P.O.V. Edward Cullen

— Detetive Cullen, venha imediatamente à sala do Tenente. – Tanya me chamou.

Levanto da minha mesa colocando os papéis da conclusão de um caso de latrocínio e a sigo. 

Tenente Snape estava com a cara fechada e abandava um envelope na mão, aparentemente preocupado com algo.

— Mandou me chamar, Tenente?

— Que bom ver você, Detetive Cullen. – Ele falou. – Sente-se. – Concordei e me sentei à sua frente. – Recebemos um caso de assassinato, e você como um dos meus melhores detetives foi indicado para o caso.

— Assassinato? Em Sunster? Não ouvi falar sobre. – Falo realmente surpreso, apesar da cidade ser meio grande e ter bastante gente, casos de assassinato não eram uma coisa normal, ocorria uma vez ou outra e era solucionado rapidamente.

— Sim, Detetive Cullen. Aconteceu há um mês atrás, uma garota foi encontrada pendurada em uma corda, poderia ser suicídio, mas havia uma estrela desenhada com algum objeto cortante nas costas, e isso não seria possível sem outra pessoa. – Falou arqueando a sobrancelha.

Pego a pasta de sua mão e olho os dados: Victoria Lenon, 23 anos, médica, morava sozinha. Analiso as informações e ela foi achada por Sam Uley um dia depois.

— E temos suspeitos?

— Sim, Malfoy vai te entregar o relatório, até então ele e Potter estavam cuidando do caso, mas a situação... – Alguém bate na porta e a abre, interrompendo Snape.

— Desculpe, Tenente. Peguei um trânsito horrível. – A detetive Swan fala, entrando na sala e me encarando.

— O que ele está fazendo aqui?

— O que ela está fazendo aqui?

Perguntamos em uníssono.

— Bem, Cullen, como o Volturi pediu um mês de licença você ficou sem parceiro, então eu contatei outra pessoa tão boa quanto você para o caso, pois é de extrema importância que isso se solucione logo.

Sinto o olhar de Isabella me fulminar e eu retribuo sua “gentileza”.

— Sente-se, Swan. Eu já tinha começado a explicar para o Cullen, houve um assassinato de uma jovem no mês passado e vocês ficarão com o caso. – Ele estendeu um envelope igual para ela. – Aparentemente era suicídio, mas a partir de algumas provas vimos que na verdade foi um assassinato. Há alguns minutos atrás foi encontrado mais um corpo, uma equipe de forenses está indo para o local e vocês vão junto, segundo a testemunha que achou o corpo, nas costas da vítima tem uma estrela desenhada com algum objeto cortante. – Snape falou.

— Sim, mas você disse que foi há um mês, por que nos chamar somente agora? – A Swan perguntou o que eu queria saber.

— Bem, Potter e Malfoy estavam com o caso, mas como o caso passou para o possível caso de que um serial killer está a solta, o melhor foi passar para detetives mais especializados. – Ele respondeu calmamente. – Podem pegar com eles todos os dados do que vieram fazendo, estamos contando com vocês.

— Tenente, ele é impossível de trabalhar em equipe. – Isabella falou, apontando para mim.

— Você que é insuportável.

— Detetives, foco. Isso aqui é trabalho sério, não tenho tempo para as picuinhas de vocês, vocês são os melhores detetives que temos aqui, tem que trabalhar em equipe nesse caso ou então serão rebaixados de seus cargos. Eu fui claro? – Snape perguntou severamente.

— Como água. – Respondemos e saímos da sala.

(...)

Passo embaixo da fita de isolamento, sendo seguido por Isabella e nós vemos o corpo. Alice apareceu magicamente ao nosso lado com uma prancheta.

— Olá, detetives. Temos aqui Blaise Zabini, 34 anos, morto com quatro facadas na região do abdômen, há marcas de luta nos braços e a arma foi provavelmente uma faca de 22cm que ainda não foi encontrada, talvez também usada para fazer o desenho nas costas, mais detalhes depois da autópsia. – Ela falou energeticamente.

— Certo, alguma pista foi achada? – Pergunto, olhando o estado do corpo dele e o reconheci do Departamento de Polícia de Sunster.

— Somente o celular da vítima, ele está sendo levado para o SDP para ser desbloqueado.

— Certo, talvez alguém que ele tenha prendido o seguiu para o banheiro da boate e executou o crime. – Isabella falou, se agachando ao meu lado.

— Também devemos falar com quem achou, quem foi, senhorita Brandon?

— Foi Tom Riddle. – Ela respondeu.

— Bem, nós começaremos amanhã, iremos com Harry e Draco e interrogar o senhor Riddle. – Eu falo e Isabella se levantou rapidamente.

— Mas esse é um caso de urgência, devemos ver imediatamente.

— Mas eu tenho um compromisso daqui uma hora.

— Claro, vai bem garantir ser o primeiro no cabaré.

— Oh, não, Swan, não vou no seu setor.

— Você é um cretino. – Ela sussurrou irritada e se afastou, pisando duramente e eu bufo, passando as mãos no rosto.

(...)

Aperto a campainha e logo a mulher de cabelos acobreados a abre, com um sorriso enorme.

— Edward! – Ela grita e pula em cima de mim, como se não nos víssemos há anos.

— Mãe, para com isso.

— Eu só fico preocupada com você, trabalhando em um lugar onde a qualquer momento um assassino pode matar você é angustiante.

— Okay, e Renesmee? – Pergunto, enlaçando nossos braços e entrando em casa.

— Ela está amando o Havaí, disse que está se divertindo muito por lá com Alec.

— Não fale o nome dele. – Bufo, lembrando de hoje. – Ele decide sair em lua de mel e me deixa trabalhando com Isabella, que parceiro é esse que além de capturar minha irmã como se ela fosse um Pokémon ainda me deixa com aquela mulher?

— Edward! – Mamãe me repreende e ri, papai aparece vindo da cozinha com as mãos nas costas.

— O papo está bom, hein?

— Carlisle, você não estava pegando aqueles chocolates na geladeira, certo? – Mamãe perguntou, estreitando os olhos.

— Claro que não, puf, cada coisa que me dizem. – Ele diz, olhando para os lados.

— Pai, só porque a Renesmee saiu de casa não quer dizer que o senhor tem que roubar o posto dela de formiga. – Tiro sarro e ele rola os olhos.

— Peguei um porque esse jantar está demorando.

— Falta quinze minutos, paciência, querido. – Mamãe falou e sentou ao lado dele, dando um selinho.

— Os traumas podem ficar para mais tarde? – Pergunto e eles riem.

— Fale sobre a moça que está trabalhando com você. – Mamãe pediu.

— Quem? – Papai perguntou.

— Isabella Swan, uma detetive metida a sabe tudo só porque é uma das melhores do departamento.

— É bonita? É gostosa?

— Carlisle!

— Pai!

Eu e mamãe gritamos indignados.

— O quê? Isso pode ser tesão encubado, se for estou só perguntando coisas básicas. – Se defendeu e eu rolo os olhos.

Tesão encubada uma ova!

— Como meu querido cunhado está de férias, Severo nos colocou para trabalhar juntos, se não nos matarmos vai ser um milagre. – Falo e eles sorriem um para o outro. Provavelmente pensando no que papai disse.

Rá, aquilo não deve atrair nem mosca de tão chata que é, imagine eu. Tesão encubado, que piada.

(...)

O departamento está uma loucura, agentes passam por todos os lados querendo saber mais sobre os assassinatos, outros estavam preocupados com o um possível ataque.

— Hey, Cullen. – Caius Fletcher me cumprimentou quando eu passava por sua mesa.

— Como vai, Fletcher? – Aceno para ele sigo meu caminho para a mesa dos caras.

— Hey, Potter, qual a boa? – Pergunto para ele, que estava com uma expressão pensativa.

— Veio pegar os papéis, Edward?

— Não, Poty, ele veio dizer que ama você. – Malfoy (que está sentado na mesa ao lado) retrucou.

— Vá se foder, Doninha. – Ele respondeu e pegou algumas pastas.

— Bem que eu queria. – Ele fez uma expressão maliciosa e eu ri dos dois.

— Não sei como não se mataram ainda. – Digo e começo a analisar os papéis.

— Ele me ama, esse é o segredo. – Draco falou, movendo as sobrancelhas e Harry rolou os olhos.

— Ele deve ter começado a beber desde cedo. Enfim, aí estão todos os dados que recolhemos esses dias, inclusive os depoimentos ouvidos. – Ele deu uma olhada ao redor e falou em tom baixo. – A principal suspeita é Jessica Stanley,  uma “amiga” da Victoria que não teve álibi algum, disse estar na casa da avó mas essa morreu um ano atrás. Tem que ver se ela tem alguma ligação com Blaise. – Ele explicou e eu assenti.

— Cullen, por que você começou sem mim? – Isabella se materializou ao meu lado de braços cruzados e expressão ameaçadora.

— Bem, eu estava sem fazer nada e decidi vir. – Falo sarcasticamente. – Mas vou já te repassar as novidades.

— Vejo que ela é como Poty, sempre demonstrando amor. – Draco brincou e Isabella o fulminou com o olhar.

— Isso é entre nós dois.

— Claro, nunca tive vontade de participar de um trisal, fica tranquila, Swan. – Harry deu uma cotovelada nele e forçou um sorriso.

— Bem, tudo o que precisarão está na pasta, boa sorte, detetives.

— Obrigada.

— Obrigado.

Seguimos para nossas mesas, que foram colocadas uma ao lado da outra, e eu repassei as informações. Nos preparamos para interrogar o cara que achou o segundo corpo.