As flores que habitam tua alma escrita por birdiepoe
Notas iniciais do capítulo
Bem-vindo a isso.
05.01.2018
De todas as vezes que chorei por você, está definitivamente foi uma das mais marcantes. Provavelmente não foi a última ou a pior, visto que você parece ter uma tendência a massacrar a minha alma.
Contudo, não posso lhe culpar, certo? Antoine de Saint-Exupéry estava errado, tu nunca foste responsável por aquilo que cativou. Apenas eu, tola, sou responsável por perder-me diante do teu olhar amendoado, do teu sorriso safado e da tua voz melodiosa.
Céus, logo eu, que sempre fui tão cuidadosa com minhas passadas, deixei-me cair em falso no desfiladeiro infinito da tua alma. Quantas vezes você se foi? Por que sempre volta? Assumimos responsabilidade sobre nossos atos, nos tornamos tóxicos através do olhar do outro, mas continuamos essa caminhada absurda em direção ao olho do furacão. Ou seríamos nós o furacão?
Tenho visto fantasmas do que costumávamos ser, apesar de nunca me lembrar de tamanho sorriso em seu rosto. Por que somos tão imperfeitos e incríveis, simultaneamente, quando juntos? Consegue sentir o ar pesado? Isso é nossa culpa ou é o destino?
Se Deus existe, por que sempre nos afastamos, sendo que somos divinos juntos? Talvez a nossa perfeita sintonia seja ameaçadora para alguma divindade. Vênus, por outro lado, deveria estar satisfeita com a luxúria que carrega teu olhar.
Apesar de sermos inacreditavelmente bom, ambos sabemos que a contradição de nosso envolvimento é mais paradoxal que um soneto de Camões. O amor é fogo que arde sem se ver? Céus, tão tolo quanto eu. Tão tolo quanto você.
Isso é inevitável, não?
Vai demorar para voltar dessa vez?
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Desculpe por isso.