Already Gone escrita por NandaSmoak


Capítulo 2
Capítulo 2 - Chasing Cars


Notas iniciais do capítulo

Hello guys! To aqui com o segundo capítulo dessa fic, queria agradecer a todo mundo que comentou episódio passado. Esse capítulo eu escrevi escutando a música Chasing Cars de Snow Patrol quem quiser escutar.



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POV OLIVER

Eram seis da manhã e eu me pegava mais uma vez encarando o teto e pensando como a minha vida poderia ser com Felicity, como tudo seria tão diferente. Todas as manhas e me empurrava para ter a vontade de levantar e enxergar um mundo onde ela já não fazia parte. Era doloroso. Sem ela por aqui eu não tinha alguém para compartilhar meus sonhos de salvar uma ilha, ou alguém para depois de um dia longo poder se deitar e esquecer o mundo. Era irônico ter esse pensamento porque nos tínhamos nossa ‘’música especial’’ que dizia exatamente isso.

We'll do it all everything, on our own
We don't need anything, or anyone
If I lay here, if I just lay here
Would you lie with me
And just forget the world

Cansado de ficar me revirando na cama para tentar afastar sua imagem de minha cabeça, decido me levantar para correr pelas redondezas, afinal, precisava manter o foco e o físico. Nada melhor que uma boa corrida.

Visto uma camiseta branca, um a bermuda e calço meus tênis de corrida. Precisava comer algo antes de começar o exercício, então pego a minha mochila e afundo minha mão na procura de duas barras de cereal. Não era bem um café da manhã, mas já servia para algo.

[...]

Pingando de suor finalmente havia terminado minha corrida. A corrida demorará toda a manhã, mas me sentia mais leve, Felicity não fazia tanta falta nesse momento. O vazio não estava tão grande.

Além disso, meu bem estar havia melhorado também. Estranhamente o dia estava bonito, em Lian Yu era difícil ter dias bonitos. Hoje chegaria os dois últimos integrantes do grupo de Sara e então eu poderia finalmente sair dessa maldita ilha. Decidi ir para a cabana para trocar de roupas, eu realmente estava bem suado.

Ao entrar no cubículo que era a cabana percebi que todos os meus soldados já haviam saído e que poderia tirar minha camisa livremente. Bom, pelo menos foi isso que pensei antes que uma garota com a voz extremamente familiar adentrou.

— Ow, me desculpe. – Disse a garota dando meia volta e saindo da cabana. Não consegui ver o rosto da garota, mas sua voz era muito familiar para mim. Sabia que não era a voz de Sara e nem a de Laurel. Era uma voz suave e doce, deveria ser da outra garota do grupo, o restante do grupo havia chegado.

Saio da cabana me deparando com Sara e Roy conversando sobre finalmente conseguir sair do inferno de Lian Yu e como poderiam seguir uma vida normal depois disso. Eles se pareciam comigo e Felicity...

—Hey Ollie. – Ouvi Sara me chamando enquanto saia de meus devaneios. – Está tudo bem? – Perguntou com tom de preocupação. – Sim, apenas cansado de minha corrida. – Minto. – Me desculpe, eu te coloquei um apelido, faço isso com todos. Posso chamá-lo assim? – Disse Sara numa mistura de culpa e ansiedade por minha resposta. – É claro que pode Sara. – Dou meu sorriso mais genuíno possível, retribuído por Sara.

— Então, eu estava pensando, e você disse que era daqui e que te quando ainda morava na ilha alguém te ofereceu o cargo de agente na Argus, e como agora eu, Roy, Laurel e os outros não teremos outro lugar para morar, estava pensando se poderia nos ajudar com um cargo na Argus? – Seu tom ansioso havia voltado. – Alguns de nós luta e outros são gênios, então pode nós encaixar em qualquer posição.

—Claro que posso! Sou amigo da General e sei que ela ficaria muito feliz de tê-los em sua equipe.

—Serio? Nossa obrigada Ollie! Prometo que é só até conseguimos achar uma moradia e emprego fixo. Muito obrigada mesmo! – Dava para ver que tanto Sara quanto Roy estavam animados. – Ah, e o resto do grupo chegou. Tenho certeza que vai amá-los. – Complementou Sara. – Estão apenas se alimentando e se trocando.

— Não mais. –Diz um rapaz um pouco mais alto que eu, moreno, com um ótimo físico. – Oi eu sou Ray Palmer. – Estendeu a mão. – Oliver Queen. – Retribuo o aperto forte.

—Sara me disse que veio nos tirar dessa maldita ilha mais conhecida como o inferno. – Isso mesmo. - Confirmei.

— Cadê Lissy Ray? – Perguntou Roy. Quem era essa tal de Lissy que todos tanto falavam? E porque eu estava tão curioso para saber quem era ela? – Já deve estar vindo por ai. Você vai adorá-la Sr Queen. – Direcionou a mim. – Me chame de Oliver porfavor Ray. O corrijo.

—Quem é que vai me adorar? – Uma garota loura sai de uma das cabanas. Não era uma garota qualquer, era A Garota. Não podia ser...

—Felicity? – Sussurro em um tom quase inaudível. Não podia ser. Ela estava morta. Não, não, não, como isso era possível? Se fosse um sonho eu não queria acordar. Era ela. Cada traço de seu corpo, seu rosto, seu visual gritava Felicity. Sem mesmo me der conta do que estava fazendo, corri em sua direção dando um abraço e a levantando. Eu a segurava como se fosse meu mundo, porque ela realmente era. Ela não protestou, parecia precisar tanto daquilo como eu. Nossas respirações estavam no mesmo ritmo acelerado e comecei a sentir minha camisa ficar úmida. Por um longo minuto só existia nós dois naquele abraço, todo o resto não importava. Eu mal escutava Sara nos perguntar se nos conhecíamos.

—Oliver... – Sua voz veio tão baixo quanto a minha. – Eu senti tanto sua falta. – Disse me apertando mais forte. Foi então que percebi que ela estava chorando. Eu odiava quando Felicity chorava. – Hey, está tudo bem. Nós estamos bem, por favor não chore. – Disse me separando um pouco apenas para limpar suas lagrimas. Ela apenas assentiu com a cabeça e voltou a me apertar.

Havia tanto tempo que eu não escutava sua voz, via seu rosto angelical, recebia um abraço seu ou apenas tinha o prazer de tê-la ao meu lado. Eu sentia tanta falta dela. Sentia tanta falta de nós. Naquele instante parecia como se eu tivesse acordado depois de um longo sono. Lembrava de todas nossas risadas, que nosso começo havia sido com um beijo perfeito, de todos nossos sonhos, metas e loucuras, de como era estar todos os dias apaixonado por Felicity Smoak. Nossas brincadeiras retardadas como perseguir carros ou de como ela adorava sonhar em ter um belo jardim em nossa futura casa. De como apenas três palavras, oito letras não eram o suficiente para nós. De como eu precisava todos os dias de sua graça para encontrar a minha. Tudo havia voltado, todos os sentimentos que uma vez me fizeram sentir vivo.

I don't quite know how to say how I feel
Those three words are said too much
They're not enough […]

Forget what we're told
Before we get too old
Show me a garden
That's bursting into life

Antes de podermos dizer mais alguma coisa um para outro, barulho de tiros começaram. Eu tinha que proteger Felicity, não aguentaria perde-la de novo. Segurei seu rosto com minhas duas mãos, firmando minha voz. – Hey você tem que vim comigo pra um lugar seguro.

—Oliver, proteja os outros, eu não sou mais tão indefesa como antes. – Disse firme. – Você deveria proteger Akio, prometo que vou estar logo atrás de você. – Olhei em seus olhos e via que já não tinha o mesmo brilho de antes. Ainda era Felicity, mas era uma versão diferente da qual eu conhecia. Sabia que precisaríamos conversar depois, mas ágoras todos nós estávamos em perigo e precisaríamos sair da ilha.

—Me sigam. – Direciono todos na direção do acampamento, onde encontro restante dos soldados haviam ficado, o mais rápido possível. Começamos a correr entre as árvores o mais rápido possível, torcendo para os homens de Ivo não nos encontrar.

Depois de corrermos alguns metros finalmente chegamos ao acampamento. – Os homens de Ivo estão vindo em nosso encontro, são muitos, precisamos sair daqui o mais rápido possível. – Gritei de uma forma que fosse audível a todos. – O jato da Argus se encontra em nossa disposição? – Direcionei-me a um de meus homens que assentiu positivamente. A escada do jatinho já descia para o alivio de todos. Todos subiram rapidamente enquanto eu e meus homens apenas dávamos cobertura a ele.

Alguns minutos depois todos estávamos seguros indo em direção a sede da Argus. Eu ainda estava tentando absorver o que tinha acontecido naquele dia. Felicity estava viva, Ivo nos atacando logo depois. Era tudo demais pra mim, mas eu ainda assim precisava de respostas e, além de tudo, precisava de Felicity. Depois de todos esses anos que ela estava ‘’morta’’ e agora descobrir que na verdade ela estava viva por todo esse tempo. Me mente começou a devagar sobre o que Sara havia me falado ontem pela noite, sobre ‘’Lissy’’ ter tido a oportunidade de ligar para seu noivo, no caso eu, e não fez. Eu precisava de algumas respostas.

If I lay here, if I just lay here
Would you lay with me
And just forget the world
Forget what we're told
Before we get too old
Show me a garden
That's bursting into life

Com um pulo me levantei de minha poltrona e fui em direção a cabine de Felicity. Encontro-a perdida em um dos livros que a Argus sempre colocavam em cada cabine para que você possa tirar alguns momentos para pensar em qualquer outra coisa menos nas turbulências que sempre tinham nesses jatinhos.

Sentei-me na poltrona em sua frente. Felicity nem havia me notado sentar, ela estava muito mergulhada naquele livro, me dando uma estranha sensação nostálgica. Algumas coisas nunca mudam. Limpei minha garganta na intenção de chamar sua atenção, fazendo com que ela levantasse a cabeça confusa.

— Oi. – Disse com um sorriso mínimo.

— Oi Oliver. – Me devolveu o sorriso. – Sara me contou sobre você não ter me ligado quando surgiu uma oportunidade. – Disse ríspido. – Porque não me ligou Felicity­? – Fechei meus olhos sentindo o quanto aquelas palavras me machucavam. Abri os olhos apenas pra ver o quanto as minhas palavras também a machucava. Olhei em seus olhos procurando aquele brilho que eu tanto conhecia e amava, mas simplesmente não consegui ver nada.

— Oliver eu sei que você merece respostas e prometo a dá-las, mas podemos falar sobre isso quando não estivermos num avião. – Me pediu. – Ual! Mesmo depois de todos esses anos Felicity Smoak ainda tem medos de aviões. – Gargalhei. Foi então que percebi que era a primeira risada que dava que havia sido natural durante todos esses anos. Felicity me acompanhou na risada até que se esvaiu e tudo que sobrou foi um silêncio constrangedor.

—Senti sua falta Felicity Smoak. – Falei ao me levantar e ir em direção a saída da cabine. – Também sentir sua falta Oliver Queen. – Nos chamar pelo nome e sobrenome era uma coisa nossa. Felicity tinha uma paixão gigante pelos livros de John Green e A Culpa é Das Estrela era o seu favorito. Augustus, um dos protagonistas, chama Hazel, outra protagonista, por seu nome completo. Felicity então adotou isso para nosso relacionamento.

Estava indo em direção de minha cabine quando me dei conta de algo. Dando meia volta, voltei-me em direção a cabine de Felicity.

—Hey Felicity Smoak. – A chamei. – Deite-se comigo e vamos esquecer o mundo por apenas esse instante? – A perguntei. Por um segundo ela me olhou como se fosse um louco, mas depois de um minuto de silêncio ela segurou meu braço me puxando para seu lado. Ela precisava daquele momento tanto quanto eu. Ajeitei-me ao seu lado tirando os sapatos. Nos dois ficamos olhando para o teto, depois de um longo tempo nos entreolhamos e pela primeira vez desde que havia nos reencontrado vi o brilho em seus olhos azuis. Ela sorriu de canto, fechou os olhos, e com apenas um fio de voz sussurrou. – Boa noite Oliver Queen. Mesmo depois de tantos anos aquela mulher ainda me deixava louco com apenas algumas palavras.

Just know that these things will never
Change for us at all
If I lay here, if I just lay here
Would you lie with me
And just forget the world?

(Chasing Cars – Snow Patrol)


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Notas finais do capítulo

Foi isso gente. Até semana que vem!



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