The Most Wonderful Time of Year escrita por Lo, Gabi Black, Lady Luna Riddle


Capítulo 2
I will not be home for Christmas


Notas iniciais do capítulo

E ai galerinha, tudo bom?
Eu pretendia postar esse conto mais cedo, mas eu reli ele e fiz umas alterações que achei necessárias, ele tava mais comprido mas achei que dava para dar uma diminuída.
Aqui ta uma Scorlily, espero que gostem.
Beijinhoos



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“Todos os voos foram cancelados devido a atual nevasca”

 

— O que?! Não é possível, a neve nem está tão forte assim, vocês não podem simplesmente cancelar todos os voos que saem do único aeroporto de Edimburgo! Hoje é véspera de natal, e todas essas pessoas que contam com essas viagens para verem a família nessa época do ano? – Eu estava no mínimo irrita, gesticulava exaltada no balcão da companhia aérea British Airways, como se as minhas reclamações fossem mudar alguma coisa, mas eu era assim, e quando ficava indignada eu reclamava para quem quisesse – e quem não quisesse – ouvir.

— Senhorita Potter, não há nada que nós possamos fazer, a nevasca está impossibilitando que qualquer um dos pilotos tenham uma visão clara, o cancelamento é para a segurança de todos. – Suspirei irritada, eu queria apenas dar uma resposta bem malcriada para aquela mulher, mas ela não tinha culpa nenhuma, só iria descontar nela.

Assenti, dei meia volta e fui me sentar em uma das cadeiras da sala de embarque. Apoiei os cotovelos nos joelhos, e a cabeça entre as mãos. Eu queria muito chorar, mas não, Lily Potter não vai chorar só porque as coisas não estão se saindo na maneira esperada.

Quem eu queria enganar? Eu não via minha família desde a pascoa, eu sentia falta delas e eu só consegui uma folga no trabalho para viajar no dia 25 de manhã sendo que teria de voltar em dois dias. Eu estava frustrada, e quando ficava frustrada, eu chorava! Ótima maneira de uma mulher de vinte e cinco anos lidar com os problemas.

—Lily? Lily Potter? – Quando olhei para cima e reconheci o dono daquela voz, meu corpo gelou.

— Scorpius! Quanto tempo! – Coloquei o melhor sorriso que consegui no rosto e me levantei para abraça-lo.

— Nossa Lily, muito tempo mesmo! Acho que dez anos, não é? – Apenas assenti com a cabeça.

— Algo assim. – Dei de ombros. – E o que você está fazendo por aqui? –

— Eu ia pegar o voo das 9h para Londres. E você? –

— Eu me referia ao que você fazia em Edimburgo, e não ao que você fazia no aeroporto. E eu ia pegar esse mesmo voo, mas creio que meus planos para o natal foram por água abaixo. – Revirei os olhos sentindo aquela irritação voltando assim que me lembrei que não teria um natal no estilo Potter.

— Bom, agora que os voos foram cancelados eu estava pensando em ir de carro, são em média 650 km até Londres, não quer ir comigo? Seria bom uma companhia. Além de que podemos colocar o papo em dia, dez anos são muita coisa. – Comecei a ponderar sua proposta, eu conhecia Scorpius desde pequena, não seria como se eu tivesse pegando carona com um completo estranho, e até mesmo se fosse, qual o problema? Hoje em dia existem até aplicativos para isso.

— Vamos Lily! Se fizermos apenas uma parada rápida chegamos lá em mais ou menos oito horas, quando for seis da tarde já estaremos até reunidos com nossas famílias. –

Suspirei e concordei, ele tinha bons argumentos, não podia negar.

***

— E então, o que você andou fazendo desde que deixou Londres? – Scorpius era o melhor amigo de meu irmão Alvo, e já até chegou a namorar minha prima Rose, por isso frequentava muito a casa de meus familiares, assim como a minha. A última vez que vi Scorpius foi em sua formatura de ensino médio, quando eu, tinha apenas quinze anos.

— Na realidade, não foi muita coisa. O que mais fiz foi estudar, primeiro, me mudei para Cambridge, onde fiz faculdade de medicina – Dei um assovio com a informação, Universidade de Cambridge não é para qualquer um, ainda mais esse curso. – Quando conclui eu pretendia voltar para Londres, mas tive uma proposta de emprego irrecusável aqui na Escócia, em Edimburgo para ser mais especifico, e desde então estou por esses lados. – Ele olhou para mim e sorriu. – E você Lily, o que te trouxe para esses ares? –

— A história em bem parecida, nesse meio tempo terminei o Ensino Médio, entrei na Universidade de Edimburgo em Veterinária e cá estou eu desde então, me apaixonei por essa cidade e não cogitei a possibilidade de voltar para Inglaterra. – Sorri, eu amava o caminho que minha vida tinha trilhado.

— Então nós dois trabalhamos salvando vidas? – Ele olhou novamente para mim, e sorriu. O sorriso dele sempre foi lindo, não mudou nada nesses anos.

— Me parece que sim, não é mesmo? – Sorri de volta.

Continuamos conversando sobre nossas vidas ao longo daqueles anos, após algumas poucas horas de viagem, a quantidade de neve aumentou, dificultando bastante a visão e a trajetória.

— Lily, acho que não tem como nós continuarmos daqui a estrada está completamente bloqueada. – A quantidade de neve que se acumulava em nossa frente era muito grande.

— Tem que existir um jeito Scorpius. Eu preciso chegar em casa para o Natal. – A decepção em minha voz era perceptiva. Eu estava realmente chateada, só queria ver minha família, isso é pedir muito?

— Lily, eu sinto muito, mas acho que não existe nenhuma outra maneira, essa estrada está bloqueada, e pela maneira que a nevasca está aumentando as outras não vão demorar a ficar desse mesmo jeito. Até chegarmos lá, não vai dar tempo. – Soltei um muxoxo.

— Bom, estamos próximo de uma aldeia chamada Paxton, minha família tem casa por lá, podemos nos abrigar até a neve diminuir e até termos notícias sobre a liberação da estrada. –

Meio a contragosto eu acabei aceitando, não tinha muito o que fazer.

— Já que provavelmente vamos passar a ceia de natal na casa de sua família, vamos passar em algum lugar para comprar algumas decorações e comidas para prepararmos, não quero que esse dia passe em branco. –

— Acho uma ótima ideia, não é porque as coisas não aconteceram exatamente da forma que imaginávamos, que não devemos contornar essa situação e comemorar o natal. – Sorri, falou em comemorar e falou em Natal, falou em Lily Potter.

— Pronta para fazer uma pequena compra natalina Lils? –

***

De pequena aquela compra não teve nada, já que eu ia passar o Natal sem minha família, eu ia decorar a casa de Scorpius de cima a baixo, comprei várias bolinhas vermelhas e douradas, algumas guirlandas, diversas e diversas luzinhas afinal esse era meu enfeite preferido, uma árvore falsa já que não daria tempo de ir atrás de um pinheiro de verdade, algumas velas e lacinhos para prender em todos os cantos possíveis. Scorp ficou responsável de comprar os ingredientes para os pratos da nossa ceia já que de cozinha eu não entendia nada, e ele, bom, ele tem a gastronomia como um hobbie.

Aproveitamos para usar um telefone público para avisar nossas famílias que não chegaríamos para a tempo, nossos celulares não tinham sinal naquele lugar.

A casa dos Malfoy, era uma cabana de madeira, grande e luxuosa, mal tínhamos chegado e nos instalados e eu já tratei de colocar a minha playlist de natal para tocar, sim eu tinha uma no celular afinal festas de fim de ano não são nada sem uma trilha sonora à altura.

Comecei a montar aquela árvore falsa e a colocar enfeites por todos os lados, até mesmo a maçaneta das portas, Scorpius ria de minha animação e dos meus exageros enquanto preparava o peru de natal.

Como éramos apenas dois, Scorps não fez muita coisa, era apenas o peru e batatas assadas de acompanhamento, para sobremesa tínhamos o tradicional doce natalino inglês, o christmas pudding, um pudim recheado de frutas secas e molho de conhaque, e é claro a famosa torta de cereja de Astoria Greengras – Já tinha tido o prazer de comer algumas poucas vezes, e posso dizer que me apaixonei por aquela receita.

— Ei! Scorp! Venha aqui, agora. – Gritei animada enquanto acabava de acender a lareira.

— Que foi Lils? Uau, a casa está bem enfeitada, está linda! – Pulei e dei um abraço nele, essa data me deixa muito animada.

— Você achou mesmo? – Ele assentiu. – Bom, vamos ao que interessa, é hora que pendurar as meias na lareira! Comprei duas e tentei bordar nossos nomes, mas você pode ver que não sou a melhor nisso. – Mostrei-lhe as meias com um bordado torto. Ri do desastre que aquilo ficou e ele me acompanhou.

— Essa é minha hora preferida do dia de natal, vem, vamos! – Puxei ele pela mão até que nos aproximássemos mais da lareira, ali tinham três preguinhos, usamos dois deles.

— E acho que agora é hora de comer, não é? – Fiz um sinal como se agradecesse a Deus por aquele momento ter chegado.

— Eu estava quase morrendo de fome já. –

***

Todos os pratos preparados por ele estavam maravilhosos, menino Malfoy levava muito jeito com isso, se eu não soubesse que ele tinha se tornado médio eu iria apostar todas as minhas fichas que ele tinha se tornado algum chefe de cozinha muito renomado.

Depois de alguns copos de whiskey nós dois riamos de praticamente tudo que um falava para o outro. Na época de adolescência nós chegamos a ser amigos, sentia falta da leveza que nossa amizade me trazia. Naquela época, ele também foi a primeira pessoa a tomar conta do meu coração juvenil, mas ele namorava minha prima, e também era melhor amigo do meu irmão. Por algum motivo eu senti necessidade em dizer isso.

— Sabe Scorp, eu fiquei realmente muito triste quando você foi embora – fiz questão de arrastar a palavra muito, ou talvez a frase inteira. – Eu gostava tanto de você. – Fiz um biquinho.

— Eu também gostava muito de você Lils. – Ele acariciou meus cabelos.

— Não, eu gostava mesmo sabe? Gostava de verdade. Você foi meu primeiro amorzinho Scorp. – Abaixei a cabeça. – Mas você era amigo do meu irmão, ele nunca ia gostar de saber disso. –

— Lily, eu também gostava muito de você. De verdade. – Ele colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha direita.

— E você namorava a Rose! Ah e pensar que o primeiro beijo de vocês foi tudo culpa minha. – Resmunguei frustrada. Ele começou a rir.

— Como assim tudo culpa sua Lily? –

— Sabe aquele visco que foi o motivo de vocês terem se beijado? Então fui eu que coloquei ele lá, fiz de tudo para que você sentasse próximo dele quando fossemos jogar verdade e desafio, e eu pretendia sentar ao seu lado, mas Rose sentou lá antes. No fim alguém fez o comentário do visco sob a cabeça de vocês e meus planos foram por água abaixo. – Soltei um muxoxo e fiz a melhor cara emburrada que consegui. Scorpius riu mais.

— Se era esse o problema, nós podemos resolve-lo. – Ele tirou um visco de uma das sacolas jogadas no canto da sala.

— Comprei um para decorar, vi que você não tinha pego nenhum e natal sem visco, não é natal. – Ele pendurou em cima do sofá que estávamos sentados e em seguida me beijou.

Aquele pode não ter sido exatamente o natal que eu desejei, e tudo pode ter saído dos meus planos, mas certamente aquele natal foi único para mim. A minha família podia não estar presente ali, mas naquele natal foi o primeiro de muitos com o que seria o início da minha mais nova família.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Espero que tenha achado no minimo fofo hahaha
Ainda tem mais dois contos para virem de duas autoras maravilhosas, não percam!
Kisses



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