Billdip - O que acontece nas próximas férias escrita por Willy Ciph Pines


Capítulo 16
Não lembro...


Notas iniciais do capítulo

Dipper é o narrador



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[ voltando para a hora em que o Bill ficou super zangado comigo ]
— B- Bill, eu não quis... Eu- ... — Falei, ia dizer que não foi de propósito, mas achei melhor discutirmos esse assunto em casa — Bill, olha, ... Vamos pra casa e falamos disso lá, okay?
— Humph! — Ele respondeu
Bill começou a andar mais rápido e me sentia mal de mais para andar do ritmo dele, por isso fiquei mais atrás. Eu não queria dizer aquilo para ele, eu só queria saber se podia confiar... Quem será que era o amigo que fez aquele acordo com as unicórnias? Tem outro(quero dizer, outra vez) cara que sai por aí fazendo acordos e tentando matar a gente?? Porque a família Pines é tão azarada? Talvez seja culpa do Tivô Ford, que ficou uns anos em outra dimensão... Ainda tenho que descobrir mais sobre aquele portal! Do nada, alguma coisa me segura por trás, me puxando.
— «MFFF»- — Tentei falar, mas aquela coisa tinha tapado minha boca, virei a cara para poder gritar alguma coisa — BILL- !!
Ele não olhou para trás, foi a pior ignoração da minha vida, doeu lá no fundo quando ele ouviu, mas não olhou, vi que quando falei ele ficou com um jeito meio zangado e não olhou para trás. Aquilo, o que fosse, tapou minha boca e me levou para dentro de uma das casas da rua que nós estávamos passando. Não vi a casa, mas vi que era enorme pela sombra dela no chão, estava de costas para a tal casa. Quando estava sendo arrastado senti uma imensa vontade de dormir, na hora, talvez tenha sido aquela coisa parecida com uma bala que aquilo pôs na minha boca, me obrigando a engolir, remédio para o sono, a arma mais utilizada para raptar pessoas. As últimas coisas que vi foi a rua, com todas aquelas casas abandonadas e velhas, um jardim bem bonito e o Bill indo embora. Fechei os olhos e abri outra vez com a força que ainda me restava, vi quadros, vários quadros e armaduras, numa enorme sala. Apaguei.
— Maravilha...! — Ouvi uma voz feminina falar
Abri os olhos devagar, esperando que minha visão se acostumasse com aquela luz azul estranha daquele local. Por acaso, até estava meio confortável, vi que estava sentado numa cadeira fofa e macia que parecia um trono, só que menor. A parte desconfortável era que eu estava preso naquela cadeira, duas barras douradas me prendiam junto da cadeira, sem deixar eu me levantar. E minha cabeça estava doendo pra caramba, parecia que alguém tinha me usado para lutar contra um dinossauro ou assim, não que ainda existam! Ah, péra- ...
— ... Ai... — Falei, logo levantando minha cabeça para ver onde estava e quem estava lá — ... O que- ...
Olhei em volta, meio atordoado pela luz(pelo menos acho que era por causa da luz). Não havia quase nada na minha frente, só um tipo de cápsula esquisita, era o que fazia toda aquela luz. Tentei virar o máximo possível minha cabeça para trás, para ver quem tinha falado, mas não consegui grande coisa. Aquela voz ecoou naquela sala outra vez:
— O que você prefere: você traiu os seus amigos ou os seus amigos te traíram?
— O que?!?! Quem é você?! Onde eu estou?! O que você fez comigo?!
— Ei, calma, garoto! Qual é o seu nome?
Ela apareceu na luz. Tinha um cabelo branco, longo, liso e meio despenteado. Sua franja cobria um pouco seu olho esquerdo, que parecia estar fechado com uma enorme cicatriz trancando. Sua pele tinha um tom meio cinza e su corpo tinha várias cicatrizes e seu olho direito me dava arrepios, não tinha sequer cor, era preto e branco ou assim. Um enorme sorriso estava aberto na cara dela, o que me deu mais confiança para continuar, me lembrava um pouquinho o sorriso do Bill.
— Uh... Sou Dipper, treze anos.
— Sou Jenny, 119 anos.
— ... Eu morri também?! Oh não!
— Não! Quem morreu fui EU! Sozinha todos esses anos, sem ninguém que me amasse, porque todos os zumbis são horríveis e agem estranho e os fantasmas nem querem saber de mim... Agora vou experimentar um garoto vivo!
— Você o que?!
— NÃO VOU TE COMER! Você me ama, por isso você vai ficar nesse castelo para sempre! Seremos felizes para SEMPRE!
— O QUE?! NÃO! VOCÊ É DOIDA, AINDA PIOR QUE O BILL ERA! DESCULPA, JENNY, MAS EU NÃO TE AMO!
— Hahah, Dipper, querido, eu sou DO-I-DA! Sou doida por você! E eu te amo desde que ti vi, amorzinho!
— NÃO! NÃO É ASSIM QUE FUNCIONA O AMOR!
— Como você sabe, Dipzinho, já tem um 'amor'?
— Eu... — Pensei num estante Wendy, tinha sido minha crush no ano passado, mas acho que já superei, uma imagem daquele sorriso lindo do Bill passou pela minha cabeça, não sei ao certo, mas acho que estava corado, porque Jenny me olhou com raiva — Ninguém me ama... Ou confia... Eu já fiz muito por muitas pessoas, mas ninguém faz por mim...
Eu entristeci naquele momento, minha boca estava sem meu controle. Jenny parece não ter ligado:
— Dipper, Dipper, eu serei tudo o que você precisa! Agora fecha os olhos, HAHAH, pode ser melhor nessa condição!
— O QUE- ?!
Ela apertou num botão qualquer é minha cadeira começou a ir para frente, em direção a cápsula, que começou a abrir. Alguns cristais luminosos estavam se expandindo lá dentro.
— O QUE É ISSO?! — Tentei me soltar, se mexendo para todos os lados — ME SOLTA!
Nada resultava e entrei dentro da cápsula, que foi fechada atrás de mim. Lá dentro, tudo era azul brilhante e tinham cristais de luz crescendo para todos os lados. Foi quando senti algo na minha perna. Um cristal. UM CRISTAL ENGOLINDO MINHAS PERNAS! Tava crescendo e crescendo, temia que chegasse a minha cabeça, não sei respirar cristais. Prendi a respiração. Dentro dos cristais era lindo, aquilo era macio na pele, mas não aguentei o ar por muito tempo. Toci e respirei daquilo uma longa vez, senti entrando dentro dos meus pulmões, era refrescante, não lembrava de nada nesse momento, só do brilho e do quanto macio aquilo era. Não lembrei do Bill, da Mabel, ou da Jenny, de ninguém nem nada.
— Dipperzinho! Você acordou! Vamo comer alguma coisa?
— Jenny...? Vamos...
Me levantei da minha cama. Amo essa cama. Antes era dos pais dela, ou seja, é uma cama enorme que deve ter custado milhões. Vou até o espelho e me espreguiço.
— Fiz leite com biscoitos pra você, momô!
— Brigado, mas você tem que parar com isso, ainda não nos casamos, tenho só 13 anos!
Ela olhou para mim e riu:
— Como assim?! Você tem 119, que nem eu, lembra?! HAHAH! COMO QUE VOCÊ ANDOU SONHANDO?!
— Eu não lembro de nada... Acha que tô com amnésia?
— NÃO! Vou ver ali meu quarto, acho que tenho que melhorar minha maquininha... Maquininha de costura! HAHAH! TE AMO!
— Eu também te... Amo...?
— BEIJOS, FAZ O QUE QUISER, DIPZINHO!
— Okay...
Eu não sei o que eu tava sentindo exatamente, tinha certeza de que tinha 13 anos e... E não lembrei de nada além do meu nome, do nome da Jenny e da minha idade. Sentia que estava deixando algo escapar por entre os meus dedos! Algo que eu quero, que amo, que sinto falta, que me preocupo e que confio... Não lembrei de nada na hora...
— Será que começava com B? ...Vou ver os quadros da família...
Saí do quarto e desci as escadas para o terceiro piso e acabei me esbarrando com umas pessoas, que não vi quem eram, na hora.
— Ei! — Eu disse, tinha caído no chão — Vê por onde anda, ô!
— Desculpe, estava procurando meu Desculpem e achei que ele estivesse aqui, não quis entrar sem permissão, ninguém atendeu a porta, sinto muito, ... — Aquele garoto com uma voz extremamente familiar disse — D- Dipper!!
Olhei para ele, não sabia como ele sabia meu nome, ou como não sabia o dele, porque aqueles lábios sorridentes, aqueles cabelos loiros e olho brilhante e lindo eram MUITO familiares... ESPERA, O QUE EU- ?!
— Você- ... Sabe o meu nome...
— Dipper? Claro que sei! Sou seu amigo! Porque sua testa tá sangrando?! Você tá bem?! — Ele me deu um abraço forte, do qual acabei não retribuindo — Você me deixou preocupado! O que veio fazer nessa casa sinistra? Vim com a sua irmã e as amigas dela, nós decidimos nos separar para te procurar!
— Irmã?! Amigas?! Amigo?! Vocês- !
Dei alguns passos para trás, senti raiva no momento, pela palavra "amigo", me deixava loco! Por algum motivo a palavra "amigo" me fazia sentir excluído e traído.
— "Amigo"...? Você... Vocês me traíram!
— O que?!
— Têm ciúmes de mim e da Jenny, não é? Eu não saio daqui!
— "Jenny"?! Quem é Jenny?! Pine Tree- Dipper, do que você está falando?!
Não sabia exatamente o que dizia, meu cérebro programou aquilo e Jenny apareceu, acabando de descer as escadas:
— Dipzinho, vem comigo pro meu quarto, eu já ajeitei a máquina, faço outra lavagem cerebral em você!
— O QUE?! — eu e ele falamos ao mesmo tempo e ela notou ele do meu lado
— HAHAH! TAVA BRINCANDO, MÔZINHO, QUEM É ESSE?! Achei que tinha programado aquilo pra você achar que seus amigos queriam te matar- , quer dizer, QUEM É ESSE?!
— Ei! Você é a Jenny?! Primeiro: O DIPPER É MEU! e segundo: você fez uma lavagem cerebral no Dipper e você deixa isso óbvio!
— EUUU?! Dipper, ouviu o que ele disse? — Jenny disse
Eles mal me deixaram pensar, tinha umas breves lembranças do garoto, mas essa dor de cabeça não tirava a ideia da palavras "amigo" ser má. Jenny me puxou pelo braço e apertou num botão:
— NINGUÉM LEVA MEU DIPZINHO DAQUI!
— SEU?! — O garoto disse
As armaduras desse andar ganharam vida e foram até o garoto, esse só ficou olhando para todos os lados sem saber o que fazer.
— Jenny,... O que essas coisas vão fazer com ele?
— Vão capturar ele e os outros mortais que estiverem aqui dentro da nossa mansão e expulsar eles do mundo dos vivos! HAHAH! E você, querido, vem comigo, logo isso tudo não vai passar de um dia normal em que nada acontece!
— Como assim...?! — Perguntei, sem hesitar ir com ela — Você não pode matar eles!
— HAHAH! Posso.


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