Então Percy Jackson.. Acha que me derrotou?- A voz fria e cortante de Cronos me dizia. Eu, o poderoso Titã, Senhor do tempo nunca serei derrotado. Tive apenas alguns contra-tempos, principalmente com você.- Um frio passeou pelo meu corpo. Mas desta vez não haverá nada que me impeça de me vingar do Olimpo. E você verá tudo que você mais ama escorrer pelos seus dedos.

Acordei suado e assustado. Qualquer um que saiba do meu mundo, sabe que sonhos de meio-sangues não são apenas sonhos, geralmente são previsões.

Logo me dei conta que tinha que me arrumar, já que tinha de me encontrar com os meus amigos pra “tentar me matar” como os últimos 5 anos que descobri que era um meio-sangue.

Na verdade, tentar me matar é um jeito meio estranho de dizer, pois sou invencível (n/a: humildade é lindo e é de graça Percy!).

 Coloquei tudo que precisava na mochila, ambrósia e néctar, dinheiro dos mortais e dracmas de ouro, moeda corrente no Olimpo. Coloque ContraCorrente no bolso, minha armadura em forma de casaco, que ganhei do meu pai, Poseidon, e meu escudo/relógio que Tyson fez pra mim.  Coloquei uma roupa qualquer e saí. Já eram quase 7 horas quando estava indo e encontrei Nico indo para a entrada do acampamento.

- Pronto? – Perguntei à ele.

- Eu nunca estou, mas estou aqui né? – Comecei a rir. Nico de todos era o mais novo, tirando Lucy, que era alguns meses mais novo que ele. Lucy não era nada experiente em batalhas e lutas com espadas, mas era muito boa com flechas, apesar de não ser uma caçadora. O fato de não ser caçadora deixava Nico bem feliz, já que percebi que ele ficava à encarando quando íamos à arena ou na janta. O filho da morte com a filha do sol? Estranho, mas olhe minha relação com Annabeth. Fiquei pensando nisso quando ouvi Nico berrando meu nome.

- Percy, vamos! – Pisquei os olhos rapidamente e corri pra onde eles estavam. Clarisse, Annabeth, Thalia, Lucy e Grover já estavam lá com Nico. Dei um selinho em Annie e dei um aceno a todos. Assim que Argos chegou, nos apertamos dentro do carro para irmos à estação.

Assim que chegamos à estação, Annabeth foi conseguir as passagens enquanto eu, Thalia, Lucy e Clarisse esperávamos Grover voltar com a comida. Não que a comida fosse voltar, já que se dependesse dele, não sobraria nada. Annabeth estava voltando quando seu olhar parou na porta do saguão da estação, que a propósito era bem grande. Assim que olhei para essa direção, algo voou sobre mim. Ah, que ótimo.

Assim que consegui levantar, Clarisse já tinha transformado seu relógio em sua lança eletrificada. Annabeth estava pegando sua faca, Thalia havia pego Aegis e sua espada.

- Não podemos lutar com ele aqui!– Berrou Annabeth.

- Não temos outra opção! – Respondeu Thalia.

Thalia disse a última palavra e foi atacada, mas rolou no chão à tempo. Quando vi, já haviam três Dracaenae. Annabeth atacava, mas já vi que tinha um corte no jeans, que estava sangrando. Me defendi da Dracaenae e a ataquei no peito, mas por pouco ela desviou. Ficamos nesse joguinho. Eu sou invencível, mas estava ficando cansado. A Dracaenae continuava me atacando, tentando me cortar, e me desarmar. Quando finalmente, a Dracaenae fez um movimento em falso e consegui a acertar no pescoço.  Annabeth transformou em pó sua esfinge pouco tempo depois. Vi que Thalia estava cansada e parecia que logo iria cair.  Logo vi que estava com um corte feio no braço, justo o que carregava a espada. Pedi para Annabeth distrair a Dracaenae para que eu pudesse ajudar Thalia. Annabeth tentou um ataque falso contra a Dracaenae, quando consegui cravar ContraCorrente em seu peito. Thalia caiu, cansada.

- Obrigada – Ela sussurrou.

Eu sorri.

- Bom, agora está na hora de ir. New Jersey, aí vamos nós! – Berrou Lucy. Lucy tinha sido um peso nulo nessa luta, já que não tinha muita experiência, ou melhor, nenhuma experiência, já que esta era sua primeira missão.

Annabeth nos entregou as passagens e embarcamos. Eu sentei com Annabeth, que ainda estava muito tensa por causa da profecia. Thalia sentou com Lucy, Nico se sentou com Grover, que estava se empanturrando de enchiladas.

Sentei e abracei Annabeth, que logo se aconchegou em mim.

- Amor. – Ela falou. Geralmente quando Annabeth fala Amor, ela quer alguma coisa – Posso te pedir uma coisa – Eu não disse?

- Tudo que você quiser sabidinha.

- Dá um beijinho? – Ela não precisava nem pedir. Beijar Annabeth pra mim era o paraíso, e eu não precisava nunca sair dele.

- OU, DÁ PRA PARAR COM PEGAÇÃO, TEM UMA CAÇADORA AQUI! – Thalia berrou. Uns velhinhos olharam para nós com uma expressão confusa.

- Ah Thalia, se não quer ver, vai dormir! – Annabeth riu e todos riram com ela.

- Querem saber, eu vou mesmo! – Ela disse rindo e virando para um lado. Lucy colocou o indicador na boa, fazendo sinal de silêncio. Thalia devia estar cansada da luta. Seriam 4 horas de trem, então ela tinha muito tempo para dormir.

Fiquei a viagem toda namorando Annabeth, e tive vontade de chorar quando chegamos a New Jersey. Adoro a Aventura, mas estar com a Annabeth em paz de vez em quando, é sempre bom. Mas vida de meio-sangue não é fácil ( NÃO ESTOU RECLAMANDO, SER MEIO-SANGUE É ALTOS LEGAL). Só é difícil.

“Mas vamos ser otimistas” pensei. Assim que eu olhei para o saguão da estação de trem de New Jersey, esse pensamento rapidamente se esvaiu da minha mente.