Deixe-me ir escrita por Giovanna Wayne


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Heeey amores!!!!
Eu não aguentei e escrevi essa historinha hoje, eu estava ouvindo essa música maravilhosa e tive a ideia de fazer essa fic!!
Eu recomendo que vocês leiam enquanto ouvem a música e tenham um pacotinho de lenços perto.kkkk
Amo vocês
Beijos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/751885/chapter/1

Ela estava na cama dormindo, enquanto eu sentado na beira da cama pensava como havíamos chegado naquele ponto.

Brigas e voltas, ódio e amor.

Era tudo tão bagunçado, desde daquele dia: estava chovendo e ela, pequena e delicada, pegou a minha mão e me levou para debaixo de uma árvore.

— Eu te amo! - disse no meio do beijo.

Ela era a eterna confusão, a calmaria barulhenta que me completava.

Annabeth Chase era o nome dela, eu a amava desde sempre.

Desde sempre ela era a minha garota.

Eu não conseguia entender como, mas parecia que ela também era apaixonada por mim.

Aquele sorriso me deixava louco, principalmente quando ele era direcionado a mim.

Depois de um mês de namoro, veio a pior parte: a doença.

Seu coração era grande demais.

Lembro dela me pedir pra ir embora, seu sorriso era apenas forçado, ela não tinha mais aquela luz.

Era somente uma falsificação da minha garota.

— Casa comigo? - perguntei desesperado, não iria deixa-la.

Subimos no altar três meses depois.

E pela primeira vez em muito tempo a vi sorrir verdadeiramente.

Ela estava linda, mais linda do que eu poderia imaginar.

Nós tínhamos apenas 17 anos, mas foi a melhor decisão que eu poderia tomar.

O tratamento não tinha mais efeito, ela se cansava rápido e mesmo sentindo dor, Annie conseguia sorrir.

Ela precisava de um transplante, queria poder fazer algo. Mas não pude.

Toda familia virou as costas: “ vocês que quiseram casar novos”

Todo mundo julgava: “ você perdeu seu tempo, logo ela vai morrer” ou “você casou por pena”

E apesar de tudo eu sabia que o nosso amor era só o que precisávamos.

No dia 21/03 ela teve que ir pro hospital, outra cirurgia e mais um mês internada.

Ela me disse que não aguentava mais, que talvez seria melhor morrer logo e acabar.

Não conseguia nem respirar direito quando ela me disse aquilo, e com lagrimas nos olhos apenas disse:

— Eu te amo! Fica comigo.

Ela assentiu de leve e deu um sorriso fraco.

No dia da alta dela, quando estávamos saindo do hospital começou a chover peguei a mão pequena dela e a levei para debaixo de uma árvore.

E como no nosso primeiro encontro a beijei.

— Annabeth, você é a melhor coisa que me aconteceu.

E de uma forma infantil ela deu uma risada, queria congelar aquele momento.

Não existia doença, não existia nada, somente nosso amor.

Tínhamos alugado uma pequena casa do lado da nossa antiga escola. Tínhamos terminado o último ano um pouco antes.

Trabalhava numa pequena floricultura, Annie amava flores.

Rosas vermelhas eram as suas favoritas, de acordo com ela vermelho era a cor do amor e por isso aquelas rosas eram a personificação do amor.

Ela gostava de filosofar, de criar teorias loucas e eu ria acompanhando a sua lógica louca.

Apesar de tudo ela estava estudando, em casa, para ir pra alguma faculdade. Queria cursar arquitetura.

— Hey princesa, trouxe uma coisa. - eu disse quando cheguei em casa.

Ela estava sentada na nossa cama, com o cabelo amarrado em um coque bagunçado e usava uma blusa minha. Na minha opinião, não podia estar mais linda.

— Hey amor, você está com cheiro de flores. - ela disse rindo. - mas então, o que você trouxe?

Tirei o filhotinho de Pastor Alemão de traz de mim e o coloquei na nossa cama.

— Ai que coisinha linda, Percy. Ai meu Deus. - ela disse dando gargalhada. - Você é o melhor.

— Eu sei. - disse rindo e a abraçando.

Naquele momento nada poderia dar errado.

Não poderia estar mais enganado, após uma semana eu cheguei em casa e encontrei a loiras desacordada.

Não sei como cheguei no hospital, mas quando vi ela estava sendo retirada de meus braços e sendo levada pra um lugar onde eu não podia estar junto com ela.

— Não tem mais o que fazer por ela. - o médico disse depois de várias horas. - eu sinto muito.

Ele colocou a mão sobre meu ombro e saiu da sala.

Hesitantemente entrei em seu quarto e meu coração se apertou: ela estava pálida, muito pálida.

— Como você está? - sabia que era uma pergunta ridícula, mas eu precisava fazer.

— Estou melhor. - ela disse com um sorriso fraco.

— Vamos pro Caribe? - perguntei de repente.

— Como assim, amor?

— É o seu sonho, casar no Caribe. Mas como a gente já casou eu estava aqui pensando, vamos juntar dinheiro e refazer nosso casamento lá.

A ideia era louca, gastar tudo numa viagem, mas era o sonho dela. Valia a pena.

— Eu só vou se você me prometer uma coisa. Que quando eu morrer você vai encontrar outro amor. - ela disse tirando a aliança do dedo.

— Eu não posso prometer isso. Você sempre vai ser o meu único amor e além disso, essa aliança já tem dona e você vai ficar com ela para sempre.

Após isso nós nos beijamos como se fosse a última vez.

Vendemos tudo que podíamos e comecei a fazer hora extra, e após 3 meses, com muitas recaídas, conseguimos a quantia e viajamos.

Nesse momento ela está dormindo e eu to sentado na beira da cama.

O mar daqui é a coisa mais linda, ela parecia uma criança quando desceu do avião.

Ela estava tão feliz, e eu soube que tinha valido cada centavo.

Iríamos “casar novamente” no dia seguinte, não iria ter ninguém lá. Só nós dois.

No meio da noite, eu estava acordado ainda, ela virou pra mim e disse:

— Meu amor, você é a melhor coisa que me aconteceu. Eu te amo. - eu não sei o porque, mas aquilo parecia uma despedida.

— Eu também te amo, princesa. Agora dorme, amanhã vai ser um grande dia. - dei um beijo na testa dela e ela voltou a dormir.

No dia seguinte, acordamos cedo e fomos pra praia.

Nem eu, nem ela estávamos vestidos como noivos, mas a felicidade não podia ser contida.

— Eu te amo, Percy. Obrigada por me fazer tão feliz. - ela disse baixinho enquanto estávamos observando o pôr do sol.

Dito isso seus olhos se fecharam e eu soube que ela não estava dormindo.

— Annie acorda. Annie, não faça isso comigo. Annabeth, por favor acorda. - eu disse chorando e balançando ela.

Ela morreu por causa de uma parada cardíaca nos meus braços.

E apesar de ser jovem, soube que mesmo por pouco tempo tinha encontrado o amor, naquela garota bagunçada e com o sorriso mais lindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Heeeey, espero que tenham gostado e que não queiram me matar kkkk
Comentem...
Beijooos e ate a proxima



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Deixe-me ir" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.