Para todo Sempre escrita por Lorena SR


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!
Mil desculpas pela demora, mas juntou a faculdade, preguiça e falta de inspiração.
Mas estou de volta com mais um capítulo.
Espero que gostem e boa leitura a todos.



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Depois da noite dos DVDs se passaram dois dias e Sasuke ainda não voltou, ele ligou no dia seguinte e precisou prolongar sua estadia no lugar em que se encontrava, pois ainda não tinha fechado o contrato.

A manhã transcorreu tranquilamente com somente nós três tomando um barulhento, mas divertido café da manhã. Até que Sakura recebeu uma ligação, de quem eu não consegui saber quem era para dizer que iriam nos visitar e que almoçariam conosco. Confesso que eu estava um pouco curioso para saber quem era já que depois da ligação Sakura se pôs muito agitada a preparar um banquete. Quis perguntar quem seria essa pessoa para merecer tamanha atenção, mas me contive, afinal Sasuke Uchiha não é curioso.

— Ayato – Sakura entrou na sala onde eu estava deitado no sofá assistindo a algum programa qualquer e ela pegou Sarada que estava sentada no tapete com um monte de brinquedos a sua volta – você pode colocar esses brinquedos dentro daquela caixa, por favor, enquanto eu dou banho a Sarada – ela diz e me indica uma caixa preta com a tampa branca com bolinhas vermelhas no canto a sala.

— Tudo bem – eu digo acenando com a cabeça em quanto a observo praticamente correr para fora da sala com a garota em seus braços.

Rapidamente faço o que ela me pede e retorno ao sofá.

Depois de algum tempo ela voltou com uma Sarada vestida um shorts rosa e uma blusa azul clara de alcinhas, o cabelo estava preso com um pequeno laço azul escuro e estava calçado um chinelinho branco com elástico, estava bem bonitinha na verdade. 

— Eu vou tomar um banho e se a campainha tocar pode atender por favor – ela disse e eu acenei com a cabeça.

E novamente ela sai apressada pela porta. Voltei meu olhar para a garotinha que estava em pé no tapete e que assim como eu estava olhando para a porta.

— Você sabe quem está vindo? -  perguntei a ela como se fosse me responder.

Minutos depois alguém toca a campainha e eu me levanto para atender. Abro a porta para a tão esperada visita e me deparo com duas pessoas. A menor era uma mulher de cabelos castanhos escuros e olhos pretos, já a outra pessoa que estava ao seu lado era um homem alto de cabelos e olhos pretos, logo abaixo deles havia marcas que se pronunciavam, e em seus lábios brincava um meio sorriso.

Eu jamais esqueceria aquelas feições, elas pertenciam somente a uma pessoa.

— Itachi! – ouvi uma voz se pronunciar de dentro da casa.

É claro que aquele era o meu irmão, suas feições ainda eram não haviam mudado em quase nada. Eu afastei-me da porta para que eles pudessem entrar.

— Izumi! É muito bom os ver novamente! – Sakura disse abraçando a mulher.

— É ótimo para nós também – a mesma respondeu correspondendo ao abraço.

— E você Itachi como está? – Sakura também o abraçou.

— Muito bem obrigada – disse correspondendo ao abraço dela – E você, como tem passado?

— Tudo ótimo obrigada – disse sorrindo – entrem vamos para a sala.

Eles se dirigiram a sala seguindo uma Sakura tagarela e sorridente, o que me fez revirar os olhos, no entanto, isso realmente não me desagradou.

Ao chegarmos à sala encontramos Sarada sentada no tapete assistindo algum desenho que passava na televisão, mas quando nos viu rapidamente se levantou e veio em nossa direção com os bracinhos erguidos e um grande sorriso nos lábios.

— Nossa! Ela está crescendo tão rápido – Izumi disse pegando a pequena nos braços.

— E a Yumi? – Sakura perguntou.

— Ficou com meus pais. Itachi e eu queríamos ficar a sós – ela lançou um olhar cúmplice ao marido que correspondeu com um meio sorriso.

— Mas e essa criança – ele perguntou e olhou e minha direção – é ... Ayato?

— Sim – eu respondi irritado por ele se referir a mim como criança.

Estranhamente ele continuou com seu olhar fixo em mim, e seus lábios se movimentavam minimamente como se quisesse me dizer alguma coisa.

— Sentem- se, por favor – Sakura apontou os sofás – querem beber alguma coisa? Vou preparar um suco – disse se virando.

— Eu irei ajudá-la – a outra disse saindo juntamente com ela e levando Sarada em seu colo.

Assim ficamos na sala somente eu e a versão mais velha de meu irmão, cujo olhar não desviava de mim, algo que estava começando a me incomodar.

Ele olhou ao redor e se sentou no sofá ficando de frente para mim. Eu ainda permanecia desconfiado sobre aquele homem, então me sentei no outro sofá de frente ao Itachi. Ele pegou o cachorrinho de pelúcia de Sarada que estava no chão onde a mesma estava brincando, fazendo com que ele desviasse os olhos de mim e voltasse sua atenção para o brinquedo.

— E o seu pai? – ele perguntou sem me encarar.

— Minha mãe disse que ele vem progredindo – eu disse.

— Isso é bom – ele disse ainda sem olhar para mim – em breve poderá voltar para casa. Você já deve estar sentindo saudades.

— Sim – eu respondi o observando observar o brinquedo com bastante atenção.

— Deve estar com saudades dos seus pais, de casa  e de ... – ele parou um instante – não ouvir mais discussões.

— O que? – eu o olhei espantado e pude ver seus olhos pretos abandonar o brinquedo e focar em mim outra vez, porém agora estava nítida uma determinação -  como você ... – não consegui perguntar.

—  Como eu sei – ele deixou o cachorrinho de lado – ora, Sasuke é meu irmão e por mais que ele negue eu ainda o conheço melhor que ninguém e sei quando algo está errado.

Sim, meu irmão sempre me surpreendeu com esse jeito de sempre descobrir como eu me sentia sem que eu precisasse dizer a ele.

— Sei quando algo não está bem com ele, por esses dias percebi que ele está mais frio e distante que o normal – ele disse – esse é o jeito dele eu sei, mas ... algo está errado, ele está liderando mais projetos que o necessário, passando menos tempo em casa, tem causado problemas, tanto para ele quanto para mamãe e Sakura.

Nesse momento me lembrei daquela conversa que as duas tiveram na cozinha.

— Me conte o que aconteceu – ele pediu enquanto me encarava com seus olhos negros.

Contei a ele todo o incidente do dia da briga de Sasuke e Sakura, ele me escutou com bastante atenção.

— Então foi isso o que aconteceu – ele disse por fim assim que eu terminei de contar o fato – ele se recostou novamente no sofá de olhos fechados e fez uma expressão de reprovação e tristeza.

— O que foi? – eu perguntei.

— Ele está cada vez mais parecido com ele – Itachi passou a mão pelos longos cabelos e seu olhar ficou distante e pensativo.

— Com quem? – eu perguntei.

— Meu pai – ele disse triste – tudo ficou pior desde a sua adolescência.

Neste momento pensei no pai que eu conheço, e em seu comportamento com a minha mãe e meu irmão, e comigo também.

— O que aconteceu? – eu quis saber.

Ele me olhou como se pensasse se realmente deveria me dizer.

— Isso não é assunto para crianças – ele disse.

— Eu não sou idiota – afirmei.

— E eu não disse que é – permaneceu com o olhar fixo em mim – mas não é um assunto que eu gostaria de compartilhar.

O olhei firmemente e percebi que ele não iria voltar atrás em sua resposta e resolvi não insistir. Mas eu ainda irei descobrir o que ele não quis me contar.

— Tudo bem – eu disse.

— Apenas quero que me faça um favor – ele disse pegando sua carteira que estava no seu bolso – aqui – ele tirou de lá um pedaço de papel e me entregou – se algo acontecer, e ligue imediatamente – quando olhei no papel estava escrito um número e o nome dele.

— Hum – eu disse e guardei o papel.

Nesse instante Sakura chegou até a porta da sala e nos chamou dizendo que o almoço estava servido, nos levantamos e caminhamos em direção a cozinha, mas antes ele segurou o meu baço e disse quase em um sussurro.

— Cuide bem delas – dito isso me soltou e entrou na cozinha.

— Eu irei – prometi.

* * * * * *

O almoço transcorreu muito agradável e divertido, eu havia me esquecido como é um almoço em família. Itachi e Izumi permaneceram conosco até o cair da tarde quando eles resolveram voltar para a casa deles.

Sakura e Sarada estavam na sala assistindo televisão enquanto eu havia terminado de tomar e me troquei no quarto e estava procurando algo para fazer quando de repente as luzes de toda casa se apagam.

— Ayato! – escuto Sakura me chamar.

— Estou aqui em cima – eu digo abrindo a porta do meu quarto.

Lentamente fui tateando as parede e tomando cuidado em cada passo, do andar de baixo eu podia escutar o choro de Sarada, ela deve estar assustada com a escuridão. Com dificuldade consegui descer as escadas e chegar à sala onde Sakura estava.

— Ayato você pode me ajudar a procurar por lanternas, deve ter alguma em alguma gaveta na mesinha do corredor, eu vou procurar velas na cozinha.

— Okay – eu disse e me encaminhei em direção ao corredor.

Ainda tateando as paredes consegui chegar até a mesinha. Fui abrindo as gavetas e procurando por uma lanterna, até que em umas das gavetas eu achei o que procurava rapidamente a peguei e a ascendi, iluminei a gaveta e algo lá no fundo brilhou. Peguei aquele objeto prateado brilhante e percebi ser uma chave, e n,e perguntei de ode seria, iluminei o final do corredor e primeiro iluminei o escritório de Sakura, que estava com a porta aberta, como sempre e depois o do Sasuke que permanecia fechado.

Guardei a chave no meu bolso e fechei a gaveta e me dirigi para a cozinha que estava iluminada por algumas velas que Sakura havia espalhado a pequena já tinha parado de chorar e se encontrava na cadeirinha com o seu brinquedo.

— Aqui está a lanterna – eu entreguei a ela.

— Obrigada – ela pegou e a colocou em cima da mesa – também achei uma no armário da cozinha,

* * * * * *

Sem termos o que fazer decidimos ir para nossos quartos, cada um com uma lanterna. Esperei algumas horas no meu quarto, e verifiquei se a energia havia voltado, o que confirmei, e depois desci até o andar de baixo  ainda com a chave no meu bolso.

Parei diante da porta e com a mão desocupada peguei a chave e com a lanterna iluminei a fechadura, coloquei a chave e girei, assim a porta destrancou e eu entrei.

Parecia um lugar completamente fora do contexto da casa, as paredes eram de um tom acinzentado, não tinha nenhum quadro ou fotografia, em uma das paredes possuía uma estante repleta de pastas e livros, a mesa era de uma madeira escura sem enfeite algum, tinha um espaço para um notebook, um relógio simples, um porta lápis e uma caixa preta eram as únicas coisas que havia sobre a mesa. No canto da sala tinha uma poltrona de cor canela de frente para a janela onde ao lado se encontrava uma mesinha com uma bebida e uma taça.

Olhei as prateleiras, os livros, as pastas, as gavetas, mas não encontrei nada, tentei abrir a caixa, mas a mesma estava trancada, decepcionado sai do escritório e o tranquei novamente e guardei a chave onde estava antes e retornei ao meu quarto.

Deitado na cama me coloquei a pensar sobre aquele lugar.

— Em que tanto pensa? – alguém diz.

— Woo, já disse para parar de aparecer assim – era o gato.

— Gostando da sua estadia? – ele perguntou sentado no beiral da janela.

— Ainda não entendo o que estou fazendo aqui – me sentei e apoiei a cabeça em uma das mãos – tenho uma asa que nunca frequento, uma família que não faço parte e um trabalho que coloquei acima de tudo – olhei para o Ren – é isso? O trabalho dele? É isso que eu tenho que concertar?  

— Você acha que é isso que precisa ser concertado? – ele me olha com seus olhos violeta.

— Não consigo pensar em outra coisa – afirmo.

— De tudo o que você viu e de todos os que você conheceu, isso foi a única coisa que encontrou de errado? – ele voltou a me perguntar.

— Sim – respondi encabulado.

— Bom – ele suspirou – você ainda tem mais alguns dias – ele se levantou.

— Por que você não me diz então? – eu falei – fala logo o que é, me ajuda a terminar isso logo.

— Porque eu não estou aqui para ajudar você.

Abaixei-me para pegar o meu travesseiro e jogar nele, mas já havia desaparecido. Rosnei irritado, mas joguei o travesseiro mesmo assim.

— O que eu não estou vendo? – suspirei e fui dormir.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem!
Por favor deixem comentários, isso motiva bastante e me deixa muito feliz.
Até o próximo.



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