The Best Gift escrita por Arya


Capítulo 1
Because this is the best gift




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/750220/chapter/1

Véspera de Natal, era comum a garota sair com seus familiares ou amigos. No entanto, nenhum deles estava lá.

Seu namorado, Fubuki, havia cancelado porque estava doente e não poderia vir de Hokkaido, enquanto suas amigas tinham ido para fora do país em sua maioria. Ela até poderia conversar com elas pela a internet, mas da ultima vez que tinha as visto elas, Yasmin tinha dito que precisava de um tempo sozinha.

Elas mandaram mensagem… Mas a garota não estava afim de responder.

Yasmin está sozinha, presa a vários problemas em sua vida naquela véspera de Natal. Era triste falar isso, mas não era mentira.

Respirou fundo, sentando-se na janela de casa que estava embaçada devido a friagem e continuou a olhar as luzes de carros que estavam na rua.

Ela levantou calmamente, colocando a caneca de chocolate quente no criado mudo e amarrou os cabelos negros em um rabo de cavalo, começando a arrumar o quarto.

Problemas com a família, com os amigos, mas ela precisava fazer alguma coisa. Sendo assim, começou a arrumar o quarto calmamente para esquecer disso e começar a pensar em outras coisas. Ligou a luz do quarto e jogou todas as coisas da cama no chão, retirando o lençol para colocar para lavar. Assim que passou pela a porta, seu celular começou a tocar, o que a fez jogar o lençol no ombro e ir ver quem era.

Loira do Faustão.

— Oi Aphodit. — disse calmamente. Apenas atendeu porque os áudios dele irritado são de uma hora, e bom… Ele odeia quando não atendem o telefone.

— Abre a porta, estou batendo nela toda hora e a campainha não funciona! — exclamou irritado. — Vamos logo, vamos!

Ela pensou um pouco e jogou o lençol em cima da cama, saindo do quarto após pegar um casaco que pudesse esconder seu pijama e abriu a porta, reclamando baixinho do frio que estava entrando. Aphodit estava todo agasalhado e esfregando as mãos que estavam com luvas.

— Aphodit, o que faz aqui? — perguntou e o deu um breve abraço, soltando-se do mesmo.

— Vamos ao cinema, andar um pouco, fazer qualquer merda que tiver que fazer em Inazuma. Bora. Não quero você sozinha na véspera de Natal. — disse a puxando e olhou a sua roupa. — Ok, coloca uma roupa.

— Eu não estou muito afim de sair…

— Yasmin Atsuki, eu peguei um avião para vir para Inazuma porque todos falaram que você estava se isolando. — disse e a garota se surpreendeu. — Vamos sair, mesmo com você com cara de bunda.

Não tinha muita escolha, não é? Ficou com peso na consciência por causa do que ele disse. O colocou para dentro e foi trocar de roupa, colocando uma extremamente aquecida, quase usando todos os casacos que tinha e assim desceu, olhando-o.

— Se formos ver filme natalino, eu corto o seu saco.

***

Assim que eles saíram, Fubuki fez sinal que a barra estava limpa e eles saíram rapidamente cheio de caixas de dentro do quintal da vizinha, agradecendo por ela ter os deixado se esconder ali. Ele pegou uma chave reserva que tinha debaixo de um piso falso e abriu a casa, fazendo todos entrarem.

— Primeira fase, feita! — disse Saera anotando em seu bloco de notas e olhando Fubuki, fazendo um high five com o mesmo e entrando na casa. Ele olhou para os lados e fechou a porta de casa e a trancou.

Ele olhou a todos e respirou fundo.

— Temos até quatro horas. Meu celular está comigo, e se acontecer algo Aphodit vai mandar um SOS no grupo. — disse a todos. — Vamos fazer isso.

— Pela a Yas! — disse Saera dando um pulinho e uma rosada, Diana, olhou para baixo para fitar a garota. — O que foi?

— Você diminuiu. — disse e ela fez bico. — Mas é verdade. Você era um pouco mais alta.

Saera começou a tentar estapear a Diana, que apenas ria enquanto a de cabelos verdes era segurada por uma loira e uma ruiva, Hana e Malina. Kidou olhou a namorada e cruzou os braços, sussurrando a Shigeto o quão adorável ela era, o que o fez dar um sorriso medonho.

Diana, portanto, cruzou os braços e disse:

— VOCÊ É GRANDE, MAS NÃO É DOIS! EU SOU BAIXINHA, MAS NÃO SOU METADE! — disse e a de cabelos rosados ria.

— Ei, gente! — exclamou Claudine tentando chamar a atenção de todos.

Fubuki concordou e todos começaram a arrumar. Serena e Endou fizeram os enfeites enquanto Saera e Diana brincavam de gás hélio enquanto arrumava umas bexigas, fazendo Shigeto e Kidou se olharem perguntando como ainda conseguiam se dar bem sendo que a dois segundos só faltava uma rodar a cara da outra do avesso. Claudine e Malina embrulharam os presentes e colocavam as cartinhas de cada um em sua árvore de natal, além de a ajeitarem porque estavam com os efeitos mal colocados.  O albino começou a ajudar a Fudou a fazer biscoitos e outras coisas, quase colocando fogo quando Zakuro inventou de tentar ajudar.

Zakuro era louca.

Os outros estavam arrumando o local e procurando por ajuda, como Mayumi que estava cheia de louça para lavar e Goenji que ajudava as garotas com as caixas e chutava o Endou quando ele fazia uma cagada… Que já é hábito.

Katherine bateu na porta e entrou com o bolo ao lado de Kazemaru, Amelia e Hiroto, após Fubuki abrir a porta. Ele acenou a Hana rapidamente e Amelia arqueou a sobrancelha, mas deixou para lá quando viu Saera com uma voz fina junto a Diana rindo que nem retardadas.

—...Jesus.

— Quer provar? — perguntou Saera com uma voz engraçada e Hiroto segurou o braço dela, negando e a morena respirou fundo. — Você vai provar pela a primeira vez e não parar mais.

— Não, obrigada. — ela disse. É, talvez era melhor ficar sã.

Ela respirou fundo e foi para a cozinha ver se eles precisavam de ajuda, sentando com Fubuki enquanto ele arrumava as bandejas com os biscoitos, os separando em uma sequência. Ela mordeu o lábio.

— O que houve com a Yasmin? — perguntou baixinho para os outros não escutarem.

Fubuki respirou fundo e tossiu brevemente, chegando mais perto para ninguém escutar mesmo.

— Ela está com algum problema e não quer nos contar. — disse e a garota fez um “ahh”. — Por isso ela se isolou da gente e até saiu do nosso grupo.

— Sério? Eu não vi. Esses dias eu estava toda enrolada no trabalho.

—Acontece. — ele disse sorrindo. — Então eu e Saera tivemos a ideia de prepararmos uma ceia de natal surpresa, para mostrarmos que estamos aqui enquanto ela está em seus piores momentos.

— E se for apenas drama?

— Acho que não é não.  — disse Zakuro se metendo na conversa. — Desculpa, dava para ouvir.

Ela saiu sorrindo e dando pulinhos, indo atrás de Saera. Assim que chegou em seu destino, Amelia e Fubuki souberam ao ver uma terceira voz parecendo a de Alvin e os Esquilos. Eles reviraram os olhos e o Shirou deu uma risada de canto, voltando a ajeitar a comida.

***

Assim que o filme terminou, eles foram comer takoyaki e depois brincaram um pouco na neve junto a umas crianças. Foi um dia engraçado e descontraído, que fez a mesma por um momento esquecer de seus problemas em casa e na vida. Na volta, Terumi estava enrolando e enrolando, parando em várias coisas, tirando foto aleatórias, até mesmo começou a cantar com um músico de rua.

Quando já estava escuro, ele sentou-se e disse para descansarem ali. Yasmin respirou fundo.

— Você está bem? — perguntou.

— Não. — disse sinceramente. — Eu não sei… Estou com alguns problemas, e me sinto sozinha. Mas eu sei que fui eu que os afastei. Sei lá, eu apenas estou irritada e sem saber muito o que fazer.

Ele respirou fundo e a abraçou, sussurrando que estava tudo bem e que ele estava ali para a ajudar. A garota fechou os olhos e começou a chorar brevemente, enquanto o mesmo a apoiava e fingia que entendia o que ela falava entre o choro. Ficaram um tempo daquele jeito ignorando as olhadas e alguns casais que passeavam e Terumi sentiu seu celular vibrar. Era a mensagem do Fubuki.

“Pode trazer. Estamos com tudo pronto.”

Ele respirou fundo e olhou a menina.

— Vamos para a sua casa? Nagumo disse que se eu não voltar logo, ele vai transar com a Lorelai em cima da minha cama por telefone.

— Eles transam por telefone? Na realidade, eles sabem o que é transar? Do jeito santo que são.  — ela perguntou e ambos riram alto, seguindo seu caminho com calma.

Terumi adorava Yasmin, e via-se encantado enquanto ela sorria e sentia-se horrível quando ela chorava ou acontecia algo que a deixava para baixo. De qualquer forma, ele não forçou um sorriso ou uma gargalhada, na realidade ele tinha até esquecido de que estava sendo apenas uma distração para a ceia de natal.

Ele a amava, para ser exato, mas amenizava esse sentimento com respeito aos sentimentos de Yasmin por Fubuki e vice-versa. Ela seguiu o caminho calmamente e sorrindo mesmo com o olhar triste, que logo foi sumindo com piadas e coisas que Terumi fazia.

Assim que chegaram na casa dela, ele perguntou se podia usar o banheiro e ela disse que sim. Entrou com calma atrás dela e a garota acendeu as luzes, então depois daquilo sua visão foi feita de confetes e luzes de uma festa. A garota raciocinou um pouco e juntou as mãos, meio envergonhada.

Terumi foi atrás do banheiro porque estava mesmo apertado e a garota continuou parada, raciocinando.

— Vocês invadiram a minha casa e montaram uma ceia toda para mim?

— No caso, para todos. Principalmente para mim, porque eu estou faminta. — disse Zakuro pegando um biscoito e Sakuma bateu na mão dela, a repreendendo. — E a gente pediu permissão da sua mãe antes.

— Mas ela nem mora comigo.

— Continua sendo a sua mãe. — disse Diana, cruzando os braços.

Ela andou para mais perto deles e olhou a árvore de natal, vendo várias cartas e alguns presentes. Tinha muita comida na mesa, enfeites e um breve cheiro de queimado devido a provavelmente a alguma coisa que eles estavam cozinhando.

— Isso foi… Incrível. — disse Yasmin. — Obrigada.

Saera deu um pulo do colo de Kidou e depois pulou em cima da morena, a abraçando pelo o pescoço. Yasmin quase tombou para o lado, mas conseguiu se aguentar e a mesma também. A de cabelos verdes abriu um enorme sorriso.

— Cara, você assustou todo mundo saindo do nada do grupo! — disse com voz de quem tinha usado gás hélio, o que fez a morena rir.

— Eu sei, foi mal. — disse a mesma. — Mas precisava de uma pausa.

— Sentimos sua falta. Quem ia falar putaria e shippar loucamente na conversa do grupo? Não tem nenhuma louca além de mim.

— E eu? — perguntou Zakuro.

— E Zakuro, mas você não é tão para putaria como eu e a Yasmin. Nós falamos de bunda! — disse e Kidou cruzou os braços.

— E do Genda, ainda por cima. — sussurrou e Shirou respirou fundo.

—Se não fosse primo da Yas, eu teria ciúmes. Como você aguenta?

— Paciência e anos de prática. — disse o de dreads fazendo todos rirem.

— Yas. — disse Hana sorrindo e a garota olhou a loira ao lado de Hiroto e Amelia. — Nós fizemos essa ceia quando descobrimos que você ia passar o Natal sozinha, então armamos um plano e voltamos bem rápido para cá. O Terumi te enganou bem, não?

Saera não largava Yasmin, o que quase a incomodava portanto não falava nada. Ah, eles tinham feito aquilo por ela, então aguentava um pouco.

— Sim, ele não me fez suspeitar de nada.

Ela olhou ao garoto que saia do banheiro ajeitando as calças. Era uma cena hilária.

— E… Obrigada. — disse sorrindo olhando a casa. — Eu estava realmente me sentindo sozinha.

— Vai chorar?

— Eu estou na TPM, são hormônios. — deu uma desculpa qualquer passando a mão no rosto para limpar as lágrimas.

Todos riram e fizeram um “awwn”, então foram na direção dela para um abraço em grupo. Diana aproveitou e se sentou e pegou um biscoito, começando a comer.

— Minha alma está te abraçando, ok? — disse comendo.

Eles riram e Yasmin abraçou Fubuki, fazendo Saera a soltar para não ficar de vela.

— Eu tenho fogo no rabo, mas não sou vela, ok? — disse cruzando os braços. — No máximo um Charmander.

Eles riram daquilo e a garota olhou o namorado, agradecendo por ter feito aquilo e dando um breve selinho. Depois virou-se aos outros e deu abraços em todos, menos em Diana. No caso a morena deu, mas a rosada apenas continuou a comer.

Eles olharam a hora e s entreolharam.

— Esperamos meia noite? — perguntou Kazemaru.

— Eu estou morrendo de fome! — disse Serena já pegando o prato e todos riram, decidindo assim por começar a comer.

A morena foi até a sua árvore e viu várias cartas com bilhetes dizendo que sentiam a falta dela e torciam para ela resolver tudo. Deu um sorriso e olhou os presentes no chão, ficando meio envergonhada já que não comprou nada a ninguém. Olhou para eles retirando um dos casacos que ela estava usando e sorriu.

Eles tinham vindo de longe para falar com ela, e se preocupavam. Mesmo quando não queria falar, alguns lotavam a sua caixa de mensagens com mensagens perguntando se ela estava bem. Yasmin sentia-se segura ali.

Sorriu a Fubuki que servia-se de comida até que Terumi roubou o tender do prato dele, o que o fez voltar a sua atenção ao loiro. A mesma deu um riso e depois de tirar os casacos e ficar apenas com um, voltou a eles para pegar a comida.

O fato deles estarem ali foi o melhor presente do mundo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Best Gift" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.