Eu, Capetinha?imagina! escrita por K-Watanabe


Capítulo 12
Jogo aberto




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No capítulo anterior:

Fomos andando até a porta, ates de pegar na maçaneta um garoto alto abriu a porta e olhou pra nós dois.

–Quê que ta olhando moleque?

–Por acaso vocês estão ficando, namorando?

–Por que?-Perguntou Matheus.

–Porque só pode entrar se vocês forem algo do tipo!

–Ahh esquece...

–CLARO QEU SOMOS!-Falou mais alto do que devia o retardado.

–HÃ?Como assim?-Ele veio e me abraçou

–Amor, pra que esconder de todos que nós nos amamos?-Ele olhou pro garoto.-Nós somos namorados!

–Então entrem!

Quando passamos pelo garoto comecei a encher ele de tapa.

–Namorados?Namorados?-Perguntei sem acreditar.

–Quem sabe?-Ele veio tentar me beijar.

–Aghrrr!Cai fora idiota!

Empurrei ele e me meti no meio do pessoal, precisava de uma bebida, esperava que ali tivesse algo com álcool!

                                                           ***************

POV Matheus on

Procurei a capetinha da Sol por tudo quanto é lado mas ela acabou sendo mais rápida dessa vez, na próxima eu vou acorrentar ela em mim. Resolvi sentar em um banco perto de um balcão onde tinha algumas pessoas atrás, uma mulher me olhou e veio na minha direção.

–Vai querer alguma coisa?

–Não obrigado!-Sorri pra ela.

Aquele lugar tava bem cheio, espero que essa festa seja permitida.

–Maaaaatt!-Alguém gritou meu nome, a voz me parecia bem familiar.

–Baixinha, o que você faz aqui?-

–Chá de ervas! O que a gente faz em uma festa Matheus?-Ela disse revirando os olhos.

–Ok, foi merecido essa!-Ela começou a rir.

Ela estava com um mini vestido verde com uns detalhes rosas, mostrava mais suas pequenas curvas, pra mim aquilo tava muito “garotos garotos olhem como eu sou linda!”.

–Você não acha que essa roupa tá muito aaaaan...-Tentei encontrar uma palavra.

–Linda, eu sei!Fui eu que fiz!-Ela deu uma voltinha.

–Não, eu quero dizer,curta!Vamos trocar de roupa mocinha.-Peguei na mãe dela e sai puxando.

–Ei, me solta Matheus deixa de ser careta, você não é o meu pai.

–Você tá certa, mas aqui eu sou a pessoa responsável por você!

POOOU!

Parecia que eu tinha acabado de perder o meu queixo.

–Meu Deus, não André, não bate nele!-Gritou a baixinha enquanto eu tentava me levantar.

–Como assim Dudinha, ele tava lhe arrastando pra não sei aonde.

–Ei cara calma ai!-Falei indo na direção dela.

–SE AFASTA DELA, SE NÃO EU ACABO COM A SUA CARA!

–Acho que quem vai pro hospital aqui vai ser você!-Falei começando a ficar com raiva, o pessoal começou a perceber que tava acontecendo alguma coisa.Quem aquele moleque pensa que é?

–Meninos, meninos, calma!-Duda se meteu entre nós dois, depois ela olhou pro garoto.

–André, ele não tava tentando fazer nada comigo, ele é o meu primo, o Matheus lembra? Que veio comigo e com minha irmã!

–É?

–Claro, ele tava me arrastando pra trocar de roupa porque ele não gostou de como eu tô!-Ela virou e me mandou língua.

–Alguém que acha a mesma coisa que eu, isso e chama pra outros garotos!-Falou o tal André.

–Affe’z!-Falou Duda.

André olhou pra mim e estendeu a mão.

–Cara desculpa, eu fiquei com muita raiva quando vi você arrastando a minha pequenina aqui!

–Tudo bem chapa, eu ficaria da mesma maneira.

Olhei pra baixinha que tava toda corada. Eles davam um casalzinho bem bonito.

–Ei vocês sabem onde a capeta da Marisol se meteu?-Perguntei.

–Ela tá no outro balcão do outro lado!-Falou André.

–Tá bom então, valeu!

Me levantei e comecei a ir na direção contraria, tive que passar no meio do pessoal onde não paravam de se quebrar de tanto dançar, saí do meio da multidão consegui ver a doidinha sentada segurando um copo, não tinha ninguém perto dela, a não ser um garoto bem feinho, cheio de espinha, um óculos fundo de garrafa, ele se aproximou dela e...O QUE?ELE PASSOU A MÃO NA BUNDA DELA?

Comecei a tremer de raiva, ela ficou parada, se levantou, o garoto tinha dado alguns passos pra trás.

–Quem foi o filho da Puta que passou a mão na minha bunda?Falem, falem!!!!-Ela começou a socar o ar. -Fui eu gatinha!-Falou o vagabundo. Ela virou parecendo um robozinho. -HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!-Ela gritou e deu  um soco no meio da fuça do maldito que caiu no chão chorando falando alguma coisa sobre a mãe dele. -Nunca mas toca em mim pentelho!-Ela berrou jogou o conteúdo do copo na cara dele e saiu quase correndo, fui atrás dela.

Quando cheguei do lado de fora ela tava andando de um lado pra outro resmungando, saiu correndo e abracei ela, a menina começou a gritar.

–Haaaa, socorro, tarado!-E se debatia.

–Que tarado o que menina, sou eu!

–Me larga carrapato!

–Carrapato não, Mattzinho!

–Mattzinho uma merda!-Comecei a rir.

–Me solta por favor Matheus!

–Como é que é?Desde quando Marisol é educada com alguém?E desde quando esse alguém sou eu?

–Cala a boca!-Ela sorriu e me empurrou.

–Por que você saiu da festa?-Perguntei.

– Você chama aquilo de festa? Pra mim tá mais pra fuleragem!-Dei um pulo quando uma garota saiu de dentro da festa gritando.

–UHUUU, Hoje eu vou pegar todoooos!

–Aquela garota não é a...

–Filha do diretor da minha escola!-Sol completou pra mim, ela me olhou e deu o sorriso que eu tanto conheço quando ela tá afim de aprontar.Ela pegou o celular e começou a filmar a garota que tava passando a mão no corpo e falando coisas ... ham, sem comentários.

–Por que você tá fazendo isso?

–Isso pode me ajudar no futuro!

–Hã?-Que que ela tava querendo dizer com aquilo?Ela soltou um suspiro.

–Ok, isso já tá ficando patético!-Ela fechou o celular começou a ir na direção dos quartos, pra isso a gente tinha que dar uma caminhadinha por entre a matinha do acampamento.

–Ei me espera!-Falei começando a ir atrás dela, ela parou do nada.

–Onde será que isso vai dar?-Ela apontou pra uma trilha.

–Eu sei lá, tá afim de ir lá?

Ela virou pra mim e arregalou os olhos.

–Acho q-q-que não é uma boa idéia!

–Vai me dizer que tá com medo?!-Provoquei.

–Claro que não!-Ela cruzou os braços e me olhou por cima.

–Aham, sei!-Prendi um risadinha.

–Eu já disse que não tô com medo!-Ela pegou o celular, abriu, e iluminou o começo da mini trilha e foi andando, sumindo logo em seguida no meio da mini-mata.

–Marisol volta aqui. Eu tava só brincando!

–O que? Tá com medinho agora?-Ela colocou a luz na minha direção e começou a rir.

–Eu não!Vamos voltar?

–Agora eu não quero mais, bora ver até onde isso dá.

Ficamos andando por um tempo, só depois que eu percebi que era noite de lua cheia, o céu tava bem bonito, acabei ficando distraído e esbarrei na Sol.

–Ai, olha pra frente idiota!

–Desculpa!

–Esse lugar é tão bonitinho.-Ela disse.

–O que?-Perguntei sem entender nada.

–OlHA AO TEU REDOR SEU BESTA!-Ela me deu um tapa na cabeça.

–Tá tá!

Fiz o que ela mandou e estava certa, o lugar que a gente encontrou era bem bonitinho, tinha varios banquinhos de madeira e um mini lago, onde a areia é bem branquinha, a luz da lua iluminava bem o local.

–É bonito mesmo!

Em algum lugar um galho estalou, só senti alguém pulando encima de mim.

–O que foi isso?-Ela perguntou baixinho  e sem ar.

–Acho que foi um cão selvagem!

–O QUE?-Ela olhou pra mim em pânico.

–Calma amor, é brincadeira!

–Me chama de amor de novo e eu arranco tua língua.

–Calma Solzinha, eu tô aqui!

–Ixi , tô ferrada então!-Ela começou a rir.-E meu nome é Marisol.

Soltei ela e fui andando na direção de um banco e me sentei.

Por que ela tem que ser assim?E por que eu me senti tão mal por ela ter dito aquilo?O quê que tá acontecendo comigo?

Ela veio na minha direção, se ajoelhou e ficou me olhado.

–O que é vai fazer pouco de mim mais ou já tá bom por enquanto?

–Menino, eu não queria te magoar, sério!Eu só tava brincando.... e me d-d-d-desculpa tá bom?

–Tá bom!-Ela sorriu pra mim, ainda bem que eu tava sentando. O vento fez uma mecha do cabelo dela cai no rosto, aproveitei e coloquei atrás da orelha dela, já que a menina não deu nenhum sinal de ter se incomodado com o que eu fiz, resolvi investir mais, me aproximei pra tentar dar um beijo nela, a garota prendeu a respiração, dei um selinho, ela não fez nada, apenas respirou fundo e deu um grunidinho, foi até engraçado.Meu coração tava quase pra sair pela boca.

–Por favor, não!-Ela disse.

–Por que não?-Sussurrei.

–É um erro?

–Não, não é um erro!-Puxei ela, e dei outro selinho, depois comecei a beijá-la um pouquinho mais ousado.No início ela respondeu, mas depois seu corpo ficou tenso e ela me empurrou.

–Não faz isso comigo, por favor!

–Por que?

–Nunca daria certo e além de você ser um completo idiota!

O QUE?

–Aha, olha quem fala, você também não é nenhuma santa!

–Tá vendo?A gente não consegue passar um minuto sem brigare eu tô confusa e nem sei o que tá acontecendo direito.

–E você acha que eu sei Marisol? Qual é, eu tô ficando maluco com isso. MALUCO!C omo você acha que eu me sinto? Eu não sei o que fazer.

–Me desculpa!-Ela disse.

–Pelo que? Mesmo acontecendo um monte de coisas, eu nunca senti algo assim!

Pude ver uma lágrima escorrer pelo rosto dela antes dela passar a mão e olhar. EU SOU UM MONSTRO!

–Não chore por favor!

–Isso é errado!-Ela me olhou.

–O QUE? AMAR? Que ridículo!

–Não Matheus, será que você não percebe? NÓS SOMOS PRIMOS!

–É POR ISSO?

–E você acha isso pouca coisa? Meu pai nunca aceitaria isso, na primeira oportunidade ele arrancaria a sua cabeça. Isso não deveria tá acontecendo.

–Ah, e você acha que eu queria isso? Aconteceu Marisol, não é uma coisa que a gente pode fugir.

–Deveria!

–MAS EU NÃO QUERO!-Puxei ela e a beijei de novo, não demorou muito mas foi o suficiente, ela me empurrou e saiu correndo.

–Marisol, NÃO!!

Já era tarde, ela já tinha ido. Eu tentei me controlar, mas meus olhos ficaram cheios de lágrima.

–Por que isso tá acontecendo comigo?


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