Aquele garoto Potter! escrita por Violetta


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Ola Xuxuzinhos *.*
Capitulo no fresquinho para vocês!
Espero que gostem tanto quanto eu ♥
Nos vemos lá embaixo ;D



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Harry estava deitado em sua cama encarando o teto, o garoto andava fazendo bastante isso já que não podia sair com frequência desde o ataque dos dementadores, sua mente estava revivendo os poucos momentos que conseguia passar com Alina, os dois andavam se vendo as escondidas, nos intervalos das saídas dos tios e dos Pierce, aproveitam cada oportunidade como se fosse a última, ele gostava quando sentavam embaixo do sicômoro do quintal da garota e ali curtiam a companhia um do outro por horas, as vezes a noite ele conseguiu escapar após ouvir os roncos altos de Duda que agora havia conseguido parcialmente o que queria, os pais de Alina inscreveram a garota na mesma academia de Duda, na esperança de aproximar os dois, todos os dias as 15:00 horas Harry observava os dois subirem a Rua dos Alfeneiros com Alina andando a frente com o fone enterrado nos ouvidos ou em outras vezes com a garota se deixando para trás propositalmente, Alina repetia para Harry que não sabia porque estava indo a academia já que era magra e leve feito pena, segundo ela se emagrecesse mais o vento a levaria, lembrando disso Harry riu alto, foi quando escutou algo bater em sua janela, foi olhar e se deparou com Alina parada ali segurando um papel em suas mãos com letras garrafais negras “Preciso falar com você” Harry procurou rapidamente pelo quarto papel e caneta para que pudesse responder achou na bagunça e correu para janela “Agora?” “Sim, em 10 minutos” "Meus Tios estão em casa" "Eles vão sair, te espero lá embaixo" a garota fechou as cortinas, em seguida Tio Valter entrou no quarto avisando que iriam receber um prêmio de um concurso - o Concurso do Gramado Mais Bem Cuidado da Grã-Bretanha, ao sair ele trancou Harry que não reclamou só aguardou o carro do Tio sair da garagem e mais do que rápido usou um dos truques que aprendeu com Fred Weasley pegou um clipe e desmontou e depois de alguns segundos destrancou a porta.

Harry desceu as escadas devagar sentindo o peso do "precisamos conversar" em suas costas por mais que soubesse que não havia feito nada ele sentia lá no fundo que talvez tivesse feito, talvez enfim Alina percebeu o desperdício que era ficar com alguém como ele, quando chegou no quintal a garota já estava esperando por ele mexendo as mãos nervosa numa espécie de TOC nervoso.

— O que aconteceu? – ele perguntou tentando esconder o nervosismo.

— Nós precisamos conversar – ela repetiu suspirando fundo.

— Pode falar eu estou aqui – ele disse de forma óbvia, a ansiedade estava acabando com ele a garota respirou fundo novamente e desatou a falar.

— Antes eu preciso te explicar porque eu decidi isso, eu já tinha pensando antes, mas nunca senti isso de forma tão concreta, preciso te explicar Harry que eu nunca conheci meu pai minha mãe diz que eu tenho os olhos dele, eles se conheceram aqui em Londres, quando meu pai estava passando por um momento difícil alguém que ele amava muito havia falecido e ele não conseguia superar a sua perda, acabou encontrando conforto com a minha mãe, passaram pouco tempo juntos mais esse pouco tempo foi marcante mais não o suficiente para fazê-lo ficar e isso dói muito em mim, ele foi sumiu antes que minha mãe pudesse contar que estava grávida, eu nunca o conheci e venho perdendo tanta coisa que acho que está na hora de eu mudar minha sorte.

— Eu não sei o que você quer dizer Alina – ele disse  tentando entender aonde a conversa chegaria.

— Às vezes é mais fácil nunca ter tido algo do que perder isso – ela continuou sem dar atenção ao comentário do garoto – Veja você Harry eu sei que você nunca conheceu seus pais, mas se eles tivessem vivos teriam te tratado tão bem quanto você merece, por isso estou te falando isso e espero que você me entenda, eu vou fugir para encontrar meu pai.

— Mais como se você não o conhece? – ele perguntou confuso, mas no fundo entendia a garota e a vontade de deixar tudo para trás.

— Achei algumas cartas endereçadas aqui de Londres e todas são assinadas com uma única letra S.

— As únicas pistas que você tem são cartas com a letra S? – ele disse alterado – Alina isso é loucura, é como procurar a agulha em um palheiro!

—  Eu sei que é loucura – ela respondeu mal-humorada – Não estou pedindo para você vir comigo, nem nada disso só precisa te contar isso, preciso explicar meus motivos!

— Tá, mas eu não disse que não quero ir com você, eu não posso te deixar ir sozinha.

— Não Harry, eu preciso fazer isso sozinha.

— Eu prometi para você que não iria te abandonar não foi? – ele disse pegando as mãos da garota e olhando em seus olhos enquanto Alina encarava ele séria – Não importa, eu vou com você, não há nada que me prenda por aqui.

— Porque Harry? Isso é tão estranho, a gente mal se conhece, mas eu preciso te dizer e mesmo, assim como estou presa a esse lugar estou presa a você, então se você me diz que não está preso a esse lugar você está preso a mim?

— Acho que sim – ele respondeu sentindo seu cérebro dar um nó, ele tentou ocultar que a única coisa que prenderia ele a rua dos Alfeneiros seria ela – Eu não vou te abandonar, se é isso que você quer, eu vou com você!

— Não se sinta obrigado a ir comigo!

— Não é obrigação, eu realmente quero ir – ele disse pensando nas péssimas lembranças que tinha dali – Talvez porque agora eu sei que em nenhum lugar que eu esteja eu vou ser feliz se você não estiver lá também.  

— Eu vou buscar as minhas coisas então!

— Mas você quer ir agora?

— Seria o melhor não? Eles não estão em casa e quando se derem conta já estaremos longe!

— Pensando assim, você está certa – ele disse mentalizando o que levaria – Quer que eu vá com você?

— Não precisa acho que em meia hora eu pego tudo – Alina se virou de costas para ir em direção a sua casa, mas não deu dois passos e voltou se atirando sorridente nos braços de Harry – Sabe Harry você é a melhor coisa que podia ter me acontecido, nesse lugar!

Alina se afastou do garoto com os cabelos negros dançando ao vento atrás de suas costas após ele darem um longo beijo, pulou a cerca divisória das casas e adentrou a casa dos Pierce, já faziam mais de uma hora que os Dursley e os Pierce haviam ido para o evento, o garoto adentrou a casa  foi para seu quarto, juntou alguns pertences e enquanto colocava alguma roupas dentro da mochila que usava no dia a dia em Hogwarts ouviu um forte barulho nas escadas, cauteloso parou para escutar pensando que talvez fosse Alina que voltou mais rápido, deu um passo em direção a porta quando ela foi escancarada e ali no corredor dos Dursley estavam parados a maior quantidade de bruxos que a casa já havia recebido, Remo Lupin, Alastor “Olho-Tonto” Moody, Ninfadora Tonks, Quim Shacklebolt, Elifas Dodge, Dédalo Diggle, Emelina Vance, Estúrgio Podmore e Héstia Jones. Olho-tonto o verdadeiro pois o que Harry havia conhecido no ano anterior era um comensal disfarçado a serviço de você sabe quem, explicou o plano para remover o garoto para o lugar seguro que estavam no momento, sem dar muitas explicações e sem deixar Harry argumentar ou perguntar, mandou que Tonks subisse até o quarto do garoto para recolher suas coisas, mais do que obediente a mulher subiu derrubando o que encontrava pelo caminho e em poucos segundo estava  descendo com o malão, gaiola e a vassoura, foi aplicado em Harry o feitiço da desilusão para a segurança do garoto, eles rumaram para o jardim e subiram em suas vassouras, o céu estava estrelado e Harry sentiu um nó na garganta. Enquanto aguardavam a chuva de faíscas vermelhas que seria o sinal que poderiam sair em segurança, Harry sentiu vontade de descer da vassoura e correr até Alina.

— Hey, escute Alastor – ele disse escolhendo as palavras – Tem algo, alguém de que preciso me despedir.

— Não será preciso, nos deixamos uma carta explicando para os seus tios onde o levamos e que você ficará bem – Olho-tonto respondeu ríspido.

— Não, não meus tios – Ele disse sem graça – é só que...

— Depois você manda uma coruja a pessoa, temos assuntos mais importantes! – antes que Harry pudesse abrir a boca Tonks interrompeu o garoto.

— Uau, uma firebolt - disse Tonks admirada analisando a vassoura do garoto

— Sim ganhei do meu ... – ele tentou desconversar para não dizer o nome de Sirius e tentou novamente explicar o que tinha de fazer –  Eu realmente preciso me despedir da...

— Não há tempo para despedida – Olho-tonto respondeu ríspido, girando seu olho mágico para todas as direções, Harry notou que o olho se demorou na direção da casa de Alina – Estamos com o tempo contado, estão nos esperando na sede da ordem!

— Mais o que é essa ordem?  

— Chega de perguntas Potter – Olho-tonto cortou Harry mais do que mal-humorado –Você voa bem nessa vassoura?

— Sim – ele respondeu modesto

—  Olha aí está o sinal, vamos já perdemos tempo demais!

O garoto se ajeitou na vassoura, observou a chuva de faíscas vermelhas, se algum trouxa visse poderia achar que fogos de artifícios estavam sendo lançados ao o céu, Harry olhou para a casa vizinha, sentiu o coração despedaçar e o nó na garganta aumentar, como iria explicar o porquê de não ter se despedido de Alina, o que iria acontecer com ela em sua ausência? Talvez fosse melhor assim, preocupado deu um impulso na vassoura ganhando altura e velocidade, sentiu o vento chicotear o rosto e aos poucos a Rua dos Alfeneiros foi ficando para trás junto com o pontinho que seria a janela da casa dos Pierce que se apagou por completo.


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Notas finais do capítulo

Dedicados a todos vocês seus lindos, que me incentivam e acompanham a historia!
E ai o que acharam?
Espero que tenham gostado!
Logo posto o proximo.
Beijinhos & Beijocas ♥