Lovestoned escrita por Ducta


Capítulo 16
Suco de laranjas


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, esse capítulo precisou de mais atenção e abusou de toda a minha criatividade.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/75071/chapter/16

POV Alethia

 

Quando eu acordei, estava sozinha no sofá. Espreguicei-me e reorganizei meus cabelos sorrindo ao me lembrar do que havia acontecido.

-Justin? – eu chamei, mas não houve resposta.

Fui até o andar de cima e chamei de novo. Nada. Ele não estava na casa.

Fui até a cozinha, encontrei um bilhete em cima da mesa, embaixo de um copo onde ele tinha tomado coca-cola. “Já volto.” Era só o que dizia.

-Muito bem então. – eu disse voltando ao segundo andar.

Tomei um banho rápido, coloquei um vestido de algodão branco, ele ia, no máximo, até dois palmos abaixo da minha bunda e era bem decotado e colado ao corpo. Permaneci descalça e deixei meus cabelos úmidos soltos, abri todas as janelas da casa enquanto passava. Estava muito quente ali, agradeci mentalmente o favor de Apolo e fui até a cozinha preparar o café-da-manhã, mas nem consegui abrir a geladeira porque a campainha tocou. Imaginei que era o Justin, devia ter esquecido a chave, então eu nem me importei em subir o decote.

-oh! – eu disse quando abri a porta.

Não era o Justin. Era um cara de pele morena, olho e cabelo escuro, sorriso quente e convidativo, alto, o corpo era sarado. Ele usava uma regata branca bem simples, colada ao corpo, uma jeans acinzentada e um reebok apesar do calor.

 

-oi – ele disse sorrindo.

-hã, oi. – eu disse levantando um pouco meu decote.

-Então você é minha nova vizinha?

-Aí depende de onde você mora. – eu disse.

Ele riu.

-Eu moro naquela casa ali – ele disse apontando pra uma mansão suntuosa do outro lado da rua.

-ah, então sim, nós somos vizinhos. – eu disse sorrindo.

-Então, eu vi você e seu namorado chegando hoje de madrugada e resolvi dar boas vindas.

-Ah, é meu primo e obrigada. – eu disse sorrindo de novo.

-hm, já tem planos pra hoje à noite?

-Não... Acho que não, quer dizer tem uns amigos meus pra chegar e nós não planejamos nada. Por quê?

-Meu pai é dono de um quiosque e hoje vai ter karaokê. Quer ir?

-Ah, eu adoraria! – eu disse sorrindo mais enquanto ele tirava um convite do bolso da calça.

-Aqui. – ele disse me entregando o convite – Apropósito, meu nome é Math.

-Math? – eu repeti logo lembrando de matemática.

-Mathew, mas eu prefiro Math. – ele disse com um sorriso torto.

-Tá bom então, Math. Eu sou Alethia. – eu disse estendendo a mão.

Foi nessa hora que a BMW do Justin parou no meio fio e ele desceu com uma sacola na mão, de regata preta, bermuda e Ray-Ban.

-Justin! – eu disse animada.

Ele sorriu enquanto se aproximava e colocou uma mão na minha cintura e me deu um selinho demorado, depois entrou sem nem olhar pro Math, me deixando estarrecida enquanto meu vizinho me olhava surpreso.

-Não era seu primo? – ele perguntou recuperando a fala antes de mim.

-É, ele é. – eu disse bobamente.

-Tá OK, então. Te vejo no karaokê?

-Claro! E obrigada pelo convite! – eu disse e ele se afastou acenando.

 

-----------------------------------------

 

-Que foi aquilo? – eu perguntei calmamente fechando a porta atrás de mim. – Porque você nem cumprimentou o Math?

-Quem é ele? Eu saio por dez minutos e já tem gente de olho em você?! – o Justin esbravejou me surpreendendo de novo com seu ataque de ciúmes.

-Espera aí, relaxa Justin! – eu disse me aproximando dele

-E você com esse vestido! – ele disse me fazendo rir. – não tem graça.

-Tem sim, mas não vem ao caso. Onde você estava?

-Fui ao mercado comprar laranjas. – ele disse apontando pra sacola no sofá.

-Por quê?

- Porque sei que você gosta de suco de laranjas no café-da-manhã e nós não compramos nem suco de caixinha. – ele disse simplesmente e foi pra cozinha com as laranjas.

Eu fiquei boba, ele lembrou de algo que nem eu mesma lembrei. Que fofo!

Eu fui até a cozinha e o encontrei de costas pra mim, na pia, lavando as laranjas. Sorri enquanto me aproximava e o abracei por trás.

-Obrigada. – eu disse e comecei a dar beijos em sua nuca.

Ele fechou a torneira e se virou pra mim, colocando as mãos molhadas em meu rosto.

-Sabe, por um momento eu cheguei a acreditar que aquele beijo foi sonho. Mas quando eu abri os olhos você estava lá, do mesmo jeito que eu te vi adormecer. – ele disse me olhando, eu sustentei seu olhar tentando ignorar as batidas desritimadas do meu coração. – Foi melhor do que eu imaginei e me ajudou a colocar minha cabeça no lugar. Eu quero você.

A última frase ele disse em um sussurro, fazendo meu corpo todo se arrepiar. Eu tinha entendido o sentido daquela frase. Meu coração subiu mais algumas batidas enquanto eu sustentava seu olhar. Decidi beijá-lo antes que eu começasse a fazer cara de besta. Logo nossas línguas estavam juntas outra vez, Justin me colou ao seu corpo como se disse dependesse sua vida. Retribuindo o gesto, eu o apertei contra meu corpo e aprofundei o beijo, tornando-o assim, um beijo faminto e cheio de desejo.

Justin me pegou no colo, me sentou na mesa de madeira e se encaixou entre minhas pernas sem quebrar o beijo; eu já não me importava que minha calcinha estivesse aparecendo, só me importavam as mãos do Justin subindo e descendo pelo corpo dando firmes apertos em minhas coxas, fazendo arrepios e espasmos correrem por meu corpo. Eu quebrei o beijo pra poder tirar sua blusa, nada muito demorado, logo estávamos nos beijando de novo.

Era hoje... Eu queria que fosse, precisava que fosse...

Com agilidade e eficácia, Justin tirou meu vestido no nosso caminho.

 

“Never mind the consequences of the crime

This time my fortune faded”

 

Começou a tocar o celular do Justin, nos sobressaltando. Justin xingou enraivecido enquanto ia pegar o celular na sala, enquanto eu xingava ainda na cozinha.

-Puta que pariu! – Justin disse antes de atender o celular aos gritos.

Eu sentia meu corpo tremer em desejo e frustração, eu estava quente, me sentia em brasas. De calcinha e sutiã eu me joguei na piscina gelada, tentando esfriar os ânimos e ainda xingando quem quer que fosse ao telefone. O Justin estava na porta da sala de jogos, que ficava abaixo da cozinha, no andar subterrâneo, e era o acesso a piscina, me olhando com a expressão dura, mas os olhos ainda queimando pelo desejo.

-Vai deixar a oportunidade passar? – disse uma voz em minha cabeça. Eu queria aquilo, mas agora eu me sentia nervosa. Várias dúvidas, a mais persistente era: “o que eu faço?”

Eu engoli seco e adotei meu método de resolver esse tipo de situação: deixar rolar.

Justin desligou o celular e tirou a bateria, ainda parado na porta me olhando. Eu saí da piscina e torci o cabelo tirando o excesso de água, me aproximei lentamente, apreciando seu corpo, sentindo o desejo que emanava dele se misturando ao meu próprio. Eu o enlacei com um abraço e senti ele contrair os músculos quando meu corpo gelado encontrou seu peito nu, eu ri baixinho antes de dar beijinhos em seus pescoço.

-Onde nós paramos? – eu sussurrei e mordi o lóbulo da sua orelha.

Ele me pegou no colo e me sentou na mesa de bilhar. Quando ele veio me beijar, eu comecei a rir.

-Que foi? – ele perguntou.

-Na mesa de bilhar? –eu disse aos risos.

-Você tá certa, nós vamos acabar quebrando ela.

-ah meus deuses. – eu disse ainda rindo.

Ele me acompanhou no riso enquanto me levava pro último andar da casa. Eu abri a porta do quarto de casal e o puxei pela corrente do Acampamento Meio-Sangue que ele havia pegado do tio Nico alguns anos atrás, eu o empurrei e ele caiu sentado, eu sentei eu seu colo como naquela madrugada, dessa vez com menos pudor. Justin começou a alisar meu corpo e em poucos movimentos, meu sutiã estava esquecido em algum lugar ao nosso lado. Ele rolou e nós ficamos deitados, ele por cima de mim. Ele me beijou enquanto suas mãos deslizavam por meu tronco, sempre desviando meus seios, perguntei-me se foi de propósito. As pontas dos seus dedos desenhavam linhas aleatórias em meu corpo provocando arrepios em mim. Finalmente suas mãos começaram a circundar meus seios só que com delicadeza. Eu gemi frustrada, isso arrancou uma risada baixa do Justin. Ele tirou sua boca do meu pescoço e, sem demora, abocanhou meu seio esquerdo, me fazendo soltar um gemido agudo. Justin alternou para meio seio direito enquanto sua mão deslizou até minha calcinha que já estava úmida, e a afastou com os dedos. Meu coração já fora de ritmo bateu mais forte, minha intimidade pulsou com mais velocidade quando eu percebi sua intenção. Justin elevou sua boca até encontrar a minha de novo. Quando senti o indicador do Justin começar a se movimentar por meu clitóris, meu gemido foi abafado pelo beijo quente que ele me dava. Seu dedo não permaneceu na minha intimidade por muito tempo.

-Relaxa, eu vou pegar leve com você. – ele sussurrou em meu ouvido, começando um rastro de beijos até meu umbigo.

- Eu não quero que você pegue leve. – eu disse de um fôlego, contendo e aproveitando os espasmos que eu estava sentindo.

Ele apenas riu.

- Você vai ficar de bermuda até quando? – eu disse arrancando outra risada dele.

- Se eu tirar ela agora... – ele começou, mas eu previ o que ele iria fazer.

Era aquilo que eu queria. Eu me virei ficando em cima dele de novo e desabotoei sua bermuda aproveitando pra deslizar minhas mãos por sua ereção.  Porque minhas mãos tinham que começar a tremer, me impedindo de completar o serviço rapidamente? Ah, Afrodite me ajuda!

Eu respirei fundo e tirei sua bermuda e a cueca com um puxão, sorri.

-Pronto. Agora faça tudo o que tem vontade. – eu disse.

Justin nos virou me deixando deitada de novo. Ele deitou em cima de mim, apoiado nos cotovelos. Com as próprias pernas ele foi afastando as minhas; comecei a tremer de novo, por um momento foi difícil respirar, mas em momento algum eu pensei em desistir.

-Pronta? – ele perguntou em meu ouvido com um sussurro firme.

-Agora ou nunca. – eu sussurrei de volta.

Então ele me penetrou de uma forma lenta, eu senti uma ardência contínua nos três primeiros movimentos de vem-e-vai e soltei gemidos de dor.

Justin tirou seu membro de mim e me encarou, eu fechei os olhos.

-Não para. – eu disse antes que ele dissesse alguma coisa.

Ouvi uma risada baixa e ele me penetrou de novo. Dessa vez não doeu tanto e a cada ida e vinda a dor diminuía, se transformava em prazer. Aquilo era bom, ah como era! Conforme Justin aumentava o ritmo das estocadas, eu me sentia melhor, mais viva, mais acesa. Mas eu não queria ficar ali sem saber como ele estava se sentindo. Então eu me lembrei de um comentário que eu ouvi minha mãe fazendo com a tia Angie, quando eu tinha cinco ou seis anos: “Percy gosta quando eu levanto o quadril”. Será que Justin também gostaria? Resolvi tentar. Quando ele deu mais uma estocada, com um gemido particularmente gostoso chegando até meu ouvido, eu ergui meu quadril uns poucos centímetros. Logo senti o que a frase da minha mãe queria dizer, o membro de Justin penetrou mais fundo em mim, provocando espasmos mais fortes, tanto em mim quanto nele, como pude ver por seu rosto.  Eu cravei minhas unhas em suas costas. Ele tinha os olhos entreabertos, mordia o lábio inferior com força, a respiração desigual e o corpo já suado. Ele estava perfeito. Ele me tirou dos meus pensamentos com uma estocada forte, me fazendo soltar um gritinho agudo; ele tinha atingido o ponto certo dentro de mim. Espasmos mais fortes tomaram meu corpo, todos em seqüências rápidas e todos acabavam na minha intimidade.

-Ale, eu vou – ele começou com um sussurro.

-Vai. – eu sussurrei com um sorriso bobo nos lábios.

No momento seguinte, eu já sentia seu orgasmo me preenchendo. Justin caiu ao meu lado, sorrindo satisfeito, a respiração ainda desigual.

Eu sorri também. Foi melhor do que eu poderia imaginar. Eu olhei pro Justin, ele sorriu e me beijou carinhosamente e tranquilamente...

“Nada de segundo round.”  Eu pensei e Justin parecia saber disso pelo modo que ele me beijava e deslizava as mãos por meu corpo. Ele parecia saber que eu precisava de um tempo pra me recuperar daquela dorzinha incômoda.

Não sei bem quanto depois de cortarmos o beijo, mas eu adormeci antes dele.

 

Acordei com o barulho da campainha e de uma buzina de carro. Me levantei levando o lençol da cama enrolado ao meu corpo.

-puta merda, não pode ser! – eu disse quando olhei pela janela.

Lá estavam Peter, Dean, Diana e Kimberly sorrindo radiantes pra mim.

-Vai me dizer que você ainda estava dormindo? – Diana perguntou em voz bem alta.

-Quase isso. – Eu respondi sonolenta. – pera aí que eu já vou abrir.

Que horas eram? Que eles estavam fazendo aqui tão cedo? Como nem sequer ligam pra avisar? Ligação...

-Droga. – eu disse enquanto largava o lençol no chão e vestia minha calcinha. -Justin! Acorda!

-Que foi? – ele perguntou sonolento.

-Quem foi que te ligou aquela hora?

-hm... porque? Era o Peter... – ele se levantou assustado – eles estão aí já?

-Que você acha? – eu disse saindo do quarto as pressas. – se troca logo!

Eu fui até a cozinha e coloquei meu vestido enquanto ia até a sala. Abri a porta e abracei os quatro recém chegados, Kimberly por último. Ela percebeu o que eu torci pra ninguém perceber.

-Você está suada, com os cabelos bagunçados e cheirando a chocolate. – ela disse.

Eu não consegui pensar em nenhuma resposta.

-Porque a regata do Justin tá largada aqui na cozinha? – Dean perguntou com um grito lá do aposento.

-Porque nós estávamos na piscina. – o Justin disse descendo a escada só de bermuda.

-Mas seu cabelo tá seco.

-Ele não entrou na água. – eu disse.

-Porque você está cheirando a chocolate? – Diana perguntou se aproximando de mim.

-Chocolate não é o cheiro do seu perfume Justin? – Peter perguntou.

-É.

-Por quê ela está com o seu cheiro? – Kimberly perguntou desconfiada.

-Nós estávamos brincando de pega-pega. – Justin disse.  – Agarrei ela com força.

Eu tive que me segurar pra não abaixar a cabeça ou revirar os olhos. Pega-pega? Que desculpa era aquela?

Dean começou a rir e entrou na sala segurando uma laranja e uma faca.

-Pra que esse olhar tão desconfiado Kimberly? – ele perguntou. – Tá achando que eles estavam dando uns amassos?

Posso jurar que meu sangue gelou quando ele disse aquilo.

Diana começou a rir também.

-Kimmy relaxa. – ela disse.

-Hey Dean, essa laranja é pra fazer suco pra mim! – eu disse pra mudar o rumo da conversa.

Nós todos nos dirigimos pra cozinha, estávamos todos famintos.

-Quase. – o Justin sussurrou em meu ouvindo enquanto descascávamos as laranjas restantes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Exagerei, foi mal.
Eles são aceleradinhos né? G_G
AAAA eu quero um vizinho como o Math e um primo como o Justin, comolidar?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lovestoned" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.