Gorgeous escrita por Dark Turner


Capítulo 1
Deslumbrante


Notas iniciais do capítulo

Então... Nem sei o que falar nessas notas. Primeiramente, buenos dias ashuahsuahsua
Eu e algumas amigas minhas, fãs de Thalico, resolvemos fazer um amigo secreto com o presente sendo oneshots/short fics, no nosso grupo no Whatsapp, o Team Pipopinha.
Minha amiga secreta é uma ninja formada em Konoha na arte dos áudios ahsuahsuhau
QUEM SERÁ QUE É?
Se você disse Vicky Chase Jackson, ACERTOU! *barulhos de acerto*
Quis fazer essa one com todo o meu esforço e carinho, porque, Vicky, você é uma garota muito engraçada, legal, que merece uma one digna.
Escolhi Gorgeous porque pensei "hum, vai ser mais fácil trabalhar com essa música". E como eu já tinha intimidade com essas duas músicas, fiquei satisfeita com os temas.
Espero que goste da one que fiz pensando em você com todo carinho. Aproveite minha escrita ahsuahaua.
POR FAVOR GOSTE.
Link para o perfil da Vicky: https://fanfiction.com.br/u/189372/



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O pequeno garoto desceu as escadas correndo, vendo o caminhão de mudanças parar na frente da casa ao lado.  Sua animação era visível para todos na casa. Ele ainda estava de pijamas, tinha acabado de levantar da cama. Seu pai havia acabado de sair para ver a mesma coisa, e o menino saiu correndo pela porta.

Ele parou no quintal de sua casa, olhando para o caminhão de mudanças. Um chevette vermelho estava parando atrás do caminhão de mudanças. A porta da frente do passageiro abriu e uma mulher de cabelos loiros num penteado dos anos 70 saiu. Ela abriu as portas traseiras do carro e um garotinho loiro saiu, pulando. Logo após ele, saiu uma garota, que olhou diretamente para o garoto assim que saiu do carro. Os olhos dela eram de um azul elétrico; os cabelos, negros, com mechas azuis. Sua pele era bem branca, e usava uma roupa preta e larga.

Ela virou o rosto e foi entrando na casa. O garoto não conseguia tirar os olhos dela enquanto ela entrava na casa, e deu um leve suspiro quando a porta se fechou atrás dela. A porta do motorista abriu-se e um homem grande, corpulento, com barba e cabelos cinza tempestade. Os olhos eram de um azul perigosamente tempestuoso.

— Era só o que me faltava... — O pai do menino, Hades, disse. — Zeus Grace... Filho, entra...       

— Mas...

— Entra, meu anjo...     

O pequeno Nico entrou em casa, subindo as escadas em direção a seu quarto. Assim que entrou em seu quarto, viu a garota no quarto dela, que ficava de frente para o seu. Ela estava na janela, olhando para o quarto de Nico.      

— Oi. — Ela disse.

Nico não conseguia desviar seus olhos do rosto dela. Ele notou que ela tinha leves sardas que a deixavam encantadora, e o garoto não sabia nem mais seu nome.

— O-oi. — O pequeno respondeu, provavelmente com seus olhinhos brilhando.       

— Você tem um quarto legal. — A garota disse, inspecionando o quarto de Nico. Seus olhos percorriam o lugar.

—Obrigado. — Ele disse.       

— Meu nome é Thalia. Thalia Grace. Você é Nico di Angelo, né?      

— É.      

— Entendi. Qualquer coisa, se quiser vir brincar aqui, pode vir, tá?     

— Ah, tá bom - o garoto disse.

— Ai... Minha mãe está me chamando. Foi bom conversar com você por tipo, um minuto. — Thalia sorriu. — Tchau tchau.

Thalia fechou as janelas de seu quarto.     

O garoto deitou-se em sua cama, olhando para o teto. Seu coração estava acelerado. Sua respiração também. O que ele estava sentindo?

Deixou um sorriso bobo surgir em seus lábios enquanto fechava os olhos e dormia.    

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Deslumbrante.

Essa era a única definição que eu conseguia encontrar para Thalia depois de anos com ela morando ao meu lado.

Sempre que nos encontrávamos, me perdia nos olhos dela como se fossem um oceano. Parecia que sempre que olhava para o lindo rosto daquela garota, me afogava em seus olhos.      Eu acordava todo dia pensando em seu rosto, seu corpo, seu sorriso. Me pegava sorrindo como um bobo na aula. Não conseguia me concentrar.

Naquele dia, levantei num belo mal humor. Não queria levantar da cama. Muito menos escutar vozes esganiçadas de manhã, falando sobre a festa de hoje à noite.

Assim que coloquei meus pés no chão, o mundo pareceu girar. Como minha cabeça doía. Essas dores de cabeça ficavam piores a cada dia.     

A causa dessas dores de cabeça tinha nome, e um lindo, por sinal. Thalia Grace. Nossos pais tinham uma rivalidade desde a adolescência, rivalidade qual fazia com que nós dois tivéssemos que nos encontrar escondidos durante a infância.

Olhei pela janela do meu quarto. As cortinas cobriam a visão de dentro do seu quarto. Eu queria poder enxergar o que acontecia ali dentro. Devia estar se trocando naquele exato momento. Queria poder ver suas curvas, lindas e perfeitas. Seu belo rosto de manhã, com seu cabelo bagunçado de um jeito fofo.

Deslumbrante.

Coloquei uma roupa qualquer e desci as escadas, no maior ânimo possível. Fui até a cozinha e me joguei em uma das cadeiras. Escutei uma voz vindo da sala.

— Bom dia. - Cumprimentou Bianca, minha irmã.        

— Bom dia... A Hazel já foi?       

— Sim, ela disse que tinha que encontrar o namorado dela antes da aula.       

— Ah...    —  Tomei o café da manhã e fui saindo de casa, para ir para o colégio.

— Tchau, maninho. — Disse Bianca, enquanto eu saia.    

Fui caminhando até o colégio, já que era perto de casa. Vi outras pessoas chegando, meu ânimo ficando cada vez menor. Assim que coloquei meus pés no colégio, escutei uma voz familiar.

— E aí, Nico. — Era Leo. Talvez meu único amigo da escola. Ele se aproximou de mim e sorriu, dando tapinhas nas minhas costas. — Sua namorada está procurando você.

Deixei um longo suspiro sair da minha boca.

— Fala sério, Nico. Sua namorada é a maior gata. E é mais velha do que você. Nossa, como eu adorari-

       — Cala sua boca, Valdez. Você namora a minha irmã e não quero que pense em outra garota, babaca.     

Leo soltou uma risada esganiçada.    

Senti duas mãos em meus ombros, e depois um abraço.       

— Oi, meu amor. — Disse Drew, minha namorada. Não exatamente minha namorada, mas era o que ela falava para todos.

— E aí.       

— É assim que você trata seu momor?     

— Sim.     

Senti ela arfar, indignada, e fui andando mais rápido, tentando me livrar dela.     

Eu só a namorava porque Thalia parecia muito distante para mim. Eu odiava muito isso.

“E eu tenho uma namorada, ela é mais velha do que nós.

Ela está na boate fazendo não sei o quê.

Você é tão legal que me faz te odiar demais. ”

Assim que entrei no colégio e me dirigi ao meu armário, comecei a escutar os rumores.

— ...você ouviu? — Dizia alguém.       

— Sim, parece que a Thalia está namorando, né? — Falou outra pessoa.       

— É, um garoto dois anos mais velho do que ela. Vi ele a deixando de moto na porta do colégio. Ele é muito lindo.   

E assim, meu dia ficava ainda pior.

“Se você tem um namorado, estou com ciúmes dele.

Mas se você está solteira, na verdade é até pior.

Porque você é tão linda que realmente dói. ”

—-----------------------------------------------------------------------------------------------

O dia inteiro foi um inferno.     

Ouvindo os outros cochicharem sobre o namoro de Thalia, que nem confirmado ainda era. Eu tinha evitado ver ela o dia inteiro, com medo de me perder nos seus olhos.

     

 “Olhos azuis de oceano olhando nos meus.

 Eu sinto como se eu fosse afundar e me afogar e morrer. ”

 Consegui evitar Thalia o dia todo, incrivelmente. Cheguei em casa exausto, sem nenhuma vontade de ir para festa alguma. Mas a porcaria da festa era na casa da Piper, irmã de criação do Leo. Ou seja, na casa do Leo. E eu teria que ir para pelo menos falar "olha, não pode reclamar que sou antissocial, eu vim numa festa."

— Nico? — Gritou Hazel da sala.       

— Sim? — Gritei de volta.       

— Você vai na festa?       

— Por quê?       

— Leva eu e o Frank?       

— Claro, fazer o que. — Suspirei. Eu era praticamente o motorista particular de Hazel e Frank, já que os dois ainda eram menores de idade.

— Obrigadinha.     

Nossa conversa se encerrou. Sabia que Hazel passaria o dia se trocando, escolhendo roupas e/ou conversando com Bianca, que adorava mimar e ajudar Hazel com roupas e namorados.

A festa começava apenas oito horas da noite. Ainda tinha muito tempo para fazer exatamente nada. Só de pensar na dor de cabeça que me daria ficando naquela festa... E pensar que Thalia estaria naquela festa, com o "namorado". Minha decisão foi: ignorar. Ignorar ela, o namorado, as fofocas, as pessoas falando. Sentar no sofá da sala de Leo, tomar algo e comer besteira. E com tomar algo, quero dizer bebidas alcoólicas. A maioria das pessoas que iam na festa de Leo eram maiores de idade, incluindo eu. A maioria do último ano do colegial. E a maioria podia beber. Ah, já via que minha noite seria cheia de gente bêbada falando merda, Drew se jogando encima de mim, brigas, confusões. Com ênfase no Drew se jogando encima de mim, pior coisa que poderia acontecer, seriamente.

Que lindo dia.    

 Horas se passaram, eu apenas deitado na cama, sem fazer absolutamente nada. Minha gata, Nyx, subiu encima de mim e dormiu. Meu outro gato, Thanatos, fez o mesmo. Os dois ficaram dormindo encima de mim até o horário que achei que devia levantar. Eram sete e meia quando pensei em começar a me arrumar. Levantei, muito animado, e fui até meu armário. Peguei uma blusa preta, uma jaqueta de couro e calça jeans. Coloquei a roupa, um tênis, peguei meu celular e desci as escadas. Hazel já estava me esperando.

— Pronto? — Ela me perguntou.      

— Sim. A Bia não vai?      

 — Ela disse que quer se manter sóbria.       

— Ah. Entendo. — Falei, suspirando. — Precisa pegar algo? Não vou voltar, se você tiver esquecido de algo. — Perguntei para Hazel, enquanto atravessávamos a porta.       

— Não, podemos ir.      

Saímos de casa e fomos em direção ao carro do nosso pai, um impala preto. Eu tentava falar sobre as referências que dava para fazer com aquele carro, mas meu pai não assistia séries, o que era um fato triste para a humanidade. Entrei no carro e Hazel sentou-se no banco do passageiro. Dei partida e saímos. Hazel ligou o rádio, mas nem prestei atenção no que estava tocando. Logo que eu chegasse naquela festa, Drew iria se agarrar em mim, eu teria que ver Thalia com o namoradinho dela. Não era a melhor coisa para minha dor de cabeça.

Uns quinze minutos depois, chegamos na casa de Leo. Não era muito longe, então chegamos consideravelmente rápido. Logo que estacionei o carro, Hazel saiu e ficou me esperando. Entramos juntos na casa dele, ainda não havia quase ninguém. Apenas eu, Hazel, o próprio Leo, Reyna, a paixão de Leo, Piper, Jason e...

Thalia.

Droga.

Com pouca gente ali, meu plano de ignorá-la para que eu não cometesse besteiras tinha muito menos chance de dar certo. Mas eu tentaria mesmo assim. Sentei no sofá da sala e Leo foi falar comigo.       

— E aí, cara.

— Hum. —  Respondi, com a animação estampada na minha cara.    

— Já vai ser antissocial? — Leo riu, olhando para meu rosto. — Sua paixão está aqui, sozinha. E sua namorada ainda não chegou.

— Grande bosta. Como se adiantasse eu falar com ela.        

— Pode tentar, Nikito.      

— Não me chama assim. Parece nome de novela mexicana. — Olhei feio para ele, que apenas sorriu. Vi que Reyna, sua paquera, o encarava, os olhos frios e sérios inspecionando o corpo de Leo de cima a baixo. — Alguém tá quase comendo sua alma.

— Que? — Leo olhou para ela e sorriu. — Ah, dios, meu dia chegou, di Angelo. Me deseje sorte.

— Vá a merda.

— Também serve.

Leo riu e foi arrumar o que faltava, antes que o resto do pessoal chegasse. Depois de uma meia hora, mais pessoas começaram a chegar.

Vi Thalia dirigindo seu olhar para mim enquanto conversava com seu irmão. Tentei ignorar e peguei meu celular, abrindo a tela. Tinham várias mensagens de Drew, pedindo para que eu fosse buscar ela em casa. Dei uma risada baixa, afinal, eu não tinha nem visto, e se tivesse, não iria. Sabia que ela chegaria na festa extremamente nervosa e dei outra risada.

Pouco tempo depois, a festa estava cheia, as luzes da casa de Leo apagadas, música tocando alto. Eu continuava sentado no sofá. Drew havia chegado a pouco tempo e mal olhou na minha cara, graças a Deus. Ela já estava bem doida, bêbada. Conversava com caras aleatórios, se jogando encima deles. Graças à Deus não era eu que ela estava se jogando encima. Eu não estava nem ligando, estava bem aliviado, na realidade. Algumas pessoas foram puxar conversa comigo, e dei respostas simples e curtas, sem nem querer conversar, e continuei ignorando Thalia. Eu queria estar com ela, mas não podia. Eu só não aguentava ficar ao lado dela, sem poder tocá-la, beijá-la.

Você devia aceitar isso como um elogio

 Que estou conversando com todo mundo aqui, exceto você. ”

E então comecei a beber, e beber mais. E não quis parar. Levantei do sofá e fui até Thalia, não estava medindo minhas ações e nem pensando nas consequências. Ela começou a falar algo, mas eu estava tão bêbado, que a única coisa que conseguia fazer era rir, sem nenhum motivo. Para mim, o jeito que ela falava naquele momento era engraçado. E minha risada saia baixa, rouca, sem nem saber do que ela estava falando.

“Você devia aceitar isso como um elogio

Que eu fiquei bêbado e achei engraçado o jeito que você fala”

Thalia me mantia preso. Quando eu chegava do lado dela, não conseguia mais sair. Tudo nela me atraía, eu era completamente louco por ela, viciado em seu cheiro adocicado de morango. Parecia que algo me puxava para perto dela. Como um campo magnético.     

 “Você devia pensar na consequência

 Do seu campo magnético ser um pouco forte demais”

Ela olhou para mim, enquanto eu continuava rindo. Quando percebi seu olhar sob meu rosto, parei de rir e olhei para ela de volta. Só de olhar para seu rosto, me fazia muito feliz. E com raiva. Eu não queria. Não podia. Ela provavelmente estava namorando. Ela provavelmente não gostava de mim. Meu coração se acelerou e estava prestes a falar algo, mas minha voz falhou. Minha insegurança tomando conta da minha mente, a bebida parando de fazer efeito.

 “Não consigo dizer nada direto para você

Porque olha só para o seu rosto

E eu fico tão furioso

Por você me fazer sentir desse jeito? ”

— Nico.       

— Sim...? — Respirei fundo, tentando me manter sóbrio.       

— Está tudo bem...? Sinto que me ignorou o dia todo.       

— Ah... Está sim. Você está namorando, né? Ouvi as garotas dizendo sobre um garoto trazendo você para a escola...

— Que? Não, não. O Luke é meu amigo. Não estamos namorando. Não, não. — Thalia deu uma risada leve, percebendo o tom suave de desespero que havia na minha voz.

Senti o alivio tomar conta do meu peito e deixei soltar um longo suspiro.     

— Ficou preocupado, foi? — Thalia disse, com um tom de deboche na voz. —  Deixei o imutável Nico di Angelo preocupado?      

— Eu? Claro que não, imbecil.     

Minha única vontade era de beijar seus lábios, passar a mão pelos seus cabelos. Ver seu sorriso para mim e apenas para mim, seus olhos azuis brilhando ao ver os meus.

“Você me deixa tão feliz que volta a ser tristeza, sim

Não há nada que eu odeie mais do que aquilo que não posso ter

Você é tão linda que me deixa tão louco”

Estando ali, ao lado dela, meu coração não parava de acelerar. Eu queria ir embora, sair dali. Não aguentava mais ficar ao lado de Thalia sem tê-la em meus braços. Não poder beijá-la ali mesmo era uma tristeza imensurável.

 “Você me deixa tão feliz que volta a ser tristeza, sim

Não há nada que eu odeie mais do que aquilo que não posso ter

Acho que eu só vou voltar casa para os meus gatos

Sozinho

A menos que você queira me acompanhar”

— Nico? Você está olhando para o nada por um bom tempo.

— Ah... Não é nada. — Falei, fazendo Thalia dar uma leve risada.

Senti Thalia pegar na minha mão. Meu corpo todo ficou paralisado. Ela entrelaçou nossas mãos de um jeito afetuoso, dando outra risada. A sala estava escura, apenas o som da música e conversas altas.

 “E você devia pensar na consequência

De você estar tocando minha mão neste lugar escuro”

— Nico. — Ela disse, olhando em meus olhos e sorrindo. — Eu já percebi faz muito tempo.     

Dei uma risadinha, deixando a vergonha toda para trás. Eu não aguentava mais manter tudo aquilo preso dentro de mim.       

— Foi muito óbvio? — Perguntei.       

— Um pouquinho.        

— Ah. — Talvez a bebida ainda estivesse me afetando um pouco, mas parecia que as palavras saiam com muito mais naturalidade agora. — Eu não consigo evitar.

— Evitar?      

— Sim. — Aproximei o rosto de Thalia do meu, fazendo com que seus olhos olhassem apenas para mim, e para ninguém mais. — Eu não consigo evitar ficar ao seu lado. Não consigo evitar me sentir feliz com seu sorriso. Não consigo evitar querer que você seja só minha.

Thalia ficou surpresa com minhas palavras, seus olhos se arregalando levemente. Vi suas bochechas ganhando um leve tom rosado. Acariciei seu rosto, passando a mão pelos seus cabelos. Olhei para seus lábios, com um tom vermelho ardente, levemente molhados. Seu corpo, já bem próximo do meu, suas mãos explorando meu peito. Diminui ainda mais a distância entre nossos rostos. Thalia não recuou. Então, encostei nossos lábios.

Primeiramente, foi apenas um leve selinho. Que depois, se transformou num beijo intenso, cheio de paixão, guardada por anos. Thalia colocou as mãos nos meus cabelos, ansiando por mais. Beijei ela novamente, com ainda mais intensidade. Ela estava com seus lindos olhos azuis fechados, aproveitando o momento que eu esperava por muitos e muitos anos. Já estava prensando ela na parede, enquanto continuava beijando seus lábios sabor de morango. O nosso beijo se estendeu por longos segundos, até que parei, para que nós dois pudéssemos buscar o ar que faltava. Olhei para o rosto dela. Thalia parecia feliz, seu rosto radiante.

— Aonde aprendeu a beijar tão bem, Nico? — Ela disse, sua voz levemente embriagada pelo momento que acabara de acontecer. Soltei uma risada, rouca. Thalia pareceu gostar da risada, tanto que aproximou nossos rostos novamente, olhando para meu rosto com um sorriso malicioso de canto. — E por que parou? — Sua voz estava carregada de malícia, eu sabia bem aonde ela queria chegar com as provocações.

— Quer mais, é? Gostou tanto assim?  — Falei, com minha voz mais rouca do que o normal. Thalia olhou para meu rosto novamente, se deliciando com cada palavra que eu falava.

— Ah, você não sabe quanto.

Voltei a beijá-la intensamente, nossos corpos ainda mais próximos um do outro. Era o melhor momento da minha vida. Ela precisava de mim. Eu precisava dela. Nossos corpos necessitavam de maior aproximação, maior aconchego. Nossos lábios buscavam apenas os lábios um do outro. Meu coração estava acelerado, talvez efeito da bebida, talvez efeito do momento. Assim que o beijo parou, eu não me importava com mais nada. Eu só precisava de Thalia. Precisava dela de maneira desesperada, precisava de seu coração, seu corpo, sua boca dizendo apenas o meu nome e o de mais ninguém.

— Vamos ficar aqui mesmo? — Ela perguntou. — Sabe, não tem ninguém na minha casa hoje, meu irmão saiu, meu pai também... — Um sorrisinho malicioso surgiu nos meus lábios.

— O que você quiser, minha princesa. —  Percebi pelo brilho nos olhos de Thalia que ela havia gostado de ser chamada assim.   

Avisei Hazel que iria para casa e antes de sair, vi Leo dando um positivo para mim, sorrindo como um bobo, com os olhos brilhando. Ele estava aos beijos com Reyna, que deu um sorrisinho ao nos ver saindo juntos da festa.

— No meu carro. Primeiro as damas. — Abri a porta de passageiro do impala e ela entrou, rindo. Fui para o banco do motorista, dirigindo direto para a casa de Thalia.

Chegando lá, Thalia abriu a porta e entrou primeiro, conferindo mesmo se não havia ninguém. Depois, puxou-me para dentro, me beijando, passando as mãos pelo meu peito coberto pela blusa. Tirei minha jaqueta, jogando em um canto qualquer, e ela tirou minha camiseta. Suas mãos exploraram meu peito, observando cada pedaço. Beijei ela de novo, com ainda mais vontade e desejo. Fomos subindo as escadas para seu quarto, ela tirando os sapatos e a própria blusa. Abriu a porta do quarto e tratou de trancar. Joguei-a na cama, ficando por cima dela. Seus olhos buscavam os meus, cheios de desejo, tentação, excitação. Suas mãos subiram pelas minhas costas, me aproximando mais dela. Nossos lábios se encontraram novamente, num misto de puro desejo e um amor simples. Enquanto olhava para aqueles olhos azuis, as sardas em seu rosto, seu cabelo bagunçado, havia apenas um pensamento em minha mente.

 “Você é deslumbrante. ”


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Notas finais do capítulo

Acabei na melhor parte? Sim ou com certeza? ASHUAHSUHAUSHUAHSUA
Enfim, eu me dediquei DEMAIS nessa one, fiz de tudo para que saísse algo que eu curtisse e que você, Vicky, curtisse. Mas espero que qualquer pessoinha que leu isso tenha gostado de verdade.
Gostei muito de fazer essa one com música, porque eu nunca tinha tentado antes e admito, senti um pouco de medo de ferrar com ela, ashuahsuhaushuahsua
Mas espero que todos tenham gostado, se gostaram, comentem que eu gosto de responder comentários, e favoritem
Beijinhos :3



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