Eles continuavam a dançar, o silencio tomou conta, expulsando aquela sensação quase gostosa; mas esse silencio tinha sumido por causa das risadas de Adrien, e Marinette só o olhava, pensando onde estava a graça:

— Eu não estou rindo de você. My Lady, ninguém é perfeito, todos temos nossos defeitos e não podemos ser fortes o tempo todo. Eu por exemplo, não sou essa pessoa perfeita que meu pai diz que sou. Quando estou como Chat Noir, eu me sinto livre, sendo quem eu queria ser, alegre, brincalhão... ser eu mesmo – Ele admirava o horizonte e Marinette admirava ele. Ele voltou a olha-la, deu de ombros junto de um sorrisinho e a azulada voltou a falar:

— Mas você não se mostra inseguro, você parece ser forte e confiante. Eu não sou a Ladybug que você gosta. – Ela abaixou a cabeça, as a ergueu quando percebeu que ela falava com ela:

— Marinette, você é justa, simpática, meiga, bonita e está sempre pronta a ajudar quem precisa. Você é a Ladybug, com ou sem a máscara e eu a amo.

Marinette o fixou bem, e caiu na gargalhada. Adrien a olhou sem entender:

— Tudo isso é uma loucura!

Por que uma loucura?

— Loucura de imaginar que meu parceiro da justiça, era o menino que eu sempre admirei e sou apaixonada esse tempo todo.

— Também penso assim- Disse com aquele mesmo sorriso nos olhos.

Ela corou um pouco, mas já voltou ao normal e continuou:

— Percebo que tenho sorte de ter você como minha dupla – Disse ela sorrindo.

— E eu sempre achei isso My Lady.

Eles estavam lá, ainda dançando aquela música que em um passe de mágica, tinha ficado mais agradável ainda. Foi nessa hora que fogos de artifício estouraram pelo céu estrelado, representando em sua luz brilhante e colorida, Ladybug e Chat Noir, eles. Marinette olhava aquilo fascinada, e foi nesse momento que ela percebeu que era Ladybug com ou sem máscara. Ela se virou de novo para Adrien, que estava com uma expressão feliz em todo o rosto, como se tivesse sentido a mesma sensação que a azulada, puxando-a para mais perto:

— Nunca me deixe My Lady, eu te amo!

— Nunca. Somos uma dupla imbatível e sempre iremos ser.

Terminada a frase, um beijo. Um beijo que se conectava com a música e causava como se fosse uma corrente elétrica, passando pelo corpo dos dois. Paris estava romântica, talvez todos conseguissem sentir o amor da melhor dupla do tempo. As únicas luzes os iluminavam eram da Torre Eiffel e dos fogos de artifício, que representavam suas outras metades, Ladybug e Chat Noir.