao ver o olhar de Bulma sobre ele. – Ela falou alguma coisa sobre tutor pro Gohan, aí foi atrás de um cientista e depois ouvimos vários barulhos, quando chegamos, a Chichi estava tacando o terror nos caras! Tinha me esquecido como ela é do mal! Não sei como Goku aguenta...

Bulma cruzou os braços na frente do peito ainda desconfiada, mas todos confirmaram a história. Ela suspirou, e sentou um pouco numa das cadeiras vazias, desde que a festa começara não havia tido tempo para conversar com os amigos.

— Bem, isso é a cara da Chichi... Acredita que ela saiu me culpando pelo acontecido?! – Falou a esverdeada apoiando um dos braços na mesa.- Eu a avisei, quem nem todos os presentes eram realmente “cidadãos de bem” – Fez aspas com a mão – Mas foi atrás do pior deles.... e depois a culpa é minha! – Revirou os olhos azuis, e os amigos riram.

— Não ligue pra isso! Chichi sempre faz essas coisas! – Falou Yamcha com a fala mansa, se aproximando dela discretamente. – Tenho certeza que você fez o que pode para ajudar!

O grupo ainda ficou conversando por um tempo, relembrarando um pouco algumas coisas do passado.A conversa se alongava, as risadas começaram a contagiar a mesa e Maron não gostou nada daquilo. Enquanto a cientista ria e contava histórias da época deles mais jovens, todas as atenções estavam nela, ela parecia ter se tornado invisível. Nem o próprio namorado parecia muito interessado nela no momento. Irritada com a situação, inventou uma desculpa, que ninguém prestou atenção e foi dar uma volta pelo salão. Logo sua atenção pairou sobre o Sayajin rabugento num canto perto de uma janela observando sozinho o salão.

Maron ajeitou o vestido e foi com passos sinuosos até o sayajin, que não parecia nem a perceber. Finalmente, ele virara em sua direção, e deu um leve aceno com a cabeça, vendo sua a brecha deu um lindo sorriso. Contudo logo levara um esbarram do homem mais baixo e bigodudo que identificou como o senhor Brief que seguiu até o moreno

— Vegeta, meu rapaz! Venha um minuto comigo, quero que me ajude num argumento com um teimoso colega! Ele não está conseguindo compreender os benefícios do aumento da gravidade – Falou o cientista, dando um leve maneio como pedido de desculpas para Maron ao passar por ela. – Vamos, é melhor do que ficar aí segurando a pilastra! Acredite em mim, ela não vai cair! – Falou dando um sorriso brincalhão chamando o moreno, que se desencostou de onde estava e o acompanhou, nem percebendo a presença da mulher.

Depois de um tempo conversando, Yamcha finalmente viu sua grande chance aparecer quando o sayajin finalmente se afastara, sem perder tempo, começou a por seu plano em ação. Sem pensar duas vezes se aproximou mais ainda de Bulma passando o braço em sua cadeira. A mulher virou para ele, surpresa o encarava com olhar interrogativo e desconfiado.

— Bulma, será que podemos conversar em particular? – Perguntou o moreno tentando aparentar inocência. Não queria que a esverdeada descobrisse seu elaborado plano e acabasse fungindo. – Sabe, a última vez que conversamos, deixamos muita coisa em aberto... Se possível eu gostaria de resolver isso... podemos conversar? – Pediu com olhar de súplica, a esverdeada ainda ficou o encarando por um tempo desconfiada, mas depois levantou.

— Ok, você tem cinco minutos.. – Falou com o tom seco, virou-se para os amigos- Já volto! Quero saber direito essa história de que Oloong finalmente arranjou uma namorada séria! – Falou brincalhona, depois virou sisuda para Yamcha e começou a andar.

Os dois se encaminharam para um local mais afastado do salão, uma discreta sacada cuja vista mostrava o belíssimo jardim, ricamente florido e ornamentado aos modelos dos jardins franceses da Renascença. Era uma bela vista, perfeita para o plano do moreno. Mas a esverdeada continuava o encarando sem expressão, parecia completamente entediada, até levemente enjoada. Yamcha passou as mãos pelos cabelos tomando coragem para começar, deu um leve sinal com a cabeça para Pual que começasse a agir.

— Sabe, eu sei que fui um completo idiota....- Começou o Moreno com a sua melhor cara de arrependido, abaixando os ombros e olhando discretamente para o chão. Ensaiara aquele momento milhares de vezes em seu apartamento, não tinha como falhar. – Eu sei que fui um completo imbecil.. que quebrei a sua confiança ..Mas foi medo...- Falou virando para ele com os olhos brilhantes e um leve sorriso fingidamente constrangido para a esverdeada, que mantinha-se completamente sem reação como se tivesse conversando com um bloco de gelo. – Eu tinha a mulher mais perfeita do meu lado mas não soube dar valor... Bulma se soubesse como eu passei esses meses todo os dias sofrendo por sua falta, pela minha atitude.... Sei que não tenho direito... mas tiraria um peso de meu peito se você pudesse me perdoar. – Falou com olhar digno de Flynn Rider, mas que aparentemente não havia surtido efeito na mulher.

— Eu... – Bulma tentou começar, mas havia um bola em sua garganta, e o leve enjoo que sentira ao longo da noite estava piorando consideravelmente. Ela continuava encarando o ex-namorado sem expressão, estava num misto de raiva e repulsa por dentro. Conseguira perceber nitidamente os planos dele. Vira quando ele fizera o sinal Pual, e o conhecia bem demais para acreditar em todo aquele teatro barato do “retorno do cão arrependido”. Mas talvez o moreno precisasse de uma lição, um plano maligno brotou em sua mente. Parecia que estava realmente se contaminando com as ideias crueis de Vegeta. Tirando forças do fundo de sua alma resolvera, deixar Yamcha se enforcar com sua própria corda. – Eu ainda não sei, você me magoou profundamente.. passei meses me sentido mal com tudo que aconteceu...

Bulma virou-se de costas para Yamcha, mantendo seu próprio teatro, procurando com olhar um certo rabugento, estava realmente tentada a deixar ele arrancar o couro do ex. Mas não conseguia vê-lo, pelo jeito teria que resolver as coisas sozinha. Escondeu seu sorriso maligno com os cabelos, se o moreno achava que era tola o suficiente para cair nessa encenação fajuta ira se arrepender amargamente por tentar fazê-la de boba mais uma vez.

— Bulma, eu fui um tolo... eu tinha a mulher mais perfeita do mundo e não percebi...- falou pousando a mão no rosto da esverdeada fazendo-a virar-se mais uma vez para ele. Naquele momento uma música leve e romântica começou a ser tocada pelo DJ. – Você foi a melhor coisa que acontecera na minha vida, agradeço a Kami por ter colocado você no meu caminho naquele deserto árido e infeliz! – Falou segurando a mão pálida e fria da mulher sobre seu peito, que batia acelerado de nervosismo. - Você foi a minha luz desde aquele dia! Ficou ao meu lado, viajou por galáxias para me trazer de volta.. me desculpe por demorar tanto para perceber que não existe ninguém no mundo que eu ame mais que você! – Nesse momento Yamcha, abandonara seu ensaio e foi completamente sincero, seu coração disparava tanto que parecia que iria pular de seu peito. – Perdoe-me, por favor... – Falou com a voz numa súplica baixa.

— Yamcha..olhe, você me enganou, brincou com os meus sentimentos...Você tem razão, eu corri galáxia para te trazer de volta dos mortos... Eu nunca te traí..fiquei sempre ao seu lado,...E como você me retribuiu? Me traiu com as garotas mais sem graça do mundo, brincou com os meus sentimentos! – Falou com certa amargura na voz, seu enjoou estava ficando mais forte, teve que respirar fundo para não vomitar, queria ela mesma esganar o pescoço do ex.

— Eu sei que errei, esse tempo todo que fiquei sem você, eu não consegui saí com mais ninguém... foi só quando a perdi que perceber como você é importante para mim. – Falou segurando firme as mãos de Bulma contra seu peito. Voltando a seu plano original, ajoelhou-se na frente da esverdeada, que arregalou os olhos.- Por favor, Bulma eu peço seu perdão...eu sou um novo homem agora, e para ser feliz só preciso de você – Falou com os olhos brilhando tentando transmitir todo seu amor para a esverdeada.

Observando a situação Pual, segurava a caixinha com as alianças esperando o momento certo para entregar. Mas quando estava prestes a se aproximar sentiu alguém puxá-lo pelo rabo. Quando encarou seu raptor, viu Vegeta com olhar perigosamente sombrio para ele, que apertou ainda com mais força seu pobre rabo, fazendo o pobre gato começar a se debater tentando escapar do terrível homem.

— O que está acontecendo ali, sua aberração felina? O que você e o verme da cicatriz estão aprontando? – Perguntou o sayajin com a voz ferozmente baixa, olhando em direção à onde estava a sua verdeada e o traste. – Nem ouse mentir pra mim, ou te pulverizo em um segundo!

—..... Desculpe, senhor..... eu não quero problema com o s...s..senhor...- Começou a choramingar Pual, morrendo de medo do alien, no fundo sabia que isso poderia acontecer. Yamcha havia esquecido completamente de colocar o sayajin no plano, e agora ali estava ele capturado, sofrendo sob a fúria do homem. – Foi ideia do Yamcha... ele acha que assim pode conquistar a Bulma de volta....eu não tenho culpa... por favor não me machuque... – Começou a tremer protegendo a cabeça com as mão, o que despertou atenção do homem para a pequena caixinha que o gato segurava.

— O que é isso!? – Vegeta pegou das mãos de Pual a pequena caixinha e ainda o segurando pelo rabo, abriu-a, encontrando as duas alianças douradas.- Anéis? Para que serve isso? –

— S...s....s.s..são alianças de noivado... Yamcha pretende pedir Bulma em casamento...- Nesse momento o pequeno gato já chorava compulsivamente, provavelmente o alien iria mata-lo, protegia a cabeça mantendo os olhos bem fechados na esperança que dessa forma poder se proteger da fúria do homem. Pode ouvi-lo rosnar para ele, mas ao invés de mata-lo, simplesmente o arremessara longe, fazendo-o bater com força em uma pilastra próxima, chamando atenção de alguns convidados que olharam assustados para o pobre gato inconsciente escorregando até o chão.

Vegeta dava passos largos em direção dos dois, a pobre caixinha com as alianças havia sido completamente esmagada por seu punho. No ângulo que se aproximava, Bulma não era capaz de vê-lo. Mas Yamcha percebera, e arregalara os olhos na mesma hora, principalmente quando percebera os punhos fechados e olhar assassino do mais baixo.

—Bulma, Por favor! Me deixe mostrar que sou a pessoa ideal para ficar para sempre ao seu lado...- Falou fazendo um leve gesto com a mão esperando que Pual aparecesse e colocasse as alianças em sua mão, mas apenas o vento passara por ela, então tentou mais uma vez. – Por favor! Me deixe mostrar que sou a pessoa ideal para ficar para sempre ao seu lado... – Falou mais uma vez com um sorriso forçado nos lábios, não conseguindo mais mascarar seu nervosismo. Foi então que reparou Pual caído perto de uma pilastra, seus olhos rodavam, estava inconsciente. O sayajin se aproximava com passos cada vez mais rápido, o que deixava cada vez mais nervoso, sentia que a morte estava mais uma vez próxima.

— Yamcha...- a Esverdeada falou docemente passando a mão delicadamente em seu rosto,fazendo um leve carinho que o fez fechar os olhos. Mas logo, o toque suave foi substituído por um aperto forte em seu maxilar e um puxão para aproximar seu rosto do dela, que agora tinha um olhar voraz e assustador, digno de um sayajin. – Você acha mesmo, que todo esse teatrinho me convence? – Falou com a voz áspera encarando-o profundamente, seus olhos pareciam faiscar de tanta raiva. – Não saiu com mais ninguém até agora? Me poupe, se poupe, nos poupe! É só abrir qualquer tabloide barato para ver seu rosto hipócrita ao lado de uma garotinha tola que acha que fisgou o famoso jogador de basebol!! Você está tão arrependido que ao invés de ser sincero, monta um circo para chamar minha atenção, estou surpresa de o pobre do Pual não ter aparecido! Você realmente acha que eu sou tão ingênua...- Falou com uma mistura e nojo na voz, finalmente soltando seu rosto jogando-o para longe.

Vegeta que estava a pouco passos dos dois, pronto para afundar o crânio do verme de cicatriz, parou quando percebeu os movimentos de Bulma. Estagnou esperando para ver o que a mulher iria aprontar, podia sentir a fúria em seu ki. Mesmos sem ver seus olhos, pelo medo que apareciam nos de Yamcha sabia que estavam assustadores.

— Por favor.... acha que sou uma adolescente ingênua de 16 anos, atrás do namorado perfeito? – Falou a esverdeada com a voz perigosamente baixa, cerrando os punhos, estava com tanta raiva que provavelmente se fosse uma sayajin, teria conseguido alcançar a transformação dourada. – Você me enganou por anos, me traiu, me subestimou... EU.... Bulma Brief a mulher mais linda e inteligente desse mundo! Acha mesmo que eu ia cair mais uma vez nesse seu show de Cachorro Arrependido?! – Ela esganou o ar, para não acabar matando o ex.- Mesmo se eu estivesse solteira, NUNCA, te daria outra chance!

— Se?!! – Peguntou Yamcha ainda num misto de tristeza e medo da cientista. Pelo canto do olho pode ver Vegeta, cruzando os braços e se encostando numa janela próxima apreciando o espetáculo com um sorriso sádico nos lábios. Um frio gélido percorreu toda sua coluna ao perceber o que acontecia, a esverdeada ao ver sua reação finalmente olhara para trás, vendo o sayajin. Ela dera um sorriso tão sádico quanto o do próprio sayajin.

— Eu havia dito a você... quando eu saí daquele muquífo que você chama de apartamento, que a primeira coisa que faria era me acabar nos braços do Vegeta, não disse? – Falou com olhar assassino abrindo ainda mais seu sorriso sádico. – Achava mesmo que eu estava brincando? Eu não só me acabei, como continuo aproveitando cada pedacinho daquele alien gostoso! – Ela falou fechando os olhos, lembrando do que já fizera com o perigoso alienígena, sem nem um pingo de arrependimento, voltando a encarar o ex. – Sabe o que é mais engraçado, aquele que você julgava como um traidor, mercenário sem escrúpulo, foi pra mim um homem mais nobre que eu já conheci! Ele acredita em mim... como você nunca acreditou! – Falou, a cada palavra sobre o seu sayajin fazia sua raiva se abrandar, até que ela voltou a encarar Yamcha com um sorriso mais tranquilo, um lindo e sincero, que deixou o rapaz ainda mais assustado. – Eu te perdoei, sabe, você um completo idiota comigo, mas se não fosse por você, eu talvez nunca tivesse ficado com ele. – Ela deu um leve tapinha, gentil em seu rosto, deixando-o ainda mais assustando- Eu te agradeço, pois foi graças a sua canalhice, eu estou muito feliz! Então, obrigada!

Bulma finalizou com lindo sorriso, virando-se, deixando um Yamcha completamente atónito apoiado na sacada. Ela alargou o seu sorriso, assim que viu Vegeta encostado numa janela próxima com os braços cruzados e os olhos fechados, fingindo que não fazia ideia do que tinha acabado de acontecer. O clima romântico mantinha-se no lugar, o DJ que não havia visto o que havia acontecido continuava seguindo o plano, botando uma sequência de músicas melosas que até fizera alguns casais começar a dançar.

Vegeta ouvira tudo, estava difícil esconder a sensação de felicidade e orgulho ao ouvir as palavras da esverdeada, quando percebeu que ela começava a se virar, tentou parecer alheio aos acontecimentos, mas era bem difícil quando o que mais queria era se vangloriar para o verme. Sentiu Bulma passar as mãos por seu braço e se aproximar dele com um sorriso matreiro nos lábios.

— Pode parar de fingir que não ouviu, seu convencido! – Sussurrou ela sedutoramente em seu ouvido, fazendo-o abrir os olhos e a encarar. – Eu sei muito bem que vocês sayajin tem uma excelente audição! – Falou roçando os lábios em sua orelha, podia ver cada pelo da nuca do homem se eriçar. Logo o braço forte a enlaçou pela cintura, unindo os corpos. – Eu realmente achei que você ia partir o Yamcha ao meio. – falou aconchegando a cabeça no ombro forte.

— Vontade até tive, mas nem precisei, você o aniquilou de tal forma que nem na minha forma super sayajin eu conseguiria! – Falou orgulhoso, olhando-a. – Se tivesse meu scooter comigo, faria questão de filmar... o botaria num telão! Acho que finalmente te corrompi! – Falou com delicioso sorriso sádico, a esverdeada o respondeu com um sorriso orgulhoso e confiante, que já começava fazer ele querer agarrá-la ali mesmo. – Não me encare, assim... ou rasgo essa sua roupa aqui mesmo. – Falou com a voz rouca pressionando-a contra seu corpo, já começando a sentir seu membro ficar duro dentro da calça.

— Nossa isso seria um grande escândalo... – Falou a cientista rindo, respirando o cheiro másculo da mistura de colônia e o cheiro natural do sayajin que começava a entorpecer seus sentidos. – Eu tenho uma ideia melhor... Por que você não tira a gente daqui voando... assim eu posso cumprir minha parte do trato.- começou a brincas despretensiosamente com a lapela do blazer do moreno. – Afinal, tenho que admitir, você se comportou maravilhosamente bem...Nada mais justo que te agradecer adequadamente – A cada palavra a voz da esverdeada ficava mais lânguida.

Vegeta apenas deu um leve rosnado, puxando-a para mais perto, segurando com firmeza. Sem precisar de um segundo pedido, acumulou um pouco do seu ki e saiu com a sua esverdeada pela janela. Deixando alguns convidados e garçons que estavam por perto completamente surpresos. Um dos garçons acabara derrubando a bandeja e outro praticamente caíra em cima dos convidados.

Yamcha continuava encostado na sacada, sentindo-se completamente derrotado. Não conseguia acreditar que seu plano infalível havia dado errado. Pual, havia finalmente acordo, fora em sua direção tentado consolar o amigo. As primeiras lágrimas começaram a escorrer pelo rosto do moreno, ele não conseguia acreditar que havia perdido Bula para sempre.

— Eu a perdi.... – Sussurrou o moreno com a voz embargada para Pual, ele encarou o gato transtornado. – Ela não me ama mais...- As lágrimas começaram a escorrer por seu rosto, enquanto o azulado abraçava o amigo tentando consola-lo.

— Yamcha... eu sinto muito... – Falou Pual com a voz baixa, não conseguia mais pensar no que dizer para o rapaz, ele estava colhendo o que havia plantado e não tinha nada que pudesse fazer. Apenas ficou ali, esperando o amigo se acalmar, mesmo sabendo que o que havia acontecido não tinha mais volta. – Vai ficar tudo bem!

Os convidados começaram a ir embora, Senhor Brief chegou a procurar pela filha e o companheiro, mas logo desistiu, eles provavelmente haviam abandonado a festa. Dando de ombros se voltou para as duas mulheres loiras que o acompanhavam acendendo um cigarro.

— O que acham de irmos naquela lanchonete 24hs que você adora, filhinha? Tenho certeza que Bulma e Vegeta estão muito bem, e não vão querer nossa companhia tão cedo! – Falou colocando as mãos nos bolsos, as duas mulheres se olharam e concordaram com a cabeça.

— Ótima ideia, Pai! Estou morrendo de fome, esse canapés sem graça não cobriram nem o buraco do meu dente! – Falou Tights, se aproximando do pai, já entendo o que havia acontecido com a irmã.

A família Brief se despediu de todos e fora de aero-carro até a lanchonete, ficaram sentados numa mesa afastada conversando e aproveitando o lanche da madrugada. Fazia um bom tempo que os pais não tinham tempo de dar atenção exclusiva à sua filha mais velha.

Enquanto isso, Yamcha e Pual depois de muito tempo voltaram para mesa dos amigos, que agora só era ocupada por Oloong, Mestre Kame e Tartaruga. O moreno sentou-se ainda cabisbaixo apenas ouvindo a conversa desconexa dos três que agora estavam completamente bêbados. O ladrão, pegara um copo de whisque que era servido e resolvera acompanhar os amigos, naquela trágica noite era a única coisa que poderia fazer, beber para esquecer.

Maron, estava sentada numa poltrona afastada do salão, estava furiosa, sua noite tinha sido um completo desastre, nunca fora tão sumariamente ignorada como acontecera ali. Alguns rapazes até vinham tentar puxar assunto, mas a esverdeada estava tão irritada que nem os galanteios estavam melhorando seu humor.

Kuririn depois de passar um tempo procurando-a, encontrou-a e calmamente fora para perto da namorada que parecia prestes a cuspir fogo pela ventas. Se aproximou, sentando-se a lado dela na poltrona, segurando com delicadeza sua mão.

— O que houve, Maron? – Falou o careca com doçura. – Não gosto de vê-la dessa forma, aconteceu alguma coisa?

— Eu quero ir embora!! – Choramingou a esverdeada abraçando o namorado, e batendo os pés no chão como uma criança contrariada. – Essa noite foi horrível!! Quero ir para casa! Nunca mais me chame para essas festas chatas da sua amiga metida! – Continuou choramingando, enquanto sentava no colo do namorado.

— Nossa, não imaginei que não fosse gostar... a festa foi bem chata mesmo...vem vamos pra casa! Vou fazer uma massagem em você que esquecerá completamente dessa festa chata! – Falou o rapaz, levantando-se com Maron no colo, a jovem aconchegou-se no colo do rapaz, com os olhos marejados de pura manha.

Kuririn, levou a namorada no colo, passou pela mesa dos amigos, despediu-se deles, acionara sua capsula e fora embora. Aquela festa com certeza fora bem estranha, mas vindo do seu grupo de amigos nenhuma reunião era normal. Mas ainda estava surpreso com o jeito manhoso da namorada, que normalmente era sempre altiva e independente, agora parecia tão carente e dependente de sua atenção. Pelo menos tiveram momentos tranquilos e felizes com os amigos antes da luta com os androides que a cada dia estava mais próxima.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!^^



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