Brincadeiras do destino escrita por Phoenix


Capítulo 14
Noite de reflexões


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, muito obrigada para quem está seguindo a história, favoritou e ainda mais quem comenta! Isso ajuda MUITOOOOOOOOO, sério mesmo!
Olha só, não precisa ser um leitor fantasma, pode comentar o que quiser, se sinta livre para isso. Eu vou adorar!
Boa leitura.



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Na noite anterior ao encontro, os casais estavam ansiosos, cada qual com seu motivo. Na casa de Samanta, durante o jantar, conversava com seus pais. Cynthia, uma mulher negra, bonita, com um corpo muito esbelto, cabelos cacheados e aproximadamente 40 anos e Felipe, um homem negro, muito alto e forte, bem-apanhado, careca com 40 anos também. Falavam sobre assuntos banais.

— Como foi o dia na escola hoje filha?

— Ah, pai, aquela mesma palhaçada de todos os dias. Foi legal.

— Eu não sei como você consegue manter amizades como aquelas, sinceramente. – Disse em um tom de reprovação.

— Pai, já conversamos sobre isso.

— É verdade amor, achei que já até gostava deles. – Defendeu a mãe de Samanta.

— Gostar eu até gosto, mas não sei...

— Não entendo o porquê de tanta desconfiança, eles já provaram ser boas pessoas, você até ri das idiotices que eles falam pai.

— Você tem que concordar que eles são engraçados Felipe!

— Cynthia, eu sei que são engraçados, mas não são apropriados para nós!

— Achei que eles devessem ser apropriados para mim pai!

— Samanta, você devia se relacionar mais com o pessoal da comunidade, filha.

— Ela se relaciona sim amor.

— Exatamente! Obrigada mãe por enxergar o que papai não quer ver.

—  Filha, não é possível você não perceber, eles não são inteligentes o suficiente.

— Pai, eu por acaso sou a senhora inteligência? Por favor...

— Mas e como fará para entrar em uma faculdade de direito?

— Não decidi se é isso que eu quero.

— Como assim Samanta?

— Amor, se acalme. – Defendeu Cynthia, ao perceber o rumo da conversa.

— Tudo o senhor quer decidir por mim, não é assim que funciona! Eu preciso decidir a faculdade que quero cursar, os amigos que quero ter, quem eu quero namorar...

— Desde que não seja esse gringo desgraçado – disse tirando uma foto de Wally falando algo no ouvido de Samanta, que sorria - você até pode escolher.

— DE NOVO O SENHOR ESTÁ MANDANDO ME INVESTIGAR?

— FELIPE! – Disse Cynthia em reprovação.

— O senhor deveria usar seus homens para investigar criminosos e não a sua filha que está apenas se socializando.

— A senhorita sabe muito bem o que penso sobre essas pessoas brancas, esses nojentos, preconceituosos, ele no mínimo quer te usar para depois zombar da sua cara! Na comunidade tem tantos caras melhores, veja o Adom...

— EU É QUE DEVO ESCOLHER O QUE É BOM PARA MIM. O WALLY NÃO É ASSIM! – Samanta fez uma pausa, abaixou a cabeça.  Respirou profundamente, para olhar novamente seu pai e dizer. – Se gosta tanto do Adom, deveria o senhor namorar com ele.

— Samanta, está passando dos limites.

— EU? Você está mandando policiais me investigarem e eu é quem está passando dos limites? Isso que o senhor faz é crime, como delegado deveria saber melhor que eu, desvio de função.

— Quem disse que é desvio de função, quando foi aberto um boletim, dizendo que a senhorita se sente ameaçada. Estamos investigando.

— Não acredito que fez isso Felipe? – Disse Cynthia. – Samanta suba, por favor, eu vou conversar com o seu pai.

Samanta subiu, enquanto Cynthia passava o sermão da montanha em Felipe. Cynthia era advogada e estudava para se tornar juíza e era muito correta em relação aos deveres legais. Felipe era delegado e estava sempre a vigiar sua filha, mas como um bom advogado que também era, sabia muito bem das leis, para cumprir seus objetivos sem ser ilegal.

Após toda a conversa, Cynthia subiu para falar com Samanta, que estava pensativa em seu quarto. Ao bater na porta perguntou:

— Sam? Posso entrar?

— Claro mãe. Sente aqui. – Disse batendo na sua cama.

— Filha, eu sei que seu pai é um pouco difícil. Mas você sabe bem os motivos. Já viu também muitas coisas que ele passou e passa até hoje.

— Sim mãe, eu entendo. Mas ele não pode ter essa visão de que todas as pessoas brancas são racistas. Ele é um homem estudado e muito inteligente, não devia pensar de forma tão arcaica assim.

— Não é que ele pense de forma arcaica amor, mas as pessoas ao redor dele, são assim. As pessoas mais velhas são muito preconceituosas, você sabe bem.

— É eu sei. – Assentiu de forma triste, pois realmente era verdade.

Felipe sempre tem que provar suas habilidades para pessoas preconceituosas que encontra em seu caminho. Uma vez, na delegacia, teve que mostrar seu distintivo para provar que era o delegado e não o faxineiro, como uma pessoa insistia em dizer. Foram muitos anos amargos engolindo sapos e não queria que Samanta passasse por isso. Por isso, no fundo Samanta o entendia.

— Filha, descanse bem, amanhã é seu encontro, não é? – Disse em um tom amoroso.

— Sim mãe. – Respondeu com um sorriso no rosto.

— Eu confio no seu julgamento, você não é nenhuma menina ingênua, se diz que Wally é bom, eu acredito. Relaxe e apenas aproveite.

— Te amo mãe. – Abraçou Cynthia. Que se despediu e foi dormir.

“Com tantos caras negros e bonitos por aí, tantos negros legais na comunidade, mas eu tinha logo que me apaixonar por você Wally? Branco que nem o Sol consegue escurecer um tom a pele, olhos azuis, cabelo tão loiro que até a sobrancelha e os cílios são claros e ainda por cima Norte-americano. Não existe pior afronta para o meu pai. Mas desde o primeiro dia de aula, quando ele pediu desculpas à Jéssica e me olhou daquela forma, eu não consigo esquece-lo. Tentei esses dois anos não ter nada com ele, mas agora, realmente não dá para evitar. Ai meu Deus”. Pensou Samanta, suspirando por suas confusões.

Enquanto isso na casa de...

— Wally? My son? Você está me ouvindo? – Disse um homem loiro, de estatura mediana, próximo aos 40 anos, com um forte sotaque norte americano.

— Yes dad, estou sim. – Não estava não! Pesava no encontro de amanhã. Finalmente sairia com sua grande paixão, apesar de todo o receio que sentia com essa relação.

— Então filho, está estudando de forma adequada para entrar em Harvard?

— Yes, claro. Não é nada muito difícil. Fique tranquilo.

— Eu sabia. – Disse gargalhando. – Tenho um ótimo filho, apesar de suas preferências amorosas serem duvidosas. – Disse olhando para seu filho de lado.

— What? – Perguntou confuso, não entendia o que seu pai estava se referindo.

Então ele jogou uma foto semelhante a que o pai de Samanta mostrou a ela, mas essa estava em um ângulo diferente. Wally engoliu a seco, mas se pronunciou.

— Dad! Está me espionando novamente? – Não acreditava no que via.

— My son, você sabe o que esse tipinho de gente é capaz! – Referiu-se incredulamente.

— Tipinho? O que é isso! – Wally estava revoltado com as ofensas a Samanta. Gostava demais dela para aceitar algo assim.

— Negros, son, negros. –Exatamente isso que você está pensando. Sim, o pai de Wally não gostava de negros, achava que todos eram capazes de roubar. Ele tinha essa visão, porque todas as vezes que sofreu um assalto ou uma tentativa de sequestro, foi um negro que o fizera, então ele era traumatizado e se tornou preconceituoso.

— DAD! – Disse bem alto. – Pare de falar assim de Samanta, ela é uma excelente pessoa, a família dela também é ótima, ninguém é criminoso.

— Como você pode garantir? – Respondeu em tom de arrogância.

— Eles são pessoas da lei, o pai dela é delegado e a mãe é advogada, se tornará Juíza. – Defendeu.

— Nesse país? Você acha que eles realmente não roubam? Wally, please! – Falou revirando os olhos.

Realmente, não há muito o que argumentar sobre esse fato, aqui no Brasil a corrupção está em todos os lugares, desde a política até o gato de luz, mas Wally sentia que era realmente diferente, ele nunca conversou com o pai ou a mãe de Samanta, mas percebi pelo olhar que eram diferenciados, eles realmente buscavam por justiça.

— Dad, é sério, eles são diferentes. Você precisa confiar em mim.

— Wally, my son, em você eu confio, só não confio nesses negrinhos. – Disse com seu sotaque forte junto a irônia.

— Isso já é demais para mim. – Levantou-se bruscamente. – Good Night.

— Essas crianças não sabem nada da vida. Quando ele tiver a primeira decepção com esse tipo de gente, ele vai ser arrepender disso. – Disse Mr. Bruce sozinho, falando mais para si mesmo do que para Wally.

Já em seu quarto Wally estava cabisbaixo, confuso, triste. Eram muitos sentimentos que o atormentavam, era uma situação ruim. Por ele, enfrentaria seu pai sem problemas algum, sabia que não passaria necessidade ou privações, pois sem estudar já era muito bom em tecnologia, o que lhe rendia um bom dinheiro. Ele poderia cuidar dos dois, mas será que Samanta gostaria de ter uma vida assim? Sabendo que a família de seu namorado é racista? E a família dela, como lidariam? Todos esses sentimentos fizeram que ele prolongasse o pedido do encontro por tanto tempo. Mas a verdade era que desde a primeira vez que olhou para Samanta, sentiu algo especial, que ia além de sua compreensão. Ela era a mais linda de todas, se destacava das demais, nunca havia sentido algo assim, por isso, não deixaria passar essa oportunidade, já que sabia que no próximo ano não estaria mais aqui nesse pais.

Ai Samanta, porque a vida tem que ser assim? Esse foi seu último pensamento antes de dormir as 4:30 da manhã.

Thiago Sensei estava agitado, sério, muito agitado. Procurava a melhor roupa, a mais adequada para o compromisso. Tinha juntado um bom dinheiro para levar a “Flor do Oriente” no melhor restaurante da cidade: Paris 6. Ele guardou poupou esse dinheiro desde a primeira que pensou em chama-la para sair no ano passado, dava até para comprar um carro popular usado, mas ele queria gastar com ela, achava que valia a pena, mas estava preocupado com a reação do seu amor platônico.

Thiago não se importava com a aparência das pessoas, não tinha um tipo preferido de mulher, apesar de gostar bastante das gordinhas, mas não ligava para cor de pele, cabelo, religião, etc. Ele tinha apenas o sonho de formar uma família, boa, amorosa e enorme como a sua. Queria muitos filhos, sobrinhos, netos, etc. Era uma pessoa que gostava de gente, todo o tipo de gente, gostava das relações, da socialização.

Mas e se ela não gostasse? E se ele não fosse o tipo dela? Thiago não era nada seguro em relacionamentos amorosos. Sempre é o que gosta mais e o que se estrepa primeiro. E não adiantava ler artigos, livros, sites, Thiago não sabia ser diferente ou fazer diferente.

Minha flor, será que você vai gosta de mim, assim como eu gosto de você?

Será Laranja Lima?— Como se estivessem conectados, esse também foi o pensamento da “Flor do Oriente”. Estava temerosa também, principalmente por causa da sua personalidade forte. Não era uma pessoa que pedia desculpas com facilidade ou aceitava erros, por isso seus relacionamentos terminavam da pior forma. Já estava a quase 5 anos sem se relacionar com alguém, mas não sentia necessariamente falta disso. Na verdade, ela tinha uma paixão platônica por “Laranja Lima”, mas era muito pé no chão para achar que um relacionamento de internet daria certo. Porém foi orientada por suas amigas a tentar pelo menos uma vez. Suas amigas estariam de longe olhando o casal para caso percebem alguma coisa estranha, ou algum sinal dela, ajudariam a se livrar do encontro.

Apesar de todos esses pontos, ela se sentia diferente com “Laranja Lima”, ele era muito gentil, era fácil de conversar, ele entendia todos os pontos negativos dela e ajudava a melhorar, tentava na verdade, pois ela era realmente dura na queda, entretanto isso não desanimava seu admirador. De certa forma parecia ser uma relação que daria certo, então ela tentaria, mesmo com tantas incertezas, levar isso a diante.

Enquanto isso na casa de Jéssica e Carioca.

(Mensagens no whatsapp)

Carioca: Então é amanhã o encontro da Samy e da Cata? :O

Ele estava impressionado que finalmente Wally chamou Samanta para sair. Achava engraçado o fato de Naoki e Catarine irem juntos.

Jé: Sim! Acredita nisso? Finalmente desembaçaram esse trem. Mas isso ae melo meu sábado... agora não tenho que fazer. ¬¬’

Apesar de apoiar as amigas, se imaginar num final de semana sem ter o que fazer, deixava Jéssica p. da vida. Mas esse não era o real motivo dessa mensagem, ela era uma indireta. Carioca que não é tonto, pegou a deixa.

Carioca: Vamos chamar o Kawã para dar um rolê então, pitchulinha.

 

Ele sabia bem do compromisso de Kawã, mas não queria ser tão direto.

Jé: Esqueceu que ele tem ensaio com a banda?

Ah, ela não negou! – Pensou Carioca.

Espero que ele insista nesse role. – Jéssica estava ansiosa pela próxima mensagem.

Carioca: Puts, é vdd. Q c acha de nós dá um rolê, hein mina?

O coração dos dois estavam disparados. Fazia tempo que estavam só nas indiretas e já não aguentavam mais.

Jéssica escrevia e apagava, escrevia e apagava. Carioca não aguentava mais até que finalmente...

 

Jé: Vamos ver se outras pessoas tb desembaçam os seus trens...

Direta capitada com sucesso! Por sorte, Carioca não gastou sua mesada e tinha dinheiro para pagar o passeio todo. Estava feliz, pois Jéssica era uma incógnita, nunca tinha certeza se ela era afim dele ou não. E Jéssica sentia o mesmo, sempre tinha dúvidas se carioca estava fazendo piada ou estava sério. Mal sabiam os dois que esse era um escudo, nenhum deles queria perder a amizade um do outro, por isso agiam dessa forma. Mas agora não tinham para onde fugir, mais claro que isso só a água.

 

Carioca: Vc tá ligada que é um encontro né? Vou te levar no cinema, depois a gente vai no Ibirapuera, pode ser?

Jéssica nem se atentou ao lugar, muito menos se lembrou que esse era o trajeto do encontro de suas amigas, atentou-se apenas ao fato de Carioca deixar claro que era um encontro. Simplesmente não queria deixar passar a oportunidade.

Jé: Blz, mas... tipo... a gente vai contar isso para alguém?

Estava receosa de não dar certo. Por sorte, esse era o pensamento de Marcos também.

Carioca: Rlx pitchulinha, vai ficar entre nós, pq se não der certo, a gente continua de boa como sempre foi!

Jé: Fechou então.

Pronto, todos os casais estavam com seus compromissos marcados. Todos as 12:00. Todos ansiosos. Todos com o mesmo pensamento: Amanhã vai rolar!

O grande dia finalmente chegou. Todos se arrumaram de acordo com a situação, sem poupar esforços, perfumes e a melhor roupa. Saíram no horário, exceto “Flor do oriente”, que saiu 15 minutos antes.

Naoki e Catarine foram juntos até o metro, no caminho fizeram aquele mesmo ritual: mãos dadas e abraço no metrô, mas sem pronunciarem nenhuma palavra e principalmente desviando os olhares, quando acontecia. Foram os primeiros a chegarem, seguidos por Samanta, que chegou 1 minuto depois e Wally, chegando após 2 minutos. Sem notarem, logo atrás estavam Carioca que buscou Jéssica em casa e foram juntos ao cinema. Mas haviam mais três pessoas, que não gostavam de ver aqueles casais.

Em outro lugar da cidade, Kawã, que agora era Kin-chan, estava ensaiando com a sua banda “Os miseráveis”, sua mente vagava pensando em Catarine tendo um encontro, mesmo que ‘forçado’, com Naoki, e isso resultava em várias semitonações e notas erradas na sua guitarra.

— Ei Kin-chan, que merda essa? – Disse o baterista Herb.

— Nada não, foi mal aí.

— Presta atenção cara! – Dessa vez foi o baixista Clessio que chamou a atenção.

— Pode deixar, pode deixar.

Agora ele tinha a obrigação de se controlar, daqui algumas semanas faria um show e se declararia de verdade para Catarine. Não que ele escondesse o que sente, mas não é algo que fique tão evidente assim, as vezes Catarine realmente esquece que ele chegou a se declarar. Então ele teria que fazer bem feito, deveria esquecer o encontro, torcer para que nada acontecesse e ensaiar o máximo que pudesse.

Vagando mais longe, ainda na cidade de São Paulo, “Flor do oriente” estava como combinado, sentada com um livro e uma rosa vermelha dentro. Suas amigas Grisselli e Raquel, de óculos escuros, sentadas na mesa ao lado a observavam e se comunicavam com mensagens via whatsapp.

Gri: Adorei essa mesa, dá para escutar tudo o que vocês falarem. :D :D :D

***: Nossa, assim vc me deixa mais nervosaaaaaa :X :X :X

Rachel: Faz tem que você não dá uma né, vai que rola hoje. Kkkkkkkkkk

***: Babaca!

Gri: Então, como ele disse que estaria? Qual foi o combinado?

***: O combinado era eu estar com um livro na mesa e uma rosa vermelha dentro dele. Ao chegar ele perguntará “quer suco de laranja lima”, então eu devo responder “se tiver enfeitado com uma flor”, então ele saberá que sou eu e eu saberei que é ele.

Rachel: Vcs são bregas!

Gri: Muito bregas... kkkkkkkkk

***: Vcs são piores que inimigas... aff

Gri: Eita, olha um boy entrando ali.

Rachel: Até que ele é gato hein!

***: Impossível, eu conheço aquele tapado! É o Thiago baka que eu sempre falo para vcs.. Deus me dibre.

Gri: Vc fala muito mal dele, não vejo nenhum dos defeitos que vc pintou.

Rachel: Na boa amiga, ele é gatinho sim, ia ser top ele ser o “Laranja Lima”

***: Caladas! Viu, nada a ver, ele deve ter entrado no lugar errado, até saiu.

POV Thiago Sensei:

Nossa, estou em cima do horário, não posso chegar atrasado. Espero que ela goste dessas rosas colombianas vermelhas que eu comprei, tão clichê, mas eu realmente não sei o que dar para ela. E ainda comprei chocolates, eu sou tão sem inspiração, sou muito idiota.

E agora? Estou aqui parado na porta, não consigo mexer meus pés. Como faço para entrar? Ainda bem que esse atendente me tirou do transe. Agora eu consigo me mover.

Deixei as rosas e os chocolates no carro, para não passar vergonha agora.

Meu coração está disparado. Preciso abrir meus olhos, entrar e...

Não acredito que é ela!!!!!!!

POV NARRADOR:

Enquanto isso, sem perceberem, estão na enorme fila do cinema:  Naoki e Catarine, atrás de Samanta e Wally, que estão no maior chamego. No meio Carioca e Jéssica, se aproximando cada vez mais e sempre dando um jeito de ter algum tipo de contato físico. E quase no fim, as pessoas que vão estragar o encontro desses casais.


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Notas finais do capítulo

E aí, alguém tem uma opinião de quem são essas pessoas não reveladas?