-Cinco minutos para que Isa? – Pietro me perguntou, levando um belo tapa na cabeça em seguida.

-Para a guerra, gênio. – Sophia falou, revirando os olhos. Eu me levantei depressa, e sem falar nada corri para fora de casa, ouvindo que todos me seguiam. Corria para a floresta, tentando fazer com que minhas pernas conseguissem ser mais rápidas do que já eram, todo tempo que eu levava parecia eterno, mesmo eu sabendo que não se passou nem um minuto.

Preciso chegar á tempo, preciso chegar á tempo, preciso chegar á tempo... era isso que eu mantinha em minha mente, como um mantra. Eu realmente, preciso chegar á tempo, não suportaria ver que alguém foi morto por Victória, seja humano, seja Jake, sejam aqueles lobos que eu não faço idéia de onde são, mas mesmo assim, ninguém merece morrer pelas mãos de Victória.

Dei impulso, e saltei, pousando novamente no chão, já como loba. Minha velocidade aumentou, pouco, mas aumentou. Minha mente estava cheia de pensamentos me mandando esperar, mas eu não os ouviria, se eu parasse, talvez não consiga salvar ninguém.

Avistei uma parte com mais luz da floresta, de onde vinham estrondos, barulhos de um confronto grande. Rosnados saíam junto com uivos, alguns de dor, outros de uma grande fúria.

Parei quando vi um vampiro loiro em minha frente. Á, mas ele não vai me atrapalhar mesmo. Senti que meu corpo esquentava rapidamente, e depois a única coisa que vi foi o vampiro explodindo com o fogo. Voltei a correr, Luke já havia me alcançado, e me acompanhava, sem pensar mais para que eu parasse.

Diminui a velocidade dos meus passos quando já estava na clareira, avisei Victória, me olhando com espanto, assim como todos os outros, que pararam de lutar quando viram mais dois lobos chegando. Olhava nos olhos de Victória, transbordando de fúria. Desviei rapidamente o olhar do dela e observei a todos, nos olhando atônitos. O único olhar que me prendeu por um tempo maior foi de um lobo castanho avermelhado.

Sacudi minha cabeça, e pulei em direção á Victória. Esse meu gesto foi a deixa para que o combate recomeçasse.

Ela sabia golpes ótimos, confesso, mas eu sabia melhores. Desviava de cada soco ou chute que ela lutava para acertar, sem usar um único poder, eles seriam guardados para o gran finale. Saltei em sua direção, que desviou, quase me fazendo chocar contra uma das árvores, por ter reflexos rápidos, desviei e a contra-ataquei.

Lutava somente com ela, era divertido ver sua expressão de surpresa por cada golpe perdido. Meu combate com ela foi interrompido por um uivo de dor. Olhei na direção que ele vinha, o lobo castanho estava deitado no chão, e um vampiro com olhar de vitória o olhando, e rindo. O peguei de surpresa, atacando-o pelas costas, e rançando-lhe a cabeça, em um só golpe.

Quando fiz isso, todos os lobos começaram a uivar de dor, menos minha matilha, é claro. Olhei, procurando por quem fazia aquilo, a vampira mais concentrada naquele meio tinha cabelos pretos, longos. Seu olhar era concentrado e com ódio. Cansei de ouvir tantos uivos de dor. Fiz com que todos os vampiros explodissem, menos Victória. Ela também iria explodir, só que um pouco mais de sofrimento para ela não fará diferença alguma. Ela olhava para os lados, enquanto seu corpo esquentava, a última coisa que se ouviu dela foi o grito antes de explodir.

“Você está bem?” Luke perguntou por pensamento. Só então percebi que estava ofegante demais. Usar tanto meus poderes me deixa cansada, ainda mais quando ele é usado em muitas pessoas/vampiros de uma única vez.

“Estou.” Respondi “Vamos embora, antes que as perguntas deles comecem.” Olhei significativamente para os outros lobos, nos olhando confusos. Todos concordaram, e nós saímos, em direção á nossa casa.

“estamos sem roupas.” Lucy pensava. Realmente estamos, todos nos transformamos sem separar as peças.

“Alguém prevenido no bando sempre é bom.” Sophia respondeu, e nós não entendemos nada. “Deixei algumas roupas minhas penduradas em um galho, vou buscar e já trago roupas para vocês também.” Explicou e correu. Essa é uma boa idéia, vou deixar roupas aqui também.

“Nós também.” Todos pensaram, só então me lembrei que estava sem o escudo, claro que quando pesei nisso eles riram, bufei e coloquei o escudo.

-Prontinho seus desprevinidos. – Sophia chegou falando. – Da próxima vez vocês vão ficar sem suas roupas. – Ameaçou. Fui para trás de uma árvore e coloquei as roupas que ela me trouxe (roupas: http://www.polyvore.com/sem_título/set?id=19449335 ).

-Duvido que você nos deixe sem roupas. – Falei para ela quando sai. Todos já estavam em suas formas humanas começamos a andar em passos lentos, pressa não temos nenhuma.

-Vai pagar pra ver Isa? – So perguntou.

-Acho melhor não. – respondi, e todos riram.

-Quando vamos visitar seu pai? – Agora quem perguntou foi Lucy. – Quero conhece-lo logo. – Ela falou.

-Podemos ir agora, ele vai adorar a visita. – Afirmei.

-Vamos logo então. – Ela saiu pulando na frente, seguida por Sophia. Eu, Caio, Luke e Pietro fomos logo atrás, rindo das duas. Entramos no carro de Sophia, eu dirigindo, afinal eles não sabem o caminho. As ruas me eram familiares, continuavam idênticas, nem uma árvore deve ter sido alterada, não que uma árvore a mais ou a menos fosse notada facilmente em Forks.

-É muito verde. – Pietro reclamava, olhando a paisagem.

-Eu sei, também acho. – Concordei, e os outros somente assentiam com a cabeça em concordância.

-Vai demorar? – Lucy perguntou, quicando no banco.

-Na verdade, já chegamos. – Eu respondi, estacionando o carro. Minha velha picape continuava na frente da casa olhei para ela, e peguei suas chaves, onde provavelmente estariam, onde eu sempre guardei. Bingo! Charlie não retirou a chave de lá. Abri a porta, enquanto todos olhavam, quer dizer, quase todos, Sophia e Pietro acabaram entalando na porta do carro quando foram sair os dois ao mesmo tempo.

-De quem é isso? – Lucy olhava com nojo para a MINHA picape.

-Isso, é a MINHA picape sua mal educada. – briguei com ela. – tenha mais respeito, somente eu a xingo entendeu?

-Ok, mas seu gosto melhorou muito nesse tempo. – ela falou, e eu a fuzilei com os olhos.

-Venham, vamos entrar. – os convidei, So e Pietro já estavam junto conosco, ambos emburrados.

-Não vai bater na porta? Sabe, isso é o mais comum quando se faz uma visita. – Caio perguntou, quando eu procurava a chave tateando o local onde se encontravam as chaves como sempre.

-Não em uma casa onde você morava e sabe onde estão as chaves. – respondi.

-Claro. – concordou.

-Quero ver seu quarto. – Lucy falou. Eu sorri para elas, não sei se meu quarto ainda está lá, mas a casa toda está igual, provavelmente o quarto também.

-Vem. – puxei ela e Sophia para onde era meu antigo quarto. Abri a porta, como imaginei, tudo igual.

-É bonito, nada combina, mas é bonito. – Lucy falava, olhando a sua volta.

-Não reclame. – falei para ela. – Vou preparar o jantar de Charlie. – avisei e desci as escadas. Os três estavam no mesmo local que os deixei. – Venham, vou fazer o jantar. – os chamei para a cozinha.

-Ok. – responderam juntos. Eles se sentaram, Caio e Luke um em cada cadeira e Pietro ficou em pé, reclamando. Revirei os olhos e abri a geladeira. O que mais tinha era peixe, peguei um e algumas batatas, outros ingredientes, fatiei tudo arrumei em uma forma e coloquei no forno.

 -Não sabia que cozinhava. – Pietro falou.

-É que alguém não me deixa cozinhar. – olhei significativamente para Luke, ele ama cozinhar, e cozinha bem... Não pense que ele não é homem que ele é muito macho!!

-A barata diz que tem... – ele começou a cantar para disfarçar.

-Quieto. – eu e os dois falamos, ninguém merece essa música, acho que prefiro rebolation. Ouvi um barulho na porta, provavelmente Charlie. Sophia e Lucy chegaram na cozinha mais que depressa, e eu fui sozinha para a sala receber meu pai.