Sophia escrita por znestria


Capítulo 32
Exames




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Segunda marcava o início da semana do desespero.

Era a última semana antes dos exames, e os professores faziam questão de garantir que os alunos não se esqueceriam. Os exames eram mencionados em todas as aulas, e o clima entre os sextanistas só ia piorando. Ian Bingly, da Lufa-Lufa, teve que ser levado para a ala hospitalar após ter um ataque de pânico no meio da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas.

“Era de se esperar que eles fossem pegar mais leve esse ano, não?” comentou Rogério, durante o almoço. “Quero dizer, já fizemos o N.O.M.s ano passado! E os N.I.E.M.s vão ser só ano que vem!” 

“Só espero que Bingly esteja bem”, disse Sophia. “Moody pegou pesado com ele.” 

“Ah, não se preocupe, Madame Pomfrey deve estar acostumada com esse tipo de situação”, Sean tranquilizou-a. “Aposto que deve estar acabando com seu estoque de Poção Calmante.” 

Os quatro passavam praticamente todo seu tempo livre na Sala Comunal, estudando. Sophia, pelo menos, já havia começado a estudar com Elena algumas semanas atrás, então estava mais tranquila. Sean, obviamente, era o que estava mais desesperado, tanto que Georgie começou a levá-lo para a biblioteca para conseguirem se concentrar melhor. 

“Ei, Rogério”, disse Sophia, em uma noite em que os dois se encontravam estudando sozinhos.

“Hum”, o garoto fez.

“Você acha que eu deveria tentar… Tentar me resolver com Viktor?” 

O amigo levantou o olhar a Sophia. “O que você quer dizer, Soph?” 

Ela suspirou. “Não sei… Você acha que… Não sei, você realmente acredita que nós dois poderíamos continuar juntos depois que o ano letivo acabasse?” 

Rogério a encarou por um tempo antes de responder. Respirou fundo e disse simplesmente: “Sim. Sim, eu acho que vocês poderiam continuar juntos.” 

“Mas como? Estaremos a milhares de quilômetros de distância! Só poderemos nos ver a cada seis meses ou menos! E por tão pouco tempo…” 

“Soph, parece que às vezes você se esquece de que é bruxa! Temos correio-coruja, espelhos de dois sentidos, sistema de flu, os seus próprios pergaminhos enfeitiçados! Não posso dizer exatamente como vai funcionar, mas eu acredito que seja possível. Mas você não quer nem tentar.” 

Sophia abriu a boca para responder, mas Rogério continuou:

“Você não está falando com seus pais todo domingo com os espelhos de dois sentidos que Sean lhe deu? Seria tão difícil fazer o mesmo com Viktor?” 

“Não é isso, Rogério!” ela respondeu. “A questão é que vai ser diferente! Não vai ser o mesmo que tínhamos aqui e… Não sei se conseguiremos fazer funcionar. Aqui nós nos víamos todos os dias, moramos no mesmo terreno. A distância complica as coisas. Quero dizer, vai que ele conhece alguma bruxa búlgara, seria muito mais fácil namorar alguém que mora no mesmo país que você…”

Rogério riu. “É essa a sua preocupação, Soph? Que ele vai conhecer uma bruxa búlgara?” O garoto fez questão de rir mais um pouco antes de continuar. “Qual é, Soph… Ele tinha um fã-clube aqui em Hogwarts e mesmo assim se apaixonou por você! Você acha mesmo que vai te trocar tão fácil?”

“Eu… eu não sei!” ela murmurou, confusa. Não imaginou que Rogério teria tanta certeza em sua opinião. “Você é romântico demais, Rogério”, disse por fim. “Você sabe que é.” 

“E qual o problema disso? Olha, Soph… O motivo pelo qual eu acredito que você e Viktor conseguiriam continuar juntos ano que vem é porque também acredito que eu e Miranda continuaremos juntos ano que vem. Quero acreditar nisso.” 

Sophia juntou as sobrancelhas. “Não sabia que vocês estavam tão sérios. Quero dizer, não tenho visto ela muito.” 

“Bom, ela está louca com os N.I.E.M.s agora. Faz várias semanas, na verdade… Mas nós falamos sobre isso. Sobre o futuro.”

Sophia bufou. Quando é que Rogério se tornou tão mais emocionalmente maduro do que ela? O menino que se apaixonou por Fleur Delacour à primeira vista e não conseguia nem formar uma frase completa quando estava com ela… Como que essa pessoa conseguia ter uma conversa saudável sobre o futuro com sua namorada, enquanto Sophia terminara o relacionamento na primeira conversa séria que teve com Viktor? 

“Droga, Rogério…” ela resmungou, fazendo o amigo rir.

“Olha, Soph, não posso te falar o que fazer. Mas não jogue algo incrível fora por medo.” 

Aquela noite, Sophia ficou quase a noite toda acordada, pensando sobre a conversa que tivera. Pela primeira vez, ela não sentia mais uma dor horrível ao pensar sobre Viktor. Agora ela estava até… Esperançosa. Ansiosa. Mas ainda muito nervosa. Não conseguia nem sustentar o pensamento de ir conversar com Viktor. Aquela breve conversa na biblioteca já fora tão excruciante… 

No dia seguinte, não sentou-se de costas para a mesa da Sonserina durante as refeições. E, para sua surpresa, viu que Viktor também não estava sentado de costas. Ficou se perguntando quando será que ele havia parado. Aquele dia poderia ter sido a primeira vez. Ou ele poderia estar fazendo isso há dias. Pensou até em perguntar a um dos amigos, mas não queria ter que contar que estava pensando sobre Viktor. 

Toda vez que o via, seu coração disparava, mas ela não tinha coragem de conversar com o garoto. 

Ficou assim a semana inteira. Passava a maior parte do tempo estudando na Sala Comunal ou na biblioteca, mas Viktor nunca mais apareceu por lá. O pior é que Sophia não tinha muito tempo para pensar melhor sobre o assunto, pois a iminência dos exames não a deixava respirar nem por um segundo. 

O primeiro exame era o de Feitiços, e Sophia não podia estar mais grata. Era sua matéria favorita, com seu professor favorito, e tinha grande interesse e facilidade. No domingo à noite, tinha planejado se adiantar com outras matérias, mas acabou tendo que ajudar os amigos com seus estudos. 

Continuou ajudando-os no café-da-manhã, o que foi até bom, pois era uma oportunidade para ela própria revisar o assunto. 

O Prof. Flitwick, como sempre, foi extremamente calmante, e Sophia fez o exame com tranquilidade. Foi uma das primeiras a terminar a prova, com a certeza de que tinha ido muito bem. Entretanto, já foi direto para a biblioteca estudar para a prova de Runas Antigas, que seria na manhã seguinte. Apesar de achar o assunto interessante, ainda havia muitas runas que ela tinha que decorar, e isso tomaria bastante tempo. 

No final, não ficou totalmente satisfeita com seu desempenho no exame, mas acreditava que no mínimo passaria. A Prof. Babbling era bem indulgente com seus alunos, com certeza a aceitaria em sua matéria ano que vem mesmo que tirasse um A. 

Quarta teria dois exames: Defesa Contra as Artes das Trevas e Transfiguração. Era o dia que Sophia mais temia, pois estas eram duas matérias difíceis, que Sophia tinha certa dificuldade. Como se sentia relativamente mais confiante com Tranfiguração, pois vinha praticando transfiguração humana, passou a noite inteira focando em Defesa Contra as Artes das Trevas. Não sabia se Moody seria rigoroso em seu exame, mas não queria correr riscos: o professor era muito imprevisível. 

Todos os sextanistas da Corvinal passaram a noite de terça na Sala Comunal. Sophia chegou um pouco atrasada, da detenção, e estudava desesperadamente.

“Como eu queria ser Cedrico agora”, disse Sean, que mal conseguia manter os olhos abertos de cansaço. “Ele deve estar dormindo sem nenhuma preocupação.” 

“Ah, certo”, disse Georgie. “Porque ele não vai participar da Terceira e última tarefa do Torneio semana que vem. Ele não vai estar enfrentando todos os tipos de criaturas perigosas que Hagrid colocar no labirinto.” 

Os estudantes riram, antes de afundarem-se novamente nos livros.

No dia seguinte, após saírem do exame de Defesa Contra as Artes das Trevas, Rogério foi o primeiro a falar.

“Bom, posso dizer com convicção que não seguirei a carreira de auror.”

“O mesmo aqui”, ecoou Sophia, meio desanimada. 

Foi até que bem no exame de Transfiguração, pelo menos, o que a deixou sentindo-se um pouco melhor. Só não podia dizer que o pior havia passado, pois o dia seguinte seria o do exame de Poções. 

“Você não tem nada para fazer, não?” disse Sophia a Sean, que na quarta à noite passou o tempo todo esparramado em um sofá. 

“Não”, ele respondeu alegre. “Meu próximo exame é só na sexta, e é Herbologia. Estou bem tranquilo.” 

Ela virou os olhos. “Você que sabe.” 

Sophia, novamente, passou a noite acordada estudando para o exame. Não queria correr nenhum risco, pois não aguentaria cumprir detenção com Snape se fosse mal em sua prova: o professor talvez nem falaria nada, mas seria completamente insuportável. Ficaria com um sorriso arrogante o tempo inteiro, consumindo a miséria de Sophia como se fosse néctar.

E Georgie me fez prometer não tomar mais Poção do Sono, ela riu. Tudo o que ela mais queria naquele momento era poder dormir. 

Quando os amigos desceram para a Sala Comunal no dia seguinte, encontraram Sophia capotada em cima de sua cópia de Estudos Avançados no Preparo de Poções. A garota roncava levemente, e uma trilha de saliva traçava seu caminho pelas páginas. 

Acordou com nada menos que um flash ofuscante em sua cara, cortesia de Georgie. Quando finalmente voltou a enxergar, viu os amigos rindo de uma polaroid que a amiga segurava.

“Uau, obrigada, Georgie”, ela murmurou, levantando-se. 

Georgie continuou rindo. “Soph, você mesma disse que é importante registrar boas memórias!” 

“Ótimas memórias”, ela grunhiu.

Sophia subiu para tomar um banho rápido - também não se atreveria realizar o exame de Snape sem ter tomado banho, o professor não perderia uma chance de humilhá-la. Mal teve tempo de tomar café e desceu correndo para as masmorras. 

Ao acabar o exame, Sophia sentiu-se até satisfeita. Não queria cantar vitória antes da hora, mas não conseguiu evitar sonhar em receber um O, de ver a cara de desprezo de Snape ao entregá-la sua prova com a nota máxima. É exatamente esse tipo de pensamento que irá afastar a sua nota O, pensou, e tentou distrair sua mente com o exame de Herbologia.

Na última véspera de exame, Sophia mal conseguia manter os olhos acordados. Não estava especialmente preocupada com Herbologia, mas mesmo assim queria dar uma última boa revisada na matéria antes da prova. Juntou-se com os amigos na Sala Comunal para um último sprint, e os quatro passaram a tarde toda sem tirar os olhos do livro. 

“Como é que ainda não inventaram um feitiço para tirar o sono?” gemia Sean. “COMO?” 

“Por que temos um feitiço para transformar uma xícara em cágados e não temos um feitiço para tirar o sono? Ou aprender mais rápido?” disse Rogério.

“Devem existir”, respondeu Georgie, “mas nós só não conhecemos. Soph?” 

“Bom, temos o elixir de induzir euforia. E o elixir de Baruffio, que aumenta a capacidade do seu cérebro. Mas acredito que usar os dois para melhorar seu desempenho em exames escolares seja ilegal.” 

“Que nem doping em competições esportivas”, concordou Georgie. Os meninos franziram a testa, mas estavam cansados demais para comentar.

Fizeram uma pausa para o jantar e, quando retornaram, Sophia decidiu ir descansar. Já havia estudado bem durante o ano, e era melhor cuidar para estar bem de cabeça no dia seguinte durante o exame.

Sexta amanheceu um dia muito bonito, e Sophia acordou de um sonho extremamente vívido em que um tubérculo gigante a segurava e tentava forçá-la a comer flores de acônito. Rezou para que o sonho não tivesse sido algum tipo de presságio e desceu para o café. 

“Último dia”, cumprimentou Rogério animadamente quando a garota sentou-se.

“Diga isso por você mesmo” resmungou Georgie. “Terça que vem temos exame de Trato de Criaturas Mágicas”. 

Terça que vem é a Terceira Tarefa do Torneio, Sophia pensou tristemente. Em apenas alguns dias, o Torneio Tribruxo iria acabar, seu sexto ano iria acabar, e logo depois ela voltaria à casa de seus pais em Greenwich. O fim de seu penúltimo ano em Hogwarts. 

“Bom, mal posso esperar por terça”, continuou Rogério, com todo o seu bom humor, “apostei cinco galeões em Cedrico.” 

“CINCO GALEÕES?” Sean quase cuspiu seu suco. “Você ficou louco?” 

“Qual é!” protestou Rogério. “Você apostou na Georgie em um jogo amistoso!” 

“É, mas ela é minha namorada!” 

“O que isso tem a ver?” riu Georgie. 

“Tudo!” exclamou Sean, mas não disse mais nada.

“Bom, eu também apostei”, confessou Georgie. Ela parecia um pouco tímida. “Um galeão e cinco sicles.” 

O namorado levantou uma sobrancelha. “Em quem?” 

“Fleur”, ela respondeu simplesmente.

“Hã?” os três amigos fizeram juntos, se entreolhando confusos. Georgie torcendo para Fleur? Não fazia sentido algum.

“Fleur?” repetiu Sean. “Mas o tanto que você reclamou dela!” 

“Bom”, Georgie deu os ombros. “Ela está longe de ser minha pessoa favorita no mundo, mas… Quero ver uma garota ganhar. Qual é”, ela continuou, ao ver que os amigos continuavam incrédulos. “Ela é a única garota! Contra três caras!”

Sophia sorriu e colocou a mão no ombro de Georgie, para apoiá-la, mas não se atreveu a dizer nada. Ultimamente ela evitava falar de qualquer coisa relacionada ao Torneio, para não ter que pensar em Viktor. Sophia notou que Rogério também se absteve de comentar - para ele, o assunto também não era tão impessoal assim. 

Desceram para as estufas para o último exame do ano. 

Cinco horas mais tarde, os quatro emergiram, cobertos das cabeças aos pés de suco de tubérculos, mas com sorrisos de orelha a orelha. Sophia e Rogério, especialmente, dançavam e giravam pelo gramado.

“ACABARAM OS EXAMES” dizia Rogério, berrando a plenos pulmões e chegando até a assustar um bando de pássaros numa árvore próxima. 

Sophia ria do amigo. Ainda que estivesse triste com o fim de seu penúltimo ano em Hogwarts, a sensação de terminar os exames era sempre fantástica: parecia que um peso enorme havia sido retirado de seu peito, e agora ela praticamente não tinha mais preocupações, estava livre para gastar seu tempo com o que quisesse. 

Sean juntou-se ao amigo em suas comemorações, o que fez Georgie juntar as sobrancelhas. “Ei!” ela chamou, “nós ainda temos o exame de Trato das Criaturas Mágicas”.

Sean fez um gesto dispensando a namorada. “Ah, Georgie, até parece que eu vou continuar com essa matéria ano que vem!” 

A garota não parecia convencida, mas não se deu ao trabalho de dizer nada.   

O grupo subiu para a Sala Comunal e jogou-se nos sofás, lançando expressões presunçosas aos demais alunos que ainda estavam estudando para exames na próxima semana.

“O que devemos fazer agora?” começou Rogério, animado. “Jogar Snap Explosivo? Xadrez? Ah, podemos tentar aprender aquele truque com a varinha que Adams mostrou, parece fácil até…” 

“Calma aí”, riu Sophia. “Não temos pressa. Afinal, o que está fazendo com a gente? Não devia estar aproveitando os últimos dias com a Miranda?”

“Ela está se preparando para uma entrevista”, ele respondeu, um pouco melancólico, mas estufou o peito de orgulho. “Conseguiu essa oportunidade única de fazer um programa de férias em Gringotts como estagiária; se tudo ocorrer bem, ela estará efetivada no final do verão.” 

“Ei, isso é incrível!” disse Sophia, e os amigos se juntaram em congratular Rogério. 

“Pelo menos você não vai ter que se preocupar com ciúmes”, apontou Sean. “Não há perigo de você ter que competir pela atenção dela com algum duende.” 

Os dois riram, mas Sophia pulou em um sobressalto. Duendes! Com o estresse dos exames, havia completamente se esquecido do artigo d’O Pasquim, que seria publicado no dia seguinte. Se tudo desse certo, a publicação receberia atenção do público o suficiente para trazer à tona histórias de Ludo Bagman parecidas com a dos Weasley, e assim teriam mais força para cobrar o bruxo o valor que estava devendo. 

Quando acordou na manhã seguinte, saiu correndo para o café da manhã. Chegou cedo até demais, então começou a passar manteiga nas torradas agressivamente enquanto encarava as janelas, ansiosa para a chegada do correio. Cumprimentou os gêmeos quando eles chegaram, e os três ficaram conversando enquanto esperavam. As primeiras corujas finalmente entraram, e, quando um pacote caiu no colo de Fred, eles mal cabiam em si de excitação. Rasgaram a embalagem violentamente e desenrolaram a revista. 

Fred leu o título: “Banco de Bagman: a avareza da ex-estrela.”

Os três deram uma risada animada. “Ficou bem bom!” exclamou Sophia.

De astro do quadribol a maníaco por ouro: a ascensão e queda do amado batedor de Wimbourne”, continuou o garoto. “Ludovico Bagman, bruxo que ficou conhecido por levar as Vespas de Wimbourne à Taça da Liga por três anos consecutivos, agora enfrenta sérios problemas com a raça dos duendes. Aparentemente, a chefia do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos no Ministério da Magia não lhe traz satisfação suficiente - seja ela emocional ou financeira. Bagman, no entanto, é apenas a vítima de uma situação muito infeliz.

“No verão passado, ao sediar a Copa Mundial de Quadribol de 94, Bagman recebeu um presente de seus colaboradores duendes: um anel de ouro encantado. O anel, no caso, era um tesouro antigo de Saurog, lorde duende da antiga terra de Mordor.” 

Sophia riu baixinho. A associação que os amigos uma vez fizeram de hobbits com O Pasquim lhe inspirara; certamente Tolkien não se importaria se tomassem suas obras com certa licença poética. Ela sabia que os nenhum bruxo teria qualquer conhecimento que fosse de Senhor dos Anéis.

Bagman carrega, sem ao menos suspeitar, a maldição do anel, que o torna obsessivo por ouro. Sua nova paixão continua dentro do mundo esportivo, mas agora o ex-atleta passa seus dias apostando todas as suas posses em jogos e eventos. Suas previsões pouco precisas lhe renderam uma fila de inimigos, ansiosos por rever o dinheiro prometido.

“‘Bagman nos extorquiu durante a final da Copa’, conta uma fonte, que não quis ter o nome divulgado. ‘Ele nos pagou em ouro irlandês e agora se recusa a nos pagar o que deve.’ 

“Os piores inimigos de Bagman são, no entanto, os próprios duendes. O bruxo estipulou que a única condição em que devolveria o anel amaldiçoado seria caso o Banco de Gringotts fosse renomeado para Banco de Bagman. Uma estátua de ouro sua também deveria ser posta no saguão. 

“Enquanto as situações se desenrolam, nos sobra apenas os seguintes questionamentos: será que Bagman conseguirá se libertar da obsessiva perdição do anel? Ou será que veremos o mundo financeiro bruxo comandado pelo mesmo?” 

Jorge assoviou. “Esse Fairfax mandou bem.” 

Sophia bateu palmas, animada. “Ficou ótimo! Quero dizer, tem o suficiente de fatos verídicos para chamar a atenção de outras vítimas do Bagman, mas também tem ficção o suficiente para ser compatível com a revista.” 

“Agora é só esperar para ver se dá certo”, assentiu Fred.

Jorge deu uns tapinhas no ombro do irmão, entusiasmado. “E a parte mais importante: rever nosso ouro”.


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