Eternamente escrita por LizCullen


Capítulo 31
Festa




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  Assim que parei o carro, Jacob e Alec estavam nos esperando. Ambos foram ao nosso encontro, abrindo a porta para descermos. Pude perceber que assim que saímos do, vários garotos na fila para bilheteria soltaram suspiros e assovios. Isso fez Jacob parecer um pouco irritado.

-Por isso resolvi te esperar aqui fora. Esses garotos...–ele sussurrou em meu ouvido e pegou minha mão

-Um, parece que a gatinha está acompanhada. –um garoto falou e estávamos perto o suficiente para que até um humano normal pudesse ouvir.

-Muito bem acompanhada. –Jacob cuspiu

-É melhor entrarmos. –Jane apressou

-Claro. –Alec concordou e entregou nossos ingressos VIP’s

  A boate estava animada, com o som altíssimo que chegava a incomodar, mas era suportável. Logo pude encontrar minhas amigas próximas ao balcão, onde vendiam bebidas.

-Eu já volto. –disse

-Estaremos com meus amigos. –Jacob falou e nos separamos.

-Oi, garotas! –falei animada

-Nessie! –elas gritaram e me abraçaram

-Adorei as suas roupas! –Karla elogiou

-Pensei que não viessem mais. Liguei para Ever, mas ela disse que ia passar não sei aonde, e ia demorar. –Cinthia  falou

-Imagina, não perderíamos isso por nada no mundo! Ah, essa é Jane. Jane estas são, Cinthia, Camila, Karla, Carol... –a medida que ia falando o nome das garotas, apontei para elas.

-Prazer. –Jane falou de dentes cerrados e elas apenas sorriram

-A quanto tempo estão aqui?- perguntei

-Damon e eu chegamos às 22h como combinado. –Carol falou

-Eu cheguei faz pouco tempo. –Camila disse

-Mas, e aí, querem algo para beber? –Karla perguntou

-Eu não bebo. –Jane recusou. Lógico que ela não iria aceitar.

-Quero um drink sem álcool. –pedi ao bar man e as garotas me olharam interrogativamente –Que foi?

-Você pelo menos já bebeu alguma vez na vida? –Cinthia apontou para o copo que agora estava em minhas mãos.

-Não, nem pretendo. Papai me colocaria de castigo por meses se eu fizesse isso. E estou dirigindo, é mais um motivo.

-Ah, Renesmee, tão santinha como sempre. –Camila apontou

-Não sou santa! -reclamei

-E o Alec? Onde está? –Cinthia perguntou olhando ao meu redor

-Com Jacob. E cuidado, Jane é muito ciumenta. –ri

-Ah Jane, me arranja o Alec, vai...-Cinthia implorou

-Desculpa, mas não posso fazer nada. –ela sorriu achando graça

  Ficamos conversando e logo percebemos que uns garotos nos olhavam, tentando flertar conosco. Eu ri.

-Um, parece que a Nessie arranjou um paquera. –Cinthia disse piscando para mim.

-Claro que não! –eu engasguei –Está doida garota?

-Ah, ele é um gato. –Camila disse encarando o garoto e eu dei um tapinha em seu braço para que ela parasse –Por que não vai lá?

-Não. Parem de colocar coisa na minha cabeça, eu só estava observando. Que crime há nisso? –perguntei e elas deram de ombros. Aos poucos Jane foi se acomodando e ficando confortável entre tantos humanos. Minutos depois Ever e Rhuan chegaram. Eles ficaram um tempo conosco, mas logo foram para um lugar reservado.

  O DJ tocou, simplesmente, as músicas que mais amávamos e caímos na pista de dança sem medo. As garotas, solteiras, ficaram várias vezes e depois voltavam à nossa rodinha. A cada momento que se passava eu podia sentir os olhos de Jacob em mim. Vários garotos deram em cima de mim, mas recusei, disse até que tinha namorado. Essa é a pior parte de uma boate. Fato. Depois de aproximadamente, uma hora dançando sem parar, voltei ao balcão. Pedi mais uma bebida –sem álcool- e fiquei observando as pessoas que estavam em volta.

-Oi. –um garoto se aproximou, sentando ao meu lado, mas fingi não ouvir – Meu nome é Flávio, te achei muito atraente e pensei se não poderíamos ficar.

-Obrigada, mas não estou a fim. –respondi sem encará-lo. Ele cheirava a álcool.

-Quantos anos você tem?

-18. –menti, mas era isso que constava na minha carteira de identidade

-E uma donzela desta idade, está aqui sozinha, desacompanhada?

-Na verdade, não. Estou com meu namorado e umas amigas.

-E onde ele está?

-Com os amigos.

-Como ele pode te deixar para ficar com os amigos?

-Não é da sua conta.

-Crise no relacionamento? Já passei por isso. Quer um conselho bem legal? –ele se aproximou mais.

-Não preciso do conselho de ninguém, muito menos de um desconhecido. –me afastei

-Mesmo assim eu vou te dar. Agarre o primeiro garoto que você ver e desconte sua raiva, faça com que o seu namorado veja o quão importante você é.

-Deixa eu adivinhar. –o encarei –Sua ex-namorada fez isso com você.

-Sim, e sabe o que eu fiz?

-Não. –nem pretendo. Você está perto demais de mim, bêbado e relembrando mágoas do passado; isso pode fazer com que você faça comigo o que fez com ela.

-Terminei o namoro e agora estou em busca de um novo amor.-mentiu. Eu sabia disso porque ele demorou um tempo para formular a resposta.

-Espero que se dê bem nessa busca. –voltei minha atenção para outra coisa que não fosse esse garoto.

-Minha busca acabou. –ele virou meu rosto, o segurando firme em suas mãos. Eu tentei afastá-lo de melhor forma. Eu não podia me mostrar mais forte que ele, seria estranho. Eu odiava isso. Odiava não poder usar minha verdadeira força.

-Tire suas mãos imundas da minha namorada. –a voz de Jake soou como melodia em meus ouvidos e no mesmo instante o garoto me soltou.

-Jacob! –ofeguei e rapidamente me coloquei ao seu lado. Ele passou seu braço ao redor da minha cintura, segurando firme.

-Estavam te incomodando? –ele continuou encarando o tal de Flávio

-Não, eu só queria dizer uma coisa à ela. –o garoto recuou

-Fale. Aqui. Na minha frente.-Jacob disse frio

-Era sem importância.

-Então some. –ele quase rosnou e o garoto apressou-se em sair de perto da gente

-Obrigada. –sussurrei

-Não foi mais que minha obrigação. Seu pai vai me matar por isso.

-Pelo que?

-Até parece que um certo alguém não fez uma certa promessa de não deixar ninguém tocá-la.

-Você deveria ter aparecido assim que eu disse que tinha namorado e ele não me tocou!-tentei colocar a culpa nele

-Desculpe, mas eu não leio mentes como seu pai.-ele atirou

-Ah, Jacob Black! –sai de seu abraço e fui me sentar novamente. Podia sentir meu rosto corado de raiva. Ele conseguia estragar qualquer momento nosso.

-Você não vai ficar aqui sozinha. Venha comigo. –ele pegou em meu braço, mas antes que me levasse a algum lugar, Jane apareceu.

-Acho que você já descansou o suficiente, não é Nessie? Venha, vamos nos divertir. –ela me puxou para pista de dança deixando Jacob sozinho. O restante da madrugada ficou entre conversas e muita dança.

-E agora, para deixar o clima mais romântico. Uma música mais calma. –o DJ falou

  Os casais de namorados se juntaram na pista e os solteiros encontraram outros solteiros; e começaram a dançar no ritmo da música. Até Jane e Alec estavam dançando juntos.

  Rapidamente me desloquei para um canto, não queria que ninguém me atormentasse, e pude ver claramente Jacob. Ele estava encostado no balcão.  E podendo ser nós dois juntos, agarrados, dançando ao som dessa linda melodia. Era ótima a forma como ele em olhava, me abraçava, mas isso é diferente quando sabemos que alguém gosta da gente. Nossos olhares se encontraram, ele sorriu me fazendo retribuir, e me convidou para dançar. Concordei o fazendo vir até mim. Por um momento, as luzes se apagaram, mas ninguém se assustou, então fiquei na minha, esperando por Jake. A luz voltou e eu desejei não ver o que vi. Jacob estava beijando uma garota. Na minha frente. Pude ver ele segurando a cintura da menina, como se quisesse afastá-la, mas seus lábios continuaram nos dela.  Senti uma dor profunda atingir meu peito. A dor da traição. Me senti incapacitada, não consegui fazer outra coisa, a não ser, observar. Tirei minha atenção deles ao perceber que lágrimas ameaçavam cair. Busquei por Jane, mas não a encontrava.

  Jane, por favor, vamos embora. Estou indo para o carro. Me encontre lá, não demore.Por favor. –implorei em pensamento.

  Corri para a porta mais próxima e fui em direção ao carro do meu pai. Entrei, me jogando no banco, deixando que a tristeza tomasse de conta do meu pobre coração que agora não sabia se continuaria a bater, depois de tanta dor.

-Nessie, o que houve? –Jane entrou sentando no banco do passageiro

-Eu quero ir embora. Você vai comigo? –as lágrimas já corriam por meu rosto

-Sim, mas pode me explicar o que está acontecendo? –ela fechou a porta enquanto eu dava a partida.

-O Jake. Ele estava beijando uma garota. Na minha frente! –falei entre soluços

-Acalme-se. Por favor. –ela pediu

-Eu não quero me acalmar. Como eu posso ser tão idiota!? – a raiva tomou conta de mim

-Eu vou ligar para Alec. –ela falou pegando o celular

-Não. –eu neguei

-Nessie, eu simplesmente larguei ele naquela pista de dança. Com certeza ele me viu entrando no seu carro. Preciso dizer que estamos indo para casa. Eu não vou falar o que aconteceu, tudo bem? –concordei, sem saber onde encontrar minha voz

-Aonde vocês estão? –Alec perguntou preocupado

-Estamos bem. Indo para casa. A Nessie não se sentiu bem e pediu para que fôssemos embora.

-Por que não avisaram? Estamos indo para aí. –ele falou e eu balancei a cabeça para Jane

-Olhe, demorem mais um pouco. 10 minutos é o suficiente. Tchau. –ela desligou sem esperar uma resposta

-Que horas são? –perguntei estacionando em frente de casa. Ninguém havia chegado e eu agradecia por isso.

-03:50.

-Ótimo.- sai do carro indo em direção ao meu quarto

-O que você vai fazer?-ela perguntou me seguindo

-O que eu vou fazer ou o que eu quero fazer?

-Os dois. –ela disse receosa.

-Bom, eu vou sair daqui, porque eu não quero ver aquele garoto. –falei vestindo uma calça jeans e colocando um casaco –Mas a minha vontade é de morrer. Por que, Jane? Por que isso acontece comigo? Nós estávamos tão bem. –suspirei derrotada

-Você vai ficar. Não pode sair por aí sozinha.

-Eu não vou ficar esperando por ele chegar e perguntar com a maior cara de inocente o que aconteceu comigo. –falei já descendo as escadas

-Renesmee Carlie Cullen. Eu sou mais velha, me obedeça.

-Eu preciso de um tempo sozinha, me deixe ir. Prometo que não demoro, não vou fazer nada de errado. –controlei minhas lágrimas

-Como eu queria ser Jasper agora. Você sabe que Edward vai tentar arrancar minha cabeça por te deixar ir.

-Eu me entendo com ele. –falei partindo

  P.O.V Jacob

  Vi Nessie em um canto observando os casais. Ela estava tão linda essa noite... Nossos olhares se encontraram e eu lhe abri um sorriso que a fez retribuir. Pensei por um momento, então apontei minha cabeça para pista de dança, a convidando para dançar e ela concordou. Me senti mais feliz, era chance que eu tinha de finalmente beijá-la. Fui em sua direção, mas as luzes se apagaram e logo senti os lábios de alguém nos meus. Pensei que fosse Nessie, mas não era seu aroma. A luz voltou, segurei a cintura da garota, tentando afastá-la de mim, mas seus braços estavam travados ao redor do meu pescoço. Eu não podia agir grosseiramente e me odiei por ter vindo à essa boate.

-Me solte. –consegui finalmente me separar da garota

-O que? Você não gostou? Como eu te beijo e você me recusa? –ela me olhou incrédula

-Não gosto de garotas atiradas. –olhei ao redor, procurando pela minha princesa, mas ela havia sumido –Além do mais estou namorando, não preciso de ninguém.

-Como você, um garotinho, me recusa desse jeito? Tenho pena da sua namorada. –ela falou se achando um máximo

-Se tem pena dela e me acha um garotinho, por que resolveu me beijar? Eu com certeza, não sou o único garoto daqui. –sai deixando-a sozinha.

  Enquanto procurava por Nessie, Alec apareceu na minha frente parecendo preocupado.

-O que aconteceu? –perguntei

-Jane. Ela me deixou sozinho. A segui até lá fora e vi ela entrando no carro de Edward e saindo com Nessie.

-Aonde elas foram? –eu podia sentir um rosnado se formando em meu peito –Por que não as seguiu?

-Deve ser porque eu vim te procurar.-ele respondeu com sarcasmo

-Claro, claro. Vamos. –fomos em direção ao meu carro e segundos depois Jane ligou para Alec.

  P.O.V  Jane

  Por mais que fosse errado, eu deveria deixar Nessie ir, apenas pelo olhar, eu podia ver a sua dor. Como se estivesse perdido a pessoa que ela mais amava nessa vida. E eu não podia ajudar. Como eu tinha vontade de gritar para ela que Jacob a amava e que tudo não passou de um mal entendido, mas eu prometi não contar. Esse é um problema que só eles podem resolver, mas doía ver o quanto eles sofriam pensando que eram rejeitados. Suspirei me jogando no sofá, pensando se deveria ou não ligar para Edward, mas no momento em que pensei, meu celular tocou.

-O que aconteceu? Alice teve uma visão. Por favor, diga que Nessie está aí com você. –a voz de Edward no outro lado da linha soava desesperada.

-Ela viu Jacob beijando uma garota. Não, não está comigo. Desculpe, mas não pude impedi-la.

-Não acredito nisso. Por que eu tinha a impressão que essa noite não ia acabar bem? –ele perguntou a si mesmo –Estamos indo para aí. Não saia.

-Claro. –falei e ele desligou. Ótimo, eu mal havia entrado na família e já estava fazendo coisa errada.

-Jane! –Alec correu para me abraçar

-Foi minha culpa. –falei derrotada e pela primeira vez eu estava chorando –Eu não devia ter deixado ela ir.

-Onde ela está? –Jacob perguntou tremendo

-Saiu. –sussurrei

-Como você deixou?  -ele gritou

-Pare de gritar com minha irmã! –Alec mandou –Ela não tem culpa de nada. A culpa disso estar acontecendo é sua!

-Como minha? O que eu fiz? –ele perguntou indignado

-Garotos, parem! A culpa não é sua, Jacob. –mandei um olhar de repreensão a Alec -Edward ligou e disse que estava vindo.

  Minutos depois Edward e os outros chegaram. Me mantive no lugar enquanto Alec explicava o que havia acontecido, mas nem ele sabia a verdadeira razão. Alice apenas sentou-se na escada tentando ver algo, Jasper fazia círculos em suas costas tentando acalmá-la. Rose e Emmett estavam sentados no sofá. Jacob olhava além da parede de vidro.

-Jane, não fique assim. –Bella me acolheu em um abraço

-Eu podia ter impedido ela de ir, Bella, mas ela estava tão triste!

-Jane, está tudo bem. Vamos atrás dela. –Edward falou

-Seu cachorro. –Rosalie rosnou para Jacob

-Não me enche loira oxigenada! –ele cuspiu e Rose avançou

-Parem. Não é hora de briga. –Carlisle mandou –E não vamos atrás dela.

-Como assim? –Edward o encarou

-Meu filho. Nós sabemos o que aconteceu e sabemos o quanto Nessie deve estar sofrendo. Ela quer apenas um momento sozinha. Ela tem juízo o suficiente para saber o que está fazendo. Com certeza não vai demorar a dar notícias.

-O melhor que podemos fazer é esperar. –Esme completou

-Eu não quero esperar! Ela pode estar correndo perigo uma hora dessas. –Jacob falou quase chorando

-Você não vai à lugar algum. –Edward mantinha as mãos fechadas em punho. Talvez para se impedir de atacá-lo.

  P.O.V. Nessie

  Dirigi sem rumo pela via principal de Washington e parei num comércio aberto 24 horas, próximo a um posto. Vaguei por entre as prateleiras, sem saber o que eu realmente queria. Fui na sessão de bebidas e uma me chamou atenção: Smirnoff Ice, 10% de álcool. Eu sabia que era errado beber, e mais errado ainda beber e depois dirigir. Além do mais, meu avô era policial e o outro médico. Mas eram apenas 10% e eu queria afogar minhas mágoas, mas dessa vez não seria em sorvete. Paguei ao caixa e achei estranho ele não ter pedido minha carteira de identidade. É proibida a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos.

  Entrei novamente no carro e bebi um pouco do líquido, que era mais fraco do que imaginei, mas mesmo assim meus pais iam sentir o cheiro. Deixei de lado esse fato e continuei a ingerir a bebida. Meu pai ligou algumas vezes, mas não atendi. Dirigi mais um pouco até chegar no Coffe’s House. Desci e entrei. Mesmo não estando lotado, apenas com dois casais, fiquei em um canto. Kelly, a garota que sempre me atendia veio ver se eu queria algo, mas recusei. Me encolhi no banco, com a cabeça entre os joelhos e voltei a chorar. Como eu queria esquecer aquela imagem, como eu queria dizer que aquilo foi apenas um sonho. Passei um logo tempo assim.

-Nessie? –a voz de Ever me assustou

-Ever?- levantei a cabeça secando minhas lágrimas e tomando mais um gole. Ela estava com Rhuan.

-O que você está fazendo? Está ficando doida? –ela me tomou a garrafa de Smirnoff Ice.

-Me devolve! –mandei, mas ela não entregou e sentou-se com Rhuan à minha frente. Suspirei deitando minha cabeça na mesa.

-Rhuan, por que não pega um café para Nessie e para mim? –ela pediu e ele concordou levantando-se –Hey, o que aconteceu? –sua voz soou gentil

-Jacob...-levantei a cabeça para encará-la –Ele ficou com uma garota. Na minha frente! –bati a mão na mesa

-Acalme-se!

-Aqui. –Rhuan me entregou o café

-Você não pode ficar assim. Não pode deixar que ele te machuque desse jeito. –ela  falou

-E ele não sabe que você gosta dele. –Rhuan completou

-Mesmo assim. Ele não podia ter feito isso comigo. Não podia! –choraminguei

-Alguém sabe que você está aqui? –ela perguntou preocupada

-Não. -murmurei

-Então está na hora de você ir. –Rhuan disse pegando meu braço

-Eu não quero.

-Nessie, vai dar 5 horas da manhã. Você está exausta, tem que dormir.- Ever disse

-Será que podem me deixar em paz? Eu não vou.

-Você que pediu... –Rhuan me colocou por cima do ombro e saiu

-Me solte! –eu gritei lhe dando tapas –Você vai ver, Rhuan. Me solta! –mandei. Ever estava atrás de nós, sorrindo da minha atitude.

-Onde está a chave? –ela perguntou olhando em minha bolsa.

-Não digo.

-Não seja tão dura. Você não vai morrer só porque está indo para casa. Há Ra! –ela viu a chave em meu bolso e pegou. Rhuan me colocou no banco do passageiro travando o cinto.

-Isso é porque você não vai para casa ter que aturar todos brigando devido a sua irresponsabilidade e não vai ter que passar o resto das suas férias vendo o cara que você ama e que te fez sofrer e ficar relembrando da cena que presenciou. –a encarei com as lágrimas voltando a cair.

-Desculpe, mas quem sabe isso não passa de um mal entendido? –ela passou a mão ternamente por meu rosto, enxugando as lágrimas. –Eu queria tanto poder te ajudar, mas isso é uma coisa que só vocês dois podem resolver. –ela me deu um beijinho e fechou a porta.

  Rhuan foi dirigindo o carro do meu pai enquanto Ever nos seguia. Passei o tempo olhando além do vidro,vendo o sol nascer. Ele tentou falar algumas vezes comigo, mas eu o evitei.

-Você não pode ficar sem falar comigo, é para o seu bem. –ele falou estacionando o carro em frente de casa. Eu podia ver por minha visão periférica, mamãe e papai se aproximando.

-Não estou com raiva de você. Obrigada. –tentei forçar um sorriso, mas ele saiu mais como uma careta

-Renesmee...-papai abriu a porta do carro aliviado.

-Me deixa. –passei direto quando ele tentou me pegar me abraçar. Estavam todos na sala, exceto por Jacob , vovô, Alec e Jane.

-Nessie, que alívio! –tia Rose se aproximou de mim, mas senti na escada, me derramando em lágrimas. Pude ouvir vovó dizer um obrigada e Rhuan partiu com Ever. Papai sentou ao meu lado envolvendo seus braços ao meu redor. Afundei meu rosto em seu peito, molhando toda sua camisa.

-Vai ficar tudo bem. –ele me beijou na cabeça e me colocou no colo –Você está cheirando a álcool. –ele constatou

-Desculpe. –mordi meu lábio inferior

-Depois conversaremos sobre isso. –ele falou e eu concordei –Vou levá-la para dormir. Ela está muito cansada. –ele disse aos outros e subiu comigo para o quarto dele e da mamãe. Eu achei melhor não perguntar por que estávamos indo para o quarto deles e não para o meu. –Eu vou pegar um pijama para você, sua mãe sobe já. –ele disse me colocando na cama.

-Como você está se sentindo? –mamãe perguntou entrando no quarto

-Um pouco enjoada por causa da bebida.

-Não está sentindo dor de cabeça, nem nada? –ela perguntou tirando minha sandália

-Estou bem, não precisa se preocupar. –ela olhou para o lado tentando disfarçar algo –O que foi?

-Você sabe o quão aflita me deixou? Por que não atendeu as ligações? Eu estava desesperada! Você sabe como a Jane ficou? –ela começou a dizer, mas sem me encarar

-Desculpe, mas eu não consigo pensar em ver Jacob mais uma vez. Você não estava lá, não foi você que o viu agarrando outra garota.

-Duvido que ele seja capaz disso. Ele deve ter resistido.

-Não duvide. Ele pode até ter tentado afastar ela, mas não resistiu ao beijo. E no lugar dela poderia ter sido eu, mas existe gente nessa família que simplesmente impede que a gente se beije! Por que? Eu não sei. –falei com a voz alterada

-Baixe o tom de voz, Renesmee Cullen, não tenho nada a ver com isso! –ela mandou, mas sua voz parecia longe, a única coisa que eu podia escutar eram meus próprios soluços. –Filha, shh, shh, não fique assim. –ela me abraçou

-Eu o amo, mãe. O amo.


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Notas finais do capítulo

Comentários e estrelinhas?Recomendações são também sempre bem vindas.

Beijos

#LizCullen



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