-Vamos? – Luke me perguntou. Estávamos indo para Forks, Lucy comprou uma casa, e não me fala de jeito nenhum onde fica a casa, ela fala que se ela contar eu vou saber qual casa é, e que tem que ser surpresa para todo mundo. Não estou me preocupando muito com isso, Lucy com certeza comprou uma casa bonita.

-Vamos. – Respondi. Luke me fitou por um instante, eu sorri, e nós saímos. Pegamos um táxi para o aeroporto, todos os carros já estavam indo para lá, provavelmente já tinham chego.

-Vou conhecer onde minha cunhadinha morava... – Lucy pulava.

-Eu vou conhecer onde quem manda em mim morava. – Pietro passou, imitando Lucy. Tivemos que rir com isso, pense alguém do tamanho de Pietro, imitando uma garota, a cena não é das melhores, a não ser para o Oscar da comédia.

-Juro que não conheço esse cara. – Caio falou, chegando do meu lado.

-Não faço idéia de quem seja. – Luke concordou.

-De quem vocês estão falando? Daquela gazela saltitante que passou por aqui agora pouco? – perguntei novamente, com a voz um pouco mais alta para que Pietro escutasse, e os dois riram.

-Não sou uma gazela. – Ele gritou de onde estava.

-Prefere bambi? – gritei de volta.

-Bambis são bem fofos. – ele gritou novamente, entrando na brincadeira e imitando uma voz feminina.

-Mereço. – Luke e Caio falaram juntos, e eu ri da reação dos dois. Nada melhor que essa turma para me tirar da cabeça aquela visão. Fiquei um pouco mais rígida com a lembrança.

-O que foi? –Luke me perguntou, passando o polegar na minha bochecha.

-Nada. – Respondi, tentando disfarçar com um sorriso. Tenho certeza que ele percebeu a mentira, mas deixou passar.

-Vamos logo gente, os Táxis já chegaram. – Sophia nos apressou. Iríamos divididos em dois táxis até o aeroporto, um com Sophia e Lucy com as malas delas, e outro comigo, Luke, Caio e Pietro, e nossas malas.

-Boa tarde. – Cumprimentei o taxista, entrando no carro.

-Boa tarde. – ele respondeu, me lançando um olhar que quase fez Luke rosnar. Caio e Pietro deram um sorriso, provavelmente tentando segurar a gargalhada que teriam com o ciúmes de Luke, e eu fiz o mesmo.

-Para o aeroporto. – Luke falou, seco e nervoso para o taxista que tremeu. Agora sim eu tive que me segurar para não gargalhar. O caminho não era longo, então chegamos rápido. Nosso vôo era em 20 minutos.

-Pode deixar. – Caio falou, quando o taxista olhou para as malas. Descemos do táxi, Pietro foi ajudar o outro taxista com as malas de Sophia e Lucy, eu fui pegar um carrinho, Lucy outro e Sophia o último, para as malas. Acabamos com algumas malas nas mãos, mas não podíamos acabar com os carrinhos do aeroporto.

Confirmamos as passagens, e despachamos as bagagens, que vão ocupar um bom espaço. Vimos uma briga entre um passageiro e o atendente, finalmente rimos do Luke e do taxista, comemos um lanche cada um, tomamos uma coca cada um, dividimos um pacote de ruffles, esperamos, esperamos, esperamos o vôo atrasado, mas ele finalmente, por um milagre dos céus (claro né, o avião voa), o avião chegou.

Eu fui no meio, com Sophia do meu lado direito, e Luke do esquerdo, com minha cabeça apoiada em seu peito, atrás de mim estava Lucy, de seu lado direito Caio, e de seu lado esquerdo Pietro, a menina tava mal.

-No rebolation tion, Rebolation, no rebolation tion, rebolation…- Pietro começou a cantar baixo, olhemos para o ser, todos com um olhar mortal, com toda certeza, ele parou de cantar por um minuto, mas voltou loco depois cantando Macarena, Caio o acompanhou nessa, e nós olhamos para ele incrédulos.

-Quietos, os dois. – falei, como uma ordem, e os dois se calaram, fazendo bico. Revirei os olhos, e olhei a paisagem pela janela, ainda preocupada, mas também, não é para menos, além de eu estar voltando para Forks, um lugar que não me traz boas lembranças, estou indo tentar salvar a vida de Jake, e eu nem sei se vou conseguir impedir minha visão de se concretizar. Ainda por cima, corro o risco de que os Cullen tenham resolvido voltar, ok, está certo que eu não tenho um amor tão grande mais por Edward, pelo menos eu acho que não, mas seria desconfortável para mim ter que vê-los sempre.

-Não fique preocupada. – Luke sussurrou no meu ouvido, me fazendo olhar para ele. Nossos rostos estavam muito próximos, próximos de mais, com certeza, selamos nossos lábios, um beijos calmo, que conseguiu me aliviar um pouco, eu sei que com eles lá, eu consigo ignorar Cullens, conseguiria me afastar de Jake, conseguiria vencer Victória, desde que eles estejam junto comigo.

Mantive os olhos fechados quando o beijo terminou, e apoiei minha testa no peito de Luke. Ás vezes eu tenho dúvidas se realmente é só amizade que eu tenho por Luke, será que é possível alguém se apaixonar uma terceira vez? Acho que seria muita sorte. Sorri com esse pensamento.

-Que foi? – Luke perguntou, levantando meu queixo para olhá-lo.

-Será que é possível alguém se apaixonar uma terceira vez? – lhe perguntei. – Não seria muita sorte?

-Depende, por que você está perguntando isso? – ele questionou. Não consegui responder, o avião pousou bem na hora, e os outros começaram a falar, com a exceção de Caio e Pietro que por um milagre não falavam.

-Como será sua cidadezinha em Isa? – Lucy perguntou, quicando no banco do avião.

-Pequena, com muito verde. – Respondi.

-Como será seu pai, será que ele vai ser legal? – Sophia foi quem perguntou agora. – Mas que pergunta, se é seu pai, obvio que vai ser legal. – ela se auto respondeu.

-Isso foi um elogio? – perguntei, sorrindo para ela.

-Claro né amiga. – ela me respondeu.

-Eles não vão falar? – perguntei, olhando significativamente para Cio e Pietro.

-Você os mandou ficarem quietos. – Lucy me respondeu e eu gargalhei. Então é por isso que eles não falam, somente uma ordem mesmo para os dois calarem a matraca.

-Podem falar. – eu disse, e me arrependi logo em seguida.

-Aleluia, achei que não fosse nos liberar nunca... – Pietro começou a tagarelar e Caio logo em seguida, olhei para as meninas, que estavam parecendo que tinha medo.

-Quietos. – falei novamente, não quero esses dois berrando na minha orelha. – Falem menos. – eu mudei minha ordem, agora eles só vão falar o necessário, ufa!

-Obrigada. – Lucy agradeceu, e eu sorri para ela.

Descemos do avião para pegar as malas, que por algum acaso demoraram uma eternidade para chegarem, e olha que o nosso vôo saiu depois delas. Conseguimos pegar as malas, pegamos um táxi e Lucy explicou onde ficava a casa, acho que eu conheço esse endereço, mas qual endereço de Forks eu não conheço?

-Estamos chegando. – Lucy avisou. A casa era distante do centro da cidade, me lembro muito bem desse caminho.

-Pronto. – o taxista falou, e nós descemos. Tivemos que andar um pouco para conseguir ver a casa e MEU DEUS!!!